LEI DA FICHA LIMPA É POUCO
Por HERÁCLITO NEY SUITER | 09/09/2012 | PolíticaPara consolidação de um Estado democrático de Direito, é necessário, entre outras coisas, o fortalecimento dos padrões de ética e moral de uma sociedade. Devido ao grande número de denúncias de corrupção no meio político, o cidadão brasileiro, por meio de uma propositura de iniciativa popular, fez que fosse aprovada a chamada “lei da ficha limpa” (LC 135 de 2010, publicada em 7 de junho de 2010).
Temos que reconhecer que a aprovação dessa lei foi um grande passo para grande transformação da política em nosso país. No entanto, somente a lei não será capaz da necessária e profunda reforma política que o Brasil precisa implementar com certa urgência.
Um sistema político ideal, ao qual deva contar com o privilégio de projetos e idéias avançadas, a ampliação da participação popular (governança), melhoria na educação e a redução da influência imprópria do poder econômico e da máquina administrativa, ainda está um pouco distante de nossa realidade.
A lei da “ficha limpa” está mais direcionada a moralidade e a probidade administrativa de pessoas que já fazem parte da política, mas não deixa de ser uma ferramenta de construção para organização e mobilização do cidadão em busca de chegar a um modelo político ideal para todos os brasileiros. A comunidade deve começar a se mobilizar para alcançar esta conquista, o povo, deve ser o autor e o destinatário das definições do que vem a ser uma Nação e deve proibir através do voto (sua maior arma), o acesso ao mandato eletivo para cidadãos que possuem vida pregressa socialmente reprovável.
Alguns estudiosos de Ciências Sociais Aplicadas são unânimes em afirmar que a corrupção administrativa estão associadas, no Executivo e no Legislativo, a corrupção eleitoral. Essa é, atualmente, a grande doença a ser extirpada de nossa política.
As eleições para prefeito e vereador de 2012 já está batendo a nossa porta, temos que ficar atentos ao perfil dos candidatos para não haver decepções no transcorrer dos próximos quatro anos. Analisar todos os pormenores de cada um dos candidatos é fundamental, lembrando sempre que nem tudo que é moral é legal e nem tudo que é legal é moral. O candidato ideal é aquele em que seu perfil tenha intimidade com uma sociedade melhor, como ter senso de justiça, ter a família bem constituída e assentada em padrões ético-morais bem alicerçado, além é claro, d e boa habilidade política e diplomacia.