INSTITUIÇÃO SUPERIOR FACE AO COMBATE À VIOLÊNCIA E A EXCLUSÃO SOCIAL.
Por Marcondes de Sousa Araujo Junior | 29/10/2009 | EducaçãoTodos os povos ou grupos étnicos possuem cultura - modo específico de sentir, pensar e agir de sociedades e comunidades-, entretanto nenhuma cultura é superior a outra, assim como as questões da diversidade cultural e da igualdade de direitos para as diferentes culturas deve ser respeitada. Portanto o direito à diferença e à construção individual e coletiva das identidades através das expressões culturais torna-se elemento fundamental para uma cultura de paz, reconhecendo e valorizando as diferenças culturais.
A proposta de uma educação voltada para a diversidade coloca aos docentes de nível superior o grande desafio de estarem atentos às diferenças econômicas, sociais e raciais e ainda buscaremo domínio de um saber crítico que permita interpretá-las. Morin coloca que a instituição superior pode proporcionar o acesso a várias opções diferentes, apresentando culturas alternativas aos estudantes, como pode limitar e dirigir esse acesso.
A universidade é um local formado por uma população com diversos grupos étnicos, com seus costumes e suas crenças. Segundo Morin, a cultura é constituída pelo conjunto dos saberes,fazeres, regras, normas,proibições, estratégias, crenças, idéias, valores, mitos, que se transmite de geração em geração, se reproduz em cada indivíduo, controla a existência da sociedade e mantém a complexidade psicológica e social. Assim, sempre existe a cultura nas culturas, mas a cultura existe apenas por meio das culturas.
A instituição de ensino superior tem como obrigação conhecer os mecanismos da dominação cultural, econômica, social e política, percebendo as diferenças étnico-culturais sobre essa realidade cruel e desumana. O desafio de propor um ensino que respeite a cultura da comunidade significa constatar cada realidade social e cultural com a preocupação de traçar um projeto pedagógico para atender a todos sem exceção. Grupos minoritários, como negros, índios, homossexuais, mulheres, deficientes físicos e outros, são excluídos do processo social e excluídos mais uma vezquando adentram à a essa instituição de ensino.
Não basta garantir o acesso do individuo, necessário se faz permitir sua permanência. Embora seja um espaço onde se encontra a maior diversidade cultural, é também o local mais discriminador. E por assim ser existem algumas instituições de nível superior para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente.Portanto trabalhar as diferenças é um desafio para a instituição de ensino e para o professor, uma vez que ele é o mediador do conhecimento, ou seja, um facilitador do processo ensino- aprendizagem. A busca constante de alternativas para trabalhar e respeitar às diferenças, tem o poder de transformar desigualdades em aprendizagem.
Marcondes de Sousa Araujo Junior.