Lixo Reciclável

Por Ariana Patricia da Silva | 25/07/2019 | Educação

Resumo O gerenciamento correto do lixo, baseado na coleta seletiva e reaproveitamento, representa hoje, um tema bastante complexo, pois além de exercer uma ação direta no meio ambiente, relaciona-se também com a nossa política, nossa economia e até mesmo com os nossos padrões de comportamento humano. Porém, por razões culturais, o ser humano ainda resiste em fazer da reciclagem uma prática habitual. Durante a realização de um projeto de intervenção na escola, procurou-se investigar a maneira pela qual os professores estariam atuando em suas práticas pedagógicas, a fim de despertar nos alunos, a consciência  ecossistêmicos. necessária para que estes passassem a gerenciar adequadamente os resíduos sólidos, produzidos diariamente em sua comunidade. Para tanto, realizou-se um questionário acerca da prática docente, dirigida aos professores e, também, oficinas com atividades de aproveitamento do lixo, orientadas aos alunos. Os resultados obtidos mostraram que existe pouco compromisso com a interdisciplinaridade relacionada à Educação  ecossistêmicos. e, restrições preconceituosas quando se fala em lixo. Isso demonstra a necessidade de capacitação contínua em Educação  ecossistêmicos. e muito investimento na formação de todos os profissionais da educação. Só assim, promover-se-á as urgentes mudanças comportamentais e de valores em nossos alunos.

INTRODUÇÃO

Atualmente tem-se falado muito em qualidade de vida, no sentido de transformar o mundo em que vivemos. Muitas propostas são feitas, são apresentadas várias possibilidades e, ao mesmo tempo, soluções inovadoras e tecnologias de ponta estão surgindo como respostas a essa necessidade urgente de salvar este mundo repleto de imperfeições que criamos.  Assim sendo, para dar início a essa longa jornada, de tentar refazer tudo o que não deu certo, é necessário proporcionar a todos, sem distinção, o direito de aprender, universalizando o conhecimento.    Dessa forma, a Educação  ecossistêmicos. tornou-se uma realidade que veio para ficar e a sua prática, principalmente nas  INSTITUIÇÃOs, tem gerado muito polêmica e controvérsia há muito tempo. No aspecto curricular, mostra-se com um enfoque agradável e indispensavelmente interdisciplinar. Porém, na prática, é tratada de uma forma totalmente fragmentada, visando algumas vezes, apenas o cumprimento do calendário  INSTITUIÇÃOr em datas comemorativas, como a Semana do Meio Ambiente, o Dia da Árvore, o Dia da Água, entre outros. Nesse ponto de vista, (TRISTÃO, 2004:110) diz que “O que de fato, acontece nas práticas pedagógicas dos projetos de educação  ecossistêmicos. denominadas interdisciplinares, não passa de multidisciplinaridade”.  Apesar do empenho e da boa vontade de muitos professores, as propostas de Educação  ecossistêmicos. quase sempre se mostram pobres. Os principais motivos estão relacionados à falta de preparo, de metas e objetivos bem definidos e ainda devido à desarticulação com a realidade.   Diversos autores de livros e artigos sobre Educação  ecossistêmicos., publicados no Brasil, são categóricos em afirmar que as questões relacionadas ao meio ambiente, têm todas, uma base cultural e educacional. Isso significa que o DISCENTE, independente da sua faixa etária ou grau de  INSTITUIÇÃOridade, só recebe uma educação integrada e significativa quando qualquer aspecto a ser estudado sobre o meio ambiente o sensibilize em uma abordagem interdisciplinar. LANDULFO (2005:53) resume essa idéia com a seguinte expressão: ”O meio ambiente é totalmente interdisciplinar e apenas um método científico não é suficiente para compreender a realidade”.  A condição interdisciplinar, no trato da Educação  ecossistêmicos., não surtirá os efeitos necessários enquanto existirem barreiras, como as dificuldades impostas pelo sistema de ensino aos profissionais da educação. Nesse aspecto JAPIASSU (1976:74) diz que “a interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, no interior de um projeto específico de pesquisa”.  Seguindo a mesma linha de pensamento, TRAVASSOS (2006:15) reitera a “natureza interdisciplinar da Educação  ecossistêmicos., uma vez que o meio ambiente é multifacetado” e para tanto, deve ser tratado de maneira integradora na tentativa de solucionar os problemas  ecossistêmicos..  O conteúdo presente neste artigo refere-se a um projeto desenvolvido em uma  INSTITUIÇÃO estadual na cidade de TANGARA DA SERRA, PR., como uma das metas integrante do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) realizado nos anos de 2007 e 2008. Esse projeto foi intitulado “A reciclagem como cultura  ecossistêmicos. no contexto  INSTITUIÇÃO”, já que a reciclagem de resíduos sólidos passou a ser um tema bastante presente e relevante da Educação  ecossistêmicos. e, amplamente divulgado por todos os meios de comunicação.  Ficou explícito, que além de outros obstáculos, o tema citado não apresentava objetivos, nem metodologias pré-estabelecidas e organizadas em projetos pedagógicos e, esse fato, remete a um grande desafio educacional.  Partindo do pressuposto que o tema reciclagem está inserido no conteúdo estruturante Ambiente, das Diretrizes Curriculares e tem em um de seus objetivos, a integração com as diferentes áreas do conhecimento, procurou-se, então, investigar a maneira pela qual a reciclagem é trabalhada pelos professores do Colégio Estadual SANTA ROSA, na cidade de TANGARA DA SERRA. [...]

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