JACK O ESTRIPADOR
Por Luciano Machado | 10/04/2011 | PoesiasJack O Estripador
Nas trevas nevoentas das noites londrinas
Manco vulto negro vagueia a coxear
E as prostitutas que encontra nas ruas
As destripa e retalha depois de matar.
Um pavor irrompe pela Inglaterra
Das damas da noite ao seu predador,
Cuja identidade todos desconhecem,
Chamam-no de Jack, o Estripador!
Seu sinistro vulto oculto nas trevas
Em matar senhoras e homens reluta
Dando preferência, como se jurasse,
A perseguir e matar a mulher prostituta.
Seus cruéis desígnios no mister diabólico,
O que forja nele a macabra conduta
Não concebe a pobre, indefesa mulher,
O que há de errado com sua labuta.
Tais assassinatos mal deixam vestígios
Pela precaução com que utiliza,
Transportado sempre, na valise negra,
Um terrível solvente de ação precisa.
Nesse vendaval de crimes violentos
Que infundem terror, sadismo e malícia,
Surge uma centelha, um pequeno indício,
Incitando à ação a ociosa perícia.
Inicia-se então melindrosa busca
Do assassino frio, suposto doutor,
Quando uma noite policiais deparam
Com o vulto negro do estripador!
Qual fera acuada nas brumas da noite
O acossado Jack consegue escapar
Logrando durante a ansiosa fuga
Num escuro prédio poder se ocultar.
Nesse vão intento Jack, o celerado,
Precipita-se no fosso de um elevador
E o seu sangue brota ao ser esmagado
Pelo implacável pesado ascensor.
E assim como surgira, nas trevas da noite,
Some para sempre o perverso assassino,
Porém continua, no palco londrino,
Envolto em mistério esse conto de horror.
Luciano Machado