Indutivismo e a busca da "saciedade" racional
Por Douglas Matias | 02/04/2009 | FilosofiaPensemos que o indutivismo trás à nossa razão uma questão ao qual sempre se relaciona primordialmente dentro da filosofia que é justamente à relação sujeito-objeto, e isso, condensa-se na brevidade do devir, isto é, o indutivo, ou no que podemos chamar de pensamento indutivista, é uma generalização apressada, ao qual a razão no afã de descobrir ao "todo", precipitadamente chega à conclusão para que norteie do que chamemos de uma saciedade racional do todo.
Obviamente as linhas acima descritas não condizem com uma conceitualização, mas sim e uma análise da própria "doxa" opinião, falso na concepção grega clássica, no caso do indutivismo ao qual a razão tem sobre o mundo,pois a razão quando observa determinado fato, este particular, tem a necessidade de abarcar o "todo", isto é, generalizar para que se conjugue com o mesmo, e esse movimento da razão, até mesmo pela ansiedade de mensurar, concentra-se na experiência e toma como verdade a todas as experiências, mensurando-se no que podemos analisar sobre a relação de causa e efeito e fazendo com que seja uma generalização apressada, sendo o viés para comungar-se em si mesma, obtendo assim um falso controle da realidade.
Esse falso controle, por assim dizer, é um erro freqüente da razão, pois faz com que o objeto observado, seja o mesmo de todos observadores, isto é, a analise de uma determinada relação de causa e efeito, padroniza a razão e com isso, contenta-se com ela e com o fato, tendo uma falsa ilusão de que a mesma, têm até mesmo certo tipo de controle sobre a realidade ao qual circunda.
Podemos notar que quando partimos do particular para o universal, buscamos abarcar toda a experiência como fato acabado, inclusive anulando fatos particulares simples ingênuos, como por exemplo, a de que os alguns chineses falam inglês, e por isso todos chineses falaram inglês em 2035, essa proposição é facilmente derrubada, por erros lógicos que podemos ver facilmente, que não necessariamente todos falaram inglês.
A consolidação para o argumento indutivo é muito vaga e sem terras consistentes, mas que nos mostra como a razão intervém de maneira tal, que faz com que possa ter tanta necessidade de conjugar com o "todo", entendendo o termo como uma noção geral de que a razão encontra-se pavimentada e aludida de si mesma isso equivale a dizer em primeiro momento que a razão consigo mesma, torna-se aludida por "fenômenos" que se mostram na finitude do movimento do mundo e com isso, criando nos "acidentes" a situação vigente da generalização universal.
Pois bem, perguntemos se essa tentativa da razão de racionalizar de certa maneira o fato particular para o geral, não seja uma tentativa de controle sobre o mundo, para que assim a certeza dos fatos seja cotidiano e com isso transformar o desconhecido em mera quimera, ao qual "se não podemos conhecer de nada nos é útil".
Pois o que vem ao espírito e na razão o fixa, é justamente a ilusão de que o método pelo qual relatemos, seja uma incitação de que aquilo que não conhecemos não se mostra dentre a "observação do particular", trazendo assim uma "ingênua" forma e "enformar" o mundo, restituindo a racionalidade o controle do particular e consequentemente do universal.
A razão desconhece a si mesma, e deconhecendo-a faz com que seja necessário de alguma maneira, transferir para a realidade algo para que a explicação devida seja plausível de se viver como humano e como ser racional.Trazendo a tona o desejo de conhecer algo conhecível, pois a razão diz falsamente a si que o todo pode ser conhecido, não se perguntando se pode conhecer mesmo, mas isso é assunto para uma próxima oportunidade.