INSTALAÇÃO DA VILA DE VALENÇA 10 DE JUNHO DE 1799

Por Janete Pereira de Sousa Vomeri | 24/04/2020 | História

INSTALAÇÃO DA VILA DE VALENÇA 10 DE JUNHO DE 1799

10 de junho de 1799 – dia marcante na rica história de Valença. Dia da instalação da Nova Vila através do seu idealizador e autor da proposta, desembargador Baltazar da Silva Lisboa. A instalação da nova vila se deu no dia 10 de Junho de 1799, presente o desembargador Baltazar, autor da proposta, a que sugeriu a construção da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus . Diante da Beleza do templo sagrado, a vila foi elevada a freguesia em 26 de setembro de 1801.

AUTO DE CRIAÇÃO DA VILA DE NOVA VALENÇA DO SANTÍSSIMO CORAÇÃO DE JESUS.

Ano do nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e noventa e nove, aos dez dias do mês de junho do dito ano, no alto da Praça do Jardim, donde foi vindo o doutor Ouvidor Geral e Corregedor da Câmara de Ilhéus, Baltasar da Silva Lisboa, reuniu o povo secular e eclesiástico do dito lugar, mandou o dito ministro por mim escrivão ler e publicar as ordens de Sua Majestade e do ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Governador e Capitão General da Bahia para efeito de se erigir em vila esta povoação com o distrito de Malpendipe, começando no rio Patipe e seguindo por todas as mais povoações até Sarapuí, e feita a dita publicação e determinado por ele Ministro o lugar para o pelourinho , mandou que se levantasse este, e cujo ato chamou ele dito Ministro com todo o povo que presente se achava – Viva a Rainha Nossa senhora – cujas palavras se repetiram por varias vezes, dando demonstração de sua alegria e contentamento pela mercê que sua Majestade havia feito de erigir  a dita povoação em Vila de Nova Valença, que até então era conhecida por povoação de Una. Do que, para constar, mandou o dito ministro fazer este auto, em que todos assinarão, eu Antônio de Paiva Travassos, Escrivão  ajudante  da Conceição e conservatória o escrevi, (As)-Dr. Silva - E sendo do dito ato, se achou o governador  do presidio do Morro , Sargento-Mor  Domingos Alves  Branco  Muniz  Barreto com a tropa de seu presidio a aplaudir o nome de sua Majestade e do excelentíssimo  governador , da Bahia em memoria sua e de sua virtuosas qualidade se titulava a mesma Vila de Nova Valença, mandou da três descargas,  seguidas de exclamação  de todo o povo e nobreza  da terra – viva a Rainha Nossa Senhora – E para constar fiz este termo , eu Antônio  de Paiva Travassos ,  Escrivão ajudante da Conceição o escrevi , declarei e assinei (As). Dr. Silva, _ Frei Matias de São Miguel Guardião – O Vigário de Cairu José da Ca. Mota – Antônio  de Paiva Travassos , o Vigário de São Fidelis , Antônio Nogueira dos Santos , - o Padre Antônio  José de Barbuda, o Capitão –Mor das Conquistas, Antônio Duarte Silva , - Domingos  Alves Branco Muniz Barreto, Sargento-Mor Comandante da tropa, - Capitão –Mor  Antônio José de melo, capitão  Agregado Jeronimo André Maia, capitão agregado Gaspar D’Arraes- administrador dos reais cortes de Sua Majestade, - João Pedro Pires , - Capitão Gabriel Pinto de Pinho, - Capitão  Raimundo Muniz  de Souza , - Capitão Malaquias Ch. Teixeira, - Capitão Serafim, dos Anjos Teixeira , - Capitão Agregado Joaquim  de Souza d’Eça , - o alferes José d’Araujo Batista, - o alferes Antônio Tomaz Pereira , - Luiz Pinto Rebelo, - Joaquim José do Amaral – Antônio Pereira Chaves , - Antônio José de Almeida, - José da Ca. Coutinho Porto, - Luiz Correia da Maia, - Antônio Duarte Silva, - Antônio de Sousa d’Eça, - Antônio Bernardo de Vasconcelos, - João Batista Teixeira, - Marcelino Vieira Cabral, - Joaquim Ermenegildo de Santana, - Alexandre Pereira Lima, - Luiz Pinto d Cunha , - Joaquim José de Menezes , - João Pereira Guimarães.

Referência : Ata transcrita do Livro de Registro da Igreja da Matriz 1801-1978.