Jogue fora seus erros e abra seu coração
Por Ellen Alves | 02/01/2015 | CrônicasO título desse texto é uma trecho da canção, suitcases da Dara Maclean. Sempre a escuto quando desejo esvaziar meu interior de toda carga que ele pode ter vir acumulado durante um tempo. Geralmente eu sou assim, ignoro meu interior, meus sentimentos por um período, mas depois, quando eles clamam para sair de dentro de mim, descarrego tudo no papel, e nas canções que podem trazer um alívio.
Mudando meio de assunto e fazendo uma rápida retrospectiva, 2014 não foi o ano mais difícil de todos. Os anteriores a ele, sim. Mas não desejo relembrar um passado que só me trás agonia. Prometi a mim mesma em um lindo dia de sol, sentada em meio o jardim da casa da minha vó, admirando as borboletas que, mentira, eu prometi que só olharia para frente, mas foi depois de um belo tombo da vida, não tinha nada de jardim, flores e borboletas. A verdade é que as decisões mais duras que já tomei na vida não foram nos momentos felizes, mas nos dias repletos de dor. As circustâncias nunca me deixaram diversas alternativas, sempre tive que escolher a renúncia de muitos desejos próprios, porque esse me parecia ser o caminho correto a seguir, e até hoje esse esquema funciona. Confesso que quando olho para minhas escolhas do passado, não me arrependo da maioria delas, todavia sempre fica aquela interrogação: e se eu tivesse tido a coragem de...? Sinceramente, tenho certeza que meu medo tem uma parcela de culpa em minhas decisões, mas eu não o encaro como um atrapalho de minha coragem. Mas como uma reação que me faz pensar de modo ainda mais racional, impedido que minha impulsividade se aflore e me traga consequências (algumas bem amargas, por sinal).
Por fim, espero continuar com os pés no chão durante esse 2015. Focar na leveza, na paz, e fazer o que for possível para a realização dos meus sonhos. Continuar com minhas escolhas da maneira mais racional possível, porque no momento tô sem dinheiro para inconsequências. Sem me importar com as coisas que virei a renunciar, desde que essa mesma renúncia seja a decisão mais sábia que poderia fazer na vida.
P.S.: Se esse texto que você leu não teve sentido algum, não se preocupe. Foi só um desabafo.