LICENÇA POÉTICA E A JUSTIFICATIVA DE DIFERENTES AUTORES
Por Fernanda Rizzo Sanchez | 30/03/2011 | PoesiasAna Paula Nogueira Monteiro
Carlos David Neyra
Daniela Vieira da Silva
Fernanda Rizzo Sanchez
Curso de Licenciatura Letras Português ? Espanhol
Polo Paraíso ? São Paulo, SP
Orientador: Prof. Luís Fernando Bulhões Figueira
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar e esclarecer as opiniões de diferentes autores e críticos literários para mostrar ao leitor as semelhanças e diferenças entre as justificativas apresentadas pelos mesmos a respeito da licença poética. Para tanto, procurou-se esclarecer as razões que levam um autor/escritor a fazer uso dessa liberdade de expressão. Na pesquisa utilizaram-se como fontes textos de músicas, poesias, artigos da internet e propagandas. Os resultados demonstraram que a licença poética é aceitável pelos autores aqui analisados, além de ser uma maneira de dar ao texto maior expressividade.
Palavras-chave: Licença poética, literatura, norma culta
INTRODUÇÃO
Como o estudo deste trabalho trata de licença poética, vamos primeiramente defini-la.
De acordo com Marjorie Perloff, (2010)
A licença poética é a liberdade concedida a um artista, não necessariamente um poeta, para se expressar criativamente, sem obediência rígida a um cânone, a uma gramática, a um código ou a um modelo convencional de escrita. Ao sabor deste tipo de liberdade, é possível encontrar os mais diversos desvios à norma poética, desde rimas falsas a versos de métrica irregular, desde temas obscenos em épocas de contenção moral a mistura de várias formas de expressão literária na mesma composição.
Segundo Evan do Carmo, (2007, p. 3)
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como o uso de palavras de baixo-calão. Até os desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o caráter "fingidor" da poesia podem ser utilizadas, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa (O poeta é um "fingidor"). A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade da fala.
Comparando-se os dois textos, entende-se como licença poética extrapolar as métricas regulares de versos e poesias, os desvios da norma culta, a criação de palavras não dicionarizadas e a transgressão da linguagem escrita utilizando-se a linguagem falada.
Então, questionamos, existem limites do uso da licença poética na construção de textos em geral?
Sabe-se que não existem normas que censurem o uso da licença poética. Devemos então, ter discernimento e saber o momento certo de usar cada modalidade dentro da sua exigência formal ou informal.
Buscamos exemplos do uso da licença poética em diversas modalidades de textos, passando pelas propagandas, poesias e músicas, bem como as justificativas apresentadas pelos seus autores.
DESENVOLVIMENTO
Temos na licença poética uma divergência de opiniões entre gramáticos, preocupados com o uso correto da norma culta, e artistas, que aspiram por liberdade de expressão, mesmo que rompam com as normas da língua.
Às vezes, a intenção do erro é determinante para passar a mensagem, isso acontece muito em poesias e músicas. Nesses casos, o erro pode estar a serviço da poesia e só é aceitável para ironizar o senso comum, pois muitas vezes as regras deixariam o texto artificial se as seguíssemos. Portanto, a licença poética não tem limites na poesia e na música. Dessa forma, o que vale é a beleza e a expressividade. Quando há uma expressividade, existe a licença poética, mas quando esta não leva a lugar nenhum, passa a ser nula, vazia e caracteriza-se no erro. A licença poética é uma subversão da língua para criar impacto no leitor sobre o que é escrito.
Vejamos alguns exemplos dessa quebra da norma culta utilizada em poesia, músicas e propagandas:
O poeta brasileiro Mário Quintana escreveu o poema "Indivisíveis". Veja o verso:
"Meu primeiro amor sentávamos"
Aqui fica clara a falta de concordância verbal, pois o verbo deveria concordar com o sujeito da oração, que é "meu primeiro amor", o verbo correto seria "sentava".
Neste caso, Mário Quintana quis reforçar a ideia do próprio título do poema "Indivisíveis", pois mesmo se referindo à amada como "meu primeiro amor", ele se incluiu no sujeito, tornando-se um com ela.
Na música "Evidências", de Chitãozinho e Chororó, temos o seguinte verso:
"...Quando eu digo que deixei de te amar
É porque eu te amo
Quando eu digo que não quero
Mais você
É porque eu te quero"
O pronome "te" é usado para a segunda pessoa, já a palavra "você" está na terceira pessoa, portanto, não há concordância de pessoa. O correto seria substituir o "você" por "tu", o que não daria a sonoridade adequada. Assim, o autor usou a licença poética para a manutenção do ritmo dos versos, a fim de assegurar a musicalidade.
Vinícius de Moraes, na música "Samba da Volta", utiliza no verso:
"ah, você se derreteu e se atirou, me envolveu, me brincou"
Neste caso, existe um erro de colocação pronominal, pois não se usa o pronome oblíquo "me" após a vírgula, que significa uma pausa, a intenção aqui foi manter a próclise utilizada nos versos anteriores. Além disso, há uma quebra da regência do verbo "brincar", pois foi suprimida a preposição "com", transformando o verbo em transitivo direto. O correto seria: brincou comigo, porém a intenção não foi dizer que eles brincaram juntos, mas sim que ela fez uso dele como o seu "brinquedo" (Anexo 1).
Já Chico Buarque de Holanda utiliza na música "Fado Tropical", de autoria de Ruy Guerra, o verso:
"Mas não sê tão ingrata"
Apesar de estar correto, é uma forma arcaica do português, uma conjugação verbal que se encontra em desuso. O habitual seria "mas não seja tão ingrata" ou "mas não sejas tão ingrata".
Neste caso foi usado o arcaísmo porque a melodia nos remete aos nossos colonizadores, pois na própria música ele cita o império colonial e que ele tem esperança de que o Brasil se torne um país como Portugal. E quem ouve a música percebe automaticamente sons tipicamente lusitanos.
Nas propagandas, o uso da licença poética é geralmente proposital, uma vez que a intenção é persuadir, emocionar e sensibilizar o consumidor em prol de um produto. E sua linguagem, mesmo sendo escrita, procura ficar mais próxima da língua falada, pois o que se deseja é uma aproximação com o leitor.
Alguns exemplos:
"Fumar prejudica o célebro" ? Propaganda da ABRAD contra o cigarro.
Neste caso, a propaganda mostra como o cigarro prejudica o raciocínio ao escrever de forma incorreta a palavra cérebro, pois se subentende que com o passar do tempo, quem fuma pode ter os centros nervosos danificados e, consequentemente, seu raciocínio pode se tornar lento, além de afetar a memória. Este foi o objetivo da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (ABRAD), que tentou causar impacto no consumidor para que ele fique ciente dos danos causados pelo uso da nicotina (Anexo 2).
"O Banco Volkswag-
en ganhou o Prêmi-
o Top de Marketing
pelo case Financiam-
ento Total. (Deve se-
r porque nós dividi-
mos tudo o que é p-
ossível dividir.)" ? Propaganda veiculada pelo Banco Volkswagen.
Como podemos ver, foi utilizado um caso de metalinguagem, em que a quebra incorreta das palavras (separação silábica) foi proposital, na intenção de mostrar que o banco faz parcelamentos de acordo com as condições do cliente.
No slogan da Caixa Econômica Federal:
"Vem pra Caixa você também"
Aqui temos um erro de concordância verbal. O correto seria "Vem para Caixa tu também" ou "Venha para Caixa você também", pois assim não teríamos a mistura de duas pessoas.
Aqui foi utilizada essa forma de expressão porque a campanha é totalmente popular e visa a aproximar o consumidor do Banco, desmitificando a imagem da instituição, tornando-a mais popular e acessível a todas as classes sociais.
Na música, a licença poética ocorre muito por neologismos, criação de palavras novas.
A expressão "Shimbalaiê" da música de Maria Gadú, não vem a ser uma onomatopeia, que imita algum som conhecido. Ela não tem significado nenhum, apenas foi colocada na letra para dar sonoridade e ritmo; o que se observa na análise da letra da música é que esse neologismo é uma reverência à beleza do pôr do sol (Anexo 3).
A palavra "Tchubirundu", que dá título à música de Armandinho, também é um neologismo, em que o cantor faz de sua voz um instrumento musical, que nada mais é que um recurso fonêmico usado para complementar a melodia (Anexo 4).
Veem-se então na música, na poesia e na propaganda muitos casos de licença poética, porque o homem, no seu papel criativo e conhecedor da língua, pode brincar com as palavras para expressar seu pensamento. Escrever também é uma arte, e a arte, para ser bela e única, deve ser livre de censura. A Constituição Federal no artigo 5o, inciso IX, afirma: "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", e no artigo 220 diz: "a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição" (BRASIL, 1988).
Mas na arte ninguém está livre de receber críticas ou questionamentos sobre o uso de sua liberdade. Então vejamos algumas justificativas e opiniões a respeito:
Segundo Fernando Pessoa "poderia haver tantas ortografias quantos escritores houvesse". E que: "a língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá-lo" (1999, p.148-149). Em seus versos, observa-se um descontentamento diante do contexto histórico que vivenciava, a reforma ortográfica imposta pelo governo português em 1911.
Nos textos de José de Alencar, encontram-se erros de colocação pronominal, como em Ubirajara: "Aquela que roubou-me o amor" (MARQUES, 2010), além do vocabulário indígena, que não fazia parte do léxico da língua portuguesa da época, presente em suas obras: O Guarani, Iracema e Ubirajara. Ele queria com isto criar uma "Língua Brasileira", devido aos ideais romancistas nacionalistas.
Monteiro Lobato não costumava grafar acentos nas palavras. Ele tinha aversão à gramática: "...a gramática fará letrudos, não fez escritores". E: "Mil vezes (para mim) as ingramaticalidades destes do que as gramaticalidades daqueles. E entreguei-me a aprender, em vez de gramática, língua ? lendo os que a têm e ouvindo os que falam expressivamente" (PEREIRA JUNIOR, 2008). Lobato queria escrever numa linguagem mais simples, que se aproximasse da língua falada.
Na música de Arnaldo Antunes, sobre a canção "Beija eu", em que o correto seria "Beije-me", ele diz: "Fiz a música inspirado em minha filha que, quando pequena, dizia pega eu, abraça eu e beija eu..." (MAGALHÃES, 2008).
Sobre a canção "Tchubaruba", da cantora Mallu Magalhães, palavra sem significado aparente, ela justifica-se:
Quando componho, os fonemas, os sons e as palavras vêm natural e intuitivamente. Assim crio palavras novas. É claro que existe um trabalho mental e lógico para encaixar as palavras e os conteúdos que queremos expressar. Mas as novas expressões também podem traduzir melhor um sentimento (BRYAN, 2010).
O músico Tom Zé adora brincar com as palavras em suas composições, como se vê nas músicas "Desenrock-se" e "Unimultiplicidade", palavras inexistentes no dicionário. Segundo ele:
Desde as primeiras canções, eu faço essas brincadeiras, que se devem à minha educação, antes da escola, no berçário, com os preceptores, babás que viviam brincando com a língua, como se fossem provençais, com "É um dia, é um dado, é um dedo/Chapéu de dedo é didal". Então fui bilíngue na infância e aprendi com o povo do interior da Bahia a ter liberdade com a língua. Também sempre tive a prática de conjugar substantivos e substantivar verbos, que é possível traduzir sem precisar eu dar explicação. Estou brincando de dar explicação por se tratar do próprio assunto (BRYAN, 2010).
E com relação às tantas palavras que são criadas pelos compositores brasileiros, Toquinho, cantor e compositor, diz: "A língua é vasta em sinônimos e neologismos. A poesia aceita as formas mais variadas de expressões populares. Afinal, a música é arte essencialmente popular e a poesia que a contempla reflete essa condição" (BRYAN, 2010).
O pesquisador musical Rodrigo Faour explica essa liberdade na música:
Muitas combinações de notas sugerem sons de palavras e isso acaba sendo um estímulo para alguns compositores, mesmo antes de criarem letras para suas canções. Aí certos improvisos podem virar parte da letra propriamente dita. Não há muito que teorizar em cima disso. É pura criatividade mesmo (BRYAN, 2010).
Para o compositor Luiz Tatit, e também professor titular do departamento de Linguística da USP, em música, o erro, se corrigido, faria a canção sofrer algum tipo de perda.
CONCLUSÃO
A licença poética nos possibilita utilizar a norma culta ou todo o conhecimento que se adquire com a língua, a nosso favor. Por meio da publicidade, com o objetivo de venda do produto; pela poesia, na expressão do autor do que ele acha e sente sobre o contexto histórico em que vive; na música também, esta última utilizando mais os artifícios da expressão da língua falada em suas letras. Todos esses gêneros procuram aproximar-se do leitor.
A licença poética permite ao escritor transgredir a norma culta, mas para quem tem conhecimento dela e faz da língua uma arte, como a poesia, a música e um livro: tudo é até aceitável para deixar o texto belo.
Mas até que ponto se pode contrariar as regras da gramática para impressionar os leitores?
Usar corretamente a língua culta é um dever de todos em situações específicas, como as formais. Erros de pronúncia ou grafia são chamados de barbarismos. Alguns autores têm passe livre para subverter as normas da língua. Mas é essencial que criemos laços com a língua e nos sintamos confortáveis, desde que saibamos e passemos ao leitor o que se pretende, sem criar dúvidas se aquilo é intencional ou não.
Há quem se justifica que usa de certa grafia ou uso impróprio de colocações de formas gramaticais em seus textos para tornar o produto vendável e mais próximo do público-alvo.
Contudo, para se fazer uso da licença poética são necessários profundos conhecimentos de Literatura, leitura dos grandes poetas modernistas, exercícios práticos de poemas, na sua forma clássica e moderna e da Língua Portuguesa na sua norma culta. Como afirma Alfredina Nery, colunista do site UOL Educação, professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura:
De tão bem que você conhece a língua, você pode "errar". Isso mesmo. Quando você sabe utilizar bem as regras do português, quando utilizar cada palavra e quando não utilizá-la, você pode, inclusive, escrever de maneira aparentemente "errada" ? mas que, na verdade, é acertada, já que você quer chamar atenção ou brincar com as palavras (NERY, sd.).
A licença poética nada mais é do que uma técnica da arte de escrever. E cabe aos leitores e mestres de ensino analisar este fenômeno sem achar o que é certo ou errado, mas fazer um estudo do porquê do emprego de determinada liberdade e em que circunstância histórico-social o autor se encontrava.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.
BRYAN, Guilherme. Outras Palavras. Revista Língua Portuguesa, São Paulo, 21 maio 2010. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12025>. Acesso em: 14 set. 2010
CARMO, Evan do. Licença Poética. Brasília, DF: Thesaurus. 2007, p. 3.
PESSOA, Fernando. A Língua Portuguesa. São Paulo: Cia. Das Letras, 1999, p. 19-30.
MAGALHÃES, Luka. Licença Poética ? Como Usá-la. Recanto das Letras, São Paulo, 23 out. 2008. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1244135>. Acesso em: 14 set. 2010.
MARQUES, Jorge. O Português do Brasil: A língua de Alencar. Scribd. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/23635210/O-PORTUGUES-DO-BRASIL-A-LINGUA-DE-ALENCAR>. Acesso em: 20 set. 2010.
NERY, Alfredina. Erros Propositais ? Licença Poética e neologismos. UOL Educação, São Paulo, sd. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u59.jhtm>. Acesso em: 14 set. 2010.
PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Nova fase editorial da turma do sítio. Portal Dia-a-dia Educação, Curitiba, 18 fev. 2008. Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=71>. Acesso em: 20 set. 2010.
PERLOFF, Marjorie. Licença Poética. Recanto das Letras, São Paulo, 25 ago. 2010. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br/forum/index.php?topic=6470.0. Acesso em: 14 set. 2010.
REY, Luíza. Licença Poética para publicitário. Biscoitos Sortidos, São Paulo, 24 jul. 2010. Disponível em: <http://biscoitossortidos.com/2010/07/24/licenca-poetica-para-publicitarios>. Acesso em: 14 set. 2010.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
MORENO, Cláudio. Vem pra Caixa você também. Sua Língua. Porto Alegre, 05 nov. 2009. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/sualingua/2009/05/11/vem-pra-caixa-voce-tambem/>. Acesso em: 14 set. 2010.
GALLI, Glória. Prosopopeia e licença literária. LPEU ? Língua Portuguesa em Uso. Disponível em: <http://www.lpeu.com.br/a/Prosopopeia-e-licen%C3%A7a-liter%C3%A1ria.html>. Acesso em: 14 set. 2010.
JEBAILI, Paulo; PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. A gente cantamos errado? Revista Língua Portuguesa, São Paulo, ano 3, n.30, p. 16-21, abr. 2008.
PALMA, José. Portal da Poesia e Poetas. Enciclopédia, São Paulo, 12 jun. 2009. Disponível em: <http://www.enciclopedia.com.pt/articles.php?article_id=1145>. Acesso em: 14 set. 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Língua (usos cultos, coloquial, e popular ? gíria). Araçatuba. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=artigos/docs/culto-coloquial>. Acesso em: 7 jun. 2010.
TAMBELLI, Alexandre. Tratados de versificação ou escrita literária e licença poética. Recanto das Letras, São Paulo, 13 jun. 2009. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1647601>. Acesso em: 14 set. 2010.
TEIXEIRA, Ivan. Errar é divino. São Paulo. Veja, p.148-149, 21 abr. 1999. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/210499/p_148.html>. Acesso em: 6 jun. 2010.
ANEXO 1
Samba da Volta
Composição: Toquinho e Vinicius de Moraes
Você voltou, meu amor,
alegria que me deu
Quando a porta abriu
você me olhou, você sorriu,
ah, você se derreteu
e se atirou, me envolveu, me brincou,
conferiu o que era seu
É verdade, eu reconheço,
eu tantas fiz,
mas agora tanto faz
O perdão pediu seu preço,
meu amor
Eu te amo
e Deus é mais
e se atirou, me envolveu, me brincou,
conferiu o que era seu
É verdade, eu reconheço,
eu tantas fiz,
mas agora tanto faz
O perdão pediu seu preço,
meu amor
Eu te amo
e Deus é mais.
ANEXO 2
ANEXO 3
Shimbalaiê
Composição: Maria Gadú
Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)
Natureza deusa do viver
A beleza pura do nascer
Uma flor brilhando à luz do sol
Pescador entre o mar e o anzol
Pensamento tão livre quanto o céu
Imagino um barco de papel
Indo embora pra não mais voltar
Tendo como guia Iemanjá
Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)
Quanto tempo leva pra aprender
Que uma flor tem vida ao nascer
Essa flor brilhando à luz do sol
Pescador entre o mar e o anzol
Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)
Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade
Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (4x)
ANEXO 4
Tchubirundu
Composição: Armandinho
Você foi a melhor coisa que aconteceu
hoje no meu dia, juro que eu não sabia não
Sentindo teu olhar que a perna tremeu
foi a energia do amor no encontro de nós dois
Eu tava com o coração meio zuado
Por ter me apegado a uma mina que nunca me mereceu
Você ainda é uma pedra no meu caminho
que quando eu não to sozinho, resolve aparecer, porque?
Porque tu ainda tem o amor, o tempo vai ser bom pra nós dois
Vou querer só zuar, vou deixar que sirva e quem sabe algum dia,
depois de algum tempo eu te peça pra voltar
Hoje eu vou pa rua pra te ver, mas será que você vai estar lá? (2x)
Você foi a melhor coisa que aconteceu
hoje no meu dia, juro que eu não sabia não
Sentindo teu olhar que a perna tremeu
foi a energia do amor no encontro de nós dois
Eu tava com o coração meio zuado
Por ter me apegado a uma mina que nunca mereceu
Você ainda é uma pedra no meu caminho
Que quando eu não to sozinho, resolve aparecer, porque?
Porque tu ainda tem o amor, o tempo vai ser bom pra nós dois
Vou querer só zuar, vou deixar que sirva e quem sabe algum dia
depois de algum tempo eu te peça pra voltar
Hoje eu vou pa rua pra te ver, mas será que você vai estar lá? (2x)
Tchubirundu, Tchubirundu, Tchubirundu (4x)