INTERFERÊNCIA DO ESTADO PSICOSOCIAL NA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
Por RENAN LIONELO | 06/08/2009 | SaúdeO envelhecimento populacional é, hoje, um proeminente fenômeno mundial. Isto significa um crescimento mais elevado da população idosa com relação aos demais grupos etários.
Apesar de ser um processo natural, submete o organismo a diversas alterações anatômicas e funcionais, com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso. Nessas características biológicas e funcionais agregam a importância dos fatores psicossociais na má nutrição como a perda do cônjuge, depressão, isolamento social, pobreza, integração social, capacidade de deslocamento, capacidade cognitiva e outros associados à própria enfermidade.
A solidão familiar e social predispõe o idoso à falta de ilusão e preocupação consigo, fazendo com que se alimente de forma inadequada em quantidade e qualidade. Nesses casos, há tendência ao desestímulo para comprar e preparar alimentos variados e nutritivos. Verifica-se, com freqüência, elevado consumo de produtos industrializados, como doces e massas, ou de fácil preparo, como chás, torradas. Essa modificação no comportamento alimentar certamente afeta a adequação de nutrientes ao organismo e coloca-os em risco de má nutrição.
O estado de ânimo para ingerir o alimento é, muitas vezes, modificado por atitudes simples, como posicionar-se confortavelmente à mesa em companhia de
pessoas (familiares, amigos, dentre outras), servir as refeições em local agradável, limpo, arejado. Pode-se, também, colocar um fundo sonoro neste ambiente, desde que a opção seja por músicas suaves e que atendam à preferência da faixa etária, pois o idoso tende a degustar os alimentos com mais tranqüilidade.
Promover um contraste de cor entre os utensílios e o forro da mesa, influenciando, positivamente, o seu apetite. Em relação ao alimento ofertado, disciplinar e fracionar o consumo estabelecendo horários (oferecendo refeições menos volumosas mais vezes ao dia), oferecer a eles refeições atrativas (combinar, de acordo com as recomendações para a faixa etária, alimentos (construtores, energéticos e reguladores, oferecendo refeições coloridas) e saborosas (usar temperos naturais como alho, cebola, cebolinha, cheiro verde, salsa, orégano e outros, evitando, assim, o abuso do sal). Tais condutas proporcionam ao idoso prazer com a alimentação e melhoria do seu estado nutricional.