Leitor Ou Ledor? Uma Abordagem Sobre Práticas De Leitura Dos Alunos Da 1ª Série Do Ensino Médio Da Rede Estadual De Ensino

Por MARIA JUSTO | 23/01/2008 | Educação

 

Introdução

Este estudo vai ser realizado de forma investigativa para se ter dados empíricos sobre como acontecem as leituras no Ensino Fundamental e se esse fato continuará no Ensino Médio. Para isso, foi usado um questionário com perguntas relacionadas sobre a prática de leitura desses alunos. Pretende-se também ressaltar a importância da leitura através de um estudo sobre a forma de abordar e trabalhar a questão da leitura em sala de aula, utilizando processos embasados na intertextualidade.

Entende-se por intertextualidade quando um texto remete a outro(s), seja por citação explícita ou não claramente expressa, seja por idéias, aspectos formais ou teóricos que o discurso ou texto lembram.

Outro ponto relevante que será discutido nesta pesquisa será a diferença entre leitor e "ledor" e também através dela descobrir se esses alunos que estão chegando agora ao Ensino Médio são leitores ou ledores. Segundo Kleiman –"existe uma relação entre o sujeito leitor e o texto enquanto objeto, entre linguagem escrita e compreensão, memória, inferência e pensamento" (KEIMAN,1997. p.31). Os dados coletados serão usados neste artigo e a pesquisa não esbarrará apenas na leitura, mas será aprofundada e dessa feita observando não só a leitura, mas também a escrita.

Os componentes teóricos para uma boa formação didática na área da linguagem são, pois: um conhecimento da natureza da linguagem escrita; um conhecimento dos processos envolvidos na leitura e na escrita; e um conhecimento da natureza da aprendizagem tanto desses processos quanto da própria linguagem escrita. (Mary A. Kato, p. 99)

Leitor e ledor: são sinônimos?

Antesprecisamos definir a diferençaentreleitor e ledor. De forma sintética, podemos dizer que ledor é aquela pessoa que se dispõe a realizar leituras para aqueles que não podem ler.

Segundo os dicionários, o ledor é aquele que lê ou que tem o hábito de ler. Por isso, esta palavra "ledor" é sinônima de "leitor". Mas contrariando a definição anterior e baseado na visão de alguns autores mostraremos a diferença. Sabemosque a leitura é uma atividade individual e social ao mesmo tempo. É social porque está sujeita às convenções sociais, é individual porque nela se apresenta as particularidades do leitor; tais como suas características intelectuais, sua memória, sua história.

Essas duas faces da leitura podem se apresentar sob diferentes pontos de vista, como por exemplo, a abordagem cognitivista que está mais difundida atualmente, na qual focaliza a atividade intelectual do leitor. Para analisar essa abordagem é preciso observar o que Kleiman fala sobre"compreensão de textos escritos", os "processos cognitivos que constituem a atividade em que o leitor se engaja para construir o sentido de um texto". (Kleiman 2000, p. 9). Assim ela privilegia em seu estudo a atividade do sujeito leitor na construção do sentido de um texto.

Nessa visão interacionista, os aspectos sociais da leitura são colocados na relação entre dois sujeitos intencionais: a subjetividade que o autor estabelece com o outro da leitura – o leitor.

Dessa forma, ele (o leitor) é visto como um sujeito que se esforça para criar sentido, para compreender as intenções e os objetivos do autor, para tornar o texto coerente, a partir da materialidade lingüística. Para Keiman, (2001, p. 11) o leitor ideal, é aquele engajado, crítico e que mantém o controle e reflexão consciente do aspecto interacional da leitura.

A autora ainda salienta dentre os esforços para a compreensão do texto, a utilização de "conhecimento prévio". Este conhecimento obedece a diversas ordens: conhecimento lingüístico, textual, de mundo, enciclopédico, que serão "ativados" na leitura. Esta amplia os horizontes, fazendo emergir pontos de vista diferenciados sobre uma dada realidade.

Depois de uma ampla abordagem sobre o leitor, será feito agora uma comparação entre os dois: "leitor" e "ledor Primeiro, os dicionários definem ledor - como aquele que lê ou que tem o hábito de ler. Diz-se também – aquela pessoa que se dispõe a realizar leituras para aqueles que não podem ler. Porém diante de todas essas definições sobre "ledor" foi preciso criar-se outra versão, este reproduz mecanicamente o escrito, ou seja, não consegue dar sentido ao que lê, passando assim a ser um mero decodificador de palavras. Segundo Azevedo (1995, p.48), é necessário transformar o ledor em um leitor crítico capaz de entrar em confronto com o texto para (re)construir o seu sentido ideológico e contra-ideológico. Na visão de Vargas (2000, p 7-8)há uma distinção entre leitores e ledores, mesmo os dois sendo decodificadores de discursos, a diferença está na qualidade da decodificação, no modo de sentir e de perceber o que está escrito. O leitor, diferentemente do ledor, compreende o texto na sua relação dialética com o contexto, na sua relação de interação com a forma. Portanto, a leitura é sempre apropriação, invenção e produção de significados.

Têm-se leitores no Ensino Fundamental?

Para se fazer uma abordagem sobre leitores e leituras, precisa-se antes rever o conceito apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs-Brasil, 1998, p.69):

A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência.

É preciso rever também a história de leitura ou até mesmo o descaso que foi dado ao ensino da língua materna e da leitura no Brasil do séc. XIX:

Um pai ao levar seu filho ao colégio recomenda que não se gaste tempo com o estudo de Português que todos sabem, que estude o Francês e o Latim; porque lhe disseram que a gramática portuguesa estuda-se na latina.(...) O menino escreverá em português, sim, mas no português que aprendeu com sua ama;(...) Como exigir que o país se honre com larga copia de brilhantes escritores se a matéria-prima de toda arte de escrever, o pátrio idioma, lhes foi negada pela própria sociedadeque injustamente lhes reclama o fruto de uma semente que ela não lançou à terra? (...) Exija-se, pois, o estudoda Língua Portuguesa, familiarizem-se os alunos com o correto dizer dos que falaram e escreveram a língua e teremos removido uma grande dificuldade. (FRASÃO, 1863. 22).

Observando o que os PCNsdizem hoje e os programas que temos,tais como:Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Pró-Letramento) nas áreas de Alfabetização e Linguagem.Por meio do SEB, FNDE, o MEC coordena dois importantes Programas – o Programa Nacional do Livro Didático – PNLD e o Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE que podem ser chamados de grandes portais para o acesso ao livro no Brasil, pois atendem a milhões de alunos das escolas públicas, juntando-se a tudo isso ainda temos outro considerado de grande alcance em relação ao incentivo a leitura é o Programa "Literatura em minha casa". Diante de todos esses pontos que favorecem o acesso a leitura dos nossos jovens e comparando com a concepção que se tinha no séc. XIX em relação à língua materna e principalmente a leitura, chega-se a conclusão que se têm todas as condições hoje de formar leitores proficientes.

Leitores e Leituras hoje

Quando se questiona sobre o que é leitura, pensa-se logo na leitura da palavra escrita. Para Marisa Lajolo (apud, GERALDI, 1997, p. 91),

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir dele, que o leitor proficiente capaz de atribuir-lhe significado, consegue relacioná-lo com todos os outros textos significativos para cada um, reconhece nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entrega-se a esta leitura, ou rebela-se contra ela, propondo outra prevista. (MARISA LAJOLO apud, GERALDI, 1997, p. 91),

O ato de ler se tornou hoje mais amplo: temos a leitura do corpo, da fotografia, do desenho, da pintura, da gravura, ainda a leitura da cidade, com sua infinidade de símbolos e sinais; a leitura do cinema e mais a leitura do texto e da imagem que passaram para a tela do computador, transformando os leitores em navegadores do ciberespaço. Chartier (1999, p. 13) enumeraas possibilidades deleituraschamando a atenção para a "revolução nas estruturas do suporte material do escrito assim como nas maneiras de ler".Como está sendo abordados leitores e leituras hoje, é preciso observar o que Steven Roger diz:

Os correios eletrônicos, salas de bate-papo e mensagens de texto nos celulares reforçam a constatação da comunicação pela leitura sobrepujando a comunicação oral. Os adolescentes que acessam o "texto" virtual em todas as suas variações logo serão adultos com habilidades e tecnologias muito mais sofisticadas. São eles que determinarão o futuro da leitura, o qual, ao que tudo indica, exigirá uma quantidade muito maior de leitura que em qualquer outro período". (STEVEN ROGER,2005, p. 293)

Diante dessa multiplicidade, fica difícil classificar os tipos de leitores e leituras. O leitor movente, fragmentado, que surge com o advento dos jornais e das multidões nos centros urbanos que é apressado de linguagens efêmeras, híbridas. E o leitor virtual é aquele que navega numa tela de computador, programando leituras num universo de signos que se esvaem, que desvanecem, mas sempre disponíveis, desde que não se perca a rota que leva ate eles.

A intertextualidade como estratégia de leitura

Bakthin foi o primeiro teórico a apresentar um conceito de "texto" como sendo "toda produção cultural com base na linguagem". Para esse teórico, o processo de leitura não pode ser concebido desvinculado da noção de intertexto, já que o princípio dialógico permeia a linguagem e confere sentido ao discurso, elaborado sempre a partir de uma multiplicidade de outros textos.

Na própria constituição da palavra intertextualidade, já se pode notar o seu significado como sendo uma relação entre textos. Considerando-se texto, num sentido lato, como um recorte significativo feito no processo ininterrupto de semiose cultural, pode-seafirmar que a intertextualidade é inerente à produção humana. A intertextualidade se dá, pois tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam. Quadros que dialogam com outros quadros, filmes que retomam outros, poemas escritos com versos alheios, tudo isso são textos em dialogo com outros textos. Para Julia Kristeva todo texto se constróicomo "mosaico de citações", nessa visão o texto passa a ser entendido como o evento situado na história e na sociedade. A autora afirma ainda que:

Pelo seu modo de escrever, lendo o corpus literário anterior ou sincrônico, o autor vive na história, e a sociedade se escreve no texto. Um texto estranho entra na rede da escritura: esta o absorve segundo leis específicas que estão por descobrir. Assim, no programa de um texto, funcionam todos os textos do espaço lido pelo escritor." (KRISTEVA, 1974)

A título de ilustração, pode-se mencionar, entre outros escritores brasileiros, Ana Cristina César, poetisa carioca, que usa e "abusa" da intertextualidade em seus textos, a tal ponto que, sem a identificação das referências, o poema se torna, constantemente, ininteligível e chega a ser considerado por algumas pessoas como um "amontoado aleatório de enunciados", sem coerência e, portanto, desprovido de sentido.

Retomando Bakhtin, Kristeva afirma que, para se tornarem dialógicas, as palavras precisam encontrar outra esfera de existência: precisam tornar-se discurso.

Assim, o dialogismo bakhtiniano designa a escritura, ao mesmo tempo, como subjetividade e comunicatividade ou, melhor dizendo, como intertextualidade; face a esse dialogismo, a noção de "pessoa-sujeito da escritura" começa a se esfumar, para ceder lugar a uma outra, a da "ambivalência da escritura".

A leitura é um ato que coloca o leitor em contato com outras leituras e seus significantes e significados, promovendo assim a intertextualidade e o dialogismo.

Sabemos que a escola ainda trabalha com o enfoque decodificatório, onde o que importa é que o aluno consiga identificar as letras e suas associações enquanto palavras. Na qual a prática é "voltada" para a parte gramatical da língua padrão. Muitas vezes esta postura da escola gera o sentido de obrigatoriedade e a aversão a leitura. Para Nogueira (2006) essa prática assume uma função tecnicista, operacional e obrigatória. A liberdade para escolher suas leituras e a não obrigatoriedade de questionários, ou melhor, a "ficha de leitura" após cada texto ou livro lido, faz-se necessário para que o aluno leia por prazer e não por obrigação. Com isso, devem-se criar condições que facilitem uma prática de leitura diária, em suas várias instâncias. As várias possibilidades de leitura, assim como a intertextualidade se tornam importantes, realizando dessa forma uma relação dialógica com e entre os conhecimentos teóricos, práticos e os demais fatores axiológicos, dentro da qual se contextualiza os saberes ese (re)constrói o conhecimento.

Ensino Médio: e agora?

É no Ensino Médio que se forma a consciência de cidadania, isto é, de pertencer a uma sociedade, a um grupo. O acesso à leitura e ao conhecimento é um direito desse cidadão em formação, porque, a linguagem é o principal mediador entre o homem e o mundo, sendo a escrita sua expressão mais completa. Privar esse jovem dessa relação com o mundo da leitura e da escrita é formar um cidadão pela metade ou até mesmo deformá-lo. Por isso que a leitura é tão importante nessa faixa de ensino e que é tão ignorado pelo poder público.

Segundo Rangel (1990), ler é uma pratica básica, essencial para aprender. Nada substitui a leitura, mesmo numa época de proliferação dos recursos audiovisuais e da Informática. A leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, de perseverança, da dedicação em aprender. O hábito de ler é decorrente do exercício e nem sempre se constitui um ato prazeroso, porém, sempre necessário. Por este motivo, deve-se recorrer a estímulos para introduzir o hábito de leituranos alunos. Um ponto importante a ser observado é que independente da disciplina que o professor ensinar, ele seja um leitor. Para em seguida o professor descobrir no aluno o leitor que ele é. Dificilmente um aluno que chega ao ensino médio desconhece inteiramente textos escritos, portanto ele traz alguma bagagem de leitura. Partindo dessa bagagem, pode-se construir e formar um leitor crítico, capaz de compreender o que lê, procurando também dialogar com outros textos numa busca de sentido. Por isso, as escolas deveriam valorizar mais a cultura trazida pelo aluno, qualquer que ela seja; e a partir daí, fazê-lo entender a diversidade cultural. O Ensino Médio nem sempre leva em conta a experiência do seu alunado, obrigando-o a absorver conhecimentos científicos e técnicos de que ele abrirá mão assim que abandonar esse nível de ensino.

Análise dos dados

A pesquisa de campo foi iniciada para verificar se havia o hábito de leitura entre os alunos da 1ª série do Ensino Médio. Para obterem-se dados que permitam conhecer a prática de leitura desses alunos, fez-se necessário a distribuição de um questionário com cinco questões (ver anexo). Com o objetivo de se ter uma amostragem para poder se discutir sobre a importância da leitura nas séries anteriores, e principalmente agora que eles estão iniciando outra etapa, desta feita – Ensino Médio.

Dos quarenta alunos pesquisados, apenas dez disseram não gostar de ler. Para Kleiman (2001, p. 16) "a desmotivação porque passa os alunos hoje, provêm basicamente, de concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura, e, portanto da linguagem".

A primeira pergunta do questionário se refere ao aluno gostar ou não de ler? Dez alunos disseram que não gostava de ler.E a justificativa era que não havia incentivo da escola nem da maioria dos professores, por isso essa resposta.E que também em sua casa os pais não tinham o hábito de ler.

A esse mesmo grupo se perguntou quantos livros tinham lido no Fundamental. E houve respostas variadas, mas a maioria tinha lido apenas um ou dois e porque era para fazer uma ficha de leitura "valendo nota".

Segundo Pennac (1998, p 13), "o verbo ler não suporta, o imperativo. Aversão que partilha com outros: o verbo 'amar'... o verbo 'sonhar'...".

O segundo grupo pesquisado, ou melhor, os trinta alunos restantes foi aplicado o mesmo questionário. Na pergunta sobre gostar ou não de ler a resposta foi considerada satisfatória porque eles disseram que gostava (de ler) e que durante o Ensino Fundamental haviam lido, não só o que o professor(a) pediu, mas outros livros.A maioria respondeu que tinha lido em média dois livros por ano e que agora no Ensino Médio já estavam retomando essa prática. Pode-se observar também que esses alunos que falavam tão bem da leitura, havia uma coisa em comum, além dos pais incentivá-los, ainda eram leitores (os pais) e depois na escola alguns professores faziam o mesmo.

"Desde o seu desabrochar para a linguagem, nós lhe contamos histórias. E essa era uma aptidão em que nos desconhecíamos. O prazer dele nos inspirava. A felicidade dele nos dava fôlego" (PENNAC, Daniel, p.17).

A formação do leitor se inicia em casa e deve prosseguir na escola e no ambiente comunitário.

Considerações finais

Desde o primeiro momento de idealização dessa pesquisa e durante seu desenvolvimento, a proposta de trabalho consistia em realizar um estudo inicial. Por que inicial? É que esta pesquisa trata apenas de uma pequena amostragem da leitura ou não, dos alunos da 1ª série do Ensino Médio: apontando um olhar voltado ao passado, no que se refere ao Ensino Fundamental. A razão pela qual foi feita uma abordagem ampla contemplando também o Fundamental é que esses leitores em formação que estão iniciando o Ensino Médio devem ter alguma referência de leitura que consequentemente é oriunda das séries anteriores; por isso partindo desse referencial é que se podem analisar os dados, mediante suas respostas e a partir daí elaborar estratégias de leituras, para atrair esse "ledor" e transformá-lo em um leitor proficiente. Com relação aos leitores oriundos do Ensino Fundamental e continuadores no Ensino Médio; faz-se necessário um cuidado especial com esses leitores para que eles não se desviem dessa prática. Reitera-se aqui novamente a distinção entre leitor e ledor. Entre um e outro vai uma grande distância. O ledor prefigura aquele ser passivo, mobilizado, que pouco ou nada acrescenta ao ato de ler. O texto para o ledor não tem aberturas, porque ele decifra mecanicamente os seus sinais. No entanto, o leitor é móvel e tem um olhar indefinido, errante e criativo sobre o texto. Permite-se ler em suas linhas e entrelinhas, desvelando seus sinais visuais e invisíveis.

Ainda sobre os resultados da pesquisa – eles serviram para verificar e constatar se a dificuldade que muitas vezes se sentem com alguns alunos no tocante a leitura; agora que eles estão no Ensino Médio, era originário da pouca leitura ou nenhuma que esse aluno realizou lá no Fundamental (anexo).

Com certeza, esta pesquisa representa uma saída para a crise flagrante na formação do leitor, principalmente, através da participação da família e da escola nesse processo, já que a integração das duas seria extremamente significante no percurso desse leitor em formação. Esperamos que a materialidade teórico-reflexiva construída neste artigo reverta-se em uma prática redimensionada e que as atividades de leitura na escola não sejam limitadas nem limitadoras.

Referências Bibliográficas:

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CHARTIER, R. A aventura do livro: doleitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1998.

FRASÃO, Manuel José Pereira. Cartas do Professor da roça. Rio de Janeiro, Typ. Paula Brito, 1863.

GERALDI, J. W. (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.

KLEIMAN, Ângela, Oficina de Leitura Teoria & Prática. Campinas-SP: Pontes, 2001.

KLEIMAN, Ângela, Texto & Leitor Aspectos Cognitivos da Leitura. Campinas-SP: Pontes, 2000.

KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Trad. Lúcia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 1974)

MARY A. Kato. No Mundo da Escrita Uma perspectiva Psicolingüística.7 ed. São Paulo: Ática. 1999.

NOGUEIRA, Angra Mendes. A Escola e a Reprodução Social. 2006

Parâmetros Curriculares Nacionais. PCN - Brasil, 1998.

PENNAC, Daniel.Como um romance. Rio de Janeiro: ED ROCCO, 1998.

RANGEL, Mary. Dinâmica de leitura para sala de aula. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1990.

STEVEN, Roger Fischer, História da leitura. São Paulo: UNESP, 2005.

VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. 4 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

Anexo

Questionário realizado com alunos da 1ª série do Ensino Médio

1. Você gosta de ler? Justifique.

2. Quantos livros você leu durante as quatro séries do Ensino Fundamental?

3. Agora que você está no Ensino Médio, já leu algum livro?

4. Na sua casa tem alguém que gosta de ler?

5. Na sua escola há um incentivo à leitura?