Insensatez
Por Ide Ramacini Betonico | 17/03/2009 | PoesiasChuva a desenhar no vidro figuras longilíneas.
Olhos embaçados a vislumbrar um palco.
Em coreografia, dançam bailarinas, pierrôs e colombinas que
Num vai-vem interminável,caem extasiados.
Duas grandes asas se abrem. A música paira. A chuva estagna..
Passos pausados impetram na sala gélida. Lágrimas plagiam a chuva.
Fisionomias desarmônicas acompanham um ser acuado.
Mais susto, outros e mais outros, tamanha a dor.
Envolta numa dor doída, dilacerante e mordaz.
A figura esquálida mistura-se entre os insanos.
Como explicar tamanha insensatez?
Só insanos amam como a bailarina amou.