Mais um na multidão

Por ELISABETE DALTRO SANTOS | 14/01/2016 | Poesias

Mas um que tomba no berço fúnebre da morte,
enquanto o Brasil dorme em berço esplendido e 
abandona a própria sorte o futuro da Nação!

Mas um que vira estatística,
que não tinha eira nem beira na vida
que vivia no mundo perdido
da sociedade era excluído
vida louca era o seu destino.

 

Só mais um!Que não teve a chance de mudar,
só mais um menino de cor,que teve seu futuro perdido,
sua escola foi o mundo,seu lápis um revolver,
seu caderno a estrada,sua inspiração foi o crime,
seu final a morte!

Aprendeu a roubar,matar,não teve chance de se transformar em um honesto cidadão,com apenas onze anos de idade tombou ao chão,
e as vozes que ecoam ao longe sussurram sem noção:tem que morrer ladrão!

Ass Elisabete