Linguagens códigos e suas tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio
Por Amanda Gonçalves Bento | 20/10/2015 | ResumosRESUMO CRÍTICO SOBRE O ENSINO DA LITERATURA NO ENSINO MÉDIO Amanda Gonçalves Bento ¹ Léia dos Santos Silva ² A inclusão de conteúdos em sala de aula ocorre pelo uso de materiais didáticos e raramente um professor ratifica a leitura de uma obra literária e o acompanhamento como atividade extraclasse, eles esperam que professor aborde de forma resumida nas aulas seguintes. Existem vários questionamentos sobre a ausência e falta de atenção para a disciplina Literatura, sendo que é de grande importância no currículo do ensino médio. Muitos autores como Eça de Queiroz, Rui Barbosa e outros, relatam em suas obras que a disciplina era uma identidade cultural, sempre mantida no patamar histórico da burguesia. Porém, o PCN Ens. Médio coloca que a determinação comercial foi a causa da perca de valores dos materiais literários, o que fez com que os textos se tornassem modernos, acompanhando o uso de novas técnicas de escrita, fator humano, a ponto de desmembrar-se em literaturas específicas (médica, científica e outros). A própria literatura justifica a importância da disciplina no currículo, considerando toda escrita uma arte que se constrói com palavras. No meio comercial essa arte busca atingir conhecimentos científicos que moldam o raciocínio humano, dando-lhes o direito de pensar por si mesmo. As Leis e Diretrizes Básicas da Educação Nacional trata da ausência desta disciplina, pois antes o ensino médio tinha caráter profissional, formando pessoas com mão-de-obra parcialmente especializado. Após algum tempo, essa disciplina tende então a consolidar e aprofundar mais o conhecimento que o alu- _________________________ 1. Acadêmica do Curso Licenciatura Plena em Letras VI Período. Faculdade de Itaituba Pará. 2. Acadêmica do Curso Licenciatura Plena em Letras VI Período. Faculdade de Itaituba Pará. no obtém durante o ensino fundamental, preparação básica para o trabalho e cidadania do educando e, o aprimoramento como pessoa humana, incluindo ética, autonomia intelectual e pensamento crítico. O conteúdo deste material aqui abordado não dita maneiras de como um educador deve realizar no ensino de literatura, mas é um portador de orientações destinadas ao núcleo escolar, que abre a visão de fatores importantes que facilitam a percepção e compreensão do mundo escolar. O livro didático, uma das principais ferramentas do docente é constituído de inúmeras obras, onde ele pode proceder na escolhas de algumas delas e, deve contar com estratégias orientadoras dos procedimentos. O PCN 2002 gerou vários problemas nos dias atuais, discutidos como: erigir as opiniões do aluno por critério de juízo de uma obra literária, deixando de lado a questão do ser ou não ser literário a cargo do leitor, foco total e exclusivo na história de determinada época. Sabemos que se deve privilegiar o conteúdo literário não apenas por ser obra tradicional, mas relacionar a sua significação na contemporaneidade. A Literatura como conteúdo curricular ganha perfis distintos conforme o nível de formação dos leitores. O ensino da Literatura no ensino fundamental, tem características de formação mais simples, aberta à escolhas de acordo com o ponto de vista, tendo a junção de vários temas literários, chamado de literatura infanto-juvenil. Na escolha de leitura que alunos fazem fora da sala de aula, é possível verificar muita s desordens na construção de repertório de leitura. Se o objetivo é formar leitores capazes de vivenciar toda a experiência do cotidiano a literatura deve deixar de ser apenas uma leitura. A leitura simples é apenas a forma mais determinada de esconder na aparência da simplicidade, toda a complexidade e as implicações contida no ato de ler e ser letrado. Justamente para ir além da simples leitura que o letramento literário é fundamental no processo educativo. Os objetivos são também importantes para a compreensão a formulação de hipóteses. O PCN afirma portanto, a necessidade de fazer da leitura uma atividade caracterizada pelo engajamento e uso do conhecimento linguístico, textual e de mundo devem ser ativados para poder chegar ao momento da produção de sentidos. A formação de um leitor literário significa a preparação para construções e significações. O mesmo tem de saber usar estratégias verbais de cunho artístico, que faça parte de seus afazeres e prazeres. Esse leitor descrito nessas orientações curriculares tem que saber usar estratégias de leitura adequadas aos textos literários, reconhecer até mesmo as marcas linguísticas de subjetividade, intertextualidade. Entende-se que o papel do professor não é apenas como leitor, mas principalmente mediador, no contexto das práticas escolares de leitura literária. O leitor parte para o ensino e aprendizagem desta disciplina, o professor para a execução de estratégias para fortalecer o andamento da leitura. A seleção de material ocorre por escolhas pessoais e também as exigências curriculares dos projetos pedagógicos da escola. É necessário que o professor se policie e esteja disposto para se habituar às potencialidades da literatura e faça um esforço para driblar as cobranças didáticas que o obrigam, o prendem à conteúdos pré-estabelecidos pela coordenação, em prejuízo de um conteúdo menos escolarizado e mais oculto, que é a leitura vagarosa da Literatura. Textos curtos, com densidade poética, sensibilizam o aluno para as coisas que o cercam (realidade). Oferecendo assim, ao aluno, a oportunidade de descobrir o sentido por meio da apreensão de diferentes níveis e camadas do poema (lexical, sonoro, sintático), em diversas e diferentes leituras do mesmo poema, as quais requerem dedicação de tempo a essa atividade e percepção de uma outra lógica analítico- interpretativa.