INCIDÊNCIA DO VÍRUS DA AIDS NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Por Tatiane Melo | 15/11/2009 | Arte

TATIANE FERNANDES DE MELO

INCIDÊNCIA DO VÍRUSDA AIDS NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ


Cuiabá, MT.

Faculdade de Ciências Biológicas

2005/02

TATIANE FERNANDES DE MELO

INCIDÊNCIA DO VÍRUS DA AIDSNO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Monografia apresenta ao Curso de Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas como requisito de Conclusão de Curso, sob a Orientação do MSc Randal Lopes Barreira

Cuiabá, MT.


Faculdade de Ciências Biológicas

2005/02

INCIDÊNCIA DO VÍRUS DA AIDSNO MUNICÍPIO DE CUIABÁ

BANCA EXAMINADORA

________________________________

MSc. Randal Lopes Barreira

Orientador

­­­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________

MSc. Juan Maro

Banca

_____________________________________

Profº Adelson

Banca

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS- RESULTADOS

AGRADECIMENTOS

DEDICATÓRIA

RESUMO

1-INTRODUÇÃO

2-OBJETIVOS

2 1-Objetivo Geral

2 2-Objetivos Específicos

3-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3 1-Histórico da Doença

3 2-Etiologia

3 3-Epidemiologia

3 4-Diagnóstico

4-HISTÓRICO DA CASA DA MÃE JOANA

5-MATERIAL E MÉTODOS

6-RESULTADOS

7-DISCUSSÃO

8-CONCLUSÃO

9-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICE

APÊNDICES

LISTA DE FUGURAS- RESULTADOS

QUADRO 1- Indica distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo categoriaexposição e sexo de residentes de Cuiabá ( JAN/ JUN).

QUADRO 2- Indicadistribuição de AIDS segundo faixa etária e sexo residentes em Cuiabá no período de 2005.

QUADRO 3- Indica distribuição dos casos em adultosegundo situação atual e sexo de 2005 em Cuiabá-MT.

QUADRO 4- Indica distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo regional de residência.

Questionáriopara entrevista com pacientes da Casa da Mãe Joana.

Tabela com resultado da entrevista realizada na Casa da Mãe Joana.

Gráfico com resultado programa Estadual de AIDS realizado no CERMAC.

AGRADECIMENTOS

-Agradeço primeiramente a Deus, pela saúde todos os dias da minha vida, permitindo,

assim alcançar todos os meus objetivos.

-Aos meus pais pela oportunidade, pela paciência, pelo amor e por toda dedicação a mim,

durante essa difícil jornada; a minha irmã e minha sobrinha por me darem tanta alegria nos meus dias de tristeza. Agradeço também a todas as minhas amigas pela tolerância, pelo carinho e companhia em especial a Micheli Cristina que além do companheirismo, teve grande sensibilidade de conhecer os meus sentimentos e por acreditar na minha capacidade.

-Ao meu orientador Professor MSc Randal Lopes Barreira.

-Não esquecendo dos meus familiares, como Ângela e Fabiane pela contribuição da minha graduação, e a todos que de alguma forma me ajudaram mesmo que apenas em orações.

DEDICATÓRIA

PAI Wagner e MÃE Ana Martha, agradecimentos em especial a vocês que foram meus primeiros educadores, e incentivadores, por terem sempre proporcionado o que tinha de melhor, tanto o amor e carinho á mim e a minha irmã, a quem também dedico estes agradecimentos.

Alegram-se, pois hoje já sou eu que com as minhas próprias palavras, dedico á vocês essa minha formação com muita gratidão. Dedico também aos meus familiares, para que eles possam ter em mim um exemplo de força e determinação.

RESUMO

A realidade da epidemia do vírus da aids no Brasil tem mostrado um aumento de dados cada vez maiores, onde tal questão tem uma grande importância, porque as contradições entre riqueza e pobreza, aliadas às necessidades de uma história social e política; à qual tem contribuído para dar uma trajetória da epidemia de uma forma peculiar. Esta pesquisa revela a incidência do vírus do aids no município de Cuiabá e desperta os impactos causados na sociedade, no que diz respeito as dimensões sociais, culturais, econômicas e políticas; esclarecendo as possibilidades e as limitações da ciência médica e moderna, à saúde coletiva. E o que revela os dilemas impostos causados pela AIDS, a capacidade de analisar criticamente a desigualdade social. A falta de conhecimento sobre a doença faz com que as pessoas continuem se contaminando todos os anos, aumentando o preconceito da sociedade.Todos os dado são diagnosticados pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município, incluindo a coleta através de livros, artigos, internet e visitação e entrevistas nos locais que abrigam os portadores de aids, demonstrado por tabelas, gráficos e fotografias de alguns casos, caracterizando os principais sintomas das doenças oportunistas. E os bairros que estão com maior incidência de pessoas contaminadas pelo vírus da AIDS no município de Cuiabá,estão classificados por região.

1.INTRODUÇÃO

Acompanhando a evolução da epidemia no Brasil, observa-se o contínuo e progressivo aumento de indivíduos infectados com HIV. Já sabemosmuito sobre a etiologia e a patogenia da infecção por ele causada. O seu diagnóstico já é feito mais precocemente, as infecções oportunistas graves podem ser prevenidas, possibilitando aos portadores do vírus e pacientes uma vida mais saudável e mais longa. Nos dias de hoje, não é raro que uma pessoa soro-positivo passe mais de 10 anos sem manifestações clínicas da doença.

Com a introdução de potentes drogas antiretrovirais na prática clínica e o emprego rotineiro de profilaxias primárias para o tratamento das infecções oportunistas, assim houve grande queda da letalidade e da morbilidade a infecção pelo vírus HIV. Em muitos centros da Europa e dos EUA, as causas de óbito em indivíduos infectados pelo HIV deixaram de ser infecções oportunistas e passaram a ser as mesmas relatadas em indivíduos da mesma faixa etária, porém não infectados por este vírus.

Como muitos dos pacientes, provavelmente, conviverá por muitos, anos com a infecção, avaliações rotineiras empregadas no acompanhamento de indivíduo soronegativos, como por exemplo, monitorização da função cardiovascular em indivíduos com mais de quarenta anos, exames ginecológicos periódicos e outros, devem obrigatoriamente, constar do acompanhamento dos indivíduos com infecção pelo HIV.(MARCIA RACHID. et ali, 2001)

Mas a realidade não era assim, nos primórdios da epidemia. A falta de um conhecimento mais profundo sobre a ação do vírus e da doença, e a imagem de pacientes em estado terminal nos leitos dos hospitais públicos, geraram medo e desconfiança entre a população, contribuindo para se estigmatizar a doença e alimentar preconceitos sociais e atitudes discriminatórias em relaçãoa alguns contigentes mais afetados inicialmente, como os homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis. Discriminação que atingiu inclusivamente, os profissionais de saúde dedicados ao atendimento de pacientes aids.

Partindo daí esta pesquisa teve como principal objetivo relatar a incidência do vírusda AIDS no município de Cuiabá efazer um documentário sobre a Casa da Mãe Joana, local onde eles recebem abrigo e apoio.

Além da gravidade da doença, as formas de transmissão do vírus esua prevenção, e o tratamento de pacientes HIV-POSITIVO, até a dinâmica da epidemia e suas conseqüências psicossocioculturais, exigem do profissional um nível de capacitação e atualização técnica pautandona constante revisão de conhecimento, atitudes e práticas que envolvem aspectos técnicos, científicos, clínicos eético-profissionais de cidadania necessários ao atendimento dedicado há estes pacientes.(MANUAL DE CONDUTAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2000)

2.OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral:

-Diagnosticar o número de pessoas contaminadas pelo vírus aids no município de Cuiabá, quais são os bairros que estão com maior incidência da doença dentro dos casos notificados pela SMS.

2.2. Objetivos Específicos:

-Conheceras principais épocas de realização das campanhasde combate à AIDS na capital de MT.

-Verificar o número de pessoas que recebem e estão fazendo uso de medicamentos fornecidos pelo governo.

-Caracterizar as principais doenças oportunistas queacometem o soro-positivo.

3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3 1.Histórico da doença

O HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana, é um vírus com genoma, RNA, da família Lentiviridae. Pertence ao grupo dos retro-vírus não-citopáticos e não-oncogênicos que necessitam para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcripatase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia de DNA, que poderão então integrar-se ao genoma do hospedeiro. O termo HIV foi recomendado para denominar esse vírus –pelo comitê internacional, reconhecendo-o capaz de infectar seres humanos.

O HIV ataca seletivamente certos glóbulos brancos que são essenciais para coordenar os mecanismos imunológicos de defesa do organismo. Quando ocorre a destruição desses glóbulos brancos as pessoas infectadas tornam-se suceptíveis a uma ampla variedade de infecções oportunistas caracterizando a AIDS, que se constitui na maior e mais grave pandemia deste século, e tem, se observado um aumento constante do número de casos no mundo todo.

A principal forma de exposição é a sexual, sendo que a transmissão heterossexual através de relações sem o preservativo é considerada pela OMS, como a mais frequente do ponto de vista global; sanguínea, em receptores de sangue ou hemoderivados; e perinatal, abrangendo a transmissão da mãe para o filho durante a gestação, parto ou aleitamento materno. Além destas formas há também a transmissão ocupacional, por acidente de trabalho em profissionais da área de saúde que sofrem ferimentos pérfuros-cortantantescontaminados com sangue de pacientes com infecção pelo HIV, finalmente, há oito casos descritos na literatura de transmissão intra domiciliar nos quaisnão houve contato sexual nem exposição sanguínea pelas vias classicamente descritas. Porém sabe-se que o preservativo masculino é a única barreira comprovadamente efetiva contra o HIV, e o uso correto e consciente deste método pode reduzirsubstancialmente o risco de transmissão do HIV e outras DST. A AIDS é um problema de saúde intimamente ligado ao comportamento individual e coletivo do nosso país.

3 2. Etiologia

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi conhecida em meados de 1981, nos EUA,a partir de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradoresde São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes fatos convergiam para a inferência de que tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. Em 1983 o agente etiológico foi identificado: tratava-se deretro-vírus humano, atualmente denominado vírus da imunodeficiência humana, HIV- 1, que anteriormente foi denominado de LAV e HTLV- III. Em 1986 foi identificado um segundo agente etiológico, também retro-vírus, estreitamente relacionado ao HIV- 1, denominado HIV- 2. Embora não se saiba ao certo qual a origem dos HIV-1 e 2 sabe-se que uma grande família do retro-vírus relacionados a ele está presente em primatas não- humanos na África Sub-Sahariana. Todos os membros desta família de retro-vírus possuem estrutura genômica semelhante, apresentando homologia em torno de 50%. Além, disso todos tem a capacidade de infectar linfócitos através de receptor CD4. Aparentemente o HIV-1 e o HIV-2 passaram a infectar o homem há várias décadas. (LIMA A. et ali,1996)

O aparecimento da AIDS em população distintas associado aos meios de transmissão constituíram aos fragmentos iniciais das evidências de uma doença de causa infecciosa (FRIEDLAND & KLEIN), cujas prováveis vias de transmissão foram definidas antes daidentificação de seu agente etiológico. De maneira geral, os linfócitos constituem a principal sede desse vírus, embora HOLLANDER & OSMOND(1990), referiram que o vírus em meio extra celular já tenha ocasionalmente sido evidenciado mais notadamente no líquido céfalo- radiquiano, sendo provável que todos fluidos contendo linfócitos contaminados, eventualmente possam alojá-lo.

A transmissão pode teoricamente ocorrer à partir de um comportamento que envolva o contato com quaisquer desses fluidos, sobre tudo os casos documentados que a transmissão ocorre basicamente através do sangue, sêmen, secreção vaginal. Sabe-se que a concentração do vírus encontrado na saliva e lágrima é extremamente baixa ao passo que é significante grande a sua concentração no sêmen e secreção vaginal, sendo maior esta concentração no sêmen do que na secreção vaginal.

A descoberta do agente trouxe contribuições fundamentais para se entender um pouco sobre o comportamento da doença, vindo a confirmar as hipóteses acerca das vias específicas de transmissão.

Desde as evidências da doença três categorias de exposição (sexual, sanguínea e perinatal) foram percebidas e descritas, estas ainda permanecem configurando-se como as formas que têm substanciado e fortalecido a caracterização epidemiológica da síndrome.

O HIV pode ser transmitido em qualquer tipo de relação sexual desde que haja trocas de secreção vaginal, ou cervical uterina, sêmen ou sangue infectado por esse vírus.

O risco de uma pessoa se infectar como resultado de relação sexual está na dependência principalmentede quatro aspectos:parceria sexual estar infectada;tipo de contato sexual envolvido;a quantidade de carga viral presente no (a) parceiro (a); a presença de co-fatores como lesões genitais e DST ulcerativas que facilitam a aquisição do vírus (OMS;1990).

A AIDS, sem dúvida, trata-se da doença melhor documentada no mundo, tendo sido alvo de importantes mobilizações científicas e governamentais visando à obtenção de medidas direcionadas à prevenção, ao controle e ao delinear de seu comportamento. A título de exemplo, é uma das poucas, senão a única doença que consegue atrairanualmente mais de 13000 cientistas de todas as partes da terra para participarem de conferências Internacionais (ELUCIR, et ali 1992).

A "AIDS tornou-se o grande problema sócio-político do nosso tempo, uma linha decisória para os religiosos, um campo de batalha para os pesquisadores, um campo fértil para as demonstrações freqüentes do nível de desumanidade do homem para com o homem".

(RODRIGUES, L. G. M.,1988a,).

3 3. Epidemiologia

Somente cerca de 15 anos após a AIDS, ter sido reconhecida pala primeira vez, a infecção por HIV tornou-se uma pandemia global. Cerca de 6 milhões de casos de AIDS ocorreram em todo o mundo e, mais de 5 milhões de adultos, crianças e lactentes já morreram. Ela é a principal causa de óbitos na África Sub-Sahariana e também em muitas das principais cidades nos EUA e Europa.Em todo o mundo, provavelmente 10.000 casos novos de infecção por HIV ocorreram por dia, e cerca de 25,5 milhões de adultos e crianças estão infectados com o vírus. Três padrões epidemiológicos básicos emergiram:

-Nos EUA, no Canadá, na Europa ocidental, na Austrália, no norte da África e em certas partes da América do Sul o HIV tem afetado primariamente usuários de drogas injetáveis e homens homossexuais e bissexuais. Europa ocidental e América do Norte, a incidência de disseminação heterossexual está aumentando rapidamente.

-Na África Sub- Sahariana e no restante da América do Sul, a transmissão do HIV, provém quase inteiramente do contato heterossexual, e os homens e mulheres são afetados em números aproximadamente iguais. Cerca de 3% da população é HIV-positiva: em certas áreas urbanas, a prevalência é tão alta quanto 30%.

-A infecção foi introduzida mais recentemente na Europa oriental, Oriente médio e principalmente no sudoeste da Ásia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que a epidemia da Àsia poderá finalmente superar todas as outras em abrangência e impacto. Nestas áreas, a epidemia envolve, trabalhadores do sexo e homens jovens heterossexuais. Por exemplo, em 1995, na Tailândia, quase40% dos trabalhadores jovens recrutas militares eram HIV/positivos. O subtipo de HIV nesta parte do mundo pode ser melhor adaptado à transmissão heterossexual. Na Índia, a OMS estima anualmente que existam 1,75 milhões de adultos infectados e que no ano de 2000, a Índia teria mais casos de AIDS que qualquer outro país.(TORTORA, et ali, 2000).

-Os novos dados revelam que a epidemia de AIDS no Brasil está num processo de estabilização, embora em patamares elevados, tendo sido diagnosticado, em 2003 um total de 32.247 casos novos com uma taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes. Entre os anos de 1980 e 2004 foram registrados um total de 362.364 casos no país. a tendência à estabilidade da incidência é observada apenas entre os homens, que registrou, em 2003, 22,6 casos por 100 mil homens, menor do que a observada em 1998, de 26,3 por 100 mil. entretanto observa-se ainda o crescimento da incidência em mulheres, tendo sido observada a maior taxa de incidênciaem 2003:14,0 casos por mil mulheres.

A tendência de aumento da incidência da doença também foi observada em todas as regiões geográficas, com exceção da região sudeste, que apresentou, em 2003, taxa de incidência menor do que a observada em 1998. Nas demais regiões o crescimento ainda é pronunciado, principalmente nas regiões Sul, Centro-oeste e Norte. Os casos masculinos devido à transmissão pelo uso de drogas injetáveis continuam a decrescer, os casos devido a transmissão homo/ bissexual mantiveram-se estabilizados em cerca de 26%, e aqueles casos devido a transmissão heterossexual continuam com tendência crescente.

A doença vem atingindo, também, de maneira importante, os indivíduos com menor escolaridade, principalmente as mulheres, embora as informações sobre a raça/cor somente passaram a ser registradas a partir de 2001 e 2004, sofrendo pouca variação no período analisado; já entre as mulheres, observa-se redução na proporção de casos na raça/cor branca, compensada pelo aumento na proporção de casos naparda, de 25%.

A mortalidade por AIDSfoi 2% maior em 2003do que a registrada em 2002, com 11.276 óbitos. A taxa de mortalidade permaneceu estável em 6,4 óbitos por 100 mil habitantes e em 8,8 por 100 mil homens, mas manteve a tendência crescente entre as mulheres e nas regiões Sul, Norte e nordeste.(BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO: AIDST, 2004)

34.Diagnóstico

A definição do caso de AIDS é uma listagem das doenças secundárias e principais que sozinhas ou combinadas, são as indicações mais prováveis de uma pessoa que contraiu o vírus. Os padrões das doenças relacionadas com aids não são universais algumas doenças são mais ou menos comuns em alguns grupos de diferentes regiões, a presença de diferentes organismos no meio ambiente, em distintas regiões, significa diferentes infecções oportunistas, de origens infecciosas.

Sabe-se que em 97% dos casos são causados por transmissão sexual; e 42% informam condutas homossexuais e 24% bissexuais. Por isso ao se fazer da prevenção da doença por HIV/AIDS, é necessário abordar o tema da homossexualidade para estabelecer o risco de adquirir a infecção com base no tipo de prática que a pessoa tenha. O curso da doença caracteriza-se por quatro fases: aparecem primeiro manifestações clínicas e sintomas de um quadro gripal, acompanhado de inflamação de glânglios no pescoço, nuca, etc., seguido de uma fase latência que vai de meses a anos; o período de latência (sem sintomas) dura no adulto de dois a cinco anos. A 3ª fase (estágio 2) caracteriza-se por um processo resultante da destruição permanente das células T auxiliares, e da proliferação de glânglios linfócitos; podem ser localizado (ao menos duas regiões corpóreas extra-genitais afetadas, principalmente a área do pescoço e da nuca).

Em aproximadamente 50% ou mais das pessoas infectadas com HIV desenvolve-se na 4ª fase do quadro clínico completo da Aids. Caracterizada por uma sintomatologia muito variada de origem desconhecida, debilidade, sudorese noturna, perda de peso e diarréias, sintomas neurológicos (encefalopatia da Aids) e infecções recidivantes da pele e mucosas, complicações adicionais como tumorações (Sarcoma de Kaposi), linfomas, pneumonias, etc. A principal possibilidade terapêutica é tratamento das doenças secundárias. (XAVIERCRESPO,1993)

Baseia-se na observação de que a maioria das pessoas infectadas desenvolvera anteriomente por anti-HIV até 6-12 semanas a exposição ao vírus. Antes da realização do teste anti-HIV, é mandatório fornecer informações, incluindo aspectos clínicos relacionados a infecção, transmissão, práticas de menor e maior risco, prevenção, significado do resultado do teste (positivo, negativo, falso-negativo, falso-positivo e indeterminado) "janela imunológica" (período inicial após a infecção quando os testes sorológicos para a detecção de anticorpos ainda negativos), possíveis mudanças diante de um resultado positivo em relação aos parceiros, família, trabalho,etc.

Além do aconselhamento prévio, é essencial o consentimento do indivíduo ou seu responsável legal. Também é fundamental o aconselhamento pós-teste, inclusive nos casos com resultado negativo, já que isto não implica imunidade á infecção, sendo ainda mais importantes as recomendações sobre prevenção. Por outro lado, o resultado positivo, mesmo em assintomático , significa que o paciente está infectado e é um transmissor em potencial, devendo ser orientado sobre as formas de redução do risco de transmissão e sobre a importância de comunicar aos parceiros sexuais.

Também é necessário saber que as pessoas da família estão autorizadas a conhecer o diagnóstico, já que de acordo com o Código de Ética Médica, o profissional deve guardar sigilo absoluto, só revelando o diagnóstico com a autorização do paciente, com exceção dos parceiros sexuais, que devem ser informados pelo médico caso o paciente não o faça. Cabe, ainda ao profissional providenciar referencias de locais para acompanhamento clínico e psicológico, além de orientar quanto á assistência social e jurídica.(MARCIA RACHID.et ali,2001)

LISTA DE CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS DE AIDS

CATEGORIA A: Infecção assintomática pelo HIV

Adenopatia generalizada

Sídrome retroviral aguda

CATEGORIA B: Angiomatose bacilar

Candidíase oral ou vaginal

Herpes zoster

Doença inflamatória pélvica

Listerose

Neucoplasia periférica

Leucoplasia pilosa oral

Sintomas constitucionais

CATEGORIA C: Câncer cervical invasivo

Criptococose (extrapulmonar)

Herpes simples

Caquexia associada ao HIV

Sarcoma de kaposi

Linfoma cerebral

Pneumonia

Taxoplasmose

Septicemia

Candidíase esofágica

Criptosporidiase com diarréia

Demência associada ao HIV

4.HISTÓRICO DA CASA DA MÃE JOANA

A Casa da Mãe Joana é uma organização não governamental (ONG), que depende exclusivamente, da boa vontade dos colaboradores e doadores. Tudo se iniciou no ano de 1988, mas só foi registrada no de 1990 no dia 08 de fevereiro na casa de dona Joana, que residia no bairro Dom Aquino, com um paciente que além de apresentar problemas neurológicos era portador do vírus HIV/ aids.

A Casa não possui nenhum histórico arquivado, todos esses dados foram passado pelo coordenador responsável pela instituição e pelas enfermeiras que trabalham na casa., porque dona Joana não fica mais responsável pela Casa, começando então começando o trabalho da nova equipe , donaa Joana ficou sensibilizada com a história dessa pessoa e resolveu entãoabriga-lá em sua residência, com ato de solidariedade, as pessoas passaram a conhece-lá, aumentando ai à procura por portadores de HIV, mãeJoana.

Então sua residência se tornou pequena diante da procura dos pacientes, havendo a necessidade de um espaço maior; até que, através de doações ela conseguiu construir um local maior para que desse mais conforto para esses pacientes; a casa está localizada no CPA e está aberta há visitantes que queiram contribuir para um melhor desempenho dos pacientes.

A casa possui uma equipe de funcionários voluntários, que determinaramnormas para que o estabelecimento seja sempre respeitado.

O coordenador Paulo Rogério se responsabiliza pelas palestras em algumas instituições e visitas aos comércios e órgãos públicos para que as pessoasse sensibilizem com a necessidade da casa, as doações podem ser feitas de várias maneiras como alimentos, dinheiro, roupas, remédios, etc. tudo é bem vindo por todos.

Algumas pessoas deixam de fazer doações pessoalmente pelo fato do preconceito, e os pacientes com soro positivo se sentem cada vez mais rejeitados diante de nossa sociedade.

O horário de funcionamento é das 07:00hs da manhã até às 21:00hs, não podendo entrar mais nenhum paciente que esteja na rua, enquanto que os mesmos só podem sair quando tem consulta marcada com seus devidos médicos, e mesmo com todo cuidado da equipe que trabalha no estabelecimento, muitos acabamretornando bêbados e drogados. Onúmero de pacientes da casa é muito relativo, até porque a casa não suporta um número maior que 45 pessoas, e antes de mais nada é necessário passar pelaSecretaria de Saúde Pública de Cuiabá, onde são realizadosos testes de HIV gratuitamente; para que as assistentes sociais encaminhe-os para o abrigo, se houver disponibilidade de vagas tanto para pacientes que vivem em Cuiabá quanto para os que moram nos municípios vizinhos á Cuiabá.

Dando entrada na casa é feita uma ficha de consultacom toda história clínica do paciente, que é armazenada junto com o prontuário do mesmo, na casa possui um arquivo incompleto, portanto extima-se que tenha passado pela casa, mais de 2.500 pessoas com um número elevado de óbitos.

A distribuição dos medicamentos fornecidos gratuitamente pelo governo é feita nas Secretarias de Saúde de cada município, e onde não realiza esse acompanhamento, os pacientes são encaminhados á Secretaria de Saúde Estadual. Já na posse dos medicamentos, começam a surgir os vários efeitos colaterais, havendo assim à necessidade do acompanhamento médico; porque as reações variam muito de um paciente para o outro. Essas reações adversas tornaram-se o principal motivo, para alguns pacientes deixarem de tomar os remédios, piorando ainda mais o quadro clínico dos mesmos, a falta do uso dos medicamentos faz com que aumente o aparecimento das doenças oportunistas, levando assim o paciente cada vez mais rápido ao óbito, já que nenhum portador de HIV/aids é obrigado a tomar os remédios.

5. MATERIAlE MÉTODOS

Nesta pesquisa foram utilizados como fonte de dados o Boletim Epidemiológico que apresenta Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e os dados subnotificados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá, onde estão registrados todos os casos confirmados de AIDS pelos laboratórios públicos do município, e o CERMAC, centro especializado que realiza teste de AIDS gratuitamente, localizado na secretaria Estadual.

A coleta de dados foi feita até o dia 30 de julho de 2005, neste método considera-se que o valor total de númerose desconhecido, porque existem casos que não são notificados, nem registrados por não ter sido identificado pelos próprios portadores do vírus HIV-aids, quando os mesmos resolvem procurar ajuda com suspeita da doença, já estão bem avançados, tornando irreversível o tratamento pois pacientes com alta carga viral apresentam rápida progressão da doença, e pacientes com carga menores, a progressão e mais lenta; variando de pessoa pra pessoa o grau de virimias.

Visitação à Casa da Mãe Joana para se fazer um levantamento do local desde a sua fundação até os dias de hoje, como a casa mantida e realização de entrevista com os pacientes internados para melhor aproveitamento dessa pesquisa; questionário em anexo.

  1. RESULTADOS

De acordo com o Boletim Epidemiológico, AIDST (DST/AIDS),os casos que foram notificados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), segundo a região de residência por ano de diagnóstico entre 1980 à 2004 registrou na região Centro-Oeste 20.248 casos sendo 3.912 do estado de Mato Grosso.

Dados notificados até 30 de julho de 2004, enviados pelas secretarias estaduais de cada região procede-se de investigação epidemiológica e posterior inclusão no SINAN.Os dados que são obtidos pela secretaria estadual de Cuiabá, SAE, onde funciona o programa DST/aids e está localizado o CERMAC, centro que realiza exames para testagem de HIV/aids gratuito para todo o estado e quem fornece para o governo a taxa de incidência atual; a qual não condiz com a realidade do nosso município nem do estado.

A secretaria municipal de saúde de Cuiabá subnotificou casos segundo categoria exposição e sexo , casos de AIDS e a distribuição segundo faixa etária de residentes em Cuiabá no período de 1985 à 2005; o senso não está completo porque não encerrou o anode 2005, e a contagem será feita novamente ao término do ano para não ficar incompleta.

Os dados que foram obtidos pela secretaria municipal de saúde, baseando nos relatórios das internações hospitalares, cujo código de procedimentos realizado foi tratamento de aids , apresentou os casos registrados com um número de 1556 indivíduos contaminados segundo a categoria sexual, exposição e faixa etária.

Dos exames realizados no Cermac, programa Estadual de DST/aids, em Cuiabá, de 100% dos casos, 0,7% apresentam resultados positivos todos os meses do ano anexo; dividido entre homens e mulheres, e nota-se que vem crescendo gradativamente a contaminação de mulheres casadas e de parceiros fixos; a grande variação também foi encontrada por grau de instrução com resultados sempre desfavoráveis entre os indivíduos com baixa escolaridade.

Na Secretaria de Saúde do Município de Cuiabá estão cadastrados 638 pacientes que fazem uso dos medicamentos fornecidos pelo governo todos os meses. Alguns pacientes que estão em acompanhamento não necessitam da utilização dos remédios para manter o grau de virimia.

A multiplicidade de parcerias, e entre tanto, um fenômeno tipicamente registrado entre homens; quanto as praticas de sexo desprotegido, sem uso de preservativos.A freqüência por Bairro residente e ano de diagnostico, investigação casos de AIDS-adultos desde 1987 ate 2005, então notificadoscomo maior incidência nos bairros localizados na regional Leste:

Localização para os casos de AIDS em Cuiabá-MT no ano de 2005.

BAIRROS RESIDENTES

TOTAL

AREÃO

15

BARBADO

02

BOSQUE DA SAÚDE

11

BANDEIRANTES

20

BELA VISTA

08

CARUMBÉ

10

CANJICA

05

CAMPO VELHO

06

DOM AQUINO

49

ELDORADO

04

GRANDE TERCEIRO

10

JD. LEBLON

08

JD. DAS AMÉRICAS

03

JD. TROPICAL

08

JD. PAULISTA

03

JD. EUROPA

03

JD. CALIFÓRNIA

04

JD. PETRÓPOLIS

01

JD. IMPERIAL

08

SHANGRI-LÁ

02

LIXEIRA

17

PEDREGAL

11

POÇÃO

14

PRAEIRO

03

PRAEIRINHO

01

PARQUE UNIVERSITÁRIO

03

PLANALTO

17

PICO DO AMOR

01

RECANTO DOS PÁSSAROS

02

RESIDENCIAL ITAMARATI

01

RESIDENCIALSÃO CARLOS

01

RESIDENCIAL SANTA INÊS

01

RESIDENC. TERRA NOVA

02

SANTA CRUZ

02

SOL NASCENTE

03

SÃO JOÃO DOS LÁZAROS

02

SÃO MATEUS

05

BOA ESPERANÇA

06

JD. GUANABARA

02

ALTOS DA SERRA

01

JD. RENASCER

01

10 DE JULHO

01

TOTAL

277

Segundo a Secretaria de Saúde Municipal do Município de Cuiabá, a distribuição dos casos de AIDS em adulto por residência, revelou que os bairros situados na regional Leste, TABELA 4. apresentou o maior número de indivíduos contaminados, trata-se de uma região que abriga moradores de baixa renda, possui grande distribuição de drogas e vários pontos de prostituição.

Chama a atenção todavia, que todos os resultados de conhecimentos obtidos, mostra que a faixa etária com maiores percentuais são dos 20 aos 49 anos de idade, TABELA 2. com uma grande variação encontrada por grau de instrução, com resultados sempre desfavoráveis entre os indivíduos com baixo nível de escolaridade. Sendo necessário incentivar ainda mais as escolas no sentido de desenvolver estratégias dirigidas aos jovens, antes do início da sua atividade sexual.

Quanto a distribuição dos casos de AIDS em adulto a categoria exposição sexual, homo, hetero, bi, foram diagnosticados 1219 casos, sendo 47 sanguíneo, 284 ignorados entre outros, TABELA 1. A distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo situação atual e sexo entre vivo, morto e ignorado, está variando entre1556 é o que mostra a TABELA 3.

  1. DISCUSSÃO

As estratégias de incentivo à testagem de HIV na população, com disponibilidade gratuita de testes da rede pública de saúde, têm mostrado resultados positivos, alcançando cobertura de 28% na população brasileira. O percentual é ainda bem maior entre as mulheres na faixa de idade de 25 à 39 anos, por realizarem o teste no acompanhamento da gestação, no atendimento pré-natal. No entanto, diferenças importantes são encontradas por nível sócio-econômico, para ambos os sexos. Entre as mulheres da classe A, 39% realizaram teste de HIV, enquanto entre as de classe D/E, apenas 25%.

Mais uma vez demostrando as desigualdades socio-econômicas de acesso à informação a recurso de saúde do Brasil, diferenças importantes foram encontradas por classe sociais econômicas para todos os indicadores relacionados ao uso de preservativo,sempre desfavoráveis aos indivíduos da classe mais pobre em comparação às demais. O uso regular de preservativo com parceiro eventual variou de 58%, na classe mais rica, à 48%, na menos abastada.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a distribuição dos casos de pessoas adultas com aids á se deu com maior incidência nos Bairros situados naRegional Leste, que apresentou um numero bastante significante num total de 277 casos ate o mês de julho de 2005, essa contageme feita todo semestre pela Secretaria Municipal, logo em seguida vem a Regional Norte com 15,6% dos casos que foram diagnosticado no mesmo mês.

O município possui clínicas particulares onde se realiza também exames de teste de HIV e que não fornecem tais resultados para contagem do governo, por questões sigilosas, e para preservação da imagem dos pacientes que procuraram o atendimento particular, para realização de seus exames. Já o resultado do estado não está coerente com a realidade porque os municípios de Sinop e Rondonópolis possuem secretarias de saúde públicas independentes da secretaria estadual do município de Cuiabá.

Vale ressaltar que, além destes casos, é provável que outros não tenham sido notificados por falta de acompanhamento de pacientes que realizam tratamento de aids; e dos possíveis contaminados pelo vírus que não foram identificados pelo serviço local de saúde publica, portanto não foi notificado dentro desse período de subnotificação dos de AIDS.

Alguns estudos, envolvendo o monitoramento do comportamento sexual de risco têm sido reconhecidos como importantes instrumentos para o controle da disseminação do HIV, uma vez que o conhecimento dos fatores envolvidos na transmissão do vírus, bem como a melhor compreensão sobre a dinâmica de transmissão junto à estrutura da rede social é essencial para subsidiar as medidas preventivas e garantir a efetividade das internações no nível de saúde coletiva.

Sabe-se que o contato sexual é a rota mais comum de transmissão do vírus HIV/aids, portanto as Secretarias de Saúde tem realizado campanhas de prevenção em grandes eventos e festas atrativas distribuindo preservativos e folhetos informativos para uma melhor divulgação e endereço onde podem ser realizados os testes de HIV gratuitamente. Já que a maior procura pelo exame é feita sempre, após o término das festas da cidade como ex: Carnaval, Expoagro, Micarecúia, Festival de Inverno entre outras.

  1. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos nesta pesquisa , revelaram uma grande taxa de incidência do vírus HIV/aids no nosso município, dados fornecidos somente dos casos notificados, portanto a Secretaria de Saúde do Estado extima-se que aproximadamente mais de 12.000 pessoas estejam contaminadas pelo vírus da AIDS, e ainda não foi descoberto pelo próprio portador, que nemsuspeita que o adquiriu, continuando assim a proliferação.

Para que aumente a freqüência do usoregular de preservativo entre os jovens, evidenciando-se, assim a necessidade de campanhas dirigidas, especificamente ao subgrupo populacional, para reforçar a percepção de vulnerabilidade e incentivar o sexo seguro.

A epidemia do HIV/aids tem destacado a contribuição desproporcional dos grupos vulneráveis na dinâmica da disseminação na população, para epidemias como a nossa, com uma baixa reprodução potencial, intervenções em grupos de alto risco podem reduzir significativamente a incidência e prevalência do HIV. Por meio das informações desta pesquisa, foipossível verificar a resposta positiva ás intervenções dirigidas ao homo-bissexuais masculinos. Comparadas aos homens heterossexuais, que mostram proporções mais elevadas de uso de preservativos, para qualquer um dos indicadores relativos a sexo desprotegido.

Esta alta subnotificação encontrada neste município brasileiro impede o conhecimento da magnitude da epidemia e, conseqüentemente, comprometendo o planejamento das ações assistenciais e preventivas necessários aos resultados desta pesquisa.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERER, Marge. RAY, Sunanda. Mulheres e HIV/Aids. São Paulo-SP: Brasiliense,1997.

CRESPO, Xavier.Atlas de Anatomia e saúde/ Nuria Curell e Jordi Curell ...[et ali] Curitiba-PR.(BNL) Bolsa Nacional do Livro, 1993.111 pg.

FRIEDLAND, G. M.; Klein, R. S.Transmission of the humam imununodeficiency virus. N Engl. J. Méd., v.317, n.18: 125-35, 1987

GIR, Elucir.Práticas sexuais e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana/ Elucir Gir, Tokico Murakawa Norijo, Marco Antonio. Goiânia: AB,1994.1992 PII22cm.

HOLLANDER, H. e Osmond, D. Transmissio of HIVin body fluids. In: COHEN, P. T: SANDE, M. A.; VOLBER DIN, P.A.(ed). The AIDS Knowledge Base.Walthamam, Edwards Brottheres, 1990, cap. 121, p 1.2.1- 1a3.

MUNHOZ, Ana Lúcia . Perguntas e Respostas HIV/Aids. São Paulo-SP, Atheneu: 1996.351 pg

NEGRA, Marinella D. Crianças com Aids. São Paulo, Atheneu:1997

RACHID, Márcia: SCHECHTER, Mauro. Manual de HIV/AIDS. Rio de Janeiro. Revinter:2001. 189 pg.

SECRETARIA DE SAÚDE:Boletim Epidemiológico.Disponível em htp// www.aids.gov.br

TORTORA, Gerald J. Microbiologia/ Gerald, J. TORTORA; Berdell R. Junke e Chaistine L. Case; Agnes Kiesling Casali...[et ali] 6ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2000. 519-526 pg.

VERONESI, Ricardo. Tratado de infectologia. São Paulo. Athene, 1996. 102-128 pg.

Ministério da Saúde, Controlde de infecções e a prática em tempos de AIDS. Brasília.2000.118 pg.

APÊNDICE

QUADRO 1- Indica distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo exposição categoriae sexo de residentes de Cuiabá (JAN/ JUN).

Categoria Exposição

SEXO

TOTAL

MASCULINO

FEMININO

Nº%

Nº%

Nº%

SEXUAL

Homo

Hetero

Bi

862100,00

16419,0

56665,6

13215

352100,00

102,8

34297,2

00

1219100,00

17614,4

91174,7

13210,8

SANGUINEO

Drog. Injetável

Hemofílico

Transfusão

27100,00

192,1

060,6

020,2

23100,00

2295,6

000,0

014,3

47100,00

4187,2

0612,7

036,3

Acid.Mat.Biológico

01

000,0

010,0

TransmissãoVertical

01

010,2

020,1

Ignorado

170

010,2

020,1

TOTAL

1061

490

1556

FONTE: SINAN- CABS-SMS

FAIXA ETÁRIA

SEXO

TOTAL

MASCULINO

FEMININO

Nº%

Nº%

Nº%

0-4anos

05-12 anos

13-19 anos

20-29 anos

30-39 anos

40-49 anos

50-59 anos

60-69 anos

70 e mais

161,5

020,1

403,7

34632,6

38836,5

20219,0

615,7

171,6

070,6

122,4

010,2

20 4,0

18537,6

16834,1

8417,0

306,0

051,0

--

281,7

030,1

603,8

53534,3

55735,7

28618,3

915,8

221,4

070,4

TOTAL

1061100,00

492100,00

1558100,00

QUADRO 2- Indica distribuição de AIDS segundofaixa etária e sexo de residentes em Cuiabá.

QUADRO 3- Indica distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo situação e sexo de2005 em Cuiabá-MT.

SITUAÇÃO ATUAL

SEXO

TOTAL

MASULINOFEMININO

TOTAL%

VIVO

MORTO

IGNORADO

611351

428130

2211

96261,9

55835,9

332,2

TOTAL

1061492

1556100,00

QUADRO 4- Indica distribuição dos casos de AIDS em adulto segundo regional de residência.

REGIONAL

Nº%

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

RURAL

24415,6

21713,9

28318,2

21313,6

070,4

CUIABÁ

1556100,00

FONTE: SINAN-CABS-SMS

QUESTIONÀRIO PARA ENTREVISTA, COM PACIENTES DA CASA DA MÃE JOANA.

IDADE:

SEXO:

1)COM QUANTOS ANOS VOCÊ DESCOBRIU QUE FOI CONTAMINADO PELO VÍRUS HIV?

2)VOCÊ IMAGINA QUEM POSSA TER TE TRANSMITINDO O VÍRUS?

3)VOCÊ TEM IDÉIA DE QUANTAS PESSOAS VOCÊ CONTAMINOU?

4)FAZ USO FREQUÊNTE DE PRESERVATIVOS?

5)VOCÊ COSTUMA DIZER PARA SEUS(AS) PARCEIROS(AS) QUE VOCÊ É PORTADOR DO VÍRUS HIV?

6)JÁ HOUVE CASO DE SEU PARCEIRO(A) NEM SABER QUE VOCÊ É PORTADOR DO VÍRUS HIV?

7)A SUA FAMÍLIA SABE QUE VOCÊ É PORTADOR DO VÍRUS HIV?

8)QUAL FOI A SUA REAÇÃO AO SABER O RESULTADO POSITIVO DO EXAME, TEVE ALGUM ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO?

9)VOCÊ ADQUIRIU VÍCIOS DEPOIS DE TER DESCOBERTO O VÍRUS, OU JÁ POSSUIA ALGUM?

10)VOCÊ JÁ SOFREU PRECONCEITOS?

11)QUE TIPO DE REAÇÃO VOCÊ TEM COM MAIS FREQUÊNCIA AO TOMAR OS MEDICAMENTOS?

12)DEPOIS QUE VOCÊ DESCOBRIU QUE É PORRTADOR, TORNOU-SE UMA PESSOA DEPRIMIDA, TEM ALGUMA PERSPECTIVA?

13)VOCÊ APEGOU-SE HÁ ALGUMA RELIGIÃO?

14)O QUE GOSTARIA QUE MELHORA-SE AQUI NA CASA DA MÃE JOANA?

RECREAÇÃO()ESPAÇO FÍSICO() TERAPIAS ALTERNATIVAS()


RESULTADO DA ENTREVISTA REALIZADA NA CASA DA MÃE JOANA

PERGUNTASRESPOSTAS

60% HOMENSMAIOR INCIDÊNCIA DOS 20 A0S 49 ANOS

80% NÃO SABE

70% CONTINUA PROLIFERANDO

40% SIM

80% NÃO

80% SIM

60% SIM

90% DEPRESSÃO

70% SIM

10º

80% SIM

11º

70% VÔMITOS TONTURA

12º

60% SIM

13º

70% SIM

14º

80% TERAPIAS ALTERNATIVAS

UNIC

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

Reitor

Drº ALTAMIRO BELO GALINDO

Pró- Reitor Acadêmico

Profº RUI PAUVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Coordenadora

Profª MIRAMY MACEDO

MELO, Tatiane Fernades

Incidência do vírus HIV/AIDSno município de Cuiabá- MT:- UNIC-

Departamento de Ciências Biológicas, 2005-10-26

Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências biológicas orientado pelo Profº MSc RANDAL LOPES,com defesa em Banca Examinadora ocorrida emOutubro de 2005.

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