Israel, o Estado Palestino, o acordo EUA-Russia, a Coréia do Norte e o Irã

Por Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti | 08/08/2009 | Política

A declaração do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, de que só aceita um Estado Palestino desmilitarizado não tem cabimento. Jamais o Estado Palestino depois de um definitivo acordo de paz com Israel iria atacar o Estado Judeu. Principalmente porque esse País possui armas nucleares. O inimigo de Israel não está na sua fronteira e sim mais distante, e chama-se Irã, que quer fabricar bombas atômicas. Daí a razão de Os Estados Unidos estarem preocupados.

A Coréia do Norte já é um grande problema armado de mísseis com capacidade nuclear, podendo atingir o Estado americano do Havaí, imagine agora o Irã também com armas atômicas.

E parabéns pela iniciativa russa de querer reduzir o seu arsenal nuclear desde que Os Estados Unidos também façam o mesmo e abandonem a idéia de um escudo antimíssil na Europa.
O acordo firmado entre os Estados Unidos e a Rússia, com a finalidade de limitar os respectivos arsenais nucleares para menos de 2.000 ogivas e o direito dos americanos de utilizarem o espaço aéreo russo para atacar os insurgentes talibãs, é uma das mais eficazes decisões entre ambos os países que sem tem notícia no mundo e que viveram sob a guerra fria. Sem dúvida ambos ganham porque também os russos tiveram problemas com muçulmanos chechenos, na Região do Cáucaso, onde houve duas guerras contra os chechenos, até a vitória final Russa.

A paz entre palestinos e israelenses depende muito mais do governo direitista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu do que do líder palestino, Mahmoud Abbas, que é o principal dirigente do grupo Fatah, e atualmente governa a Cisjordânia.

Todos nós sabemos do poderio militar de Israel, que venceu seis guerras contra os árabes desde a sua fundação em 1948, e que possui também armas nucleares podendo muito bem se defender de qualquer País que lhe venha ameaçar. E ainda conta com a ajuda militar e logística dos Estados Unidos, seu principal aliado político-militar na Região.

Atualmente só o Irã se constitui uma ameaça real ao regime sionista porque o País está em plena expansão de sua usina nuclear que Israel já ameaçou até a bombardear.
Os palestinos se preparam para se reunir a fim de discutir as relações com o Estado Israelense.

Segundo um documento a ser divulgado na reunião, a carta da Fatah, movimento fundado em 1965 pelo falecido Yasser Arafat, defende a luta armada "até que a entidade sionista seja eliminada e a Palestina seja liberada".

O estatuto da Fatah prevê a realização de um congresso a cada cinco anos. Arafat, que evitava contestações à sua autoridade, adiou sucessivamente o encontro, citando mudanças nas circunstâncias, como a assinatura dos acordos de Oslo com Israel, na década de 1990, que resultou numa melhora das relações diplomáticas entre palestinos e judeus.

Porém, um novo programa partidário que está em discussão defende novas formas de resistência, como a desobediência civil contra a expansão dos assentamentos judaicos e contra a barreira que Israel está erguendo dentro da Cisjordânia.
De modo ainda mais crucial, o documento deixa em aberto a possibilidade pela opção do retorno a "luta armada" caso as negociações com Israel fracassem, e não descarta uma declaração unilateral do Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza se o processo de paz continuar paralisado.

Recentemente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, afirmou que só aceita a existência de um Estado palestino desarmado e desmilitarizado.Netanyahu teme assim que os palestinos possam reivindicar um Estado único com a eliminação definitiva de Israel.

E finalmente o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, renovou neste sábado, 8 de agosto, por aclamação, a sua liderança à frente do Fatah no 6º Congresso do grupo nacionalista palestino, realizado na cidade de Belém, na Cisjordânia.

A Assembléia Geral do Fatah, da qual participam 2.200 membros do grupo, referendou a decisão assumida em 2004 pela direção executiva do movimento nacionalista de nomear Abbas como sucessor do histórico líder Yasser Arafat, morto em novembro do mesmo ano em Paris, de causas ainda não reveladas até hoje.

Sua morte continua sendo uma incógnita para todos os palestinos até os dias atuais. Os médicos que o trataram nunca revelaram a sua real causa de morte.

O novo mandato de Abbas tem duração de cinco anos, até a realização de um novo congresso.