"Jovens brasileiros sem perspectivas de furturo"

Por Maria Augusta da Silva Caliari | 23/09/2012 | Crônicas

  “Jovens sem perspectivas de futuro”

Tem alguém preocupado com a juventude  entre quinze e dezessete anos que não querem ir pra escola.Pois bem,algum motivo eles alegam para agirem desta forma, se não a situação seria diferente. A meu ver os alunos estão cheios de raiva dos prédios escolares e por que não dos professores. São diversas as  maneiras as quais podemos analisar este procedimento.A escola, minha gente, não é só prédio bonito! Escola tem de ser agradável convidativa para que a juventude tenha vontade de chegar até  a ela e beber os ensinamentos,mas isso atualmente é muito difícil.Pode ser que se contem nos dedos os professores que assim agem  trazendo para si e a adesão aos seus ensinamentos  alguns jovens,mas na sua maioria é só desdém e conteúdo maçante que não vale mais pra nada nos dias atuais.  A escola  está aquém dos anseios juvenis, a política,a sociedade não oferecem nada a eles, nem a família está em conivência com os  desejos deles.A maioria vive olhando para o Infinito,sem rumo nem direção, sem o apoio da família e da escola.Os jovens não querem mais  ouvir baboseiras sentados por horas a fio,entrando um babaca e saindo outro falando  dos fatos passados sem amarrá-los com o presente e envolvendo esse aluno para que ele seja participante  dos acontecimentos e  se torne um agente ativo dessa história,de si mesmo, do seu entorno, do seu município,do seu estado e do seu país. Não aprendem inglês, porque é uma aula chata. A maioria dos professores que sabem falar estão em escolas de inglês onde  cobram dos alunos uma mensalidade.Resta aos coitados engolir o verbo tobe, no presente e passado,as formas contractas e poucos chegam a usar os auxiliares.Não aprendem a verdadeira comunicação,o falar sem se preocupar com a gramática que não leva a nada,pois na fala a gramática está embutida. A maioria das escolas é informatizada, mas o professor tem medo de levar os alunos à sala de informática. É um mesmismo da  quinta à oitava e  ao ensino médio. Professor-> aluno-<livro-<quadro de giz.<assuntos ultrapassados,<cópias e mais cópias<substitutos, Atividades sem correção nem sequer um visto com o elogio: bonito/bom/excelente, que o aluno até do ensino médio ainda aprecia. Quem não gosta de um elogio? É o que menos o jovem adolescente recebe, ou melhor, recebe sim, mas são elogios depreciativos, pois eles nessa idade querem chamar a atenção e a maioria dos mestres não  aceitam o procedimento desses. A escola precisa mudar. Tomar novas atitudes, novos rumos, se quiser continuar a existir. O percentual de alunos está diminuindo nas matrículas ano a ano. Por que será? Ainda não deu pra entender que o erro é  da escola e da filosofia empregada há bastante tempo e que não está levando a nada? Vamos conversar com esses jovens, descobrir seus anseios, suas angústias, seus medos.  Ensinar o quê< Como< e para quê< dando-lhes opções de escolha e com certeza, se bem orientados é possível ensiná-los até musiquinhas de ciranda, atirei o pau no gato, pois as pessoas mesmo em idade avançada nunca deixaram de ser crianças e os jovens, então, nem se fala! Falta-lhes incentivo e às escolas e mestres novas alternativas de aprendizagem, novos meios e técnicas simples, mas que os alunos se sintam atraídos. Deixarem os jovens se sentirem donos daquele ambiente, mas com orientação e acompanhamento. Podemos garantir que essa juventude sentir-se-á responsável e em vez de depredar passarão a zelar por aquele patrimônio que também é deles, pois foram educados para  compreender  que o bem público não é do governo é do povo e portanto merece ser cuidado e com isso as verbas destinadas a  remendar as destruições serão usadas para  outras aquisições importantes: na quadra, na biblioteca ou na sala de jogos, lugar imprescindível em uma escola.Mais ainda: Revitalizar o amor da equipe escolar por aquilo a que se propõem, pois sem esse objetivo jamais ganharão a adesão do jovem e a escola ficará  pior ainda do que está.Por enquanto esses jovens ainda não tiveram a ideia de demoli-la,atearem fogo nela, porque pichá-la já é de praxe. A equipe escolar não deve se intimidar com argumentações de alunos, ela deve sim é ter capacidade para revidá-los, ganhando-os com  argumentações claras e  afetivas e deste modo a escola passará a ser um  lugar aprazível e convidativo aos jovens carentes e solitários  deste país!