Jogos de Azar e Apostas Podem ser Considerados um Hobby?
Por SHM. | 02/02/2024 | TecnologiaA maioria das pessoas joga ou aposta dentro de uma linha saudável de equilíbrio, mas alguns cuidados são importantes para não incorrer em um vício.
Jogos de Azar: Hobby ou Vício?
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Há muitas pessoas que se divertem e ganham dinheiro em plataformas como a 777 Bet Casino. As apostas, jogos de cassino e jogos de azar disponíveis online, para muitas pessoas, servem como forma muito interessante de diversão e entretenimento. Jogos como forma de passatempo são a realidade de muitas pessoas na atualidade e ao longo da história.
Contudo, sabemos também que não são poucos os casos de pessoas que se viciam em jogos de azar e apostas, e como em qualquer tipo de vício as pessoas acometidas por ele acabam tendo problemas.
Entre os problemas mais comuns está se endividar, perdendo grandes quantidades de dinheiro para permanecer jogando e apostando de maneira compulsiva. Nesse caso, as pessoas gastam mais do que podem e eventualmente acabam incorrendo em outros problemas maiores para se manterem no vício, como pedindo empréstimos ou se desfazendo de bens.
Mas qual seria o equilíbrio entre a prática dos jogos de azar e apostas enquanto hobby, uma diversão saudável e sem qualquer consequência negativa para quem o faz, e a prática compulsiva, que traz grandes problemas e, via de regra, requer tratamento? Longe de tentar encerrar uma questão tão difícil de responder, este artigo pretende fazer alguns apontamentos que podem ser úteis para se orientar sobre este problema.
Jogar com responsabilidade: sinais de que as coisas estão sob controle
De maneira geral, podemos dizer que está tudo bem para quem joga ou aposta quando tudo está sob controle. E como saber se tudo está ou não sob controle? Não é exatamente simples de se responder isso, mas há alguns sinais. Talvez o principal ponto aqui seja o controle financeiro.
Aqui cabe sempre a pergunta: o dinheiro usado para o jogo de azar ou apostas é somente aquele separado para entretenimento, como o utilizado para idas ao cinema ou para o happy hour com os amigos, ou é usado nos jogos ou apostas os recursos para coisas imprescindíveis, como pagamento de aluguel, compras da casa ou com remédios?
Se o cenário for o primeiro, podemos dizer que jogar e apostar são um hobby. Já no segundo cenário temos um problema, que aponta para um quadro de vício.
Mas há uma questão importante a ser colocada aqui. Um quadro de vício não acontece do dia para noite. E a pessoa acometida por ele também, muitas vezes, não percebe a coisa acontecendo. Uma pessoa adicta no consumo do álcool, por exemplo, não deve ter percebido quando cruzou a fronteira entre beber recreativamente com os amigos num bar e passar a consumir bebidas alcoólicas por compulsão ou dependência química ou psicológica. As coisas foram acontecendo até chegar em algum ponto crítico.
Acontece algo similar com jogos de azar e apostas. É bem normal que a pessoa que perde o controle quanto a eles fique insistindo — para pessoas próximas, como amigos e famílias, mas principalmente para si mesma — que está tudo bem, mesmo os sinais de que nada está bem estejam já evidentes.
Por que as pessoas se viciam em jogos de azar e apostas?
Atualmente, especialistas em áreas que lidam com o que chamamos de vício, como a Psicologia e a Psiquiatria, evitam até mesmo usar o termo “vício” devido a uma carga moral que a palavra carrega (nos dicionários, “vício” é o contrário de “virtude”, por exemplo).
São usados, hoje, termos como adicção ou compulsão para se referir a quadros de dependência, mais ou menos agudos, que as pessoas desenvolvem relacionados a determinados objetos, como os jogos e apostas. E as razões para se chegar a isso são diversas.
Um desequilíbrio no sistema dopaminérgico, por exemplo, é muitas vezes associado a esse quadro. Esse sistema, que tem o neurotransmissor dopamina como elemento central, é responsável pelas sensações de prazer e sistemas de recompensa necessários para a nossa sobrevivência. Basicamente, é uma parte de nós que gera sensações boas quando fazemos algo bom, como a sensação de saciedade depois de comer após estarmos algumas horas sem ingerir alimentos.
Sensações como a de ganhar em apostas ou jogos de azar também funcionam dessa maneira. O prazer ao ganhar um prêmio, fazer uma aposta certa ou vencer uma partida são naturais. E, a princípio, não existe nada de errado ou não natural nisso. O problema, novamente, é o desequilíbrio. Quando se cria uma necessidade de jogar e apostar o tempo todo para buscar incessantemente essa sensação de recompensa pela vitória que temos o problema.
Fronteira entre o hobby e o vício
Resumindo bastante: qualquer pessoa se sente bem depois de fazer apostas certeiras ou vencer uma partida em um jogo de cartas e não há qualquer problema nisso até o ponto em que esse “se sentir bem” se torna uma necessidade incontrolável. É nesse momento que o hábito com jogos e apostas enquanto hobby cruzam fronteiras com o vício e requerem cuidados.
O vício, nesse caso, está no fato de haver uma dependência com esse tipo de sensação gerada pelo jogar e/ou apostar, fazendo com que o indivíduo procure sua repetição a qualquer custo.
E é isso que deve ser evitado.
Jogos e apostas podem ser um hobby. Mas como evitar que deixem de ser e se tornem problema?
É preciso aqui observar alguns detalhes de maneira a se manter longe de problemas e continuar jogando e apostando somente como diversão, sem incorrer em qualquer problema e mantendo essa prática como um hobby.
Insistimos aqui que um dos pontos é o controle financeiro. Aqui é importante ter para si que há sempre um limite de gastos para realização de qualquer hobby e com jogos e apostas não é diferente. O recurso gasto com jogos e apostas tem que estar entre aquele que gastaria com coisas supérfluas, diversões, e nunca entre os fundamentais e inadiáveis.
Da mesma forma, premiações de jogos não podem ser vistas como soluções para resolver dívidas ou como fonte de renda. Pode ser que eventualmente haja um prêmio mais alto e que possibilite se fazer algo nesse sentido, mas isso não ocorre de maneira regular e depender disso é um grande passo para se afundar em problemas.
Outra coisa importante é que vícios, via de regra, são tentativas de pessoas preencherem suas vidas diante de problemas. Jogos e apostas, assim como qualquer outra coisa que gere prazer, não podem ser meios de se lidar com problemas pessoais ou nada do tipo.
Enfim, com os devidos cuidados, jogos e apostas podem ser um hobby saudável.