Leis Mais Duras Vão Resolver O Problema?
Por Sandra Bossio | 28/07/2007 | PolíticaTenho visto, desde os ataques do Crime Organizado em São Paulo, movimentos pelo endurecimento das penas dos bandidos.
Será que isso vai resolver o problema da criminalidade? Será que vai resolver o problema da corrupção, da facilitação de fugas, da entrada de drogas, armas e celulares nas prisões?
E a colocação dos líderes em confinamento solitário - será que vai quebrar sua moral?
E olhem que, apenas por causa de transferirem líderes para um presídio no interior, eles iniciaram um guerra que foi preciso a "cúpula da segurança pública" do Estado de SP fazer um acordo - UMA VERGONHA!!!!!!.
Já pensaram como seria, nesse atual estado de coisas, um confinamento solitário de líderes do Crime Organizado?
Acho que teriam drogas, mulheres e celulares, comida delivery (pizza, comida chinesa, sanduiches, entre outras), além de toda a assistência dos assessores - funcionários públicos corruptos, que, em troca de uma "graninha extra", facilitam a entrada de qualquer coisa.
Ah, não podemos nos esquecer - um Juiz só para rever suas penas e uma linha direta com a "cúpula da segurança pública", para darem as "ordens".
Eu acho que o endurecer das penas não vai fazer com que a lei penal seja APLICADA como se deve.
O problema está na aplicação da pena. Enquanto ficarmos dando atenção ao LEGISLATIVO e ao 4º PODER - MÍDIA, e nos esquecermos do EXECUTIVO e do JUDICIÁRIO, não vamos conseguir caminhar.
Temos leis severas, que não são aplicadas.
Temos projetos de leis, nos âmbitos nacional, estadual e municipal, que não são votadas, já que nossos LEGISLATIVO vive, agora, de denunciar (Comissões de Inquéritos).
Os parlamentares deviam cumprir seu papel de legislar e votar os projetos de lei que só se avolumam, e deixar as investigações com aqueles que detêm o poder de polícia (Polícia Federal, Policia civil).
O que tem de acabar é com essas CPIs, para que os Legisladores cumpram as funções para as quais foram eleitos e recebem verdadeiras fortunas dos cofres públicos.