Linguagem e ideologia de Fiorin
Por Sarah Sampaio Siriano Oliveira | 22/05/2012 | ResumosJosé Luiz Fiorin é licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Penápolis (1970), tem mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1983). Fez pós-doutorado na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris) (1983-1984) e na Universidade de Bucareste (1991-1992). Fez livre-docência em Teoria e Análise do Texto na Universidade de São Paulo (1994). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo. Foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq (2000-2004) e Representante da Área de Letras e Lingüística na CAPES (1995-1999). Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Teoria e Análise Lingüística, atuando principalmente em temas relacionados à enunciação. Além de muitos artigos em revistas especializadas e capítulos de livros, publicou diversos livros, entre os quais As astúcias da enunciação (Ática); Em busca do sentido: estudos discursivos (Contexto); Introdução ao pensamento de Bakhtin (Ática); O regime de 1964: discurso e ideologia (Atual); Lições de texto: leitura e redação (Àtica). Organizou vários livros, entre os quais Introdução à Linguística I. Objetos teóricos (Contexto); Introdução à Linguística II.Princípios de Análise (Contexto).
O livro linguagem e ideologia e composto por 24 capítulos e 87 paginas, incluindo a conclusão, bibliografia comentada. No livro o autor expõe a temática voltada para relação entre linguagem e ideologia. No primeiro capitulo que é introdução, foi abordado como a lingüística se desenvolveu até se constituir como uma ciência autônoma, antes disso a lingüística era usada para as demais ciências como ciência- piloto. No segundo capitulo é mostrada a visão de Marx e Engels, sobre a linguagem. Segundo eles a linguagem não e feita por domínio autônomo, pois ela tem muitos pontos as serem estudados é desvinculada da vida social, ou seja, é reduzido o nível ideológico.
No terceiro capitulo que tem como tema as distinções especifica que a língua é um sistema composto por elementos gramaticais e regras combinatórias. A realização concreta do sistema é fala a língua e no qual todos conhecem. No capitulo seguinte expõem que a fala não e determinada pela sociedade, é um sistema é alterado por motivos do próprio sistema.
No capitulo cinco descreve que o discurso não e amontoado de palavras, pois possuem uma estrutura e sintaxe discursiva. Na variabilidade na invariabilidade explicita que discursos ser diferentes e possui os mesmo elementos semânticos, e podem revelar duas visões diferentes, isso dependerá da utilização semântica de cada falante. As duas maneiras de dizer a mesma coisa especificam que o texto pode dizer a mesma coisa, utilizando elementos figurativo ou não-figurativo trabalhando com dois pólos abstratos e concretos. Fiorin dedicou um capitulo para falar sobre ideologia, que é conjunto de idéias crenças que orientam as ações de cada individuo de uma determinada sociedade, isso explica a ordem social, esta também relacionado com as condições de vida de cada pessoa e relação que este indivíduo mantém com sociedade. Então no capitalismo a ideologia dominante e da classe dominante. Nas formações ideológicas e nas formações discursivas uma depende da outra, as formações ideológicas é determinada pelo coletivo que é divido em classes, e visão discursiva, as formações discursivas e conjunto de temas e figura uma dada visão de mundo.
Na consciência é fato social, a consciência e feita a partir dos discursos assimilado pelo individuo durante sua vida, e geralmente reproduzi na sua fala. Na individualidade na linguagem, para muitos o discurso não é social, mas sim individual, pois os falantes têm maneira de expressar suas idéias, e possui métodos lingüísticos diferentes. A trapaça discursiva do discurso é materialização da visão de mundo, o texto e usado pelo emissor para manipular organizar suas idéias e veicular o discurso.
Falar ou ser falado? O individuo é suporte das formações discursivas, o falante produz o agente discursivo e age de acordo com realidade. No capitulo quatorze que tem como titulo Arena de conflitos e palco de acordo deixa claro que um discurso não ciclo fechado, um discurso cita outro e assim acontece com texto ambos tem relações contratuais e polêmicas. Na analise não é investigação policial o enunciador nem sempre revela sua visão de mundo através do discurso, para analista um discurso pode conter uma ou várias visão de mundo. No discurso é reflexo da realidade? Afirmam o autor que a linguagem é imagem do mundo sendo positiva ou negativa. No capitulo seguinte aborda sobre os temas básicos da ideologia burguesa: liberdade e igualdade e a naturalidade das relações sociais. No décimo nono capitulo o Marr e Stálin chegarão à conclusão após debater que a língua não e um fenômeno de superestrutura, ela não tem caráter de classes. Comunicar é agir o enunciador comunica algo, ele tem agir, mesmo que ele não haja e torna o outro detentor de um saber.
O José Luiz Fiorin conclui que a linguagem é autônoma as relações sociais e determinadas pelas relações sociais e as formações ideológicas, pode ser vista por vários pontos.
Fiorin utilizou vários autores em seu livro, fez vasta pesquisa literária, utilizando as visões desses autores como uma base de seu livro, um dos autores mais citados por Fiorin foi Marx e Engels.
O José Luiz utilizou metodologia de fácil entendimento ao mesmo tempo usou linguagem culta. O livro foi bem elaborado, em questão de conteúdo e estrutura.