Lixo Urbano e o Meio Ambiente
Por william james | 13/12/2010 | Ambiental1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade falar sobre o lixo urbano e o meio ambiente, seu objetivo é conscientizar a população sobre como cuidar do seu próprio lixo, sabendo qual a importância de reciclar.
Com este projeto haverá melhor auxílio na preservação do meio ambiente e na conscientização da população sobre como destinar corretamente seus resíduos. Nos dias de hoje há uma grande desinformação a esse respeito e a maioria das pessoas não fazem a separação correta do lixo.
Este é um problema universal, pois sua inadequação traz várias complicações à saúde das pessoas e ao meio ambiente. A solução para tal questão não depende apenas de atitudes governamentais ou decisão de empresas, deve ser fruto também da vontade e bom senso de cada cidadão em reciclar seu próprio lixo e muitas pessoas dependem dessa atividade de reciclagem para sobreviver.
Foi por esse motivo que escolhi esse tema "lixo urbano e o meio ambiente", desta forma contribuirei na da formação critica da população pois devemos estimular o desenvolvimento sustentável, para que não só a nossa geração possa usufruir os benefícios naturais que temos mas também as gerações futuras, tendo assim uma sociedade melhor, mais
limpa e saudável.
2. Referencial teórico
2.1 Lixo Urbano
Cada habitante de uma cidade e responsável pela produção de aproximadamente 0,6kg de lixo por dia apenas em suas residências. Ao lixo domiciliar, se somados ainda os resíduos gerados pelas industrias, hospitais, escolas, lojas e outros tipos de estabelecimentos, além daqueles recolhidos pelos varredores de rua, uma cidade como São Paulo acaba produzindo diariamente cerca de 12.000 toneladas de lixo, que correspondem a um volume equivalente ao de um edifício de 30 andares. Para se recolher toda essa matéria, são necessários 10.000 trabalhadores, mais de 1.000 caminhões e uma série de equipamentos específicos. O volume de recursos e o alto grau de especialização que essa tarefa requer acabou levando a prefeitura de São paulo e de outras grandes cidades do país a contratarem empresas privadas para a prestação destes serviços, desmontando paulatinamente a sua infra?estrutura própria para essa finalidade.(A COLETA DO LIXO),1990)
Detentoras do monopólio do setor ,essas empreiteiras cresceram rapidamente, a ponto de uma delas, a Vega Sopave, ter se transformado na quarta maior empresa do mundo nesse ramo. Se, por um lado as prefeituras das grandes cidades puderam poupar investimentos para a coleta do lixo por outro elas acabaram ficando a mercê dos preços e condições impostas por essas empreiteiras. A consequência disso tem sido uma constante elevação das despesas com esse serviço nas principais cidades do país. No caso de São paulo elas chegaram a atingir cerca de 17% de todo o orçamento municipal de 1989. Embora a coleta do lixo seja particularmente problemática nas grandes metrópoles, ela está longe de ser um assunto resolvido também nas pequenas e medias cidades.
Apesar das quantidades de resíduos urbanos serem menores, as prefeituras enfrentam a escassez de recursos e investimentos não apenas na coleta, como também no processamento e na disposição final do lixo recolhido, isso faz com que os chamados "lixões" não recebam qualquer tipo de tratamento tornando-se inadequados e saturados rapidamente. Trata-se sem dúvida, da pior forma de destinação do lixo, trazendo maiores danos para o meio ambiente. Além de se transformarem em locais de concentração de ratos, baratas e moscas, esse depósitos geralmente situados à margem de córregos acabam poluindo tanto os cursos d'água superficiais como subterrâneos, devido a ação das enxurradas. Sem falar nos maus odores que se espalham por toda a redondeza.(A COLETA DO LIXO ,1990)
2.2. Aterro sanitário
Consiste em grandes terrenos onde o lixo é depositado, comprimido e espalhado por tratores em camadas separadas, uma das outras por uma certa quantidade de terra. Esse processo facilita a sua decomposição e minimiza os danos ambientais, embora não chegue a eliminá-los totalmente. Por mais bem construídos que sejam, os aterros sanitários não deixam de exalar maus odores, atraindo animais e insetos transmissores de doenças. Além disso, a penetração da água da chuva termina por contaminar os lençóis freáticos próximos.(IBGE,2002)
As extensas áreas que eles ocupam, bem como os impactos ambientais que provocam tornam extremamente problemática a legalização dos aterros sanitários dentro dos municípios. Elas tendem a ser sempre objeto de controvérsia e de disputa entre o poder público, os moradores e proprietários de terrenos que sofrem uma intensa desvalorização devido a essa incômoda vizinhança. Tudo isso faz com que os aterros estejam longe de serem as soluções ideais para o problemas do processamento e destinação dos resíduos sólidos urbanos, apesar de serem hoje o meio mais utilizado para isso .(IBGE,2002)
2.3 Classificação dos resíduos domiciliares originados no dia a dia nas residências
LIXO COMERCIAL originado nos estabelecimentos comerciais de serviço. Tem um forte componente de papel plástico, embalagens diversas e materiais como papel toalha e papel higiênico.(CEMPRE,2001)
LIXO PÚLBLICO originado dos serviços de limpeza pública urbana, incluindo os resíduos das vias públicas, limpeza de praias, de galerias, córregos e terrenos baldios.
LIXO HOSPITALAR constituído dos resíduos sépticos que potencialmente podem conter germes patogênicos. Este lixo é constituído de agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecido orgânico removidos, meias de costura, animais usados em testes, sangue coagulado, entre outros. (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE,2001)
LIXO ESPECIAL é o lixo encontrado em portos, aeroportos, terminais rodoviários ou ferroviários, constituído de resíduos sépticos, pode conter agentes patogênicos oriundos de um quadro de endemia de outro lugar.
LIXO INDUSTRIAL é aquele originado nas atividades industriais, dentro dos diversos ramos produtivos existentes.(SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE,2OO1)
LIXO AGRÍCOLA são resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como por exemplo, embalagens de adubo e agrotóxicos, defensivo agrícola, ração e restos de colheita.(SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE,2001)
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2.4 Coleta seletiva e reciclagem
A coleta seletiva pressupõe a separação dos materiais recicláveis como papeis, vidros, plástico e metais do restante do lixo nas suas próprias fontes geradoras, sejam residências, escolas, escritórios ou outros tipos de estabelecimentos. Esses materiais são recolhidos a parte em recipientes específicos e encaminhados para um centro de reciclagem. Posteriormente então, passam por uma triagem mais fina que os seleciona de acordo com as exigências dos compradores. Divididos nas diferentes categorias, os materiais recicláveis são então submetidos à limpeza e preparadas para a comercialização.(CEMPRE,2001)
Quanto mais limpos e melhor acondicionados, maior será o seu preço para venda. Os recursos provenientes da venda dessas sucatas são geralmente revertidos na própria sustentação do sistema e em melhorias urbanas para a comunidade que nele participa. Embora somente agora a coleta seletiva do lixo comece a ser introduzida em maior escala no Brasil, ela já vem sendo adotada há muito tempo por diversos países da Europa e América do norte.(CEMPRE,2001)
Em alguns estados dos EUA, a separação dos materiais recicláveis nas residência já se tornou uma obrigação legal. Isso só se justifica em função das múltiplas vantagens que esse sistema pode proporcionar em relação aos meios tradicionais de coleta, tratamento e destinação do lixo.
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3. Metodologia
A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica especifica, aprofundando o estudo teórico na metodologia necessária para o embasamento deste artigo de iniciação científica, atendendo às exigências para a compreensão do tema a ser abordado são: gerenciamento de resíduos, resíduos sólidos urbano, impactos ambientais em lixões, manejo de aterros, situação dos catadores de resíduos recicláveis e reutilização.
Foi necessária a realização de pesquisas, com base em discussões sobre leituras pertinentes. A fase mais importante da pesquisa foi o trabalho de campo, onde foram coletadas informações referentes ao tratamento e destinação final dos resíduos sólidos e à qualidade de vida dos catadores de resíduos recicláveis e reutilizáveis que atuam nas áreas urbanas e nos lixões.
4. Conclusão, resultados e discussões
Com base no processo de implantação e nos resultados obtidos concluímos que primeiramente devemos criar estratégias para conscientização dos colaboradores, dar importância na reciclagem, através de palestras, artigos, depoimentos de líderes de outras empresas citando vídeos com experiências dos próprios funcionários.
Tabela: relação do tempo que duram os resíduos sólidos. Pode-se observar que são anos que os resíduos podem ficar no meio ambiente.
Fonte Campanha Ziraldo Comlurb website SMA São Sebastião DMLU POA UNICEF website
Material
Casca de banana ou laranja 2 anos 2 a 12 meses
Papel 3 a 6 meses 3 meses a vários anos 2 a 4 semanas 3 meses
Papel plastificado 1 a 5 anos
Pano 6 meses a 1 ano
Ponta de cigarro 5 anos 10 a 20 anos 3 meses a vários anos 1 a 2 anos
Meias de lã 10 a 20 anos
Chiclete 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos
Madeira pintada 13 anos 14 anos
Fralda descartável 600 anos
Nylon Mais de 3 anos 30 anos
Sacos plásticos 30 a 40 anos
Plástico 100 anos Mais de 100 anos 450 anos 450 anos
Metal Mais de 100 anos Até 50 anos 10 anos 100 anos
Couro Até 50 anos
Borracha Tempo indeterminado
Alumínio 80 a 100 anos 1000 anos 200 a 500 anos 200 a 500 anos
Vidro 1 milhão de anos Tempo indeterminado Mais de 10 mil anos Tempo indeterminado 4 mil anos
Garrafas plásticas Tempo indeterminado
Embalagens Longa Vida 100 anos
Palito de fósforo 6 meses
5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
MANO, Eloisa Biasotto; PACHECO, Elen Beatriz A. V.; BONELLI, Claudia Maria Chagas. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. 1.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
São Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de Educação Ambiental/CEAM. Guia Pedagógico do Lixo. 5.ed. São Paulo: SMA/CEAM, 2008
Zanin, Maria; Mancini, Sandro Donnini. Resíduos Plásticos e Reciclagem. 1.ed. São Paulo: UFSCAR, 2004.
AMAZONAS, Márcio. A reciclagem de papéis usados. S.Paulo, LIMPURB, 1989.(mimeo.)
BRUNACCI, Atílio. A lição do lixo. S.Paulo, CETESB, 1987.(mimeo.)
EIGENHEER, Emílio. Educação e meio ambiente - uma experiência comunitária de educação ambiental (Tese de Mestrado). RIO, FGV, 1988.(mimeo)