Língua, Homem e Sociedade
Por ATILIO BORGES NETO | 06/11/2013 | FilosofiaLÍNGUA, HOMEM E SOCIEDADE
Atilio Borges Neto
RESUMO
Sem muitas pretensões, objetiva-se apenas apresentar em síntese algumas ideias sobre a história da língua portuguesa em relação aos séculos XIII e XVII.
PALAVRAS-CHAVE: Síntese, língua portuguesa, séculos XIII e XVII.
ABSTRACT
Without many pretensions, the objective is only to present, in synthetic way, some ideas about the history of the portuguese language in relation to the XIII and XVII centuries.
KEYWORDS: Synthesis, portuguese language, XIII and XVII centuries.
Visando expor que a língua portuguesa não é uma realidade estática, mas, sim, uma língua que vem acompanhando uma história social, Nascimento (2000) dá atenção à língua portuguesa medieval como ponto de partida e revela que os primeiros textos em português autônomo do galego-português foram escritos provavelmente entre 1214 e 1216, foram textos em que a língua ainda se encontrava primitiva. Embora já houvesse textos em português, a língua usada até o século XIV, na Península Ibérica, era o galego-português que acabou desaparecendo em razão de pressões histórico-culturais. No século XVI, surgiu a gramática da língua portuguesa considerada como a primeira sistematização dessa língua. Tal gramática começou a ser ensinada não só para os nobres, mas, também aos estrangeiros. Nisso, os portugueses desejavam fazer conquistas por meio da língua. Assim os jesuítas vieram catequizar os índios no Brasil, impondo os usos e costumes de Portugal.
No século XVII, segundo o autor, ocorreu no Brasil um estabelecimento de contato entre os homens brancos e os de raça indígena e africana, fazendo com que a língua portuguesa incorporasse traços linguísticos dessas etnias. Houve, então, não só mudanças na língua, mas, também na maneira de ensiná-la, pois a educação aos sentidos e ao emprego de métodos objetivos de ensino passaram a ter importância. No entanto, não havia interesse, por parte de Portugal, em propiciar avanços educacionais à colônia (Brasil). A fertilidade em realização educacional se deu no início do séc XX, sendo os professores considerados como fonte de estímulo que levaria os alunos a terem reações para que se processasse a aprendizagem. Já a gramática exercia o papel de servir à classe dominante, impondo regras para serem seguidas pelos indivíduos. Com isso, o ensino da língua materna continuou ligado ao ensino da gramática sem que houvesse uma maior preocupação com a atividade comunicativa em geral.
Por fim, o autor afirma que ao percurso histórico da língua alia-se à história de indivíduos falantes e cada momento histórico em que a sociedade vive deve ser tido como fonte de produção de sentidos, estes são materializados na língua e comprometidos com a história da educação no Brasil.
REFERÊNCIA
NASCIMENTO, J. Vargas. Formação Histórica da Língua Portuguesa. 2000.