Liberdade, Graça, Cura e Certeza
Por João Placoná | 21/07/2010 | ReligiãoOlhar a vida com tristeza e entrega é não perceber a dimensão maior do evangelho. É desconhecer que cada momento da presença de Jesus entre nós apontava permanentemente para uma direção inesperada, grávida de esperança para sorrir.
Em meio à escravidão, Jesus nasceu para oferecer a liberdade; em meio ao pecado, Jesus caminhou para ofertar a graça; em meio às enfermidades, Jesus optou por conceder a cura; em meio à morte, Jesus ressuscitou para nos fornecer certezas.
Liberdade, graça, cura e certezas foram palavras amigas de Jesus. Ao experimentar a realidade das pessoas, o Senhor sempre apresentou compromisso com estas práticas. É por esta razão que em Cristo há "novidade de vida" (2 Coríntios 5.17), pois nEle residem os alicerces interiores que conferem toda diferença àqueles que confiam em sua presença.
Estamos livres dos pecados e de tudo mais que torna a vida menor, vazia, inconstante, pouco terna, desrespeitosa e cansativa.
Somos libertos do passado, das acusações, das culpas mesquinhas, da covardia e daquilo que poderia ter sido diferente e não foi.
Mas, nunca devemos esquecer que a liberdade não nos dá o direito de fazer o que desejamos, mas fazer o que agrada a Deus.
Experimentamos a graça. Em Deus reside toda bondade, cuidado, providência, amor, proteção e segurança - expressões da gratuidade.
A graça de Deus é imensurável; Sua misericórdia inesgotável; Sua paz inefável.
Alcançados pela dádiva, somos instados ao prazer de viver em Cristo, convidando outros para que desfrutem desta experiência.
Em Jesus somos chamados à cura. A terapêutica experiência da presença de Deus é capaz de dar sentido, orientação e consolo a todos, inclusive em meio a tantas enfermidades.
O arrependimento é a ferida que traz a cura.
É também na dor que o Senhor sara a sua gente. Através de seu Filho, tudo que necessitamos foi preparado e concedido para que mediante o seu propósito pudéssemos compreender as restaurações que Ele opera em nós ao longo do tempo.
Fundamentados em certezas nossos corações emergem de alegria. A alegria é esta postura interior que concede força para o enfrentamento das mais diversas situações da vida com a cabeça erguida e a convicção de que sabemos em quem temos crido e que Ele é poderoso para nos fazer caminhar por lugares nunca imaginados pelo nosso próprio coração e nos conceder vida com qualidade. É por essas e tantas outras razões que a alegria é a nossa força e sustentação.
Em meio às tristezas, Deus concede alegrias.
Fonte: Deão Sérgio Andrade - Catedral Anglicana da SS Trindade ? Recife
João Placoná - Presbítero - Professor de Teologia - Palestrante Evangélico - Articulista