John Dewey
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 05/09/2012 | ArteJohn Dewey.
O Pragmatismo como pedagogia da ação.
1859-1952.
Não existe em referencia a verdade um princípio metafísico, muito menos empírico no sentido da sua complexidade, a verdade é simplesmente aquilo que funciona.
O pragmatismo de Dewey tem como função pedagógica substituir a noção da verdade com relação a realidade, o funcionamento lógico do mundo concreto, aquilo que dá certo no cotidiano, desse modo deve ser os princípios pedagógicos aplicados a educação.
Procura associar a teoria instrumental da lógica e da ética, com o preceito da sustentabilidade fundamentado na questão da função prática do que é real e que funciona para o desenvolvimento da sociedade, tudo que não tem essa lógica não se pode sustentar nesse critério de fundamentos.
Por esse motivo que conceitos metafísicos são desconsiderados, por outro lado, o método indutivo e valorizado pelo princípio da empiria no processo de desenvolvimento de uma sociedade política.
Ele sustenta uma ideia, interessante que o conhecimento é apenas um estado, que consiste basicamente no estabelecimento de crenças totais confirmadas por hábitos de comportamentos, que necessariamente demonstram sucesso na ação do homem perante o desenvolvimento de uma sociedade e da educação da referida.
Não existe verdade diante do fracasso, daquilo que não é bem sucedido, seja qual for o setor do desenvolvimento de uma sociedade, os estágios desse processo social da construção das riquezas e dos saberes.
No entanto, nesse mecanismo o comportamento usual do desenvolvimento, pode romper se com experiências novas, não tão bem sucedidas, o organismo humano deve refletir se e perceber o erro da processualidade.
Como é desenvolvido esse caminho, por alguns estágios, sendo o primeiro deles, quando padrões habituais são perturbados, o organismo humano terá que agir com eficiência, com objetivo de encontrar soluções na perspectiva da tese inicial formulada por ele mesmo. A pedagogia do desenvolvimento.
á que o princípio da ação ou da crença não funciona mais, não tem mais perspectiva para o desenvolvimento com eficiência. Tem necessariamente que desenvolver nesse momento, iniciar outro processo de intelecção. Que consiste na reflexão dos modelos.
O segundo momento da reflexão ou segundo estágio, buscar os elementos importantes, da situação anterior para reformulá-los, em uma nova epistemologia, como tentativa da solução dos problemas.
O terceiro momento, ou seja, seguimento normal da análise consiste na formulação da hipótese, que será muito bem estudada para sua melhor elaboração, uma hipótese mal elaborada não ajudará em nada no mecanismo de solução dos problemas.
É muito importante, ainda nesse estágio, o uso criativo e crítico da imaginação, para formular respostas críticas dentro do método e da perspectiva do desenvolvimento da sociedade, com os critérios da objetividade da ação. A pedagogia da objetividade.
Quarto momento proposto por Dewey, identifica se pela razão, como se deve ponderar e concatenar as diversas hipóteses, nesse aspecto que ele é naturalmente empírico, verificar qual é a melhor possível.
Tem se a necessidade de avaliar diversas experiências, em que cada hipótese pode resultar. Por ultimo é fundamental em sua metodologia, verificar por meio de testes, o mecanismo pelo quais as hipóteses são eliminadas ou confirmadas, como a pedagogia da experimentação.
O resultado dessa teoria epistemológica, quando a solução é bem sucedida, na resolução dos problemas, com o uso de uma nova hipótese que naturalmente funciona no mundo da realização praxiológica.
Por esse motivo que desenvolveu a ideia, que a verdade é tão somente aquilo que funciona, sendo dessa forma aplicação pedagógica da educação.
Portanto, podemos afirmar uma hipótese como lógica, apenas na condição do seu funcionamento, o mundo é experimental, toda afirmação para ele como adicional de que ela venha atender ao princípio da realidade.
No modo de entender de Dewey, é apenas uma afirmação metafísica, sem sentido para ciência em geral, muito menos para aplicação pedagógica da sua ação educativa.
Nada ajuda tanto, quanto ao que já sabemos, quando podemos desenvolver bem uma hipótese, isso significa que a hipótese não crítica, não formulada na perspectiva da tese pragmática não ajudará no desenvolvimento da ciência.
Dewey foi muito esperto, procurou associar a sua pedagogia instrumentalista, para além da ordem da teoria do conhecimento, em caminho a ética e a educação em defesa da teoria social do desenvolvimento.
A sociedade como as pessoas caracterizam por padrões habituais de ação, quando esses padrões não funcionam mais, o que é muito comum com o desenvolvimento da sociedade, eles precisam ser consertados a luz dos estágios já referidos.
Para Dewey o que é naturalmente bom no campo da ética, é a unificação das ações, eliminação de conflitos e impulsos morais, que antes poderiam originar em conflitos morais. O bom como ético é também afinal aquilo que funciona.
Dewey partilha de certos fundamentos da obra do existencialista Heidegger, relação elaborada em profundidade também com o filosofo Richard Roty.
Eles rejeitam a tese filosófica, como se existisse um sujeito espectador isolado, em um mundo externo em favor de um ser imerso em certo ambiente, o qual deve manipular adaptar e controlar.
A ideia de organismo nada mais é além de uma organização de sistemas materiais no tempo e espaço. Com fundamentos próprios tendências psicológicas, sócias e éticas. Etc.
O seu desaparecimento só será possível, na modificação de uma hipótese que fundamenta as modificações de tais organizações, o que deve ser realizada por novas hipóteses confirmadas.
Dewey procurou elaborar um paradigma cientifico ligado a ideia do pragmatismo que representa o tempo contemporâneo, com suas implicações filosóficas, como fundamento epistemológico para sua epistemologia, uma teoria que sem duvida é muito interessante.
Edjar Dias de Vasconcelos.