Lei 10.741 , cultura, ideologia, respeito à diferença

Por Eduardo Figueiredo | 16/09/2020 | Direito

Resumo/abstract: 

Desconstruir e problematizar conceitos culturais de velho/novo, idoso/jovem a partir de uma perspectiva culturalista, dado a capacidade de o homem atribuir significados a coisas, objetos animais, sons, cores, sentimentos, e fases da vida.

 A cultura como guia indispensável em todos os campos da vida que molda comportamentos e ações bem como sentimentos e as relações sociais.

 Palavras-chave: Lei 10.741, cultura, diferença.

abstract: 

Deconstructing problemtizar and cultural concepts of old / new, old / young man from a culturalist perspective, given the ability of man to assign meanings to things, objects, animals, sounds, colors, feelings, and life stages.

Culture as an indispensable guide in all fields of life that shapes behaviors and actions and feelings and social relationships.

- Keywords: Law 10.741, culture, difference

 

            - Introdução:

 

As tecnologias em diversas áreas da vida humana, e os significativos esforços no desenvolvimento de vacinas e medicamentos tem proporcionado a cura de inúmeras doenças, contribuído de forma sistêmica para o aumento da longevidade. Na mesma proporção crescem os avanços em  busca de um corpo perfeito, de uma estética que cada vez mais individualiza e condiciona comportamentos. Os veículos de comunicação contribui para alardear o mercado da beleza impondo padrões muitas vezes inacessíveis a maioria da população. Dados do Instituto de Geografia e Estatística apontam o envelhecimento da população brasileira, logo o tema apresentou ser pertinente em sala de aula.Tendo como objetivos, a problematixação para além dos senso comum sobre idade cronológica e as construções sociais que se fazem a respeito da chamada “terceira idade”. Aula foi expositiva dialogada,        e os resultados ficaram além do esperado, uma vez que muitos alunos se identificaram com o tema, por vivenciarem situações de indiferença com pessoas acima de sessenta anos quer seja no  âmbito doméstico ou no cotidiano, em lugares públicos e instituições estatais,.

 

            Desenvolvimento e demonstração dos resultados:

 

A  experiência da práxis, permitiu a descoberta de novas significações ao ofício Docente no ensino da disciplina de Sociologia.   A sensibilidade e a consciência de limites, visíveis e invisíveis, dado que vivemos em um mundo marcado pela pluralidade, antagonismos e conflitos, o despertar para o fazer em equipe, incluindo todos que participam da vida escolar.

O cotidiano nem sempre satisfatório, com seus imponderáveis, mas acima de tudo com o comprometimento ao trabalho assumido, a constatação na sala do ensino supletivo de pessoas acima ma dos trinta anos, permitiu uma abordagem satisfatória sobre  o Estatuto do Idoso, bem como a identificação dos mesmos com o tema apresentado.

Nesse sentido:

Informações revestidas de colorido emocional não apenas encontram com  mais facilidade o caminho até a memória de  longa duração: eles permanecem mais acessíveis, prontas a ser evocadas. Em grande medida sentimentos e lembranças  estão conectados é o que se pode depreender também do fato de certos distúrbios de memória[...] se aprende melhor quando o objeto do aprendizado tem conteúdo emocional[...](FRIEDRICH&PREISSp. 55)

 

Dar sentido ao que é ensinado é uma forma de fixar conceitos que serão relevantes para toda a vida do aluno.

Dar sentido ao que é ensinado é uma forma de fixar conceitos que serão relevantes para toda a vida do aluno.

De acordo com De acordo com WHITE (2009) o que torna possível a existência da cultura é a capacidade que os seres humanos dispõem de estabelecer um sistema simbólico, isto é originar, definir e atribuir significados aos bens, cores, sons, objetos, sentimentos e ações, são arbitrários e não dependem dos sentidos.  O antropólogo vai além da realidade apresentada, pois não há relação necessária entre objetos e seus significados, todos os fenômenos culturais são produtos dessa capacidade, assim dar novos sentidos em uma fase da vida considerada pouco atraente foi o desafio maior. Partindo desse pressuposto teórico iniciamos a tarefa de desconstrução a respeito do que se considera “jovem em oposição ao velho, apresentando o Estatuto do Idoso bem como os dados do IBGE a respeito do envelhecimento da população brasileira e a necessidade de políticas públicas que visem a implementação desse estatuto para que o mesmo seja aplicado na prática e a população possa usufruir de  direitos conquistados através dessa carta.

           Conclusão

 

Constantemente ouve-se na mídia a temática referente ao corpo e a juventude, principalmente no tocante a sua conservação. Esta temática representou um elemento relevante para ser discutido no ensino médio, dado que a discussão ocorreu no ensino supletivo, em que a maioria dos discentes são pessoas adultas.

De acordo com o Currículo do estado de São Paulo, nas discussões que pretende fazer a respeito da cultura e da construção da identidade, para desenvolver habilidades tais como:  as de compreender de que maneiras as pessoas se relacionam na sociedade, a influencia do consumo e a produção de cultura, estabelecendo uma reflexão critica sobre a apropriação de elementos  que compõe o constante apelo a estética  da juventude.

Concordo que a estética pessoal e o relacionamento com o corpo também estão ligados à cultura do individualismo e do narcisismo, mas a visão higienista da nossa sociedade influencia de forma decisiva( na verdade frequentemente está ligada a rejeição da transformação do corpo da mulher como objeto)A meta é adiar e combater a morte e o envelhecimento  cada minuto da vida[...] CASTELLS,199Pp.545

 

Assim durante a aula expositiva dialogada foi possível estabelecer relações com a realidade vivenciada pelos alunos, o Estatuto do Idoso, bem como os dados do Instituto de Geografia e Estatística foram ferramentas que ampliou a discussão sobre o tema, e permitiu uma maior interação entre alunos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FRIEDRICH. G. & PREISS.G . Educar coma Cabeça.Mente e cérebro, fevereiro, 2006. P.55

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura v. 1.  São Paulo: Paz e Terra, 1999

WHITWE, Leslie A. O conceito de cultura. Rio de Janeiro, RJ. Contraponto, 1989.

 

 

 

 

Estatuto do Idoso

Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm> acesso em 08de jun de 2013-06-09

 

Dados sobre o envelhecimento da população:

Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272>acesso em 29 de mai d e2013

 

 

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