Interesses Académicos dos Formandos do Ensino Técnico Profissional

Por Givaldo Carlos Candrinho | 13/12/2016 | Psicologia

Interesses Académicos dos Formandos do Ensino Técnico Profissional: Caso da Escola Profissional de Massinga, Vila Municipal de Massinga

Givaldo Carlos Candrinho[1]

Marnela Misé João Titosse [2]

Resumo

O presente estudo cujo tema é interesses académicos dos formandos do Ensino Técnico Profissional (ETP), teve como objectivo central avaliar o grau de satisfação dos interesses académicos dos formandos do ETP. No momento da escolha do curso, muitos são os adolescentes que não levam em conta as suas particularidades psico-socio-fisiológicas, muito menos as particularidades do curso a seguir. Neste contexto, levantou-se a seguinte questão: Qual é o grau de interesses académicos dos formandos de EPM? Em resposta a questão colocada, propôs-se três hipóteses, designadamente, (1) os formandos da EPM sentem­-se muito interessados academicamente; (2) os factores que influenciam os interesses académicos dos formandos da Escola Profissional de Massinga são os externos e (3) a qualidade dos recursos, equipamento e infra-estruturas influencia positivamente aos interesses académicos dos formandos da EPM. O trabalho divide-se em cinco (5) capítulos, designadamente: capítulo I: introdução, capítulo II: revisão bibliográfica, capítulo III: metodologia do trabalho, capítulo IV: apresentação e discussão dos resultados e capítulo V: conclusão e sugestões. O estudo foi feito na EPM e teve como população 188 formandos do 2º ano. A amostra foi de 110 formandos correspondentes a 58.5%. A partir dos resultados obtidos através do Questionário de Avaliação de Interesses Académicos (QAIA), concluímos que os formandos da EPM apresentam um grau de satisfação dos interesses académicos muito interessante, pois os dados indicaram que dos 110 inquiridos, 94 correspondentes a 84.5% avalia o seu grau académico como sendo muito interessante, 31 correspondentes a 28% considera-o como bastante interessante e apenas 4 correspondentes a 4% como bastante desinteressante e que os factores que contribuem para este grau são os externos com maior destaque para a família e escola.

Palavras-chave: Interesses académicos, formandos, Ensino Técnico Profissional.

Introdução

A Orientação Escolar e Profissional (OEP) é um ramo da Psicologia de Trabalho que visa a descoberta das capacidades e tendências educacionais e escolares do indivíduo, e sua adaptação à programas indicados a uma profissão. Uma escolha, uma opção, implica quase sempre uma tomada de decisão, mas também a preferência de uma coisa em detrimento de outra, e como tomada de decisão, implica que ela deve ser fundamentada e realista.

O momento de tomada de decisão é visto como essencial na percepção do adolescente, dai que a OEP é um aspecto extremamente importante e necessária nesta fase da vida do adolescente pois, permitirá uma escolha profissional lúcida e consciente. A escolha profissional é algo particular, portanto é de quem escolhe e não deve ser transferida. Geralmente, as maiores decisões e as mais delicadas acontecem em determinadas fases da vida, quando o sujeito está em pleno processo de mudança, é o caso da adolescência.

Problematização

No momento da escolha do curso, muitos são os adolescentes que não levam em conta as suas particularidades psico-socio-fisiológicas, muito menos as particularidades do curso a seguir. Não só, alguns ingressam apenas por vontade dos pais/encarregados de educação. Enquanto, é evidente que, quanto mais o indivíduo estiver interessado, melhor poderá dedicar-se para tal.

Reconhecendo a importância da necessidade do ajustamento dos indivíduos aos perfis académico­profissionais, isto é, da tomada em conta das particularidades individuais bem como das particularidades dos cursos no momento da escolha profissional e, aliando-se as situações supracitadas, surge o seguinte questionamento: Qual é o grau de interesses académicos dos formandos de EPM?

[...]

Artigo completo: