LEITURA: A IMPORTÂNCIA DE SE FORMAR ALUNOS LEITORES

Por Marcela Crepaldi de Oliveira | 19/12/2016 | Educação

 

Marcela Crepaldi de Oliveira
Vanessa Fernanda da Silva

INTRODUÇÃO

A leitura tem sido de acordo com a história um direito das castaspredominantes; sua assimilação pelos grupospúblicosconstitui a aquisição de um aparelhoindispensável não só à incubação de sua cômodatradição, mas ainda à modificação das condições igualitárias.
É por meio da leitura que o aluno podeanalisar o mundo ao seu redor ,de uma forma mais analítica, ela permite novos informações, desenvolturas, despertandoemoções e anseios.
A escolha do tema do artigo Leitura: A importância de formar alunos leitores se veio por observar que vários teóricos asseguram que através da leitura a criança pode se tornar um cidadão mais critico e realizado.
O artigo vem apontando no primeiro capitulo que para a formação de um adulto leitor é preciso ser um trabalho feito desde a infância,no segundo capitulo vem a tratar de como podemos motivar as crianças desde a creche, e de que se trata de um papel não somente dos professores e sim com a ajuda da família, no terceiro capitulo vem a destacar alguns tipos de leitura feita pelo autor, MATOS.

1. Formando adultos leitores, trabalho feito desde a infância

Ampliar no aluno o costume da leitura por deleite e busca do informação, concepção do juízo crítico para que dessa forma etambém possa tornar-se um atuante transformador da realidade. Para que isso se concretize, é imprescindível desenvolver na ambiente escolar, planos de leitura apresentando como finalidadefundamental despertar no educando o anseio pela leitura e a desenvolvimento de leitores ativos. Silva afirma sobre a prática da leitura:

Nunca é demais lembrar que a prática da leitura é um princípio de cidadania, ou seja, leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são as suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz (SILVA, 2003, p. 24)

Para que o trabalho com a leitura seja hábil, o educadorigualmente tem que ser um adequado leitor, repartindo apaixonadamente da leitura dos mais alterados gêneros, unido com os educandos, consecutivamenteapresentar ou deixar o aluno escolher o tipo de leitura que deseja ler, pra que assim, como afirma SANDRONI, MACHADO
Ler, no sentido profundo do termo, é o resultado da tensão entre leitor e texto, isto é um esforço de comunicação entre o escritor, que elaborou, escreveu e teve impresso seu pensamento, e o leitor, que se interessou, comprou ou ganhou, folheou e leu o texto (SANDRONI, MACHADO, 1998, p.10).
Ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só como leitura da palavra mas também como leitura de mundo, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadão (BRANDÃO, 1997, p.22).

Freire (1993, p.17), salienta que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela, portanto resulta o conhecimento do objeto que o texto fala.

2. COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA A PARTIR DA INFÂNCIA

A alunonecessita ser incitado desde a mais nova idade a ter relação com livros e a leitura dos próprios, ainda se não souber ler formalmente, ou seja, convencionalmente, necessita deste incentivo, pois os mesmo podem fazer a leitura de gravuras. Deste modoseráaprontada para ler antes da períodoansiado, pois esteve em contato constantemente e regularmente com volumes de fábula ou outros gêneros textuais, e leitura partilhada antes do aprendizado protocolar.
Como afirma SMITH (1999, p. 15): "A leitura não pode ser ensinada, mas, apesar disso, os professores e outros adultos tem um papel decisivo a desempenhar e é deles a grande responsabilidade de tornar possível a aprendizagem da leitura".
A leitura não pode ser doutrinada, mas pode ser estimulada,no entanto aos educadorese pais cabe excitarpor meio de métodos individualizados, harmonizandoocasiões de improvisar por encanto, inventar, reinventar, excitar e abrir os olhospara o anseio pela leitura pelo meio de atos que banquem a diferença. Como FREIREafirma.
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A importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo (FREIRE, 1993, p.11).
O ato de lerprecisa ter sentido e ser motivadora doato. Porque se lê por encanto de ler, a leitura embora seja um código complicadoé instigante, contudo, se ler por coação não há sequencia, é transformada em fragmentos e fica desmotivada não causando efeito algum no leitor. O leitor, sobretudo o iniciante, não se sente incitado a apanharuma obra para ler, imediatamente as intervenções intelecto envolvida nas agilidades de leitura perdem o definição e se volvemsomente uma obrigação.

Silva (1998) argumenta que a importância e a "obrigação" do ato de ler, são requisitos necessários para alunos e professores. Também é preciso levar em consideração as condições atualmente e a maneira como a leitura tem sido conduzida nas escolas.

É sucintoapreender que amarler não é uma dádiva que já nasce com a criança, mas um costume que se apanha. Por meio da leitura, as crianças principiam a alargar o poder da fantasia, imaginação e argumentação. O aluno que adora livroscontrai mais ligeiro: capacidade criadora, autoestima, segurança,juízodecisivo e facilidade de apreender a dinâmica do mundo que a rodeia.
A leitura não é tarefa apenas da escola. É por isso também que a formação dos professores deve incluir contato com os pais, com bibliotecas de bairro e de empresa, com associações, de maneira a estabelecer intercambio entre as ações de informação e formação. (FOUCABERT, 1994, p.11).

Para formarmos alunos leitores tem que ser um trabalho desde a educação infantil, por esse motivo os educadores e pais tem que estar cientes dos seus deveres, como por exemplo no aniversario de seu filho em vez de comprar um brinquedo pode comprar um livro infantil e assim sucessivamente.
A formação dos leitores não é tarefa exclusiva dos professores de Língua Portuguesa, mas é compromisso de todos educadores, que formam leitores, caracterizando, assim, uma dinâmica multidisciplinar sustentada, necessariamente, por princípios consistentes (RÖSING, 1996, p.22).

SILVA (2003, p.70) afirmaque introduzir uma criança no mundo da leitura é, exatamente, trazer esse universo para a escola e dinamizá-lo ininterruptamente junto às novas gerações que precisam ser educadas para se tornarem cidadãs de deveres e de direitos, incluindo o de ler.

O aluno muitas vezes não resolve problemas de matemática, não porque não saiba matemática, mas porque não sabe ler o enunciado do problema [...] Porque de fato ele não entende mesmo é o português que lê. Não foi treinado para ler números, relações quantitativas, problemas de matemática [...] Tudo o que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e depende dela para se manter e se desenvolver (CAGLIARI, 1996, p.148, 149). 

Segundo Dutra (2011), ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente após recentes pesquisas que apontam ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro. Uma leitura de propriedadeconcebe a chance de expandir a visão do mundo. Por meio do costume da leitura o aluno pode tomar consciência das suas precisões, agenciando assim a sua modificação e a do mundo.

3.TIPOS DE LEITURA

Sãomúltiplosmodelos de leitura, consistir em ela metodologia ou não. A leitura e seus variáveispadrões se emolduram em determinado modelo pré-estabelecido. O autor MATOS (2002) coordena a leitura em:

a) Informação - Noticiários, jornais, revistas de divulgação.
b) Passatempo - Revista em quadrinhos, romances.
c) Literária - Gosto estético e sabor do belo.
d) Bíblica - Comunicação íntima entre o texto e o leitor.
e) Acadêmica - Linguagem científica que se caracteriza pela clareza, precisão e objetividade. Informativa e técnica.
f) Científica - Pré-leitura (visão global do texto), leitura rápida, leitura analítica, leitura crítica e profunda.
g) Fundo - Que requer docilidade.
h) Ocasião - Que requer maestria.
i) Estímulo ou Edificação - Que requer ardor.
j) Repouso - Que requer liberdade 

COMCLUSÃO

A leitura é umamploaparelho facilitador da aprendizagem, deste modo, necessitareceberum lugar de proeminência nas escolas e nas famílias.
É sucinta uma máxima conscientização por meio dos docentes e familiares.Daí a importância desta análise em apanhar uma cogitação sobre as açõespautadas à leitura dentre os educandos, salvo-conduto que apesarde alguns recursos tomados há uma ampladiscrepância de leitores não comprometidos e não excitadosa adquirir o gosto pela leitura nas salas de aula. Na maioria das vezes, a escola culpa o colegial e suas classes familiares pela ausência de empenho e a família joga a responsabilidade a escola, e ambas não admitem como sua a tarefa de incentivar o exercício da leitura. Neste significado, se torna conexadebaterdeterminadasclassesadmiráveisque necessite ser garantida para adquirir cultura e motivação dos educandos pela leitura.

REFERÊNCIAS

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ANTUNES, Celso. Ser professor hoje. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2003.
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Cultrix, 1977. BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1998.
BARROS, Maria Helena Toledo Costa de;
BORTOLIN, Sueli; SILVA, Rovilsonda. Leitura: mediação e mediador. São Paulo: FA, 2006. BRANDÃO, Helena. Aprender a ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez, 1997.
BRITO, L. P. Contra o consenso: cultura e escrita, educação e participação. São Paulo: Mercado de Letras, 2003.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. São Paulo: Editora Scipione, 1995. CARVALHO, Maria Angélica Freire de Carvalho; MENDONÇA, Rosa Helena. Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
CAVALCANTI, M. C. Linguística e Transdiciplinaridade: Questões e Perspectivas. Campinas: Mercado das Letras, 1998.
FERNANDES, Célia Regina Delácio. Leitura, literatura infanto-juvenil e educação. Londrina, EDUEL, 2007.
FOUCAMBERT, Jean. A criança, o professor e a leitura. Porto Alegre: Artes SILVA, E. T. da. Ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia de leitura. São Paulo, Cortez - Autores Associados, 1981.
SILVA, Rovilson José da. Biblioteca escolar e a formação de leitores: o papel do mediador de leitura. Londrina: EDUEL, 2009.
SOARES, Magda Becker. Letramento - um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre, Artmed, 1998.