Inovação Aberta e a Transferência Tecnológica

Por Mariane Vicente Oliveira | 05/10/2014 | Adm

FNC – FALCULDADE NOSSA CIDADE

Administração de Empresas

Orientador: Prof. Lawton Benatti

Mariane Vicente Oliveira

INOVAÇÃO ABERTA E A TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA.

Este artigo descreve a inovação aberta e a transferência tecnologia, para o qual o processo está voltado para facilitar e promover a inovação. Mostrando como é o processo de inovação aberta e como a transferência de tecnologia pode ser eficaz para o sucesso da empresa em condições de concorrência acirrada. O processo de inovação tem evoluído muito, deixando de ser característico o sistema fechados e internos. As empresas investiram em inovação e na integração de sistemas abertos englobando uma teoria de redes de relacionamentos em um número cada vez maior de áreas de administração de negócios. Existe um vínculo entre os ambientes externos e internos da empresa dentro do processo da inovação, exploram fluxos de conhecimento, científicos, técnicos, empíricos e intuitivos empregados no desenvolvimento, na produção, na comercialização e na utilização de bens ou serviços. O acesso e a utilização desses fluxos de conhecimentos têm um papel fundamental no processo de inovação. A importância do processo de acesso e a transferência de tecnologia dentro do contexto da inovação são, portanto cada vez maior. As empresas estão utilizando a transferência de tecnologia em uma variedade de formas, segundo Seaton and Cordey- Hayes (1993), “O processo de promoção da inovação técnica por meio da transferência de ideias, conhecimento, dispositivos e artefatos de empresas, organizações de P&D e grupos de pesquisa acadêmica em posição de liderança para a aplicação mais geral e eficaz na indústria e no comércio’’. Segundo Langrish (1982), “a transferência de Tecnologia é a aplicação de tecnologia a um novo uso ou por um novo usuário. É o processo por meio da qual a tecnologia inicialmente desenvolvida com um propósito específico é empregada de maneira diferente ou por outro usuário. A atividade envolve principalmente o aumento de utilização da base cientifica tecnológica existente em novas áreas de aplicação, em vez de expandi-la por meio de pesquisa e desenvolvimento adicionais”. Um dos exemplos de inovação de transferência de tecnologia e a empresa Sony e a Ericsson onde eram empresas distintas a Sony investia em conhecimento e tecnologia de terceira geração (telefonia móvel entre outros;) e já a Ericsson era líder mundial na telefonia sem fio, onde em 2001 as duas empresas estabeleceram uma parceria em telefones celulares, juntaram os esforços de fabricação de aparelhos e celulares, a cooperação combinaria com produtos de consumo e o amplo conhecimento das duas empresas. O cenário comercial era extremamente desafiador. A Sony e a Ericsson tinha o objetivo de rebaixar a Nokia que era a líder do momento. No começo das parceiras as duas empresas obterão altos lucros mais com o passar do tempo os lucros diminuíram e as duas empresas começaram a perder. Em 2003 a Sony-Ericsson anunciou resultados desalentadores, por problemas de integração entre equipes da Sony e da Ericsson, por falta de investimento, atrasos de pesquisa e desenvolvimento na tecnologia e pela concorrência acirrada nos Estados Unidos, após a perda a Sony-Ericsson revelou seus novos produtos com tecnologia avançada, visores coloridos, aparelho 3g, jogos em seus telefones, filmes disponibilizados pela Sony, celulares com câmeras digitais, entre outros. A empresa não alcançou seu objetivo de se tornar líder mundial, porém utilizaram a transferência de tecnologia para incrementar o seu portfólio tecnológico reduzindo tempo de desenvolvimento de produto e evitando custos com atrasos de pesquisas e desenvolvimento. O processo entre as empresas estão voltados para facilitar e promover a inovação. A transferência de tecnologia dentro de muitas organizações pode ser eficaz na contribuição para o sucesso da empresas em condições de concorrência acirrada. A Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) dentro das organizações exercem um papel importante no oferecimento de vantagem competitiva ás empresas, levou ao melhoramento de novos produtos, o que gerou rápido crescimento, com base nisso superaram problemas tecnológicos genuínos, levando a oportunidade de negócios e a uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes. Segundo Twis (1992), “P&D é o uso intencional e sistemático de conhecimento científico para melhorar a vida do homem, mesmo que algumas de suas manifestações não encontrem a aprovação universal”. Segundo Geroski (1993) , “ P&D é um importante investimento que contribui para o sucesso da empresa juntamente com outros fatores, como ótimas operações e boas escolhas estratégicas. Existem conexões bem estabelecidas entre intensidade e crescimento de P&D e crescimento de vendas, eficiência de criação de riqueza e valor de mercado”. Os grupos de pesquisa e desenvolvimento criam novos produtos e serviços, trabalham com idéias novas e criativas, tentam desenvolver procedimentos que aumente a probabilidade de sucesso. A maioria das empresas esta envolvida a um conhecimento, um fluxo de mão dupla resumido como inovação aberta na forma de um processo, transferência de tecnologia no processo da inovação com a sua influência e seu aprendizado nas organizações, e o P&D que visa o crescimento e a inovação aberta das organizações. Segundo Chiavenato (2012, pag. 21), “devemos transformar cada limão em uma limonada. Os perigos anteriormente aventados constituem os fatores críticos do negócio. Um fator crítico do sucesso é aquele que não for muito bem cuidado poderá colocar em risco seu negocio”.

Referências Bibliográficas

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor. 4ª Ed. Barueri, SP Manole, 2012.

DRUCKER. Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor: Prática e Princípios, São Paulo: Cengage Learning, 1985.

TROTT, Paul. Gestão da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos. 4ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

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