Livro: Guia de Fisiopatologia Médica

Por EDSON COSTA | 10/08/2009 | Arte

Os sinais de envelhecimento ocorrem em todos os sistemas orgânicos. Os exemplos incluem diminuição da elasticidade dos vasos sangüíneos, da motilidade intestinal, da massa muscular e da gordura subcutânea. O processo de envelhecimento celular limita o tempo de vida do ser humano. Certa teoria afirma que o envelhecimento celular é um mecanismo inerente de autodestruição que aumenta com a idade da pessoa. A morte celular pode ser cauda por fatores internos (intrínsecos), que limitam o tempo de vida das células, ou por fatores externos (extrínsecos), que contribuem para a deterioração e o envelhecimento celulares. O organismo encontra-se em constante esforço com o objetivo de manter um estado de equilíbrio interno dinâmico, estável, chamado homeostase. Cada célula do organismo está envolvida da manutenção da homeostase, não apenas em nível celular, mas como parte de um organismo. Qualquer alteração ou dano em nível celular pode afetar o organismo inteiro. Quando um agente externo, causador de estresse, interrompe a homeostase, pode ocorrer alguma enfermidade. Alguns exemplos de agentes externos, causadores de estresse, incluem lesão, falta de nutrientes e invasão de parasitas ou outros microorganismos. Em todo o curso de vida de uma pessoa, muitos causadores externos de estresse afetam o equilíbrio interno do organismo.

Conceitos de Fisiopatologia

Entendendo as células.

A célula é a estrutura básica de constituição do organismo. É o menor componente vivo de um organismo. Muitos organismos são constituídos de uma célula independente, minúscula ao microscópio. Outros, como os seres humanos, consistem em milhões de células agrupadas em unidades altamente especializadas que funcionam em conjunto durante toda a vida do organismo.
Grupos de numerosas células individuais formam os tecidos, como músculos, sangue e ossos. Os tecidos, por sua vez, formam os órgãos, como o cérebro, o coração e o fígado, os quais estão integrados aos sistemas do organismo – como o sistema nervoso central (SNC), o sistema cardiovascular e o sistema digestivo.
A célula animal típica é caracterizada por diversos elementos adicionais:
• O trifosfato de adenosina, a energia que estimula a atividade celular, é produzido pelas mitocôndrias.
• Os ribossomas e o retículo endoplasmático sintetizam proteínas e metabolizam gordura no interior da célula.
• Aparelho de Golgi mantém os sistemas enzimáticos que auxiliam a completar as funções metabólicas das células.
• Os lisossomas contêm enzimas que possibilitam a conclusão da digestão citoplasmática.

Divisão e reprodução celulares

As células de um indivíduo não vivem tanto quanto o indivíduo do qual fazem parte.Elas estão sujeitas ao desgaste e devem se reproduzir e ser substituídas. A maioria das células se reproduz tão rapidamente quanto morre.
A reprodução celular ocorre em dois estágios. No primeiro estágio, chamado mitose, o núcleo e o material genético dividem-se. No segundo estágio, chamado citocinese, o citoplasma divide-se, começando durante o estágio final da anáfase ou na telófase. No final da citocinese, a célula produz duas células-filhas.

Lesão celular

A condição de bem estar ou de doença de uma pessoa reflete nas células. A lesão de qualquer componente celular pode levar à doença.
Uma das primeiras indicações de lesão celular é uma lesão bioquímica que se forma sobre a célula no local da lesão. Essa lesão altera a química das reações metabólicas no interior da célula.
Considere, por exemplo, um paciente que sofre de alcoolismo crônico. As células do sistema imunológico podem ficar alteradas, tornando o paciente suscetível a infecções. Outras células, como as do pâncreas e do fígado, também são afetadas. Essas células não podem ser reproduzidas, o que impede o retorno ao funcionamento normal.
Quando a integridade celular encontra-se ameaçada – por exemplo, por toxinas, infecção, lesão física ou lesão por déficit – a célula reage de duas formas:
• ou utiliza suas reservas a fim de manter o funcionamento
• ou se adapta por meio de alterações ou através de disfunção celular.
Se a reserva celular estiver suficientemente disponível e o organismo não detectar anormalidades, a célula adapta-se. Se não houver reserva celular suficiente, ocorre a morte celular (necrose). A necrose é, em geral, localizada, e facilmente identificável.

Lesão Tóxica

As lesões tóxicas podem ser causadas por fatores dentro do organismo (denominados fatores endógenos) ou fora do organismo (denominados fatores exógenos). Os fatores endógenos comuns incluem erros metabólicos geneticamente determinados, malformações macroscópicas e reações de hipersensibilidades. Os fatores exógenos incluem álcool, chumbo, monóxido de carbono e drogas que modificam a função celular. Como exemplos dessas drogas temos os agentes quimioterápicos, utilizados no tratamento de câncer, e as drogas imunossupressoras, que evitam rejeição em receptores de órgãos transplantados.

Lesão infecciosa

Os agentes virais, fúngicos, protozoários e bacterianos podem causar lesão ou morte celular. Esses organismos afetam a integridade celular, em geral inferindo na síntese da célula, que, por sua vez, produz células não-viáveis, mutantes. Por exemplo, o vírus da imunodeficiência humana altera a célula quando o vírus se replica em seu ácido ribonucléico.

Lesão física

A lesão física resulta de uma ruptura na célula ou nas relações das organelas intracelulares. Os dois principais tipos de lesão física são: térmicos (elétricos ou por radiação) e mecânicos (traumatismo ou cirurgia). As causas de lesão térmica incluem radioterapia para o câncer, raios X e radiação ultravioleta. As causas de lesões mecânicas incluem acidentes em veículos motores, ulcerações produzidas pelo frio e isquemia.

Lesão por déficit

Quando ocorre um déficit de água, oxigênio ou nutrientes, ou se não forem mantidas uma temperatura constante e eliminação adequada de impurezas, a célula não consegue realizar a sua síntese. A falta de um desses requisitos básicos pode causar a lesão ou a morte da célula.

Degeneração celular

Um tipo de lesão celular não-letal, conhecido como degeneração, geralmente ocorre no citoplasma da célula, enquanto o núcleo permanece inalterado. Essa lesão, é em geral, afeta órgãos com células metabolicamente ativas, como o fígado, o coração e os rins, e é causada pelos seguintes problemas:
• acúmulo de água na célula ou tumefação celular
• infiltrados gordurosos
• atrofia
• autofagocitose, momento este em que as células absorvem alguns de seus próprios componentes
• alterações na pigmentação
• calcificação
• infiltração hialina
• hipertrofia
• displasia (relacionada à irritação crônica)
• Hiperplasia.

Conversando sobre a degeneração

Quando são identificadas alterações no interior das células, pode-se reduzir a degeneração ou evitar a morte celular por meio de pronto cuidado da saúde. Um microscópio eletrônico torna mais fácil a identificação de alterações no interior da célula. Quando uma doença é diagnosticada antes que o paciente se queixe de quaisquer sintomas, temos aí uma identificação subclínica. Infelizmente, muitas alterações celulares permanecem não identificadas mesmo que se utilize um microscópio, tornando impossível a detecção precoce.

Envelhecimento celular

Durante o processo normal de envelhecimento celular, as células perdem sua estrutura e função. A perda da estrutura celular pode causar uma diminuição do tamanho ou de definhamento, processo este denominado atrofia. As duas características de perda de função celular são:
• Hipertrofia, o espessamento anormal ou aumento de volume
• Hiperplasia, o aumento no número de células.
O envelhecimento celular pode ocorrer de forma lenta ou rápida, dependendo do número e da extensão das lesões, e da intensidade de desgaste sobre a célula.

Aviso: esta célula se autodestruirá

Os sinais de envelhecimento ocorrem em todos os sistemas orgânicos. Os exemplos incluem diminuição da elasticidade dos vasos sangüíneos, da motilidade intestinal, da massa muscular e da gordura subcutânea. O processo de envelhecimento celular limita o tempo de vida do ser humano. Certa teoria afirma que o envelhecimento celular é um mecanismo inerente de autodestruição que aumenta com a idade da pessoa.
A morte celular pode ser cauda por fatores internos (intrínsecos), que limitam o tempo de vida das células, ou por fatores externos (extrínsecos), que contribuem para a deterioração e o envelhecimento celulares.

Homeostase

O organismo encontra-se em constante esforço com o objetivo de manter um estado de equilíbrio interno dinâmico, estável, chamado homeostase. Cada célula do organismo está envolvida da manutenção da homeostase, não apenas em nível celular, mas como parte de um organismo.
Qualquer alteração ou dano em nível celular pode afetar o organismo inteiro. Quando um agente externo, causador de estresse, interrompe a homeostase, pode ocorrer alguma enfermidade. Alguns exemplos de agentes externos, causadores de estresse, incluem lesão, falta de nutrientes e invasão de parasitas ou outros microorganismos. Em todo o curso de vida de uma pessoa, muitos causadores externos de estresse afetam o equilíbrio interno do organismo.

Doença e mal-estar

Doença e mal-estar apresentam significados diferentes embora sejam comumente usados com o mesmo sentido. A doença ocorre quando a homeostase não é mantida. O mal-estar ocorre quando o estado de saúde de uma pessoa não está normal.
Por exemplo, a pessoa pode apresentar doença coronariana, diabetes ou asmas, mas não fica o tempo todo indisposta, porque seu organismo se adaptou à doença. Nessa circunstância, o indivíduo é capaz de realizar as atividades necessárias do cotidiano.

Fatores genéticos adicionais

Os fatores genéticos (como tendência à obesidade), comportamentos insalubres (como tabagismo), estresse, e até mesmo a percepção do paciente com relação à sua doença (como aceitação ou rejeição) influenciam o curso e o resultado de uma enfermidade. As doenças são dinâmicas e podem se manifestar de diversos modos, dependendo do paciente e do ambiente em que vivem.

Causa

Um aspecto da doença é sua causa (o termo acadêmico é etiologia). A causa da doença pode ser intrínseca ou extrínseca. Os traços herdados, a idade e o sexo da pessoa, a exposição a agentes infecciosos e os comportamentos pessoais (como inatividade, tabagismo ou uso de drogas) podem causar doenças. As doenças cujas causas não são conhecidas são denominadas idiopáticas.

Desenvolvimento

O desenvolvimento de uma doença é chamado de patogenia. A menos que identificada e tratada com sucesso, muitas doenças se desenvolvem de acordo com um padrão típico de sintomas. Algumas doenças são autolimitantes ou desaparecem rapidamente, com pouca ou nenhuma intervenção; outras são crônicas e nunca são curadas. Os pacientes com doenças crônicas podem sofrer remissão e exacerbação da doença.

Sinais indicadores

Em geral, descobre-se uma doença por causa do aumento ou da diminuição do metabolismo ou da divisão celular. Os sinais e sintomas podem incluir hipofunção, como constipação; hiperfunção, como o aumento da produção de muco; ou função mecânica aumentada, como convulsão.
A maneira pela qual as células respondem à doença depende do agente causador e das células, tecidos e órgãos afetados. A resolução da doença depende de muitos fatores, que estão atuando durante um período de tempo.

Estágios da doença

Tipicamente, o avanço da doença dá-se através dos seguintes estágios:
1. exposição ou lesão. O tecido-alvo é exposto a um agente casual ou é lesado.
2. latência ou período de incubação. Não há evidências de sinais ou sintomas.
3. período prodrômico. Os sinais e sintomas são, em geral, leves e inespecíficos.
4. fase aguda. A doença atinge sua intensidade total e, geralmente, aparecem as complicações. Se, durante essa fase, o paciente ainda conseguir viver adequadamente, de uma forma pré-doença, teremos a denominada fase aguda subclínica.
5. remissão. Essa segunda fase latente ocorre em algumas doenças e é, em geral, seguida por uma outra fase aguda.
6. convalescência. Nesse estágio de reabilitação, o paciente progride para recuperação após o término da uma doença.
7. recuperação. Nesse estágio, o paciente recupera a saúde ou suas funções normais. Não ocorre nenhum sinal ou sintoma de doença.

Estresse e doença

Quando ocorre um estimulo causador de estresse, como uma mudança de vida, a pessoa pode responder de uma entre as duas maneiras seguintes: através da adaptação bem-sucedida ou não se conseguindo adaptar. Uma adaptação ruim ao estresse pode resultar em uma doença. O agente básico, causador do estresse, pode ser real ou percebido.

Estágios do estresse

Hans Selye, um pioneiro no estudo de estresse e doença, descreveu os estágios de adaptação a um evento estressante: alarme, resistência e exaustão ou recuperação.
O estágio de alarme, o organismo sente o estresse, e o SNC é despertado. O organismo libera substâncias químicas a fim de mobilizar a resposta luta-ou-fuga. Essa liberação é a torrente de adrenalina associada ao pânico ou agressão. No estágio de resistência, o organismo adapta-se e alcança a homeostase, ou falha ao se adaptar e entra no estágio de exaustão, resultando em doença.

Tudo sob controle

A resposta do estresse é controlada pelas ações que ocorrem nos sistemas nervoso e endócrino. Essas ações tentam redirecionar a energia ao órgão – como o coração, os pulmões ou o cérebro – que se encontra mais afetado pelo estresse.

Ligação mente e corpo

Os agentes causadores de estresse psicológico podem induzir uma resposta prejudicial, levando a uma enfermidade identificável ou a um grupo de sintomas. Os agentes causadores de estresse psicológico, como a morte de um ente querido, também podem provocar uma resposta inadequada. Os eventos estressantes podem exacerbar algumas doenças crônicas, como o diabetes e a esclerose múltipla. Estratégias eficazes de como lidar com o processo podem prevenir ou reduzir os efeitos prejudiciais do estresse.

Entendendo o câncer

O Câncer ocupa a segunda posição – a primeira pertence à doença cardiovascular – como a principal causa de morte nos Estados Unidos. Uma em cada mortes é devida ao câncer. Alguns epidemiologistas prevêem que, em 2010, o câncer ocupará a posição da doença cardiovascular. A cada ano, mais de 1 milhão de casos de câncer são diagnosticados nos Estados Unidos, e 550.000 pessoas morrem de causas relacionadas ao câncer.

Importância da detecção precoce

Na maioria dos casos, a detecção precoce do câncer possibilita um tratamento mais eficaz e um prognóstico melhor para o paciente. A avaliação cuidadosa, começando com a história completa do paciente, é decisiva. Para se obter as informações de avaliação, é necessário questionar o paciente acerca dos fatores de risco, como tabagismo, história familiar de câncer e exposição a riscos potenciais.

Crescimento anormal das células

O Câncer é classificado de acordo com os tecidos ou células sangüíneas em que se origina. A maioria dos cânceres deriva de tecidos epiteliais e é denominada carcinoma. Outros provêm dos seguintes tecidos e células:
• tecidos glandulares (adenocarcinomas)
• tecido conjuntivo, muscular e ósseo (sarcomas)
• tecido do cérebro e medula espinhal (gliomas)
• células pigmentadas (melanomas)
• células plasmáticas (mielomas)
• tecido linfático (linfomas)
• leucócitos (leucemia)
• eritrócitos (eritroleucemia)

Crescimento descontrolado

Primeiramente as células do câncer se desenvolvem a partir da mutação em uma única célula. Esta célula cresce sem o controle que caracteriza o crescimento celular normal. Num determinado estágio de desenvolvimento, a célula do câncer não mais consegue amadurecer a ponto de se tornar o mesmo tipo normal de célula da qual se originou. Além desse crescimento localizado não controlado, as células do câncer são capazes de se disseminar a partir do local de origem, um processo chamado metástase.
As células do câncer disseminam-se por metástase de três maneiras:
1. Circulando através do sangue e sistema linfático.
2. Através de transplantação acidental durante uma cirurgia.
3. Disseminando-se para órgãos e tecidos adjacentes.

O que causa o câncer?

Uma transformação celular, de normal para cancerosa, é determinada carcinogênese. A carcinogênese não apresenta uma causa simples, mas provavelmente resulta de interações complexas entre carcinógenos virais, físicos e químicos, e fatores genéticos, de dieta, imunológicos e hormonais.

Células muito expostas

A relação entre a exposição excessiva aos raios solares do tipo ultravioleta e o câncer de pele encontra-se bem estabelecida. A lesão causada pela luz ultravioleta e a subseqüente queimadura provocada pelo sol também podem estar vinculadas ao melanoma.
A exposição à radiação pode induzir o desenvolvimento de tumor. Outros fatores, como o tipo de tecido do paciente, idade e condição hormonal, também contribuem para o efeito carcinogênico.

Algo no ambiente

Substâncias no meio ambiente podem causar câncer ao lesar o ácido desoxirribonucléico nas células. Os exemplos de carcinógenos comuns e cânceres relacionados são:
• Tabaco (câncer pulmonar, pancreático, renal, da bexiga e do esôfago)
• Asbesto e hidrocarbonetos aromáticos transportados pelo ar (câncer pulmonar)
• Agentes alquilantes (leucemia)

Fator imunológico

As evidências sugerem que um sistema imunológico gravemente comprometido pode levar ao desenvolvimento de determinados cânceres. Os receptores de órgãos transplantados que recebem imunossupressores e os pacientes com imunodeficiência adquirida apresentam risco aumentado de determinado cânceres, como o sarcoma de Kaposi, linfoma não-Hodgkin e o câncer de pele.

O perigo na alimentação

O câncer colorretal está associado a dietas ricas em proteínas e gorduras. Aditivos alimentares, como os nitratos, e métodos de preparação do alimento, como os feitos em grelhas sobre carvão vegetal, também contribuem para o câncer.

Câncer de mama

O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres. Embora a doença possa desenvolver-se a qualquer tempo após a puberdade, 70% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos de idade.

Fisiopatologia

As causas exatas do câncer de mama ainda são difíceis de se compreender. Os cientistas descobriram genes específicos ligados ao câncer de mama (denominados BRCA1 e BRCA2), os quais, por sua vez, confirmam que a doença pode ser herdada da mãe ou do pai. As pessoas que herdam qualquer um desses genes têm 80% de chances de desenvolver o câncer de mama. Outros fatores significativos de riscos foram identificados. São eles:
• História familiar de câncer de mama
• Exposição à radiação
• Mulher na pré-menopausa com mais de 45 anos de idade
• Obesidade
• Início precoce da menstruação ou menopausa tardia
• Nulípara (nunca ficou grávida)
• Primeira gravidez após os 35 anos de idade
• Dieta rica em gordura
• Câncer do endométrio ou do ovário
• Terapia com estrogênio
• Uso de álcool
• Doença benigna da mama.
Cerca de metade de todos os cânceres de mama desenvolvem-se no quadrante superior externo.

Câncer colorretal

O Câncer colorretal responde por 10% a 15% de todos os novos casos de câncer nos Estados Unidos. Ele ocorre igualmente em ambos os sexos, e é a terceira causa mais freqüente de morte por câncer em homens e a segunda em mulheres. O câncer colorretal incide mais comumente em pessoas com mais de 60 anos de idade.

A importância da avaliação completa

Uma vez que o câncer colorretal avança lentamente e permanece localizado por um longo período, a detecção precoce é a chave para a recuperação. A menos que o tumor se dissemine por metástases, a taxa de sobrevida de 5 anos é de 80% para câncer do reto e de 85% para câncer do cólon.

Doença de Hodgkin

Este tipo de câncer provoca aumento progressivo e indolor dos linfonodos, baço e dos outros tecidos linfóides.
A doença de Hodgkin apresenta uma incidência mais alta em homens, é um pouco mais comum em homens brancos e ocorre mais comumente em duas faixas etárias: de 15 a 38 anos e após os 60 anos de idade. Uma história familiar aumenta a probabilidade de se adquirir a doença.
Embora a doença seja fatal se não tratada, avanços recentes tornaram a doença de Hodgkin potencialmente curável, mesmo em estágios avançados. Com tratamento adequado, cerca de 90% dos pacientes vivem, no mínimo por 5 anos.

Leucemia aguda

A leucemia aguda é uma forma de leucemia. A leucemia refere-se a um grupo de doenças malígnas caracterizado pela proliferação e maturação anormal de linfócitos e células não-linfócídicas, levando à supressão de células normais.

Fatos sobre leucemia

Classificação
As leucemias são classificadas como:
• Crônica ou aguda
• Mielóide ou linfóide

Estatísticas
• Nos Estados Unidos, cerca de 30.800 pessoas desenvolvem leucemia anualmente.
• A leucemia é mais comum em homens brancos (especialmente os de ascendência judia),e em pessoas que vivem em áreas urbanas e industrializadas.

Se não tratada, a leucemia aguda é fatal, em geral devido a complicações por causa da infiltração de células leucêmicas na medula óssea ou em órgãos vitais. Com tratamento, o prognóstico varia.
Os dois tipos de leucemia aguda são leucemia linfocítica aguda e leucemia mielógena aguda (também conhecida como leucemia não-linfocítica aguda ou leucemia mieloblástica aguda).

Melanoma malígno

O melanoma malígno é o mais letal dos cânceres de pele. Ele responde por 1% a 2% de todos os tumores malígnos, é um pouco mais comum em mulheres, incomum em crianças e ocorre com mais freqüência entre as idades de 40 e 50 anos. A incidência em grupos etários mais jovens está aumentando por causa da exposição excessiva ao sol ou, possivelmente, devido à diminuição da camada de ozônio.

Fisiopatologia

Essa doença surge de melanócitos (células que sintetizam o pigmento de melanina). Além da pele, os melanócitos também são encontrados nas meninges, no canal alimentar, no trato respiratório e nos linfonodos.
O melanoma dissemina-se através dos sistemas linfático e vascular e se espalha por metástases para os linfonodos regionais, a pele, o fígado, os pulmões e para o SNC. Na maioria dos pacientes, as lesões superficiais são curáveis, porém lesões mais profundas são as mais prováveis de formarem metástases.
Os locais comuns são a cabeça e o pescoço em homens, as pernas em mulheres e a costas de pessoas que se expuseram excessivamente aos raios solares. Até 70% dos melanomas malignos resultam de um nervo preexistente (malformação circunscrita da pele) ou de um sinal.

Câncer da próstata

O câncer da próstata é o câncer mais comum que afeta os homens e a Segunda causa de morte por câncer. Cerca de 85% desses cânceres se originam no lobo posterior da próstata; os demais desenvolvem-se próximos da uretra. O adenocarcinoma é a forma mais comum.
O câncer da próstata responde por cerca de 22% de todos os cânceres, com a incidência mais alta entre a raça negra, e a mais baixa entre os asiáticos. A condição socioeconômica e a fertilidade não parecem ser fatores.

Fisiopatologia

Os fatores de riscos do câncer da próstata incluem:
• Idade superior a 40 anos
• Dieta rica em gorduras saturadas
• Fatores hormonais. (A testosterona pode iniciar ou promover o câncer da próstata)

Entendo a infecção

Infecção é a resposta do organismo hospedeiro a um patógeno, ou a uma substância causadora de doença. Ocorre quando microorganismos destruidores de tecido penetram e se multiplicam no corpo. Algumas infecções assumem a forma de incômodos menores, como resfriados e infecções no ouvido. Outras resultam numa condição de ameaça à vida, sepse, que provoca vasodilatação disseminada e insuficiência múltipla de órgãos.

Vírus

Os vírus são parasitas genéticos microscópicos que podem conter material genético como o ácido desoxirribonucléico (DNA) ou o ácido ribonucléico. Esses microrganismos não têm capacidade metabólica e necessitam de uma célula hospedeira para se replicarem.

Pique-esconde viral

As infecções virais ocorrem quando as respostas inflamatórias e imunológicas normais falham. O vírus se desenvolve na célula e “se esconde lá”. Uma vez introduzido na célula hospedeira, a cápsula interna libera material genético, provocando a infecção. Alguns vírus circundam a célula hospedeira e a preservam; outros matam a célula hospedeira ao contato.

Bactérias

As bactérias são microrganismos unicelulares que degradam tecido morto.Não possuem núcleo verdadeiro e se reproduzem por divisão celular. As bactérias patogênicas contém proteínas que danificam a célula, que provocam infecção. Essas proteínas ocorrem de duas formas:
• Exotoxinas – liberadas durante o crescimento celular
• Endotoxinas – liberadas quando a parede celular bacteriana se decompõe.
Essas endotoxinas provocam febre e não são afetadas por antibióticos.
As bactérias são classificadas de diversas outras maneiras, como pela forma, necessidades para crescimento, motilidade, e por serem aeróbias (necessitando de oxigênio) ou anaeróbias.

Fungos

Os fungos são microrganismos não-fotossintéticos que se reproduzem assexuadamente (por divisão). São grandes quando comparados a outros microrganismos, e contêm um núcleo verdadeiro. Os fungos são classificados como:
• Leveduras - anaeróbios facultativos unicelulares, redondos, que podem viver com ou sem oxigênio.
• Bolores – microrganismos aeróbios multinucleados e filamentosos.

Há um fungo no nosso meio

Embora os fungos sejam parte da flora normal do corpo humano, eles podem se produzir em excesso, especialmente quando a flora normal está comprometida. Por exemplo, as infecções leveduriformes vaginais podem ocorrer com tratamento com antibióticos porque a flora normal é morta pelo antibiótico, permitindo a reprodução das leveduras. As informações causadas por fungos são denominadas infecções micóticas, porque os fungos patogênicos liberam micotoxinas. A maioria dessas infecções é leve, a menos que se tornem sistêmicas ou se o sistema imunológico do paciente estiver comprometido.

Parasitas
As infecções parasitárias são incomuns, excetos nos climas quentes e úmidos. Os parasitas são organismos unicelulares que dependem de um hospedeiro para alimentação e de um meio protetor. As infecções parasitárias mais comuns, como infestação por tênia, ocorrem nos intestinos.

Barreira contra a infecção

Uma pessoa saudável geralmente consegue eliminar as infecções, utilizando os próprios mecanismos de defesa do organismo. O corpo possui muitas barreiras próprias contra infecção, como a pele as secreções oriundas dos olhos, vias nasais, glândulas prostáticas, testículo, estômago e vagina. A maior parte dessas secreções contém partículas destruidoras de bactérias denominadas lisozimas. Outras estruturas corpóreas, como os cílios nas vias aéreas pulmonares que varrem material estranho das vias respiratórias, também oferecem proteção contra infecção.

Trilhões de habitantes inofensivos

A flora normal é composta por microrganismos inofensivos que residem sobre e dentro do corpo. São encontradas na pele e no nariz, na boca, na faringe, no intestino distal, no cólon, na uretra distal e na vagina. A pele contém 100.000 microrganismos por centímetro quadrado. E trilhões de microrganismo são secretados do trato gastrintestinal diariamente.
Muitos desses microrganismos proporcionam funções protetoras úteis. Por exemplo, a flora intestinal ajuda a sintetizar a vitamina K, que é uma parte importante de coagulação do sangue.

O processo da infecção

A infecção ocorre quando os mecanismos de defesa do corpo são rompidos ou quando certas propriedades dos microrganismos, como virulência ou produção de toxina, superam o sistema de defesa.
Outros fatores que propiciam a infecção incluem:
• Má nutrição
• Estresse
• Umidade
• Condições sanitárias precária
• Condições de vida em aglomerados
• Poluição
• Poeira

Entrar, atacar e se disseminar

A infecção ocorre quando um patógeno penetra o corpo através do contato direto, também por inalação, ingestão, ou pela picada de um inseto ou mordida de um animal. Então, o patógeno liga-se a uma célula e libera enzimas que destroem a membrana protetora da célula. Em seguida, dissemina-se através da corrente sanguínea e linfática, finalmente se multiplicando e produzindo infecção no tecido-alvo ou no órgão-alvo.

Atacando quando existe oportunidade

As infecções que acometem pessoas com o sistema imunológico fraco, alterado são denominadas infecções oportunistas. Os pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) são invadidos por infecções oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis carinii.

Entendendo o sistema imunológico

O organismo se autoprotege contra microrganismos infecciosos e outros invasores nocivos por meio de uma rede elaborada de defesa chamada sistema de defesa do hospedeiro. Este sistema apresenta três linhas de defesa:
1. Barreiras físicas e químicas contra infecções
2. Resposta inflamatória
3. Resposta imunológica.
As barreiras físicas, como as membranas cutâneas e mucosas, impedem que a maioria dos microrganismos invadam o corpo. Os microrganismos que penetram nesta primeira barreira acionam simultaneamente as respostas inflamatórias e imunológica. Essas duas reações envolvem as células-tronco da medula óssea, as quais formam as células sangüíneas.

Estruturas do sistema imunológico

As quatros estruturas a seguir compõem o sistema imunológico do organismo:
• Linfonodos
• Timo
• Baço
• Tonsilas.

Linfonodos

Os linfonodos encontram-se distribuídos ao longo dos vasos linfáticos em todo o organismo. Eles filtram o fluído linfático que drena dos tecidos corpóreos e, mais tarde, retorna ao sangue em forma de plasma.

Agentes duplos

Os linfonodos também removem as bactérias e as toxinas do sistema circulatório. Isto significa que, de vez em quando, os agentes infecciosos podem se disseminar através do sistema linfático.

Timo

O timo, localizado na área do mediastino (entre os pulmões), secretam um grupo de hormônios que possibilitam aos linfócitos se transformarem em células T maduras.

“T” significa “tenaz”

As células T atacam as células estranhas ou anormais e regulam a imunidade medida por células.

Baço

O baço, maior órgão linfático, age como um reservatório de sangue. As células do tecido esplênico, denominadas macrófagos, limpam os fragmentos celulares e processam a hemoglobina.

Tonsilas

As tonsilas consistem em tecido linfóide e também produzem linfócitos.

Protegendo-se contra ataques aéreos

A localização das tonsilas possibilitam-nas proteger o organismo contra patógenos transportados pelo ar e ingeridos.

Tipos de imunidade

Determinadas células possuem a capacidade de distinguir entre uma matéria estranha e o que pertence ao organismo – uma habilidade conhecida como imunocompetência. Quando substâncias estranhas invadem o organismo, dois tipos de respostas imunológicas são possíveis: a imunidade celular e a imunidade humoral.

Imunidade medida por células

Na imunidade medida por células, as células T respondem diretamente aos antígenos (substâncias estranhas, como bactérias ou toxinas, que influenciam na formação de anticorpos). Essa resposta implica a destruição das células-alvo – como as células infectadas por vírus e as células do câncer – através da secreção de linfocinas (proteínas dos linfócitos). Os exemplos de imunidade mediada por células são: rejeição de órgãos transplantados e respostas imunológicas retardadas que combatem a doença.
Trinta e seis por cento do glóbulos brancos sangüíneos são células T. Acredita-se que essas células se originem a partir das células-tronco na medula óssea; a glândula timo controla o amadurecimento das célulasT. Nesse processo, produz-se uma grande quantidade de células antígeno-específicas.

Licença para matar, cooperar ou reprimir

As células T podem ser killer [assassinadas], helper [cooperativas] ou supressoras.
• As células killer ligam-se à superfície da célula invasora, rompem a membrana e a destroem, alterando seu meio interno.
• As células helper estimulam o amadurecimento da células B em células plasmáticas, que começam a sintetizar e secretar imonoglobulinas (proteínas com conhecida atividade de anticorpo).
• As células supressoras reduzem a resposta humoral.

Imunidade humoral

As células B agem diferentemente das células T quanto ao reconhecimento e a destruição que antígenos. As célualas B são responsáveis pela imunidade humoral ou pela imunidade mediada por, imunoglobulinas. As células B originam-se na medula óssea e se transformam em plasmócitos, os quais produzem anticorpos (moléculas de imunoglobulina que interagem com um antígeno específico). Os anticorpos destroem as bactérias e os vírus e, com isso, impedem-nos de penetrar nas células hospedeiras;

Conheça a sua imunoglobulina

Existem cinco classes de imunoglobulina:

1. A imunoglobulina G (IgG) compõe cerca de 80% dos anticorpos plasmáticos. Ela aparece em todos os fluidos corpóreos e é o principal anticorpo antibacteriano e antiviral.
2. A imunoglobulina M (IgM) é a primeira imunoglobulina produzida durante uma resposta imunológica. É muito grande para atravessar facilmente as barreiras do tipo membrana e se encontra, em geral, presente apenas no sistema vascular.
3. A imunoglobulina A (IgA) é encontrada principalmente nas secreções do organismo, como saliva, suor, lágrimas, muco, bile e colostro. Ela age contra os patógenos das superfícies corpóreas, especialmente os que penetram os tratos respiratório e gastrintestinal.
4. A imunoglobulina D (IgD) encontra-se presente no plasma e é facilmente degradada. É o anticorpo predominante sobre a superfície das células B e é, em sua essência, um receptor de antígeno.
5. A imunoglobulina E (IgE) é o anticorpo envolvido nas reações de hipersensibilidade imediata, ou reações alérgicas que se desenvolvem em poucos minutos de exposição a um antígeno. A IgE estimula a liberação de grânulos de mastócitos, que contêm histamina e heparina.

Agradecido pelo complemento

Componente da imunidade humoral, o sistema complemento é um mediador importante da resposta inflamatória. Consiste em 20 proteínas que circulam como moléculas funcionalmente inativas.
O sistema provoca inflamação através do aumento da:
• Permeabilidade vascular
• Quimiostase (equilíbrio químico)
• Fagocitose (engolfamento de partículas estranhas por meio de células denominadas fagócitos)
• Lise de célula estranha.
Na maioria dos casos, necessita-se de uma reação antígeno-anticorpo para se ativar o sistema complemento, um processo chamado de cascata do complemento.
Distúrbios imunológicos

São três os principais tipos de distúrbios da resposta imunológica:
1. distúrbio de imunodeficiência
2. distúrbio de hipersensibilidade
3. distúrbios auto-imunes.

Ausente ou deprimido

Os distúrbios de imunodeficiência têm sua origem num sistema imunológico ausente ou deprimido. Alguns exemplos incluem a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), síndrome de DiGeorge, síndrome da fadiga crônica e síndrome da disfunção imunológica.

O ofensor é um alérgeno

Quando um alérgeno (uma substância a que uma pessoa é alérgica) penetra o organismo, ocorre uma reação de hipersensibilidade. Esta pode ser imediata ou retardada. As reações de hipersensibilidade são classificadas como:
• tipo I (reações alérgicas mediadas por IgE)
• tipo II (reações citotóxicas)
• tipo III ( reações por imunocomplexo)
• tipo IV (reações mediadas por células).

Um corpo dividido contra si próprio

Como resultado dos distúrbios imunológicos, o organismo inicia uma resposta imunológica contra si próprio. Isto leva a uma seqüência de reações e danos tissulares que podem produzir sinais e sintomas sistêmicos difusos.
Os exemplos de distúrbios auto-imunes incluem artrite reumatóide, lúpus eritematoso, dermatomiosite e vasculite.

Doenças causadas pelo HIV

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente infeccioso responsável pelo distúrbio do sistema imunológico denominado doença do HIV. Essa doença caracterizada pela diminuição progressiva da capacidade do sistema imunológico, destrói as células T e, por conseguinte, a resposta mediada por células. Essa imunodeficiência torna o paciente mais suscetível a infecções e cânceres incomuns.

Fisiopatologia

O HIV é um retrovírus de base RNA que exige um hospedeiro humano para se replicar. O tempo médio da infecção provocada pelo HIV e o desenvolvimento da AIDS é de 8 a 10 anos.
O HIV destrói as células CD4+ - também conhecidas como células T helper – que regulam a resposta imunológica normal. O antígeno CD4+ age como um receptor de HIV e possibilita sua invasão. Em seguida, no interior da célula CD4+, o vírus se replica, causando a morte da célula.

O que dizem os exames

O CDC recomenda a testagem para HIV um mês depois de um possível contágio – duração de tempo aproximada antes que os anticorpos possam ser detectados no sangue. Entretanto um paciente infectado pode obter exames negativos por mais de 35 meses. Os testes de anticorpos em recém-nascidos também podem não ser confiáveis, porque os anticorpos transferidos da mãe persistem por até 10 meses, induzindo um resultado falso-positivo.

Renite alérgica

Fisiopatologia

A renite alérgica é uma resposta de hipersensibilidade do tipo I, mediada por IgE, a um alérgeno do meio ambiente em um paciente geneticamente suscetível.
A febre do feno ocorre na primavera, no verão e no outono e, em geral, é induzida por polens de árvores, gramas e de ervas daninhas que são transportados pelo ar. No verão e no outono, esporos de bolores também provocam essa alergia.
Os principais alérgenos e irritantes perenes incluem a poeira doméstica e ácaros da poeira, plumas, bolores, fungos fumaça de tabaco, materiais ou substâncias químicas processados e pequenas escamas de pêlo ou penas de animais.
O inchaço das membranas mucosas nasais pode dar início a infecções sinusais secundárias e a infecções do ouvido médio, especialmente na renite alérgica perene. Os pólipos nasais causados pelo edema e pela infecção podem aumentar a obstrução nasal. Bronquite e pneumonia são complicações possíveis.

Anafilaxia

Reação alérgica aguda do tipo I, a anafilaxia provoca urticária súbita e progressiva de maneira rápida, e angústia respiratória. Uma reação grave pode levar a colapso vascular, choque sistêmico e até mesmo à morte.

Lúpus eritematosos.

O lúpus eritematoso, um distúrbio crônico, inflamatório auto-imune, que afeta os tecidos conjuntivos, abrangem duas formas: discóides e sistêmica. O primeiro tipo afeta apenas a pele; o segundo tipo afeta múltiplos órgãos e pode ser fatal.
O lúpus eritematoso discóide (LED) provoca lesões superficiais – normalmente sobre as bochechas e a ponte do nariz - que deixam marcas após a cicatrização. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é caracterizado pelas remissões e exacerbações recorrentes, sazonais, especialmente durante a primavera e o verão.
Cerca de 16.000 novos casos de LES são diagnosticados a cada ano. O lúpus eritematoso atinge as mulheres com uma freqüência 8 vezes maior que os homens e acontece numa freqüência 15 vezes maior durante os anos férteis. LES ocorre em todo o mundo, porém é mais predominante entre asiático se negros.

Artrite reumatóide

Uma doença crônica, sistêmica, inflamatória, a artrite reumatóide geralmente ataca as articulações periféricas e os músculos, tendões, ligamentos e vasos sanguíneos circundantes. Remissões espontâneas e exacerbações imprevisíveis marcam o curso dessa doença potencialmente incapacitadora.
A artrite reumatóide incide sobre as mulheres com uma freqüência três vezes maior do que em homens e, embora ocorra em todas as faixas etárias, o início, nas mulheres, dá-se entre as idades de 35 a 50 anos.

Distúrbios genéticos

Lábio fendido e fenda palatina

As malformações do tipo lábio fendido e fenda palatina ocorrem em cerca de 1 em 800 nascimentos. O lábio fendido, com ou sem fenda palatina, é mais comum no sexo masculino, e fenda palatina individualmente é mais comum no sexo feminino. A ingestão de alimentos é afetada pelo lábio e palato anormais. Além disso, as crianças com fenda palatina freqüentemente apresentam problemas de audição provocados por lesão ou infecção no ouvido médio.

Fibrose cística

Uma doença hereditária, progressiva e crônica, a fibrose cística é a doença genética fatal mais comum em crianças brancas. Quando ambos os genitores transportam o gene recessivo, cada gestação tem uma possibilidade de 25% de gerar um ser que herdará a doença.
A incidência da fibrose cística é mais alta em brancos (1 em 3300 nascimentos). É menos comum em negros (1 em 15300 nascimentos), índios americanos e asiáticos. Ocorre com igual freqüência em ambos os sexos.

Síndrome Down

Primeiro distúrbio atribuído a uma aberração cromossômica, a síndrome de Down produz retardo mental, características faciais típicas e anormalidades físicas diferenciadoras. Também está associada a defeitos cardíacos e outros distúrbios congênitos.
A expectativa de vida e a qualidade de vida para os pacientes com a síndrome de Down aumentaram de forma significativa por causa dos aperfeiçoamentos no tratamento de complicações relacionadas e dos melhores programas de orientação de desenvolvimento. Não obstante, até 44% dos pacientes com doença cardíaca congênita morrem antes de alcançarem um ano de idade.
Hemofilia

Distúrbio hemorrágico hereditário, a hemofilia afeta mais freqüentemente o sexo masculino. Os casos no sexo feminino são extremamente raros. É a doença genética ligada ao X mais comum, ocorrendo em cerca 125 entre 1 milhão de nascimentos do sexo masculino.
Podem ocorrer dois tipos de hemofilia:
• hemofilia A, ou hemofilia clássica, que afeta mais de 80% de todos os hemofílicos.
• Hemofilia B, ou doença de Christmas, que afeta 15% de todos os hemofílicos. (em 1952, pesquisadores estudando um menino de 10 anos de idade, denominado Stephen Christmas, descobriram que a hemofilia do menino era diferente das outras formas que eles estudavam, e a denominaram doença de Christmas.)
A gravidade e o prognóstico da doença variam com o grau de deficiência ou de não função e o local do sangramento. Os avanços no tratamento melhoram bastante o prognóstico, e muitos pacientes apresentam ciclo de vida normal.

Síndrome de Marfan

A síndrome de Marfan é uma doença hereditária do tecido conjuntivo que causa primariamente anomalias oculares, esqueléticas e cardiovasculares. Os sinais e sintomas variam desde leves até graves. O distúrbio afeta homens e mulheres da mesma forma, com uma incidência de cerca de 1 em cada 10 mil pessoas.

Fenilcetonúria

A fenilcetonúria
É um erro inato no metabolismo do aminoácido fenilalanina. Provoca níveis séricos altos de fenilananina e concentrações urinárias aumentadas de fenilananina e seus subprodutos. Resulta em lesão cerebral e retardo mental.
O distúrbio ocorre em cerca de 1 em cada 14.000 nascimentos nos Estados Unidos, e cerca de uma pessoa a cada sessenta é portadora assintomática. A fenilcetonúria tem uma incidência baixa entre negros e judeus asquenase e incidência alta entre pessoas de origem irlandesa ou escocesa.

Anemia falciforme

A anemia falciforme é uma doença hematológica congênita que provoca comprometimento da circulação, saúde cronicamente debilitada e morte prematura. É mais comum em africanos dos trópicos e em pessoas de ascendência africana, mas também ocorre em Porto Rico, Turquia, Índia, Oriente médio e no mediterrâneo. Se dois portadores tiverem filho, cada filho terá 1 chance em 4 de desenvolver a doença. Cerca de 1 em cada 10 negros porta o gene anormal, e 1 em cada 400 a 600 crianças negras apresentam anemia falciforme.

Doença de Tay-Sachs

A doença de Tay-Sachs resulta de uma deficiência congênita de enzima.. Causa deterioração mental e motora progressivas e é sempre fatal, geralmente antes dos cinco anos de idade. Ocorre em menos de 100 lactentes nascidos a cada ano nos Estados Unidos, e acomete pessoas de ascendência judia asquenase cerca de cem vezes mais freqüente do que a população geral.
Nesse grupo étnico, ocorrem em cerca de 1 em cada 3.600 nativivos. Cerca de 1 em 30 é portador heterozigótico do gene defeituoso. Se dois portadores tiverem filhos, cada elemento da prole terá uma possibilidade de 25% de apresentar a doença de Tay-Sachs.

Sistema endócrino

Entendendo o sistema endócrino.

O sistema endócrino consiste em glândulas, agrupamentos celulares especializados e hormônios, transmissores químicos secretados pelas glândulas em resposta aos estímulos.
Juntamente com o sistema nervoso central (SNC), o sistema endócrino regula e integras as atividades metabólicas do organismo e mantém a homeostase.

Doença de Addison

A doença de Addison, também denominada hipofunção adrenal ou insuficiência adrenal, ocorre de duas formas: primária e secundária. Essa doença é um distúrbio relativamente incomum, que acomete pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Primária ou secundária, a doença de Addison pode chegar à crise adrenal.

Síndrome de Cushing

A síndrome de Cushing é um conjunto de anormalidades físicas provocadas quando as glândulas adrenais secretam glicocorticóides em excesso. Também pode ser causada pela secreção excessiva de androgênio. Quando o excesso de glicocorticóide for devido a condições dependentes da pituitária, tal condição denomina-se síndrome de Cushing.

Diabetes insípido

O diabetes insípido é um distúrbio no metabolismo da água, causado pela deficiência do ADH, também chamado de vasopressina. A ausência de ADH possibilita a secreção, e não a reabsorção, de água filtrada na urina.A doença provoca micção excessiva, sede e ingestão de líquido excessivas. Pode surgir primeiramente na infância ou no início da idade adulta e é mais comum em homens do que em mulheres.

Diabetes Melito

O diabetes melito é a doença em que o organismo não produz ou não faz uso adequado da insulina, levando à hiperglicemia
A doença ocorre em duas formas principais:
1. Tipo1 (outrora referida como diabetes melito dependente de insulina)
2. Tipo 2 (outrora denominada diabetes melito não-dependente de insulina), a forma mais prevalente.
Também existem várias formas secundárias, causadas por condições como doença pancreática gravidez (diabetes melito gestacional), proble,as hormonais ou genéticos ou determinadas drogas ou substâncias químicas.
O diabetes melito afeta cerca de 6% de toda a população dos Estados Unidos (16 milhões de pessoas), e cerca de metade delas encontra-se não diagnosticada. O diabetes é a sétima causa que leva à morte nos Estados Unidos.

Bócio

O bócio é uma aumento da glândula tireóide. Não é causado por inflamação ou neoplasma e não está, inicialmente, associado a hipertireoidismo ou a hipotireoidismo. Esta condição é comumente denominada como bócio não-tóxico. O bócio é classificado de dois modos:
1. endêmico, provocado pela ausência de iodo na dieta.
2. esporádico, relacionada a ingestão de determinadas drogas ou alimentos e ocorre ao acaso.
O bócio não-tóxico é mais comum em mulheres, especialmente durante a adolescência, gravidez e menopausa. Nessas fases, ocorre aumento da necessidade de hormônios tireoidianos.

Hipertireoidismo

Quando o hormônio da tireóide é produzido em excesso, cria um desequilíbrio metabólico chamado hipertireoidismo ou tirotoxicose. O excesso de hormônio tireoidiano pode provocar vários distúrbios na tireóide; a doença de Graves é mais comum.

Quão grave é a doença de Graves?

É um distúrbio auto-imune que causa bócio e alterações sistêmicas múltiplas. Na maioria das vezes, ocorrem em pessoas com idade entre 30 e 60 anos, especialmente quando suas respectivas histórias familiares incluem anormalidades tiroidianas. Apenas 5% dos pacientes têm menos de 15 anos de idade.

Hipotireoidismo

Na deficiência hormonal tireoidiana (hipotireoidismo) em adultos, os processos metabólicos tornam-se menos ativos. Isto ocorre devido a um déficit em T3 ou T4, reguladores do metabolismo. O distúrbio é mais prevalente em mulheres e em pessoas com síndrome de Down. Sua incidência nos Estados Unidos está aumentando nas pessoas com idade entre 40 e 50 anos.

Primário ou secundário

O hipotireoidismo é classificado como primário ou secundário. A forma primária resulta de um distúrbio da própria glândula tireóide. A forma secundária resulta do insucesso em estimular a função normal da tireóide. Essa forma secundária resulta do insucesso em estimular a função normal da tireóide. Essa forma pode avançar até o coma por mixedema, uma emergência médica.

Entendendo o sistema respiratório

O sistema respiratório compõe-se de dois pulmões, vias aéreas condutoras e vasos sangüíneos associados.
A principal função do sistema respiratório é a troca de gases. Durante essa troca, o ar é levado ao corpo através da inalação (inspiração) e percorre as vias respiratórias até os pulmões. Nos pulmões, o oxigênio (O2) substitui o dióxido de carbono (CO2) no sangue, e o CO2 é expelido do organismo através da exalação (expiração).
Doenças ou traumatismos podem interferir na função vital do sistema respiratório, afetando quaisquer das estruturas e funções seguintes:
• Vias aéreas condutoras
• Pulmões
• Mecanismos de respiração
• Controle neuroquímico da ventilação.

Distúrbios respiratórios

Síndrome da angústia respiratória adulta

A SARA é uma forma de edema pulmonar que pode levar rapidamente a insuficiência respiratória aguda. Também conhecida como pulmão de choque, pulmão rijo, pulmão branco, pulmão úmido ou pulmão de Da Nang, a SARA pode resultar de uma lesão pulmonar direta ou indireta. É difícil de se diagnosticar e pode vir a ser fatal nas 48 horas iniciais se não prontamente diagnosticada e tratada. A taxa de mortalidade associada à SARA permanece entre 50% a 70%.

Asbestose

A asbestose é caracterizada por fibrose pulmonar intersticial difusa. A exposição prolongada às partículas de asbestos transportadas pelo ar provoca placas pleurais e tumores da pleura e do peritônio. A asbestose pode desenvolver-se em 15 a 20 anos após o término do período de exposição regular ao asbesto.

Um colega de trabalho carcinogênico

O asbesto é um co-carcinogênio potente, que faz elevar o risco de câncer pulmonar em fumantes. Um trabalhador fumante que trabalha com asbesto apresenta uma probabilidade 90 vezes maior de desenvolver câncer pulmonar do que um fumante que jamais trabalhou com asbesto.

Asma

A asma é um distúrbio reativo crônico das vias aéreas que pode apresentar-se como uma crise aguda. A asma causa obstrução episódica das vias aéreas, resultante de broncoespasmos, secreção de muco aumentada e de edema na mucosa.
A asma é um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma doença pulmonar de longo prazo caracterizada por resistência do fluxo de ar. A bronquite crônica e o enfisema são outros tipos de DPOC.

Bronquite crônica

A bronquite crônica, uma forma de DPOC, é a inflamação dos brônquios causada por irritantes ou por infecção.
Na bronquite crônica, a hipersecreção de muco e a tosse produtiva crônica duram por 3 meses no ano e ocorrem, pelo menos, por dois anos consecutivos. A característica peculiar da bronquite é a obstrução ao fluxo de ar causada pelo muco.

Cor pulmonale

No cor pulmonale , a hipertrofia e a dilatação do ventrículo direito desenvolvem-se secundariamente a uma doença que afeta a estrutura ou a função dos pulmões ou sua vasculatura.
Essa condição ocorre no estágio final de vários distúrbios crônicos de pulmões, vasos pulmonares, parede torácica e centro de controle respiratório. A condição não ocorre nos distúrbios que se originam de doenças cardíaca congênita ou nos que afetam o lado esquerdo do coração.

Enfisema

Uma forma de DPOC, o enfisema é uma dilatação anormal, permanente, do ácino, acompanhada pela destruição das paredes alveolares. A obstrução tem origem nas alterações tissulares, e não na produção de muco, como acontece na asma e na bronquite crônica.
A característica que distingue esse distúrbio é a limitação do fluxo de ar causada pela falta de recuo elástico nos pulmões.

Pneumonia

A pneumonia é uma infecção aguda do parênquima pulmonar que normalmente compromete a troca de gases.
Ela acomete ambos os sexos e todas as idades. Anualmente, ocorrem mais de 3 milhões de casos de pneumonia nos Estados Unidos. É a principal causa de morte provocada por doença infecciosa.
O prognóstico é bom nos pacientes com pulmões normais e sistema imunológico adequado. No entanto, a pneumonia bacteriana é a principal causa de morte em pacientes debilitados.

Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar na cavidade pleural, levando a colabamento pulmonar parcial ou total. Quando a quantidade de ar se encontra entre as pleuras visceral e parietal aumenta, a tensão crescente na cavidade pleural pode provocar colapso pulmonar progressivo. Em alguns casos, o retorno venoso ao coração fica comprometido, provocando uma condição de ameaça à vida denominada pneumotórax de tensão.

Espontâneo ou traumático

O pneumotórax é classificado como traumático ou espontâneo. Um pneumotórax traumático pode ser adicionalmente classificado como aberto (ferimento torácico de sucção) ou fechado (traumatismo contuso ou penetrante). Observe que um ferimento aberto (perfurante) pode causar um pneumotórax fechado se a comunicação entre o ar atmosférico e o espaço pleural se isolar por si só. Um pneumotórax espontâneo, também considerado fechado, pode ser adicionalmente classificado como primário (idiopático) ou secundário (relativo a uma doença específica).

Edema pulmonar

O edema pulmonar é uma complicação comum dos distúrbios cardíacos. Caracteriza-se pelo acúmulo de líquido nos espaços extravasculares do pulmão. Pode ocorrer como uma condição crônica ou desenvolver-se de maneira rápida e, rapidamente, tornar-se fatal.

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode invadir outros sistemas corpóreos. Na tuberculose, ocorre o acúmulo de infiltrações pulmonares, desenvolvem-se cavidades e ocorre a formação de massa de tecido com granulomas no interior dos pulmões. A tuberculose pode ocorrer como uma infecção aguda ou crônica.
A American Lung Association estima que a tuberculose ativa atinge, aproximadamente, 14 em cada 100.000 pessoas nos Estados Unidos. A tuberculose é duas vezes mais comum em homens e quatro vezes mais comum em não-brancos do que em brancos. A incidência é mais alta nas pessoas que vivem em ambientes populosos, pouco ventilados e em condições insalubres, como prisões, habitações coletivas e abrigo para os sem-teto. O paciente típico, com diagnóstico recente de tuberculose, é um homem solteiro, sem-teto e não-branco.

Entendendo o sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular começa sua atividade quando o feto mal completa 1 mês de vida, e é o último sistema a parar sua atividade no final da vida.
O coração, as artérias, as veias e os linfáticos formam o sistema cardiovascular. Essas estruturas transportam para as células o oxigênio e os nutrientes que apóiam a vida, removem os produtos metabólicos a serem eliminados e transportam hormônios de uma parte do corpo para outra. A circulação exige função cardíaca normal, que propulsiona o sangue através do sistema por meio de contrações rítmicas contínuas.

Tamponamento cardíaco

No tamponamento cardíaco, a elevação rápida da pressão intrapericárdica compromete o preenchimento cardíaco diastólico. O aumento da pressão geralmente é conseqüência de acúmulo de sangue ou de líquido no saco pericárdico. Uma quantidade tão pequena quanto 200ml de líquido pode criar uma emergência, caso se acumule rapidamente. Se a condição não for tratada, poderão ocorrer choque cardiogênico e morte.
Se o líquido acumular lentamente e a pressão aumentar – como na infusão pericárdica provocada por câncer - os sinais e sintomas poderão não ser evidentes de imediato. Isso ocorre porque a parede fibrosa do saco pericárdico pode se alongar a ponto de acomodar até 2 litros de líquido.

Doença coronariana

A doença coronariana provoca perda de oxigênio e de nutrientes no tecido miocárdico por causa de fluxo sangüíneo coronariano inadequado. Essa doença é quase epidêmica no mundo ocidental. É mais prevalente entre homens brancos de meia-idade e idosos, com mais de 50% dos homens com 60 anos ou mais mostrando sinais de doença coronariana à necropsia.

Cardiomiopatia dilatada.

Também denominada cardiomiopatia congestiva, a cardiomiopatia dilatada resulta de lesão extensa às fibras musculares miocárdicas. Este distúrbio interfere com o metabolismo miocárdico e grosseiramente dilata as câmaras cardíacas, conferindo ao coração uma forma globular.
Em geral, essa doença afeta homens de meia-idade, mais pode ocorrer em qualquer grupo etário. Como, em geral, não é diagnosticada até os estágios avançados, normalmente o prognóstico é ruim. A maioria dos paciente, especialmente aqueles com mais de 55 anos, morrem em dois anos após o início dos sintomas.

Insuficiência cardíaca

Quando o miocárdio não consegue bombear efetivamente de forma a satisfazer as necessidades metabólicas do corpo, ocorre a insuficiência cardíaca.
A insuficiência da bomba geralmente ocorrem em um ventrículo esquerdo lesado, mas também pode acontecer no ventrículo direito. Em geral, a insuficiência cardíaca no lado esquerdo se desenvolve primeiro.
A insuficiência cardíaca é classificada como:
• De débito alto ou de débito baixo
• Aguda ou crônica
• De lado esquerdo ou de lado direito
• Anterógrada ou retrógrada.
Os sintomas da insuficiência cardíaca podem restringir a habilidade de o paciente realizar atividades diárias e afetar gravemente a qualidade de vida. Os avanços nas técnicas diagnósticas e terapêuticas melhoraram bastante a expectativa para esses pacientes. Entretanto, o prognóstico ainda depende da causa subjacente e de sua reposta ao tratamento.

Hipertensão

A hipertensão é a elevação intermitente ou sustentada da pressão arterial diastólica ou sistólica. Geralmente, pressão arterial sistólica sustentada de 140 mm Hg ou mais, ou pressão diastólica 90 mm Hg, indicam hipertensão.
A hipertensão afeta mais de 60 milhões de adultos nos Estados Unidos. Os negros são duas vezes mais afetados do que os brancos e quatro vezes mais passíveis de morrer por causa do distúrbio.
Os dois principais tipos de hipertensão são essencial (também denominada primária ou idiopática) e secundária. A etiologia da hipertensão essência, o tipo mais comum, é complexa. Envolve vários mecanismos homeostáticos em interação. A hipertensão é classificada como secundária se estiver relacionada a uma doença sistêmica que eleva a resistência vascular periférica ou o débito cardíaco. A hipertensão maligna é uma forma grave e fulminante do distúrbio e que pode surgir de ambos os tipos.

Cardiomiopatia hipertrófica

A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença primária do músculo cardíaco. Você poderá ouvir vários outros nomes para a doença: estenose subaórtica hipertrófica idiopática, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica ou estenose aórtica muscular.
O curso desse distúrbio varia. Alguns pacientes apresentam deterioração progressiva; outros permanecem estáveis durante anos.

Infarto do miocárdio

O IM resulta de fluxo sangüíneo diminuído através de uma das artérias coronárias. Essa redução provoca isquemia, lesão e necrose miocárdicas.
No IM transmural (onda Q), a lesão tecidual se estende por todas as camadas miocárdicas. No IM subendocárdico (não-onda Q), geralmente apenas a camada mais interna está lesada.

Choque cardiogênico

Algumas vezes denominado insuficiência da bomba, o choque cardiogênico é uma condição de débito cardíaco diminuído a qual compromete gravemente a perfusão tissular, bem como o aporte de oxigênio para os tecidos. Reflete insuficiência cardíaca esquerda grave, e ocorre com uma complicação séria em alguns pacientes hospitalizados com IM agudo.
Tipicamente, o choque cardiogênico afeta os pacientes cuja área de infarto excede a 40% da massa muscular cardíaca. Nos pacientes, o índice fatal pode exceder a 85%. A maioria dos pacientes com choque cardiogênico morre em até 24 horas após o início do processo. O prognóstico para os pacientes que sobrevivem é extremamente ruim.

Pericardite

O pericárdio é o saco fibrosseroso que envolve, apoia e protege o coração. A informação desse saco é denominada pericardite.
A condição ocorre tanto de forma crônica quanto aguda. A forma aguda pode ser fibrinosa ou efusiva, com exsudato seroso, purulento ou hemorrágico. A forma crônica, denominada pericardite constritiva, caracteriza-se por espessamento pericárdico fibroso denso. O prognóstico depende da causa subjacente, porém, tipicamente, é bom na pericardite aguda, a menos que ocorra constrição.

Febre reumática e doença cardíaca reumática

A febre reumática aguda, uma doença inflamatória sistêmica da infância, se desenvolve após infecção do trato respiratório superior por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A envolve principalmente o coração, as articulações, o sistema nervoso central, a pele e o tecido subcutâneo, e comumente volta a suceder. Se a febre reumática não for tratada, a deformidade cicatricial das estruturas cardíacas resultará em doença cardíaca reumática.
Mundialmente, 15 a 20 milhões de novos casos de febre reumática são relatados a cada ano. A doença atinge mais freqüentemente durante tempo frio e úmido no inverno e no início da primavera. Nos Estados Unidos, é mais comum no norte.
A febre reumática tende a ocorrer nas famílias, dando apoio à existência de prédisposição genética. Fatores ambientais também parecem ser importantes no desenvolvimento do distúrbio. Por exemplo, em grupos sócioeconômicos mais baixos, a incidência é maior em crianças entre 5 e 15 anos, provavelmente devido a má nutrição e condição de vida em aglomerações.

Aneurisma abdominal

No aneurisma abdominal, ocorre uma dilatação anormal na parede arterial, geralmente na aorta entre as artérias renais e os ramos ilíacos. Esses aneurismas são quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres, e são mais prevalentes em brancos com idade entre 50 e 80 anos. Um aneurisma que meça seis centímetros apresenta uma chance de 20% de romper-se em um ano.
Entendendo o sistema neurológico

O sistema neurológico, ou nervoso é a rede de comunicação do organismo. Ele coordena e organiza as funções de todos os outros sistemas corpóreos. Essa rede intrincada apresenta duas divisões principais:
• O sistema nervoso central (SNC), composto por cérebro e medula espinhal, é o centro de controle do organismo.
• O sistema nervoso periférico, contendo nervos cranianos e espinhais, estabelece a comunicação entre o SNC e as partes remotas do corpo.
O neurônio, ou célula nervosa, é a unidade principal do sistema nervoso. Essa célula condutora altamente especializada recebe e transmite impulsos nervosos eletroquímicos. Denominadas axônios e dendritos, essas delicadas fibras nervosas filiformes estendem-se a partir do corpo celular central e transmitem sinais. Os axônios conduzem os impulsos oriundos do corpo celular; os dendritos levam os impulsos para o corpo celular. A maioria dos neurônios apresenta dendritos múltiplos, mas somente o axônio.

Esclerose lateral amiotrófica

Comumente denominada doença de Lou Gehring, por causa da morte, por esse distúrbio, do jogador de beisebol da primeira base de New York Yankee, a ELA é a mais comum das doenças de neurônio motor que causam atrofia muscular. Outras doenças de neurônio motor incluem atrofia muscular progressiva e paralisia bulbar progressiva. O início ocorre entre as idades de 40 e 70 anos. A ELA, doença crônica e progressivamente debilitante, é inexoravelmente fatal.
Mais de 30.000 americanos sofrem de ELA; cerca de 5 mil novos casos são diagnosticados a cada ano, afetando homens numa freqüência três vezes maior que mulheres. A causa exata de ELA é desconhecida, mas 5% a 10% dos caos de ELA apresentam um componente genético. Nos casos genéticos, a ELA é um traço autossômico dominante e afeta igualmente homens e mulheres.
A ELA e outras doenças do neurônio motor podem resultar de:

• Um vírus de ação lenta
• Deficiência nutricional relacionada a um distúrbio no metabolismo de enzimas
• Interferência metabólica na produção de ácido nucléico pelas fibras nervosas
• Distúrbios auto-imunes que afetam os complexos imunológicos nos glomérulos renais e na membrana basal.
Os fatores precipitantes de deterioração aguda são traumatismo, infecção viral e exaustão física.

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é um distúrbio degenerativo progressivo do córtex cerebral. Essa doença responde por mais da metade de todos os casos de demência. A degeneração cortical é mais acentuada nos lobos frontais, porém ocorre atrofia em todas as áreas do córtex. Estima-se que 5% das pessoas com mais de 65 anos de idade apresentam uma forma grave dessa doença, e 12% sofrem de demência de branda a moderada.
Como essa doença é uma demência primária e progressiva, o prognóstico é sombrio. A maioria dos pacientes morre em 2 a 15 anos após o início dos sintomas. O tempo médio de duração dessa enfermidade antes da morte é de 8 anos.

Derrame

Também conhecido como acidente vascular cerebral, o derrame é uma diminuição súbita da capacidade da circulação cerebral em um ou mais vasos sangüíneos que suprem o cérebro. O derrame interrompe ou diminui o suprimento de oxigênio, provocando lesão ou necrose grave nos tecidos cerebrais.
Quanto antes a circulação voltar ao normal após um derrame, melhores são as chances para a recuperação completa. Cerca de metade das pessoas que sobrevivem encontra-se permanentemente inválida e sofre um outro derrame dentro de semanas, meses ou anos.
O derrame é a terceira causa de morte mais comum nos Estados Unidos e a causa mais comum de incapacidade neurológica. O derrame atinge cerca de 600.000 pessoas a cada ano, e metade delas morre em conseqüência do derrame. Embora afete principalmente adultos mais velhos, o derrame pode ocorrer em pessoas de qual que idade. Homens negros apresentam risco mais elevado do que outros grupos populacionais.
O derrame é classificado de acordo com a forma em que se desenvolve:
• A crise isquêmica transitória (CIT), o tipo menos grave, é causada por uma interrupção temporária do fluxo sangüíneo, em geral nas artérias carótidas e vertebrobasilares.
• O derrame progressivo, também chamado de derrame em evolução ou trombo em evolução, começa com um leve déficit neurológico e piora em um dia ou dois.
• O derrame completo, o tipo mais grave, causa déficits neurológicos máximos em seu início.

Epilepsia

Também conhecida como distúrbio convulsivo, a epilesia é uma condição cerebral caracterizadas por convulsões recorrentes. As convulsões são eventos paroxísticos associados a descargas elétricas anormais dos neurônios no cérebro. A descarga pode ativar um movimento convulsivo, a interrupção de sentido, uma alteração no nível de consciência ou combinação desses sintomas. Na maioria dos pacientes, a epilepsia não afeta a inteligência.

Síndrome de Güilain-Barré

A síndrome de Güilain- Barré é uma síndrome aguda, de progressão rápida e potencialmente fatal. Ela está associada à desmielinização segmentada dos nervos periféricos. E também denominada polineuromiopatia desmielinizante.
Essa síndrome acomete igualmente ambos os sexos, geralmente ocorrendo entre as idades de 30 a 50 anos. Afeta cerca de duas entre cada 100.000 pessoas. Como resultado de melhor gerenciamento dos sintomas, 80% a 90% dos pacientes recuperam-se com pouco ou nenhum sintoma residual.

Atravessando as fases

O curso clínico da síndrome de Güilain-Barré apresenta três fases:
1. A fase aguda começa quando o primeiro sintoma definitivo desenvolve e termina em 1 a 3 semanas depois, quando não mais se observa nenhuma deterioração.
2. A fase platô dura desde vários dias té 2 semanas.
3. A fase de recuperação que, acredita-se, coincide com a remielinização e o crescimento de novo do processo axonal, pode durar de 4 meses até 3 anos.

Meningite

Na meningite, ocorre inflamação nas meninges do cérebro e da medula espinhal. A inflamação pode envolver todas as membranas meníngeas: a dura-máter, a membrana aracnóide, a pia-máter e o córtex subjacente. O fluxo sangüíneo para o cérebro reduz-se. Os tecidos tornam-se edemaciados, provocando aumento da pressão intracraniana.

Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) resulta da desmielinização progressiva da substância branca do cérebro e da medula espinhal, levando a disfunção neurológica disseminada. As estruturas mais freqüentemente envolvidas são os nervos óptico e óculomotor e os tratos dos nervos espinhais. O distúrbio não afeta o sistema nervoso periférico.
Caracterizado por exacerbações e remissões, a EM é uma das principais causas de incapacidade crônica em pessoas com idade entre 18 e 40 anos. A incidência é mais alta em mulheres, em áreas urbanas do nordeste americano, em grupos socioeconômicos mais elevados e em pessoas com história familiar dessa enfermidade.
O prognóstico varia. A doença pode progredir rapidamente, causando a morte em poucos meses ou incapacidade no começo da idade adulta. Entretanto, cerca de 70% dos pacientes levam vidas ativas e produtivas com remissões prolongadas.

Miastenia grave

A miastenia grave produz fraqueza esporádica, progressiva, e fadiga anormal dos músculos esqueléticos voluntários. Esses efeitos são exacerbados por exercícios e movimentos repetidos.
Em geral, a miastenia grave afeta os músculos da face, lábios, língua, pescoço e garganta, os quais são inervados pelos nervos cranianos – entretanto,, pode afetar qualquer grupo muscular. Por fim, as fibras musculares podem sofrer degeneração, e a fraqueza (especialmente os músculos da cabeça, do pescoço, do tronco e dos membros) pode tornar-se irreversível. Quando a doença envolve o sistema respiratório, ela pode ser de ameaça à vida.
A miasteniagrave afeta 2 a 20 pessoas a cada 100.000 e ocorre em qualquer idade. No entanto, a incidência é mais alta em mulheres com idade entre 18 e 25 anos e homens de 50 até 60 anos de idade. Cerca de três mulheres para cada homem desenvolvem essa doença. Cerca de 20% das crianças nascidas de mães com miastenia grave apresentam a doença transitória ou, ocasionalmente, persistente.
A doença segue um curso imprevisível com exacerbações e remissões periódicas. As remissões espontâneas ocorrem em cerca de 25% dos pacientes. Não existe cura mas, graças à terapia à base de drogas, o paciente pode viver de forma relativamente normal, exceto durante as exacerbações.

Doença de Parkinson

A doença de Parkinson produz rigidez muscular progressiva, perda do movimento muscular (acinesia) e tremores involuntários. A condição do paciente pode se deteriorar em cerca de 10 anos. Por fim, pneumonia de aspiração ou alguma outra infecção provoca a morte.
Também chamada parkinsonismo e paralisia agitante, a doença de Parkinson é uma das doenças incapacitadoras mais comuns nos Estados Unidos. Afeta mais homens do que mulheres e, em geral, ocorre na meia-idade ou posteriormente, atingindo 1 em cada 100 pessoas com mais de 60 anos de idade.

Entendendo o sangue

O sangue é um dos principais tecidos líquidos corpóreos. Bombeado pelo coração, continuamente circula pelos vasos sanguíneos, transportando elementos vitais a todas as partes do organismo. O sangue é constituído por:
• Um componente líquido – plasma
• Componentes celulares – eritrócitos, leucócitos e trombócitos suspensos no plasma
Cada um dos componentes sanguíneos realiza funções vitais específicas:
• O plasma transporta anticorpos e nutrientes para os tecidos e leva os produtos de excreção
• Os eritrócitos, também denominados glóbulos vermelhos sanguíneos, transportam oxigênio para os tecidos e destes removem dióxido de carbono
• Os leucócitos, ou glóbulos brancos sanguíneos, participam das respostas inflamatória e imunológica
• Os trombócitos, ou plaquetas, junto aos fatores de coagulação no plasma, são essenciais para a coagulação sanguínea normal.

Coagulação intravascular disseminada

Na CID, também denominada coagulopatia por consumo ou síndrome de desfibrilação, ocorrem coagulação e hemorragia ao mesmo tempo no sistema vascular.
A CID provoca bloqueio de pequenos vasos sanguíneos, lesão de tecido de órgão (necrose), depleção de fatores de coagulação e de plaquetas circulantes, a ativação de um processo de dissolução de coágulos denominado fibrinólise. Este, por sua vez, pode levar a hemorragia grave.

Púrpura trombocitopênica idiopática

A trombocitopenia que resulta da destruição imunológica de plaquetas é conhecida como púrpura trombocitopênica idiopática (PTI). Ocorre em duas formas:
1. A PTI aguda, também chamada de trombocitopenia pós-viral, geralmente afeta crianças entre 2 e 6 anos de idade.
2. A PTI crônica, também denominada doença de Werlhof, púrpura hemorrágica, trombocitopenia essencial, ou trombocitopenia auto-imune, afeta adultos com menos de 50 anos, especialmente mulheres entre 20 e 40 anos.

Anemia por deficiência de ferro

A anemia por deficiência de ferro é um distúrbio do transporte de oxigênio no qual a produção de hemoglobina é inadequada. Uma doença comum mundialmente, a anemia por deficiência de ferro afeta de 10% a 30% da população adulta nos Estados Unidos. A anemia por deficiência de ferro ocorre mais comumente em mulheres na pré-menopausa, em lactentes (principalmente prematuros ou com baixo peso ao nascimento), crianças e adolescentes (especialmente meninas).

Trombocitopenia

A trombocitopenia caracteriza-se por um número deficiente de plaquetas circulantes. É a causa mais comum de distúrbios hemorrágicos.

Fisiopatologia

A trombocitopenia pode ser congênita ou adquirida, mas uma forma adquirida é mais comum. Nos dois casos, geralmente resulta de:
• Produção plaquetária diminuída ou defeituosa na medula óssea
• Destruição aumentada fora da medula provocada por um distúrbio subjacente
• Seqüestro (aumento da quantidade de sangue numa área vascular limitada)
• Perda de sangue

Entendendo o sistema digestivo

O sistema digestivo é complexo de processamento de alimento do organismo. Realiza a tarefa crítica de fornecer nutrientes essenciais para proporcionar combustível para os outros órgãos e sistemas corpóreos.
O sistema digestivo tem dois componentes principais. São eles:
1. Trato gastrintestinal (GI), ou canal alimentar
2. as glândulas ou órgãos acessórios
Um mau funcionamento ao longo do trato GI ou em uma das glândulas ou dos órgãos acessórios pode produzir efeitos metabólicos de longo alcance, que podem se tornar uma ameaça à vida.

Apendicite

A apendicite ocorre quando o apêndice se torna inflamado.É o local cirúrgico de emergência mais comum.
Mais precisamente, esse distúrbio é uma inflamação do apêndice vermiforme, uma pequena projeção semelhante a um dedo, ligada ao ceco logo abaixo da válvula ileocecal.
A apendicite pode ocorrer em qualquer idade, e afeta ambos os sexos igualmente; contudo, entre a puberdade e os 25 anos, é mais prevalente em homens.

Colecistite

Na colecistite, a vesícula torna-se inflamada. Geralmente, um cálculo biliar se aloja num ducto cístico, provocando distensão dolorosa na vesícula biliar.
A colecistite pode ser aguda ou crônica. A forma aguda é mais comum durante a meia-idade; a forma crônica, entre pessoas idosas.

Fisiopatologia

A colocistite é causada pela formação de cálculos denominados cálculos biliares. A causa exata da formação dos cálculos desconhecida. O metabolismo anormal de colesterol e sais biliare participa de forma importante na etiologia. A colecistite aguda também pode ser conseqüência de fluxo sanguíneo inadequado ou ausente para a vesícula biliar.

Cirrose

A cirrose é uma doença hepática crônica, caracterizada pela destruição disseminada de células hepática, as quais são substituídas por células fibrosas. Esse processo é denominado regeneração fibrótica.
A cirrose é uma causa comum de morte nos Estados Unidos e, entre as pessoas de 35 até 55 anos de idade, é a quarta causa principal de morte. Pode ocorrer em qualquer idade.

Fisiopatologia

Existem muitos tipos de cirrose, cada um com uma causa diferente. As causas mais comuns são:
• Cirrose de Laënnec, também denominada cirrose portal,, nutricional ou alcoólica, origina-se de alcoolismo crônico e má nutrição. É mais prevalente entre homens alcoólatras malnutridos, e contribui para mais de metade de todos os casos de cirrose nos Estados Unidos. No entanto muitos alcoólatras jamais desenvolvem a doença, ao passo que outros desenvolvem-na mesmo com nutrição adequada.
• A cirrose pós-necrótica é, em geral, uma complicação de hepatite viral (inflamação do fígado), mas também pode ocorrer após exposição a toxinas hepática, como arsênico, tetracloreto de carbono ou fósforo. Essa forma é mais comum em mulheres, e é o tipo mais comum de cirrose mundialmente.
• Cirrose biliar resulta de obstrução ou inflamação prolongadas do ducto biliar.
• Cirrose cardíaca é provocada por congestão venosa provocada no fígado oriunda de insuficiência cardíaca do lado direito.
• A cirrose idiopática pode se desenvolver em alguns pacientes sem causa disconhecida.

Relatório da lesão

A cirrose caracteriza-se por lesão crônica irreversível do fígado, fibrose extensa e crescimento tissular nodular. Essas alterações resultam de:
• Morte de células hepáticas (necrose de hepatócitos)
• Colapso da estrutura de suporte do fígado (a rede de reticulina)
• Distorção do leito vascular (vasos sanguíneos através do fígado)
• Regeneração nodular do tecido hepático remanescente
Quando o fígado começa a funcionar mal, desenvolvem-se distúrbios de coagulação sanguínea (coagulopatias), icterícia, edema e uma variedade de problemas metabólicos.
A fibrose e a distorção dos vasos sanguíneos podem comprometer os fluxos sanguíneos nos ramos capilares da veia porta e da artéria hepática, levando à hipertensão portal (pressão elevada na veia porta). A pressão aumentada na porção inferior do esôfago, a área onde o esôfago encontra o estômago. As varizes esofágicas podem se romper facilmente e extravasar grandes quantidades de sangue no trato gastrintestinal superior.

Doença de Crohn

A doença de Crohn é um dos dois principais tipos de doença intestinal inflamatória. Pode afetar qualquer parte do trato gastrintestinal. A inflamação se estende por todas as camadas da parede intestinal e pode envolver linfonodos e membranas de apoio na área. Formam-se úlceras à medida que a inflamação se estende para o peritônio.
A doença de Crohn é mais prevalente em adultos entre 20 e 40 anos de idade. Tende a ocorrer em famílias – até 20% dos pacientes apresentam uma história familiar positiva.
Quando a doença de Crohn afeta apenas o intestino delgado, é conhecida como enterite regional. Quando envolve o cólon e afeta apenas o cólon, é conhecida como doença de Crohn do cólon. A doença de Crohn do cólon algumas vezes é denominada colite granulomatosa; entretanto, nem todos os pacientes desenvolvem granulomas (massa de tecido de granulação semelhantes a tumor).

Hérnia hiatal

A hérnia hiatal ocorre quando um defeito no diafragma permite que uma porção do estômago atravesse a abertura diafragmática ( o hiato esofágico) ganhando a cavidade torácica. Algumas pessoas permanecem assintomáticas, ao passo que outras apresentam refluxo, azia ou dor no tórax. Ocorre mais comumente em mulheres do que em homens.

Fisiopatologia

Em geral, a hérnia hiatal resulta de enfraquecimento muscular, comum com o envelhecimento. Também pode ser secundária a câncer esofágico, cifoescoliose, traumatismo e certos procedimentos cirúrgicos. Também pode resultar de malformações diafragmáticas que podem provocar fraqueza congênita.

Afrouxando o colarinho

Na hérnia hiatal, o colar muscular ao redor do esôfago e da junção diafragmática se afrouxa, permitindo que a porção interior do esôfago e do estômago se elevem até o tórax quando a pressão intra-abdominal aumenta (possivelmente causando refluxo esofágico). Essa pressão intra-abdominal aumentada resulta de ascite, gestação, obesidade, roupas justas, inclinação do corpo, estiramento, tosse, manobra de Valsalva, ou exercício físico extremo.
Ocorrem dois tipos de hérnia:
• Por deslizamento
• Paraesofagiana

Síndrome intestino irritável

A síndrome do intestino irritável caracteriza-se por sintomas crônicos de dor abdominal, constipação alternando-se com diarréia, distensão abdominal. Esse distúrbio é comum, embora cerca de 20% dos pacientes jamais procure assistência médica. Ocorre em mulheres duas vezes mais do que em homens.
Em geral, a s/índrome do intestino irritável está associada a estresse psicológico, contudo, pode resultar de fatores físicos, como doença diverticular, ingestão de irritantes (café, vegetais crus, ou frutas), abuso de laxantes, intoxicação alimentar e câncer de cólon.

Pancreatite

É uma inflamação do pâncreas. Ocorre nas formas aguda e crônica. Em homens, o distúrbio está freqüentemente relacionado ao alcoolismo, traumatismo ou úlcera péptica; em mulheres, a doença do trato biliar.
O prognóstico é bom quando a pancreatite segue doença do trato biliar, mas é sombrio quando é uma complicação de alcoolismo. A mortalidade alcança 60% quando a pancreatite provoca destruição tissular ou hemorragia.

Fisiopatologia

As causa mais comuns de pancreatite são doença do trato biliar e alcoolismo, mas a patologia pode resultar de:
• Estrutura anormal do órgão
• Distúrbios metabólicos ou endócrinos, como níveis altos de colesterol ou tireóide hiperativa
• Cistos ou tumores pancreáticos
• Úlceras pépticas penetrantes
• Traumatismo contuso ou traumatismo cirúrgico
• Drogas, como glicocorticóides, sulfonamidas, tiazidas e contraceptivos orais
• Insuficiência renal ou transplante
• Exame endoscópico dos ductos biliares e do pâncreas
Além disso, a heretariedade pode predispor um paciente a pancreatite. Em alguns pacientes, fatores emocionais ou neurogênicos têm influência.

Úlcera péptica

A úlcera péptica é uma lesão circunscrita na membrana mucosa do trato gastrintestinal. As úlceras pépticas podem se desenvolver na posição inferior do esôfago, no estômago, duodeno, ou jejuno.

Colite ulcerativa

Esta doença inflamatória provoca ulcerações na mucosa do cólon. Ocorre comumente com uma condição crônica.
Até 1 em cada 1.000 pessoas podem apresentar colite ulcerativa. O pico de ocorrência encontra-se entre os 15 e os 20 anos de idade e entre os 55 e 60. É mais prevalente entre as mulheres, entre pessoas de ascendência judia e entre brancos.

Hepatite viral

A hepatite viral é uma infecção comum do fígado. Na maioria dos pacientes, as células hepáticas lesadas por fim se regeneram deixando pouca ou nenhuma lesão permanente. No entanto, a idade avançada e o distúrbio subjacentes sérios fazem as complicações mais prováveis. Mais de 70.000 casos são notificados anualmente nos Estados Unidos.

Fisiopatologia

A hepatite viral é marcada por destruição de célula hepática, morte tissular (necrose) e autodestruição de células (autólise). Leva a anorexia, icterícia e hepatomegalia.
São conhecidos 8 tipos de hepatite viral, cada um provocado por um vírus diferente:
• O tipo A é transmitido quase que exclusivamente pela via fecal-oral, e são comuns os surtos em áreas de aglomeração humana e de condições de higiene precárias. Os centros de tratamento diário e outros estabelecimentos institucionais são fontes comuns de surtos. A incidência também é crescente entre homossexuais e nas pessoas com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana.
• O tipo B, também crescente entre as pessoas HIV-positivas, contribui com 5% a 10% dos casos de hepatite pós-transfusional nos Estados Unidos. A vacinação está disponível, e agora é exigida para os trabalhadores da área da saúde e as crianças em idade escolar em muitos estados americanos.
• O tipo C contribui com cerca de 20% de todas as hepatites virais e também a maioria dos casos que seguem transfusão
• O tipo D, nos Estados unidos, está restrito às pessoas expostas freqüentemente a sangue e a produtos sanguíneos, como usuários de drogas endovenosas e hemofílicos.
• O tipo E foi agrupado anteriormente com o grupo C sob o nome de hepatite do tipo não-A, não-B. Nos Estados Unidos, este tipo ocorre principalmente nas pessoas que visitam uma área endêmica, como Índia, África, Ásia, ou América Central.
• Os tipos F, G1 e G2 com poucos casos relatados.
As oito formas principais de hepatite viral resultam de infecção com os vírus causais A, B, C, D ou E.

Entendendo o sistema renal

O sistema renal, juntamente com o sistema urinário, atua como uma usina de tratamento de água do organismo. Esses sistemas trabalham em conjunto com a finalidade de coletar produtos de excreção do organismo e os expelir sob a forma de urina.
Cada rim encontra-se localizado num dos lados do abdome, aproximadamente da região lombar. Esses órgãos compactos abrangem um sistema de filtração bastante eficiente – filtram cerca de 170 litros de líquido por dia. O subproduto dessa filtragem é a urina, a qual contém água e excreta.

Insuficiência renal aguda

A insuficiência renal aguda é a interrupção súbita da função renal. Pode ser causada por obstrução, circulação diminuída ou doença renal.É potencialmente reversível; no entanto, se não tratada, a lesão permanente pode levar à insuficiência renal crônica.

Insuficiência renal crônica

A insuficiência renal crônica, em geral uma deterioração progressiva e irreversível, é o resultado final da destruição tissular gradual e perda da função renal.
No entanto, ocasionalmente, a insuficiência renal crônica resulta de doença de progressão rápida com início súbito, a qual destrói os néfrons e provoca lesão irreversível nos rins.
A insuficiência renal crônica pode resultar de:
• Doença glomerular crônica, como glomerulonefrite, a qual afeta os capilares nos glomérulos
• Infecções crônicas, como pielonefrite e tuberculose crônica
• Anomalias congênitas, como doença renal policística
• Doenças vasculares, como hipertensão e nefroesclerose, as quais provocam enrijecimento dos rins
• Obstruções, como cálculos renais
• Doença do colágeno, com lúpus eritematoso
• Agentes nefrotóxicos, como terapia de aminoglicosídios a longo prazo
• Doenças endócrinas, como neuropatia diabética

Cálculos renais

Os cálculos renais, ou pedras nos rins, podem se formar em qualquer local do trato urinário, mas em geral se desenvolve na pelve ou nos cálices renais. A formação de cálculos ocorre quando as substâncias que normalmente se dissolvem na urina precipitam-se. Eles variam em tamanho, forma e número.
Cerca de 1 em 1.000 americanos necessitam de hospitalização, em alguns momentos, por causa de cálculos renais. Os cálculos renais são mais comuns em homens do que em mulheres, e raros em negros e criança.

Fisiopatologia

Os cálculos renais são particularmente predominantes em áreas geográficas específicas, como o sudoeste dos Estados Unidos. Embora a sua causa exata seja desconhecida, existem diversos fatores de predisposição:
• Desidratação – a excreção diminuída de água e urina concentra substâncias formadoras de cálculos.
• Infecção – o tecido infectado, cicatrizado, proporciona o local para desenvolvimento de cálculos. Os cálculos podem tornar-se infectados se as bactérias constituem o núcleo na formação de cálculos. Os cálculos que resultam de infecção por Proteus podem levar a destruição do tecido renal.
• Alterações no pH da urina – permanentemente ácida ou alcalina, a urina proporciona um meio favorável para a formação de cálculos
• Obstrução – a estase urinária possibilita aos componentes dos cálculos se agruparem e aderirem, formando cálculos. A obstrução também favorece a infecção, que faz aumentar a obstrução
• Imobilização – a imobilidade provocado por lesão da medula espinhal ou outros distúrbios possibilita a liberação de cálcio na circulação e, conseqüentemente, sua infiltração através dos rins.
• Dieta – o influxo aumentado de cálcio ou alimentos ricos em oxalato favorece a formação de cálculos.
• Fatores metabólico – hiperparatireoidismo, acidose tubular renal, ácido úrico elevado (em geral, associado à gota), metabolismo de oxalato deficiente, defeito genético no metabolismo de cistina e influxo excessivo de vitamina D ou cálcio dietético podem predispor as pessoas a cálculos renais.B

Necrose tubular aguda

A necrose tubular aguda é a causa de 75% de todos os casos de insuficiência renal aguda. Também denominada nefrite tubulointersticial aguda, este distúrbio destrói o segmento tubular do néfron, provocando insuficiência renal e uremia (excesso de derivados do metabolismo de proteína no sangue).

Fisiopatologia

A necrose tubular aguda pode seguir a dois tipos de lesão renal:
1. lesão isquêmica, a causa mais comum
2. lesão nefrotóxica, geralmente em pacientes debilitados, como os criticamente doentes ou os que submeteram a cirurgia ampla.

Gromerulonefrite

Glomerulonefrite é a inflamação bilateral dos glomérulos, seguindo-se, comumente, a uma infecção estreptocócica.
A glomerulonefrite aguda é mais comum em meninos com idade entre 3 e 7 anos, mas podem ocorrer em qualquer idade. Até 95% das crianças e 70% dos adultos recuperam-se completamente; no restante, especialmente nos pacientes idosos, a glomerulonefrite pode levar a insuficiência renal crônica dentro de meses.
A glomerulonefrite de progressão rápida ocorre mais comumente entre as idades de 50 e 60 anos. Pode ser idiopática ou associada à doença glomerular proliferativa, como gromerulonefrite pós-estreptocócicas.
A síndrome de Goodpasture, um tipo de glomerulonefrite de progressão rápida, é rara, mais ocorre mais comumente em homens com idade entre 20 e 30 anos.
A gromerulonefrite crônica é uma doença de progressão lenta caracterizada por inflamação, esclerose, cicatrização e, por fim, insuficiência renal. Em geral, permanece não detectada até a fase progressiva, que é irreversível.

Hidronefrose

Dilatação anormal da pelve renal e dos cálices de um ou ambos os rins, a hidronefrose é causada por obstrução do fluxo de urina no trato geniturinário.

Hiperplasia benigna da próstata

Embora a maioria dos homens com mais de 50 anos de idade apresente algum aumento da próstata, na hiperplasia benigna da próstata, a glândula aumenta o suficiente a ponto de comprimir a uretra e provocar obstrução urinária.

Prostatite

A prostatite é a inflamação da próstata. Os tipos incluem:
• prostatite bacteriana aguda, uma infecção ascendente do trato uriário
• prostatite bacteriana crônica, marcada por ITU recorrente e bactérias patogênicas resistentes
• inflamação da próstata sem infecção, o tipo mais comum de prostatite

Fisiopatologia

Cerca de 80% dos casos de prostatite resultam de infecções por Escherichia coli. Os 20% restantes têm origem na infecção por Klebsiella, Enterobacter, Proteus, Pseudomonas, Serratia, Streptococcus, Staphlococcus, difteróides, que são contaminantes oriundos da flora normal da uretra.
Provavelmente, esses microrganismos são difundidos para a próstata por meio de um, dentre quatro métodos:
• Através da corrente sanguínea
• A partir de infecção uretral ascendente
• A partir de invasões por bactérias retais através de vasos linfáticos
• A partir de refluxo de urina infectada da bexiga para os ductos prostáticos.
A prostatite crônica é, em geral, causada por infecção bacteriana na uretra. Meios menos comuns de infecção aguda ou crônica são procedimentos uretrais realizados com instrumentos, como cistoscopia e cateterização, e relações sexuais infreqüentes ou excessivas.

Entendendo o sistema músculo esquelético

As estruturas do sistema músculo esquelético trabalhas em conjunto a fim de prover apoio e produzir movimento. Neste sistema estão incluídos:
• Músculos
• Ossos
• Cartilagem
• Articulações, bolsas, tendões e ligamentos.

Músculos

Existem três tipos de musculatura:
1. esquelética ( músculo estriada voluntários)
2. lisa (músculos involuntários)
3. cardíaca (músculos estriados involuntários)
A musculatura lisa, encontrada nos órgãos internos, como vesícula biliar,carece de estriações e é denominada involuntária, porque não pode ser controlada conscientemente.

Encorpando os músculos

Os músculos desenvolve-se quando fibras musculares existentes crescem. Exercício, nutrição, sexo e fatores genéticos respondem pelas variações na força e tamanho musculares entre os indivíduos.
Ossos

Existem 206 ossos distintos no corpo humano.
Os ossos realizam funções mecânicas e fisiológicas:
• protegendo tecido e órgãos internos (p. esp., as 33 vértebras que circundam e protegem a medula espinhal
• estabilizando e dando apoio ao corpo
• fornecendo uma superfície para fixação dos músculos, ligamentos e tendões
• movendo-se, por meio de ação de alavanca, quando contraídos
• produzindo glóbulos vermelhos sanguíneos na medula óssea (hematopoese)
• armazenando sais minerais (p. ex.p aproximadamente 99% do cálcio do organismo)

Formação da cartilagem e dos ossos

Os ossos surgem como cartilagens. A cartilagem é um tecido fibroso ou elástico em desenvolvimento que endurece, formando o osso. No terceiro mês de gestação, o esqueleto do feto é composto por cartilagem do feto endurece (ossifica-se), formando o esqueleto ósseo. O processo pelo qual a cartilagem endurece, formando o osso, é denominado ossificação endocondral. Alguns ossos – especialmente os dos pulsos e tornozelos – só se ossificam depois do nascimento do bebê.
Na ossificação endocondral, as células que formam os osso produzem um material colagenoso chamado osteóide, o qual endurece. Note que endocondral significa “ocorrendo dentro da cartilagem”.

Articulações

A união de dois ou mais ossos é denominada articulação
O organismo contém três tipos principais de articulações, classificadas pela quantidade de movimentos possíveis:
1. as articulações do tipo sinartrose não permitem nenhum movimento; por exemplo as articulações entre os ossos do crânio.
2. as articulações do tipo anfidiartrose permite leve movimento; por exemplo as articulações entre as vértebras.
3. as articulações do tipo diartrose permitem movimento livre; por exemplo, tornozelo, pulso, joelho, quadril e ombro.
As articulações são ainda classificadas pela forma e pela estrutra conjuntiva (fibrosa, cartilaginosa e sinovial).

Um empreendimento conjunto: bolsas, tendões e ligamentos.

Numa articulação de movimento livre, existe entre ossos um espaço preenchido com líquido, conhecido como espaço articular. A membrana sinovial, que reveste a cavidade, secreta uma substância lubrificante e viscosa, chamada líquido sinovial, a qual permite que dois ossos movam-se um contra o outro. Os ligamentos tendões e músculos ajudam a estabilizar a articulação.
As bolsas (pequenos sacos de fluido sinovial) estão localizadas em ponto de fricção ao redor das articulações e entre os tendões, ligamentos e ossos. Nas articulações, como ombro e joelho, as bolsas agem como coxins, aliviando o estresse sobre as estruturas adjacentes.
Os tendões são faixas de tecido conjuntivo fibroso que ligam os músculos à membrana fibrosa que cobre os ossos (o periósteo). Os tendões possibilitam o movimento dos ossos no momento em que ocorre a contração dos músculos esqueléticos.
Os ligamentos são faixas de tecido conjuntivo fibroso densas, fortes e flexíveis, que fixam ossos a outros ossos. Os ligamentos que conectam as extremidades articulatórias dos ossos limitam ou facilitam o movimento. Eles também provêm estabilidade.

Movimento

O movimento esquelético resulta principalmente de contrações musculares, embora outras estruturas musculoesqueléticas também participem dessas contrações. Eis uma descrição geral de como ocorre o movimento corpóreo:
• O músculo esquelético é preenchido com vasos sanguíneos e nervos. Para se contrair, o músculo esquelético necessita de impulso do sistema nervoso e de oxigênio e nutrientes do sangue.
• Quando a musculatura esquelética se contrai, a força é aplicada no tendão.
• A força empurra o osso em direção, para fora, ou em torno de um segundo osso, dependendo do tipo de músculo contraído e do tipo de articulação envolvida.
Em geral, um osso move-se menos que o outro. A fixação do tendão muscular ao osso mais estacionário é denominada origem; a fixação do osso mais móvel é o local de inserção.

13 maneiras de mexer os ossos e mover os músculos

Os 13 movimentos musculoesqueléticos angulares e circulares são:
• Circundução – move-se de modo circular
• Flexão – curva-se, diminuindo o ângulo da articulação
• Extensão – alinha-se de modo reto, aumentando o ângulo da articulação
• Rotação interna – gira em direção da linha média
• Rotação externa – gira para fora da linha média
• Abdução – move-se para fora da linha média
• Adução move-se em direção à linha média
• Supinação – gira para cima
• Pronação – gira para baixo
• Eversão – gira para fora
• Inversão – gira para dentro
• Retração – move-se para trás
• Protração – move-se para frente

Síndrome do túnel do carpo

A mais comum das síndromes de compressão nervosa, a síndrome do túnel do carpo resulta da compressão do nervo mediano no pulso dentro do túnel do carpo. Esse nervo passa através do túnel do carpo. Esse nervo passa através do túnel do carpo, juntamente com os vasos sangüíneos e os tendões flexores, para os dedos e polegar. A neuropatia de compressão provoca alterações sensoriais e motoras na mão.
Em geral a síndrome do túnel do carpo ocorre entre as idades de 30 a 60 anos, e representa um sério problema de saúde ocupacional. Os indivíduos que utilizam computadores com freqüência, trabalhadores de linha de montagem, empacotadores e aqueles que utilizam repetidamente ferramentas mal projetadas são mais prováveis de desenvolver esse distúrbio. Qualquer uso vigoroso das mãos – aperto, torção ou flexão sofridas – agrava essa condição.

Fisiopatologia

O túnel do carpo é formado pelos ossos carpais e pelo ligamento transverso do carpo. A inflamação ou fibrose das bainhas tendinosas que passam através do túnel do carpo tipicamente provocam edema e compressão do nervo mediano.

O que procurar

Em geral, o paciente com síndrome do túnel do carpo queixa-se de fraqueza, dor, ardência, dormência ou formigamento em uma ou nas duas mãos. Essa parestesia afeta o polegar, dedo indicador, dedo médio e a metade do quarto dedo. O paciente não consegue fechar firmemente a mão. A unhas podem estar atrofiadas; pele, seca e lustrosa.

Gota

Uma doença metabólica, a gota é marcada por ruborização, tumefação e dor aguda nas articulações. A gota pode afetar qualquer articulação, mas é encontrada principalmente nas articulações dos pés, especialmente no artelho maior, tornozelo e médiopé.

Fisiopatologia

Em geral, a gota primária ocorre em homens com mais de 30 anos de idade e em mulheres na pós-menopausa que tomam diuréticos. A gota segue um curso intermitentemente. Entre as crises, os pacientes podem ficar livres dos sintomas durante anos.

Relativo à gota

Se não tratada, a gota avança em quatro estágios:
1. Durante o primeiro estágio, o paciente desenvolve hiperuricemia assintomática (os níveis de urato elevam-se, mas não produzem sintomas).
2. O segundo estágio é marcado por artrite gotosa aguda. Durante esse período, o paciente sofre edema doloroso e sensibilidade. Em geral, os sintomas levam o paciente a procurar ajuda médica.
3. O terceiro estágio, o estágio intercrítico, pode durar meses a anos. O paciente pode estar assintomático ou sofrer exacerbações.
4. O quarto estágio é o estágio crônico. Sem tratamento, acúmulo de uratos pode permanecer por anos. Pode ocorrer desenvolvimentos de tofos (coleções de cristais de urato) na cartilagem, membranas sinoviais, tendões e tecidos moles. Esse estágio final interrupto da doença também é conhecido como gota tofácea.
Em geral, os tofos são coleções de cristais de urato circundadas por tecido inflamado. Isto pode provocar deformidades e destruição dos tecidos duro e mole. Nas articulações, os tofos podem levar a destruição da cartilagem e do osso, bem como outra degeneração.
Os tofos formam-se em diversas áreas, incluindo:
• Mãos
• Joelhos
• Pés
• Lados externos dos antebraços
• Pavilhão auricular
• Tendão-de-Aquiles

Osteoartrite

A osteoartrite, forma mais comum de artrite, é amplamente difundida e ocorre igualmente em ambos os sexos. A incidência ocorre após os 40 anos de idade; os sintomas mais precoces, em geral começam na meia-idade e podem progredir à medida que envelhece.
O grau de incapacidade depende do local e da gravidade do envolvimento; podendo variar desde uma pequena limitação nos dedos até incapacidade grave numa pessoa com envolvimento no quadril ou joelhos. A taxa de progressão varia, e as articulações podem permanecer estáveis por anos num estágio inicial de deterioração.
A osteoartrite primária, parte normal do envelhecimento, resulta de muito fatores, incluindo:
• Fatores metabólicos
• Genética
• Fatores químicos
• Fatores mecânicos
Em geral, a osteoartrite secundária segue um evento de predisposição identificável – muito comumente traumatismo, deformidade congênita ou obesidade – e leva a alterações degenerativas.

Osteoporose

A osteoporose é um distúrbio ósseo metabólico em que a taxa de reabsorção óssea aumenta, e a taxa de formação óssea diminui. O resultado é a diminuição da massa óssea. Os ossos afetados por essa doença perdem cálcio e fosfato e se tornam porosos, frágeis e anormalmente propensos a fraturas.

Fisiopatologia

A osteoporose pode ser um distúrbio primário ou ocorrer secundariamente a uma doença subjacente.
A causa de osteoporose primária é desconhecida. Entretanto, os fatores de contribuição incluem:
• Carência branda, porém prolongada, de cálcio devido a influxo dietético ruim ou má absorção pelo intestino devido ao envelhecimento
• Desequilíbrio hormonal devido à disfunção endócrina
• Metabolismo deficiente de proteína devido à deficiência de estrogênio
• Estilo de vida sedentário.
A osteoporose primária é classificada em três tipos:
1. A osteoporose pós-menopausa (tipo I) em geral afeta as mulheres com idade entre 51 e 75 anos. Está relacionada à perda de estrogênio e seu efeito protetor sobre o osso, e é caracterizada por fraturas nas vértebras e nos pulsos.
2. A osteoporose senil (tipo II) ocorre principalmente entre as idades de 70 a 85 anos. Está relacionada à retração de osteoblastos ou osteoclastos ou à atividade física diminuída, e é caracterizada por fraturas no úmero, tíbia, fêmur e pelve.
3. a osteoporose pré-menopáusica (tipo III) envolve níveis mais elevados de estrogênio, podendo inibir a reabsorção óssea, afetando a sensibilidade dos osteoclastos ao hormônio paratireóideo.
A osteoporose secundária pode resultar de:
• Terapia prolongada com esteróides ou heparina
• Imobilização óssea ou desuso (como paralisia)
• Alcoolismo
• Subnutrição
• Artrite reumatóide
• Doença hepática
• Má absorção de cálcio
• Escorbuto
• Intolerância à lactose
• Hipertireoidismo
• Osteogênese imperfeita (condição hereditária que provoca fragilidade óssea)
• Traumatismo levando a atrofia nas mãos e nos pés, com crises recorrentes (doença de Sudeck).