Inclusão de Alunos Surdos
Por Marli Prado | 04/01/2010 | EducaçãoNos dias atuais, o assunto do momento é a inclusão, mas o que realmente caracteriza esta tal famosa inclusão?
Se estudarmos um exemplo como a inclusão de surdos no sistema educacional regular, podemos nos deparar com diversas contradições a lei que é estabelecida.
Acredito que a inclusão de aluno surdo em escola regular seja uma forma de inclusão social, pois este direito é reservado em lei tanto apresentado na Declaração de Salamanca e na
LDB, mas não podemos deixar de esclarecer pontos importantes que existem nestes documentos efetivos, onde diz que para os alunos de necessidades especiais seja a surdez ou qualquer outra
deficiência é de total necessidade profissionais capacitados e especializados para atuar e salas apropriadas.
Baseado em uma revisão teórico bibliográfico, cheguei a conclusão que a inclusão do surdo na escola regular é bastante complexo, pois a situação deve ser considerada e pensada
como um todo, a partir da realidade deste aluno, tendo em vista que a língua se sinais é a língua materna dos surdos então não podemos deixar isto de lado, que é um ponto importantíssimo, pois para a inclusão deste aluno, o professor ouvinte tem que ter conhecimento nesta língua, ou seja, ser um profissional bilíngüe, principalmente nos anos iniciais, pois é neste período que ocorre a
maturação cognitiva, para somente depois o aluno surdo inicie um processo de bilingüismo, ou seja, ele passa a fazer o uso de libras e também da língua oral, caso este profissional não tenha este conhecimento, a instituição deve fornecer um interprete para que o desenvolvimento cognitivo do aluno não seja afetado.
Vale lembrar que as autoridades precisam refletir um pouco mais sobre este tema, antes de criarem impasses quanto à identidade e o processo de aprendizagem das crianças surdas, através
de algo que chamamos de inclusão em uma educação para todos, precisamos ter a noção de que não significa somente inserir um aluno surdo em uma sala regular, mas temos que respeitar as
suas diversidades, atendendo as suas necessidades, por isto a necessidade de profissionais especializados em um trabalho conjunto com o grupo escolar.
Claro que todo este processo tem os seus pontos positivos e negativos, podemos citar que esta inclusão de aluno surdo em sala regular promove a inclusão social, pois ele se relaciona com
o outro, mas também não podemos deixar esta criança ao despreparo de profissionais que podem prejudicar o seu desenvolvimento e causar um déficit cognitivo ao aluno.
Para concluir esta discussão, cheguei a conclusão de que inclusão não é somente matricular um aluno na escola regular, mas sim matricular e atender as suas necessidades educacionais para que tenha um desenvolvimento cognitivo e social de forma ampla e concreta.
Palavras Chave: Sistema, Necessidade, Diversidade
Área: Pedagogia - Inclusão Social
Referências bibliográficas
MOURA, Maria Cecília de. O Surdo, caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Ed.
Revinte, 2000.
BRITTO, Lucinda F. Integração social & educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993
http://www.cedipod.org.br/salamanc.htm, visitado em 27 de Outubro de 2009.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm, visitado em 27 de Outubro de 2009.