LINGUAGENS E ABORDAGENS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA...

Por PATRÍCIA CHAVES GINDRO DE MORAIS | 26/01/2017 | Educação

LINGUAGENS E ABORDAGENS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA: O USO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO

Introdução 

A matemática foi inventada quando o homem sentiu necessidade de representar a quantidade. O estudo da matemática como um tópico em si mesmo começou por volta do século VI A.C. através de estudos e pesquisas realizadas pelos Pitagóricos que denominaram esse estudo com o termo "matemática" a partir do termo μάθημα (mathema) do grego antigo, significando, então, "tema do esclarecimento".

Hoje a matemática está presente no nosso cotidiano, usamos ela a todo momento como, por exemplo, quando pensamos em ir à padaria comprar pães, em seguida pensamos em quantos pães compraremos e quanto será gasto.

Iremos abordar a forma decomo vem ocorrendo o ensino da matemática nas escolas, apontando que através do lúdico a aprendizagem pode se tornar prazerosa, o que exige do professor dedicação, estudo e conhecimento do assunto a ser ensinado, para que desta forma,estabelecendo relações com a matemática o aluno possa adquirir o conhecimento. Diante disso foi levantado alguns problemas, o ensino da matemática com a ludicidade pode ser um ponto de partida para a construção do conhecimento? Como devemos ensinar? Como estimular a criança a aprender a matemática?

A criança só aprende realmente quando há o interesse no aprendizado, e cabe ao professor estimular esse interesse.

“Considerando que ninguém consegue ensinar o que não sabe, decorre que ninguém aprende com aquele que dá aulas sobre o que não conhece” (LORENZATO 2006 p. 3).

 1. A história e o ensino da matemática  

A história da matemática é um instrumento que permite reflexões que podem conduzir o aluno a compreender a origem do raciocínio matemático através da investigação da compreensão dos acontecimentos que causaram as suas descobertas. E estuda os primeiros vestígios do surgimento da matemática, quando o homem sentiu a necessidade de representar a quantidade.

A história tem sido apontada, tanto nas pesquisas quanto nas propostas curriculares, como um dos componentes importantes nas questões que envolvem o ensino e a aprendizagem da Matemática, salientando-se suas diversas potencialidades. Essa posição favorável à participação da história nas práticas pedagógicas da educação escolar se tem feito acompanhar, em geral, de uma preocupação com a presença de disciplinas que envolvam história nos cursos de formação de professores. O exame dos projetos curriculares das licenciaturas em Matemática de muitas instituições públicas e privadas revela, com frequência, que tais disciplinas vêm, de fato, fazendo parte do elenco proposto para formar o professor da escola básica brasileira.  (GOMES,2012, p. 7).

Para Boyer(2012) o vestígio mais antigo conhecido atualmente é o osso de Lebombo, descoberto nos Montes Lebombos, na Suazilândia, um pequeno país da África do Sul. Com aparência escura e de formato longo, o osso de Lebombo tem talhadas marcas agrupadas que muitos cientistas sugeriram que seria uma compreensão matemática que vai além de contagem.

Em geral, os vestígios matemáticos são encontrados nos domínios das culturas primitivas, o que torna a avaliação do seu significado ainda mais complexa. Regras de operação podem existir como parte de uma tradição oral, muitas vezes na forma musical ou de versos, ou eles podem estar encobertos na linguagem da mágica ou em rituais. Algumas vezes, eles são encontrados em observações de comportamento animal, removendo-os para mais longe do domínio do historiador. (BOYER, 2012, p. 23).

O estudo da matemática como um tópico em si mesmo começou por volta de 600 A.C. De acordo com Rooney (2012) foi através de estudos e pesquisas realizadas pelos gregos que desenvolveram um grande interesse pela matemática. Por volta dos anos 750, os islâmicos juntaram a matemática grega e hindu e formaram algo novo e dinâmico dando início ao sistema hindu-arábico que é o sistema que utilizamos nos dias atuais.

Embora essa tenha sido o caminho de muitos desenvolvimentos da matemática atual, muitas culturas se desenvolveram em paralelo, muitas vezes fazendo descobertas idênticas ou comparáveis, mas não contribuindo para a história centrada na África do Norte, Oriente Médio e Europa. A China se manteve isolada do resto do mundo por milhares de anos, os matemáticos chineses se desenvolveram independentemente. As sociedades mesoamericanas na América do Sul desenvolveram seus próprios sistemas matemáticos também, mas eles foram eliminados pelos invasores e colonizadores europeus que chegaram no século XVI. Os primeiros matemáticos hindus sustentaram a tradição árabe, e nos anos seguintes a Índia se tornou rica fonte de matemáticos de classe mundial. (ROONEY, 2012, p. 11).

No Brasil, segundo Gomes (2012) o ensino da matemática iniciou-se através dos Jesuítas em 1549. O grupo de seis jesuítas liderado pelo padre Manoel da Nobrega deu início a Escola Elementar em Salvador, expandindo-se ao longo dos anos para outras regiões do Brasil. Eles iniciaram os estudos com a língua portuguesa e a geometria, mas além de ensinar a ler, escrever e calcular, os jesuítas tinham a intenção de doutrinar os índios na religião católica.

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