LEMBRANÇAS

Por Ágatha Sthefanini | 16/12/2009 | Poesias

Lembranças

 

De repente sinto uma lágrima solitária descendo lentamente em minha face. Tento evitar que outras a acompanhem esta lágrima rebelde, mas é impossível. Não demora muito e outras vêem apressadamente banhar o meu rosto. Difícil também é controlar a pulsação do meu coração que dispara como um puro sangue buscando o horizonte com sede de liberdade. Meu corpo neste instante queima como lareira. Fumegantemente minhas mãos tremem como se estivessem presas a um iceberg; tudo isso porque em um momento eu senti uma imensa saudade de você.

...Dentro da noite há um mistério vago privado dentro de mim que me desgasta lentamente...

É a saudade             que sinto de você e que entra decentemente dentro de minha alma como se fosse um pouco de brisa dentro de um jardim em flor...

É a saudade que a cada instante bate mais forte em meu coração. Será que é porque errei ou por mede de deixar cair a máscara de durona que não sente nada, não sofre e nem se importa por estar sufocando um grande amor?

Mas perderei o medo da escuridão do futuro e chegarei à conclusão que se algum dia a tristeza vier ao meu encontro, passarei por cima dela e deixarei dos olhos rolar uma lágrima, da boca um sorriso, do coração uma prece. Por que não são covardes os que amam, mas sim os que não amam por medo de chorar...