LUTO NA VISÃO DA PSICANALISE

Por Adriana Ferreira | 27/04/2016 | Psicologia

Todos em algum momento de nossas vidas em que vivemos a perda de alguém,  que a vida não tem sentido se tudo termina em algum ponto, o colapso, é como se de repente não encontramos um caminho a percorrer O pior é que parece que estamos afundando,  este processo em que nos afundamos que nos fere e dói muito essa perda.

 Às vezes injustamente nos afastamos das pessoas que querem nos ajudar , todos buscam diferentes abrigos.  É normal  entrar em um estado de depressão depois de sofrer uma perda dolorosa, o problema surge quando essa depressão governa nossa vida como um estado dependente que nunca pode sair, e também a dor da perda, dor de vários tipos, emocionais e físicas, que, infelizmente tudo o que vai fazer é tornar-nos menos feliz.

 É importante notar que o luto da dor é algo muito válido, porque como seres humanos, temos um coração sentimento, um cérebro que pensa, e uma alma que estranha. O importante é quando precisamos sair deste estado, porque ainda temos uma vida, porque temos família. O luto tem fases que depende muito de pessoa para pessoa, nelas encontramos negação, desorganização, culpa, saudade, restauração, entre outras até a aceitação. A duração de cada fase varia dependendo da pessoa, seu caráter, força e entusiasmo.

 O primeiro estágio é a negação, é o impacto emocional que é experiente quando você sabe que alguém próximo morreu. Desorganização esta fase ocorre no enlutado com sinais de uma falta de clareza e de distorção da realidade. Reage de forma inadequada para situações ao seu redor, suas emoções são expressas sem nenhum contato real com o mundo circundante, a pessoa se tranca em sua dor e expressa suas emoções através de lágrimas excessiva, caracterizado por emoções, que vem  com sentimentos de raiva, algumas pessoas reclamam  até mesmo de Deus, o ausente, ou do objeto de sua crença. Esta raiva, ou reação emocional, inconstante, impotência, mágoa e frustração. Sentimentos de culpa podem bloquear a expressão de raiva. Se a raiva não é expressa, ela pode se transformar em raiva reprimida, com uma possível dor de cabeça ou outras formas substitutivas de expressão corporal, nem todas as pessoas expressam raiva ou fúria da mesma forma.

 A pessoa idealiza o passado e se sente responsável por falhas, negócios inacabados ou erros cometidos. Muitas vezes, a culpa surge a partir da crença de que ele poderia ter evitado a morte de alguma forma. Com a solidão, a dor fica mais profunda, a plena consciência de que uma pessoa viveu e ocupava um espaço em torno do nosso ser, torna-se irresistível e é acentuado sempre que os detalhes do cotidiano trazem a memória da pessoa que não está mais com a gente. O luto é perigoso para a pessoa que sofre além. O vácuo é dado desesperadamente para preencher, falhas ou defeitos são esquecidos e desapareceram atribuído de qualidades quase celestiais, a atitude mais corajosa e saudável para ser tomado por sofrer uma perda é lidar com ela e não tentar substituir.

 O conceito sobre o luto varia em diferentes culturas, nas sociedades ocidentais, a morte tem sido tradicionalmente visto como a separação da alma do corpo. Nesta crença, a essência do ser humano é independente das propriedades físicas. A morte é algo que os seres humanos não podem explicar. Quando ficar cara a cara com a morte de um ente querido, teremos que aceitar que nunca mais teremos conosco, mas é verdade que achamos difícil aceitar a morte.