Inclusão ou Ilusão
Por Fabiola Fernandes de Menezes | 13/01/2011 | EducaçãoA Inclusão Escolar no Brasil
A princípio devemos nos ater de como esta a real situação da inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais, como um todo, no Brasil, o que está dificultando a permanência destes indivíduos na sociedade.
Torna-se indispensável lembrar dos profissionais da educação e os pais, para que vejamos que as pessoas com necessidades educacionais especiais gozam dos mesmos direitos constitucionais como qualquer outro cidadão, sendo inclusive assegurado um local sadio e adequado às suas necessidades.
O presente artigo tem como objetivo de questionar a cerca a inclusão educativa no ensino regular, e reflexionar sobre o papel da Educação Especial como sistema de suporte e recursos especializados nesta contextura.
A educação de alunos com necessidades educativas especiais tem se voltado nos últimos anos para a chamada Educação Inclusiva. Esta proposta ganhou força, sobretudo a partir da segunda metade da década de 90 com a difusão, entre outros documentos internacionais, da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).
Esta preconiza alunos com deficiências físicas, múltiplas (paralisia cerebral, surdo cegueira, etc.) ou sensoriais (auditiva e visual), deficiência mental, transtornos severos de comportamento ou condutas típicas (autismo e psicoses), bem como altas habilidades (superdotados) devem ser inseridos no sistema regular de ensino, com o mínimo possível de distorção idade-série.
Portanto vale ressaltar que como já apontado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC/SEESP, 2001), a Escola deve propor no projeto político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam a todos os alunos. Pois, numa escola inclusiva, a diversidade do alunado não só é acolhida, como valorizada. É importante destacar, porém, que esse processo não se configura apenas na inserção do aluno com necessidades especiais na classe regular. Pois, "inclusão não significa, simplesmente, matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa dar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica" (MEC /SEESP, 2001).
Em síntese a educação inclusiva não suprimi o atendimento especializado para alunos que estejam a defrontar dificuldades em acompanhar a classe regular, a educação especial tem se redimensionado para desenvolver o papel de atendimento direto dos educandos para construir um sistema de suporte cada vez melhor para a escola regular.
A educação especial compreende como um conjunto de recursos que a escola regular deve ter à sua disposição para atender a diversidade de seus alunos. Na realidade, ocorre justamente o contrário, pois em um sistema educacional inclusivo o suporte da Educação Especial é imprescindível (GLAT & PLETSCH, 2004).
Para a efetivação da proposta de inclusão escolar, e favorecer o aprendizado de alunos com necessidades especiais, foi desenvolvido o conceito de "adaptações curriculares". As adaptações de acessibilidade ao currículo , muito importantes, dizem respeito às ações empreendidas pela escola para a eliminação de barreiras arquitetônicas, materiais e de comunicação, garantido que o aluno especial possa freqüentar a escola com autonomia, participando das atividades acadêmicas e extracurriculares propostas para os demais. As adaptações pedagógicas são modificações realizadas no planejamento, também nos objetivos da escola, nos conteúdos, nas atividades, nas estratégias de aplicação desse conteúdo e de avaliação. Ou seja, são modificações feitas no currículo como um todo, ou em aspectos dele, para atender às necessidades especiais de cada aluno.