INSTROPECÇÃO

Por Nilma Marques Coelho | 24/01/2014 | Filosofia

   É um sonho.

   Incendiar parece o oposto do que qiuero.

   Você nunca ouve, nunca.

   Eu controlo...

   Fecho os olhos e só vejo...que ninguém pode me ferir.

   Todos os olhos estão em tudo, e no nada.

   É o meu sangue.

   Está nebuloso hoje.

   Eu fiz as chamas dançarem.

   Preciso estar no controle.

   É só algo que, sinto.

   Algo...é difiícil explicar.

   Parece o momento em que você é criança e percebe como o 

oceano é poderoso.

   Você entra e a água é calma...você a segura nas mãos... mas

ela escorre entre os dedos.

   E você pensa.

   Qual será a força dela ?

   Sentindo-se corajosa...você mergulha...no abismo.

   E quando se vira...todo mundo que deixou na praia...parece es-

tar longe demais para ajudar.

   E quando ela a atinge...essa onda...essa corrente forte...que o -

 fundo...a segura lá embaixo...imobilizada sob algo que parece tão

forte.

   Algo que você não consegue controlar.

   Tudo o que pode fazer é aguentar e lutar...mas quanto mais luta, 

mais cansada você fica...seus pulmões queimam, sua garganta pul-

sa...e você...deixa isso a tomar totalmente.

   Você sente essa...força...aparentemente benigna, mas ela... pode

consumir e destruir.

   O que tem dentro de mim é forte...de formas que ninguém conse -

gue compreender.

   É essa ressaca escura, que não consigo deter.

   Compreendo agora que, algo poderoso e obscuro é quem real ---

mente está no controle do meu ' Eu."