LIVRE ARBÍTRIO

Por JUNIA PIRES FALCAO | 07/04/2021 | Crônicas


Nada a que se é obrigado a fazer funciona. As crianças detestam as imposições dos pais ou responsáveis, mas elas não podem ter responsabilidade pelo que fazem ou não fazem. Mas os adultos têm; têm livre arbítrio e poder para decidir sobre si mesmos, até mesmo o direito de não tomar vacina, como já ouvi alguns falarem. Que assim seja! 
No meu entender, lockdown ou qualquer outra medida protetiva contra seja lá o que for, não devia ser ato decisivo de qualquer governante, desde o presidente de um pais até um vereador, mas sim de qualquer pessoa, principalmente as de bom senso suficiente para saber distinguir entre o que lhe faz mal ou bem. Afinal a escolha é do povo, de onde emana todo o poder, não é mesmo? Infelizmente o bom senso não é privilegio de todos os mortais e assim o livre arbítrio também tem sido uma arma perigosa nas mãos de muitos, disparada até mesmo contra quem a usa. 
Nenhuma autoridade constituída deveria perder tempo em assembleias de ratos, que só geram mais e mais polêmicas com o objetivo de impor ordens que não serão cumpridas. Afinal cada um faz o que acha certo, até mesmo em prejuízo próprio, para isso se valendo até das leis constituídas, em um país completamente desgovernado como todos nós sabemos ser o nosso. Os sensatos também podem usar o seu livre arbítrio para não fazer o que os insensatos fazem. Portanto, se eu fosse alguém aí “das importâncias” deixaria o barco correr superlotado, numa feliz aglomeração de gente com os braços pra cima, com ou sem bóia, com máscara ou dando a cara à tapa, e sem essa chatice de “alcongel”. Faz de conta que o barco é uma montanha russa. Vai todo mundo rindo e gritando até despencar na cachoeira e se arrebentar nas pedras. Nada melhor do que se morrer feliz exercendo seu livre arbítrio com toda a liberdade, fazendo o que se quer fazer; ser feliz até em morrer na enxurrada de uma pandemia, empurrando o pai, a mãe ou o avô no despenhadeiro, salve-se quem puder; gosto não se discute, se respeita. Afinal, como já falaram por aí, todos um dia vamos morrer mesmo... 

Autora: Junia - 07.4.21