Inseminaçao Artificial de Suinos
Por Eduardo Henrique Oliveira Lima | 06/08/2011 | SociedadeO desenvolvimento da suinocultura, e conseqüentemente de todas as biotécnicas que são utilizadas nos seus segmentos de produção, estão diretamente relacionados com o incremento do consumo per capita da carne suína. Uma das formas de se elevar esse consumo é a divulgação da carne suína através dos meios de comunicação, entre eles a internet, os quais atingem produtores, profissionais da área e, principalmente, o consumidor final, mostrando suas qualidades e quebrando tabus que existem sobre a carne suína.
A Inseminação Artificial é uma biotécnica utilizada na espécie suína desde os anos 30, em países como Japão e Rússia. No Brasil, as primeiras IAs foram realizadas na década de 40, em caráter experimental. Somente na década de 70, com a criação das centrais de IA localizadas nos municípios de Estrela ? RS e Concórdia ? SC, a IA passou a ser empregada nas unidades de produção. Segundo pesquisadores, nos primeiros anos da utilização da IA foram realizadas aproximadamente 1500 inseminações, sendo que o desenvolvimento desta biotécnica foi lento e gradual. No início dos anos 90, o número de primeiras inseminações foi aproximadamente 90.000. Já em 1996 este número passou a ser de 400.000 IAs, enquanto que em 1998, a estimativa foi de aproximadamente 900.000 primeiras inseminações, representando aproximadamente 28% do plantel de matrizes alojadas em granjas tecnificadas, estimado em 1,3 milhão de fêmeas. Com o crescimento tecnológico da suinocultura mundial, somado à necessidade de redução dos custos de produção, a IA vem sendo cada vez mais utilizada. De acordo com pesquisas recentes, o percentual de matrizes inseminadas nos Estados Unidos passou de 3% para 50% entre os anos de 1993 e 1999. No Brasil, a previsão é de que no ano 2000 tenham sido realizadas cerca de 1,6 milhão de primeiras IAs, o que representa aproximadamente 50% do plantel tecnificado, ou 27% do total de fêmeas suínas no país
Programas fechados ou internos
É aquele na qual a central de IA produz e fornece doses inseminantes somente para a própria unidade de produção, ou mesmo para outras unidades da mesma empresa. É o tipo de programa utilizado pelas maiores granjas do país. Sua implantação é feita após criteriosa avaliação da viabilidade econômica, dependendo do número de matrizes a ser atendido.
- Programas abertos
A central de IA produz e fornece as doses de sêmen para os produtores, geralmente com um número menor de matrizes, onde a implantação de uma central é economicamente inviável. Como exemplo de programa aberto de IA, podem ser citadas as centrais das associações de criadores ou das cooperativas, que fornecem doses para seus integrados. As normas e recomendações para criação de tal sistema podem ser encontradas no Ministério da Agricultura. Existem também programas onde a central de IA produz as doses tanto para as granjas próprias como para os integrados.