Jornalistas por prazer

Por Joyciane Xavier de Farias | 03/06/2013 | Sociedade

Não deu para resistir. Tive que escrever um artigo sobre elas. As jornalistas brasileiras estão fazendo um trabalho digno de aplauso. Coisa de primeira. Um texto é pouco para falar sobre suas peripécias. Elas estão por todos os lugares esbanjando charme, beleza e simpatia sem deixar de lado o profissionalismo.

Elas no futebol

Tempos atrás, um determinado telejornal da Rede Globo exibiu uma série de reportagens, daquelas boas, onde ficou mais do que claro que a mulherada tem mandado muito bem no jornalismo. Até no futebol elas dão palpite. As matérias exibidas mostraram o dia- a- dia das profissionais, tudo muito feminino, mas sem perder o profissionalismo de quem entende do esporte mais popular no Brasil. Não disse que elas estão impossíveis?

 Exemplos de jornalistas esportivas não faltam. Fernanda Gentil, por exemplo, há anos pratica um jornalismo feminino e irreverente. Isso sem deixar de lado a qualidade da informação. O talento dela é inegável e não precisa conhecer de biografia para saber disso.

Ao vermos uma matéria sua  compreendemos que trata- se de uma jornalista diferente de muitas. Seu vocabulário é vasto. Detalhe nenhum escapa de sua irreverência e brinca com tudo o que é notícia esportiva. Faz isso com tanta naturalidade! Fernanda Gentil já chamou o Messi de “baixinho desgraçado”. A jornalista se referia a uma jogada feita pelo argentino.

Irreverência e sensibilidade

            Além da irreverência têm também a sensibilidade. Se uma jornalista xinga a outra emociona, isso sem precisar de cadáveres, sangue ou coisas do tipo. O que causa essa emoção é o mais puro jornalismo. Neide Duarte por exemplo não se cansa de surpreender. Suas reportagens mostram o que há de mais verdadeiro na arte de reportar. É daquelas jornalistas que transformam o simples em essencial; que faz o telespectador ir às lágrimas por meio de um texto bem produzido.

  O importante em tudo isso é que esse jornalismo para lá de feminino tem sido reconhecido. A própria mídia tem cuidado disso. Algumas jornalistas estão tornando- se celebridades. As mais bonitinhas viram capa de revista de noiva e tudo mais. Muitas das vezes elas deixam de noticiar para virarem notícia. A vida pessoal delas já interessam ao público, o que mostra que de certa forma estão cada vez mais notadas, algumas até demais.

Exageros à parte

            Quem se lembra da repercussão causada pela estreia de Patrícia Poeta no Jornal Nacional? Bastou que o casal dissesse boa noite para começar na internet os comentários sobre a atuação da então nova âncora do JN. Redes sociais e sites de notícias falaram da atuação, da roupa e até da maquiagem que a jornalista teria usado naquela ocasião.

  Exageros à parte as jornalistas brasileiras são assim. Cada qual com um estilo próprio. Tem em comum o prazer de serem jornalistas. Isso mostra que o jornalismo brasileiro tem ganhado cada vez mais adeptas, seja como a premiada Eliane Brum ou a simpática Michelle Barros. A segunda vem seguindo a mesma linha jornalística de Neide Duarte. Suas reportagens são simplesmente uma graça. Esbanja simpatia e profissionalismo. É. Pelo visto esse jornalismo encantador e envolvente corre o sério risco de nunca acabar. Ainda bem!