Maior goleada brasileira em mundiais
Por Edson Terto da Silva | 01/07/2011 | SociedadeEdson Silva
Esta é a 13ª edição, desde 9 de abril, de Crônicas das Copas e quase eu ia cometendo um lapso, que certamente não seria perdoado pelo Zagallo. Eu ia relatando, nesta edição, a estreia da Seleção Brasileira em Copas, lá nos distantes anos 30. Tudo bem! É algo histórico e teremos oportunidade, se Deus permitir, de tratar futuramente. Só que estaríamos falando em derrota do Brasil e isso não seria justo na edição com o número místico da sorte do seu Mário Jorge Lobo Zagallo.
Feita a explicação, passamos a história de hoje de jogos em mundiais disputados por nossa Seleção. No dia 9 de julho de 1950 (portanto, farão exatos 61 anos no próximo sábado, feriado no estado de São Paulo) o Brasil aplicaria sua maior goleada, até o momento, em Copas. Foi 7x1 sobre a Suécia e com direito a quatro gols daquele que seria o artilheiro da competição, que ocorria no Brasil, Ademir de Menezes, autor de 9 gols no mundial de 50. Chico fez outros dois nos suecos e Maneca fez 1, enquanto Andersson, de pênalti, fez o gol de honra dos gringos.
Era a quarta Copa do Mundo desde 1930, pois houve a paralisação em 42 e 46 por causa da imbecilidade que vejo em qualquer guerra e aquela foi a 2ª Guerra Mundial. Era a 12ª partida brasileira em mundiais. Todos sabem da história de que ainda não seria daquela vez que o Brasil seria campeão, mesmo jogando em casa e com um time infinitivamente melhor que os demais. Só não tinham avisado isso aos "raçudos" uruguaios, que seriam campeões ao nos vencerem por 2x1, de virada, num Maracanã lotado com quase 200 mil torcedores.
De curiosidade fica ainda que, após oito anos, olha um dos meus números místicos da sorte aqui, seriamos campeões na Suécia, contra os suecos e de novo aplicaríamos goleada, mas um pouco mais modesta, por 5x2, com direito a show do maior jogador de todos os tempos, Pelé. Bom, mas isso será contado em outra oportunidade. Para deixar o Zagallo ainda mais contente com seu número da sorte, o 13, em 1950, na outra partida, em 13 de julho, a 13ª partida do Brasil em Copas, a segunda maior goleada brasileira em Copas, 6x1 na Espanha, na semifinal.
A maior goleada brasileira foi arbitrada pelo juiz Arthur Ellis, da Inglaterra, e 139.000 pagantes assistiram ao jogo no Maracanã, Rio de Janeiro. O Brasil jogou com Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo, Bigode, Maneca, Zizinho, Chico, Ademir Menezes e Jair da Rosa Pinto, o técnico era Flávio Costa. A Suécia formou com Svensson, Samuelsson, E. Nilsson, Andersson, Nordahl, Gard, Palmer, Jeppsson, Skoglund, Sundqvist e S. Nilsson, o técnico era Raynor. Outra curiosidade, Ademir de Menezes era o 2º jogador a fazer 4 gols num jogo de Copas, o 1º foi o polonês Willimowski, aliás na partida Brasil 6x5 Polônia, em 1938, nesta partida há historiadores que atribuem também 4 gols aos brasileiro Leônidas da Silva, mas a ficha técnica da Fifa indica que ele fez 3 gols.
Edson Silva é jornalista em Sumaré
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