TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS:7º ANO

Por Junio Dourado Rego | 04/12/2016 | Tecnologia

Este estudo analisou um pouco a história da educação, suas transformações, técnicas e ferramentas, educação e seus avanços tecnológicos, não podendo deixar de experimentar as tecnologias como ferramenta de ensino para a fixação dos conteúdos de matemática e por fim propor a elaboração de uma proposta de metodologia para a utilização das tecnologias no ensino de matemática. Como procedimento metodológico foi realizada a pesquisa no ambiente interno da escola, identificando os tipos de ferramentas utilizadas no contexto escolar. Também houve pesquisa bibliográfica e descritiva com os autores correlacionados, de cunho qualitativo/quantitativo, a fim de se dinamizar o objetivo do estudo. As técnicas de coletas de dados foram o diálogo entre docente, discente, pais ou responsáveis; questionário e experimentação de recursos tecnológicos a fim de elaborar uma proposta de metodologia pedagógica para o ensino de matemática para o ensino fundamental II, finalizando com a análise e discussão dos dados coletados. As análises e interpretações dos dados revelaram que a utilização das tecnologias como auxílio no aprendizado dos conteúdos de matemática favorece um melhor convívio entre pais, responsáveis e filhos. As considerações finais anunciaram outras possibilidades de introdução de tecnologias no ensino de matemática para alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II.

 

Palavras-chave: Tecnologias.Ferramentas de ensino.Metodologias.

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

A Matemática se reformula à medida que crescem e são fomentadas novas formas de pensar e o que nos foi transmitido anteriormente, passa por um processo de continua transformação. No cotidiano nos deparamos com tais perspectivas e a tendência é nos posicionarmos resistentes à mudança.

Este estudo surge após várias conversas em reuniões pedagógicas referentes ao fracasso escolar no que se refere ao estudo dos conteúdos da Matemática nos 7º anos dos anos finais (ensino Fundamental II).

Dentro desse contexto, houve a necessidade de se fazer um estudo de algumas ferramentas pedagógicas que poderiam solucionar ou amenizar os índices de reprovação na Escola Municipal Antonina Borges de Sá, situada na zona Leste, na cidade de Manaus.

O embasamento do tema, foi desenvolvido através da pesquisa, da análise de livros e artigos científicos de renomados autores de matemática, visando apresentar pontos vitais abordados pelos mesmos e, além disso, estabelecer conexões entre seus pensamentos em relação ao tema.

 

TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS: 7º ANO

 

2.1 A ESCOLA

 

A escola contempla Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental (Supletivo) e Ensino Fundamental – anos finais. Tem como Infraestrutura refeitório de alimentação escolar para os alunos, água filtrada, água de poço artesiano, energia pública, esgoto da rede pública, acesso à Internet via tele centro e banda larga, que não estão em funcionamento.

A escola está equipada de acordo com o censo escolar de 2016, com Computadores Administrativos, computadores para alunos, TV, DVD, copiadora, Impressora, Aparelho de Som, Projetor multimídia (Datashow) e câmera fotográfica/filmadora.

Em suas dependências há 17 salas de aulas, sala da diretoria, sala dos professores, Laboratório de informática, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE), quadra de esportes coberta, cozinha, biblioteca, banheiros dentro do prédio, sala da secretaria, refeitório, auditório e área verde. A escola conta.com uma equipe de 81 funcionários.

Diante destas informações não se compreende o motivo de seu IDEB nos anos de 2005 (2,0) tendo como meta projetada para 2007 (2,0), em 2007 o IDEB observado (2,0) e meta projetada para 2009 (2,2), observado em 2011 (2,6) e projetada para 2011 (2,6), observada para 2013 (2,8) e projetada (3,0), em 2015 a meta observada foi de (3,9) e a meta a ser projetada era de (3,4), neste caso observou-se que a meta obtida superou a meta projetada até 2017 que  é o índice de (3,7), dados coletados do site do INEP em 10 de julho de 2017.

Mesmo com todos esses resultados coletados pelas avaliações externas como a Prova Brasil, a escola ainda possui índices não satisfatórios, causando nos docentes as indignações diante da situação do meio em que a escola está inserida, ou seja, o seu contexto social, por fazer parte de uma zona da cidade de Manaus vista como área vermelha, onde há desigualdades de todas as forma e gêneros.

Perante todo esse contexto não se pode deixar de falar sobre a falta de afetividade advinda da família. Observa-se a desestruturação e desconstrução familiar causada principalmente pelo comércio de drogas e prostituição levando ao alto índice de violência doméstica e escolar.

A escola até possui ações socioeducativas para tentar sanar a violência dentro da escola, promovendo palestras, reuniões com os pais e responsáveis, professores e alunos. Mas percebe-se que ainda há bastante a ser feito.

Em relação a pedagógico a escola conta com o Programa mais Educação do Governo federal, que contempla a recreação ao cunho pedagógico, através do Judô e do reforço escolar para Língua Portuguesa e Matemática.

No caso do reforço escolar é feita uma parceria entre a coordenação do projeto e os professores de matemática da escola, os quais realizaram triagens entre os discentes; tais triagens serão partes integrantes do projeto a fim de ajudar os discentes em suas atividades escolares dentro e fora da escola.

Há também o projeto Matemática Viva, implantando pela SEMED (Secretaria Municipal de Educação), com o objetivo de dinamizar mais as aulas de matemática para os alunos da rede municipal desde o Ensino Fundamental I ao II.

A proposta da Matemática Viva inclui a recreação com utilização das Novas Tecnologias Aplicadas à Educação, as TIC’s. Os professores de Matemática passam por um processo de formação continuada, com o objetivo de tornar o aprendizado desta disciplina mais prazeroso e descomplicado.

Buscando assim atingir melhores resultados internos e externos, principalmente em ano de aplicação da Prova Brasil que é um dos parâmetros para compor o índice do IDEB da escola.

Outro fato observado nesta escola municipal é a forma em que a Gestão Escolar desenvolve o seu trabalho perante a comunidade escolar. Desde a família até a comunidade acadêmica, o gestor realmente põe em prática seus conhecimentos adquiridos na sua formação de Gestão Democrática e Participativa, envolvendo todos com a finalidade de amenizar os índices negativos dentro e fora da escola.

É um parceiro de mais alta qualidade para os docentes da disciplina Matemática, colaborando em todos os sentidos para que os professores de matemática possam desenvolver seu trabalho de ensinar seus conteúdos programáticos curriculares e extracurriculares.

Aproveitando esta oportunidade de trabalhos, os docentes desta disciplina, encarada pelos alunos como dificílima, ganha um aliado para tentar reduzir os elevados índices de reprovação, ou seja, a inserção das tecnologias como ferramentas pedagógicas no Ensino de matemática para o 7º ano do Ensino Fundamental II.

Sendo assim, faz-se necessário indagar-se de forma coletiva e em colegiado de professores de matemática a busca de soluções para tentar resolver esta situação. Surgindo assim, nesta escola Municipal a intenção do estudo sobre novas tecnologias como ferramentas para o ensino de matemática.

Fez-se um levantamento das tecnologias que a escola possuía e suas efetivas condições de uso e partiu-se para uma conversa pedagógica entre os professores e o setor pedagógico da escola.

Setor pedagógico é composto por um gestor e uma pedagoga e mais cinco professores de matemática dispostos a traçar objetivos e metas a fim de solucionar o problema em questão.

Verificou-se na escola que os equipamentos recebidos pelos programas do Ministério Federal de Educação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, podem ser aproveitados em ações voltadas para o Ensino de Matemática.

O levantamento mostrou que a escola possuía 48 netbooks, 32 tabletes Educacionais, 1 lousa digital, 3 projetores multimídias, 2 caixas de som amplificadas, 2 máquinas fotográficas, 2 notebooks e 10 computadores de torres (estes últimos compõem o tele centro da escola).

Destes materiais catalogados só são utilizados como ferramentas pedagógicas os projetores multimídias, notebook, caixa amplificada e os tabletes educacionais, por alguns professores das disciplinas de Matemática, História e Língua Portuguesa.

E por que não por todos?

Simplesmente porque mesmo no século XXI ainda há docentes que nunca se quer ligaram um computador, ou seja, ainda há muitos analfabetos digitais entre a classe docente.

Mesmo que a sociedade os cobre a formação necessária, ainda há muita resistência por parte dos docentes em se qualificar nos recursos tecnológicos, oportunizando melhor qualidade de trabalho e pesquisa dentro dos conhecimentos específicos de suas disciplinas.

 Há incentivos por parte da Secretaria de Municipal de Ensino– SEMED, pois a cada dois meses são oferecidas formações continuadas para todos os docentes da rede em suas áreas específicas de formação.

Potencializa o docente em adquirir benefícios para o ensino e aprendizagem, mostra o porquê e como a tecnologia pode sustentar seu trabalho, prepara para o futuro tecnológico e ajuda a escolher a melhor ferramenta de trabalho a ser utilizada com o objetivo de atingir o maior quantitativo de alunos, conduzidos a tornarem-se responsáveis de suas próprias escolhas na era digital.

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