Inclusão através da ludicidade
Por Suzana Magalhães | 23/11/2011 | EducaçãoEmbora não haja uma definição unânime sobre o conceito de altas habilidades, de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, são consideradas com altas habilidades as crianças que possuem características e habilidades diversificadas e se diferenciam pela forma de aprender. Nesse contexto é interessante ressaltar que a ludicidade poderá tronar-se um instrumento pedagógico poderoso, no que se refere á motivação e estimulação das habilidades preexistentes.
Segundo Luckesi (2000) “A ludicidade são atividades que proporcionam uma experiência de plenitude, em que nos envolve pro inteiro, estando flexíveis e saudáveis”. Sendo assim, a atividade lúdica promove ao individuo a interação com a coletividade e consigo mesmo, estimulando tanto as relações intrapessoais, como as interpessoais. Nesse contexto, o desenvolvimento do lúdico em sala de aula poderá contribuir de maneira significativa, já que, para os alunos que possuem altas habilidades, a interação com o outro, nem sempre acontece de forma positiva, pois, em algumas situações suas ideias e atitudes podem ser mal compreendidas e rotuladas como inadequadas pelos colegas, e até mesmo pelo educador.
Embora visualize-se um grande avanço a partir do reconhecimento da importância de criar possibilidades e condições que favoreçam ao desenvolvimento do potencial dos alunos que possuem altas habilidades, os educadores enfrentaram grandes desafios, um deles refere-se á prática pedagógica, que deverá ser esquematizada de forma a contemplar, não somente os alunos ditos normais, mas também os que possuem necessidades especiais.
Os alunos que possuem altas habilidades, em alguns casos desenvolvem características comportamentais variadas, uma delas pode relacionar-se a ausência de interesse por regulamentos e regras. Portanto a inserção de atividades lúdicas na prática pedagógica poderá proporcionar resultados significativos, permitindo ao educador promover a interação dos alunos e induzi-los a obedecer e respeitar regras e normas, simulando a vida real. Além disso, o jogo é uma forma lúdica de estimular a criança, á conhecer, dominar e explorar os conhecimentos. Por tanto, o lúdico por fazer parte da atividade humana e possuir um caráter espontâneo, funcional e satisfatório, permite ao educador estimular varias inteligências, integrando, envolvendo e motivando o potencial criativo do educando. Fomentando assim além da inclusão a integração.
Referências:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia - Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000.
Ministério da Educação (2001). Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001.