JATOBÁ

Por Djalmira Sá Almeida | 10/06/2010 | História

O nome Jatobá é uma homenagem ao município do qual foi desmembrado, que hoje corresponde à cidade de Petrolândia. Existem no norte, no nordeste e no sul, várias localidades com esse nome: ruas, cidades, praias, jardins, avenidas e ruas. Percebe-se que essa árvore e seu fruto do mesmo nome são nativas e comuns em quase todo o sertão do Brasil. A criação do município de Jatobá ocorreu em 28 de setembro de 1995, através da Lei estadual nº 11.256. Administrativamente, o município é formado apenas pelo distrito sede. A padroeira da cidade é Nossa Senhora Aparecida. Localizado no Sertão de Itaparica, o município de Jatobá segue os aspectos econômicos da região, marcada pela prática da agricultura irrigada, piscicultura e exploração das áreas de sequeiro, com agricultura de subsistência e a pecuária. O desenvolvimento da piscicultura na região apresenta grande potencial de expansão, considerando que o Lago de Itaparica oferece uma superfície líquida de 834 Km². O rio São Francisco e o Lago de Itaparica alimentam a produção agrícola ribeirinha e projetos de irrigação na localidade. A Região de Desenvolvimento de Itaparica, localizada no sudoeste do sertão pernambucano, corresponde a 9,69% do território estadual e possui uma área de 9.589,8 km². A região é composta pelos municípios de Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia e Tacaratú. O município de Jatobá tem uma área reservada aos índios da região, os Pankararus. Por isso, grande parte do turismo está voltado para as aldeias indígenas. Outro ponto bastante visitado é a antiga estação de trem, do século XIX, que foi desativada em 1960 e recentemente restaurada. A cultura indígena é muito forte na região, com isso destaca-se o Toré (dança indígena) e as festas religiosas realizadas pelos índios, como a cerimônia "Menino do Rancho" e a Festa do Imbú, em fevereiro.O turista pode ainda desfrutar de outras belezas, como o lago Moxotó, de represa da Chesf, e serras com trilhas ecológicas.Fora da aldeia, o forró esquenta o pé dos habitantes, com as quadrilhas tradicionais na grande festa do município, o Jatoforró, durante o São João.Festa de São Vicente Férrer, padroeiro do Moxotó, de 12 a 23 de fevereiro, onde o bode é a tradição. O reisado e o repente também fazem parte das manifestações culturais da região. No artesanato há trabalhos com palha e cipó, feitos pelos índios, além de rede, madeira, barro e ceramica explorados na aldeia.