Interfaces da COPA 2014

Por Egon Alves Moreira | 09/07/2014 | Resumos

Envergonhar-se? Por quê?
Muitos brasileiros se colocam diariamente aos níveis máximos de estupidez!!!
Antes de tudo a tão sonhada COPA era comprada (isso por que estávamos próximo à vitória tão desejada), agora o torcedor sente ódio, revolta, entre desespero e amarguras, as angústias são expostas sobre um show de horrores ao ar livre, me pergunto, vão deixar ou já deixaram de ser quem sempre foram? 
Vivemos constantemente sofrendo por diversas perdas, o brasileiro consegue se mostrar diferente a todo o tipo de situação: ao ver uma pessoa em situação de rua, desvia para não ter que passar por perto, quando não completa dizendo: “vagabundo, trabalhar que é bom nada”...
Quem nunca viu uma criança em ambiente público (que é o mais comum), chorando por querer ter apenas um brinquedo, e os pais fazendo suas “correções” gritando e batendo no filho, esquecendo que se trata de uma criança! 
Quem nunca passou por um farol e se deparou com um “flanelinha”? Ou com uma criança vendendo balas? Existem muitos motivos por trás deles, os que o levam estar lá, na chuva, no sol e no frio, perguntem-se, eles realmente queriam estar lá? Ou são obrigados devido a inúmeras situações que o brasileiro sofre! Melhor, eles deixaram de ser o que são, nas condições que estão?
E aqueles que estão nos hospitais, sussurrando pela vida, agradecendo pela vaga no leito que está no corredor? Até aqueles que agradecem pelo único médico que está de plantão no hospital! 
Quando se perde alguns não suportam e destroem até o que é bom, como se a perda pudesse ser escolhida, lamentável.
É triste ver e se deparar com o fato de perder, mas pior é ainda ver o quanto o poder da perda acirra o sádico humor dos perdedores!!! Apesar das imperfeições, conseguimos lidar dia pós dia com o tráfico, a prostituição, a corrupção e outras coisas mais graves. E continuamos se mostrando diferente, não se vê atos desesperados quando não estamos na situação direta. Não me coloco acima, nem abaixo, estamos na mesma esfera. 
Aprende-se que com desigualdade se trata os desiguais, isso é equidade. Aprende-se que a integralidade move a universalidade, assim sejamos mais justos um com o outro.