Incentivo à leitura
Por Regina Cardoso Monteiro | 20/06/2011 | LiteraturaA IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA CIDADE MANAUS
Regina Cardoso Monteiro1
Maria de Nazaré Barroso da Silva2
RESUMO
O presente artigo de "Incentivo à leitura" tem a finalidade de levar aos educadores a proposta de fazer com que os educando sintam um amor pela leitura, para isso, foi feita uma pesquisa profunda em vários textos de autores competentes para que se tenha uma visão mais ampla de adquirir novos métodos e técnicas para incentivar os futuros leitores.
Palavras-Chave: Leitura; Educadores; Recursos.
ABSTRACT
This article "Encouraging reading" is intended to bring educators to the proposal to make the student feel a love of reading, for it was made a thorough search in several texts by authors competent in order to have a vision broader acquire new methods and techniques to encourage future readers.
Keywords: Reading; Educators; Resources.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como finalidade a questão de que a leitura é a única ferramenta para o desenvolvimento da escrita e produção de textos, e pode-se afirmar que preparar os estudantes para uma experiência de leitura futura é um passo importante para levá-los alcançar um nível mais profundo de entendimento e de apreciação de uma nova história. Este artigo científico tem como objetivo geral reconhecer que o incentivo à leitura é um meio de facilitar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental II, portanto é importante que se Identifique métodos e técnicas que poderão ser aplicadas para a fixação da leitura, empregar a leitura como um instrumento de aprendizado e crítica e também de relaxamento e diversão para que os alunos possam sentir O gosto pela leitura, é preciso despertar a percepção e a concentração através das ferramentas que a leitura oferece.
INCENTIVANDO O HÁBITO DA LEITURA
Um amor vitalício pelo hábito de ler é um resultado altamente desejado do ensino da leitura. A evidência mostra que o hábito da leitura não está sendo adquirido praticado por grandes segmentos da população; outras evidências de avaliações nacionais e de pesquisadores (Telfer e Kann, 1974) validam a alegação de que a leitura voluntária e o prazer de ler diminuem com a idade entre os estudantes.
Harris e Sipay (1990) acreditam que é irreal espera que possamos transformar todos os estudantes (ou mesmo uma vasta maioria deles) em leitores ávidos. Embora concordemos a princípios com Harris e Sipay, acreditamos que uma grande parte do problema está em com os estudantes foram direcionados para a leitura. Certas condições podem favorecer que a atenção, os interesses e os pensamentos dos estudantes voltem-se para a leitura.
Lajolo (1994, p.65) diz:
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se aprende em bancos da escola, outras leituras geralmente se aprendem por aí, na chamada escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca, independente da aprendizagem formal na interação cotidiana com o mundo das coisas e dos outros.
PROBLEMAS E MÉTODOS ANTERIORES
Durante muitos anos, pais e professores envolveram-se em muitos métodos para encorajar a leitura. Por exemplo, são concedidas fichas para cada livro lido, e os alunos podem trocar suas fichas por brinquedos ou artigos. Um outro professor implementa um sistema de recompensa de pizza: os alunos que alcançam os objetivos de leitura a cada mês por vários meses são recompensados com certificado para pizzas grátis. Esses e outros planos para motivar os alunos a ler, levaram Berglund (1991) a perguntar se estamos tomando o "caminho mais prudente" (p.4) para ajudar os estudantes a tornarem-se leitores por toda a vida.
Os sistemas de incentivo, como estes, em geral ignoram as diferenças entre os alunos quanto ao desempenho, à capacidade e ao interesse.
Esses sistemas também se apoiam na motivação extrínseca: frequentemente é o professor quem inicia a leitura, mantêm-na e, algumas vezes, recompensa os alunos; outros podem optar por não participar, pois o objetivo é percebido como inatingível. A quantidade de livros ou os minutos de leitura comumente se tornam o critério para o sucesso da tarefa.
UMA PERSPECTIVA SOBRE UMA MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA
Nas escolas, três estratégias de motivação extrínseca comuns para atividades são: recompensa, competição e ênfase no valor instrumental da tarefa (Good e Brophy, 1987). As recompensas são efetivas para estimular o nível de esforços do que a qualidade do desempenho e são melhor utilizadas com tarefas desagradáveis do que com tarefas atrativas e interessantes (p.319).
A competição, uma outra estratégia de motivação comum, é tão difundida nas escolas (por exemplo, sistemas de nota, esforços para levantamento de verbas, esportes, músicas) que questionamos se é apropriado e desejado introduzir deliberadamente elementos competitivos adicionais nos programas de leitura. Ao criarmos uma estrutura para incentivar a leitura, queremos que todos os participantes sejam vencedores. A competição cria perdedores, bem como cria vencedores. As possíveis perdas na autoconfiança e no autoconceito de um estudante como um leitor e como membro da comunidade da sala de aula levantam sérias questões sobre a competição como uma estratégia de motivação em longo prazo.
A terceira forma comum de motivação extrínseca é chamar a atenção para uma habilidade como à da leitura, a qual pode ajudar os estudantes a satisfazerem necessidades atuais e ajudá-los em futuras ocupações ou em toda a sua vida. O uso de exemplos concretos, "verossímeis e memoráveis", que apliquem a leitura às situações da vida real e o uso de modelos que demonstrem as aplicações da vida real, são muito úteis (Good e Brophy, 1987, p.320).
PRINCÍPIOS PARA INCENTIVAR E ENCORAJAR A LEITURA
Qualquer estrutura para motivar leitores deve envolver pelos menos quatro pré-requisitos fundamentais (Good e Brophy, 1987). Inicialmente, o ambiente da sala de aula deve ser apoiador: "O professor deve ser uma pessoa paciente, encorajadora, que apoie os esforços de aprendizado dos alunos. Os alunos, por sua vez, devem-se sentir seguros para assumir riscos intelectuais, porque eles sabem que não ficarão embaraçados ou serão criticados caso cometam um erro" (p.310). Em segundo lugar, as atividades os livros devem estar em um nível apropriado de dificuldade para os alunos. De acordo com Adans (1990), "Há evidências de que o desempenho da leitura é aprimorado pela utilização de materiais que um aluno possa ler com uma baixa porcentagem de erros (de 2 a 5%) e de que os alunos que lêem materiais com mais de 5% de erros tendem a se afastar da tarefa durante a instrução" (p.113). Em terceiro lugar os objetivos do aprendizado significativo devem orientar a seleção de atividades. O objetivo básico do professor é incentivar a leitura deve esforçar-se para tornar a leitura uma atividade útil, valiosa e desejável.
Recentemente, Marzano (1992) revisou mais de 30 anos de pesquisa sobre o processo de aprendizado e desenvolveu um modelo instrutivo. A primeira e talvez mais básica dimensão desse modelo inclui a atitude positivas e as percepções sobre a aprendizagem. O clima da ala de aula é composto por favores externos aos alunos (por exemplo, a qualidade e quantidade de materiais de leitura e o arranjo físico da sala de aula), bem como das atitudes e das percepções dos alunos. Marzano observa que a atitudes e as percepções do estudante afetam o seu clima mental para a aprendizagem; Além disso, um senso de conforto e de ordem são aspectos cruciais nesse ambiente.
UMA ESTRUTURA PARA INCENTIVAR E MOTIVAR A LEITURA
Cambourne (1991) apresentou diversas condições de aprendizado e aplico-as ao aprendizado da fala. Ele também desafiou os educadores a aplicarem essas condições a outros tipos de aprendizado.
O modelo apresentado na figura a seguir foi desenvolvido por Cambourne. Entre as condições de aprendizado, duas são vistas como vitais se quisermos envolver alunos na leitura: Imersão e demonstração. As outras condições ? expectativas, responsabilidades, uso, aproximações e resposta ? se presentes, intensificam o envolvimento dos alunos no aprendizado. Os benefícios propostos incluem um aprendizado muito mais aproveitável e alunos muito mais habilitados devidos a motivação intrínseca. O resultado final serão estudantes que tem atitude tão positivas em relação à leitura e a ele próprio como leitores que continuarão a ler muito depois de terminada a educação formal. "O ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico e estabelecendo uma relação igualmente histórica entre o leitor e o que é lido". (Martins, 2005, p. 30).
Como os professores podem aplicar essas condições de aprendizado para ajudar a promover o hábito da leitura? Serão citados alguns exemplos e salientar estratégias que promovem as condições importantes que estimularão os estudantes a lerem pelo fato de valorizarem a leitura. As condições de Cambourne fornecem, portanto, a estrutura de orientação para planejar, organizar e apr5esentar estratégia. As formas adicionais de transferir essas condições certamente existem, e incentivamos os leitores a usarem suas experiências para aperfeiçoar e para expandir as idéia que apresentamos.
Imersão
Envolvimento
Demonstração
Expectativas
Responsabilidade
Uso A probabilidade de
envolvimento aumenta
Aproximação se estas condições tam-
bém estiverem presentes
Resposta de forma ideal.
Imersão
Uma sala de aula centrada na alfabetização fornece a base para envolver o estudante na leitura, com ampla variedade de materiais impressos, os alunos terão a oportunidade de interagir com esse material, lendo-o em silêncio e serão "mergulhados" no meio em que e esperam que aprendam (Cambourne, 1991, p. 17).
Demonstração
Os professores precisam encorajar os pais a lerem diariamente para seus filhos, de todas as idades, e aplaudirem aqueles que o fazem. Se iniciada em uma idade precoce, a leitura e a discussão de livros no cotidiano da família promovem atitudes positivas em relação à leitura e melhora o desempenho escolar. Muitos pais estão conscientes de que ler para seus filhos, ter vários materiais impressos em casa e ler eles próprios é importante para as futura atitudes de leitura e de sucesso escolar de seus filhos. As demonstrações na sala de aula podem assumir muitas formas. O professor pode levar vários gêneros, salientando as diferenças e os propósitos dos tipos de escritas. Estudos em que mais de uma obra de um mesmo autor é lida em voz e discutida podem encorajar os estudantes a lerem outras obras daquele autor: as discussões de livros são uma forma de demonstração de gosto pela leitura que desperta o interesse. Um leitor fala sobre a primeira parte de uma obra de ficção que é particularmente interessante. Em seguida, uma parte é lida em voz alta para provocar reflexão, mais o leitor para em um ponto fundamental; os alunos que desejam descobrir mais devem, então, ler o livro. Souza (1992, p. 22) define que:
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade.
Expectativas
As expectativas dos professores em relação ao desempenho do aluno também influenciam os sistemas de crença dos estudantes os professores que mantém suas expectativas altas e comunicam por palavras e atos que os alunos podem ler estão transmitindo aos alunos que eles são capazes de ler e que isso não é negociável.
Os professores entendem que a leitura deve ser aprendida; entretanto, o caminho e a quantidade de tempo gasto podem ser muito diferentes para os indivíduos. Juntos, professores e alunos determinam objetivos que sejam razoáveis e alcançáveis. "Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes "leiam", num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler". (Paulo Freire, 1989, p. 12).
Responsabilidade
A responsabilidade também pode ser salientada durante programas de leitura silenciosa. Os estudantes leem materiais auto-selcionados em seus próprios ritmos. Tendo em vista que não existe um plano sistemático para discutir ou para monitorar o que é lido, que os estudantes lêem para alcançar seus próprios objetivos. Assumem a responsabilidade pela compreensão da matéria, e a competição entre eles é diminuída dando-se maior ênfase a cada indivíduo que realiza sua leitura para alcançar seus próprios objetivos.
Uso e Aproximação
A aproximação, como uma condição de aprendizado, representa a prática na qual os estudantes estão envolvidos ao tentarem alcançar seus objetivos. Assim como aceitamos aproximações na soletração, quando as crianças estão aprendendo a escrever, também aceitamos e esperamos pronúncias incorretas quando os estudantes estão a prendendo a ler. O uso, outra condição de Cambourne para aprendizagem, representa o tempo e o esforço requeridos para aprender tarefas complexas como a leitura. Tempo e oportunidade são necessários para que os estudantes usem ou empreguem habilidades e estratégias de leitura para obter cada vez mais controle sobre matérias impressos.
Resposta
Uma outra condição de aprendizado ? a resposta ? envolve professores e, pais e outros que compartilham informações com os estudantes à proporção que eles obtêm controle sobre o processo de leitura.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente projeto baseado na forma de pesquisa bibliográfica, tem como tema: o Inventivo à leitura, seu objetivo principal é mostrar como a leitura é fundamental para o desenvolvimento escolar dos alunos. A educação é algo complexo e por isso necessita de boas influências para que se solidifique, e o interesse do aluno é de suma importância para que se movam à prática da leitura ou se dedicam à escrita,Há uma relação entre leitor e texto, no qual através da leitura ele, produz sentidos, dialoga com o texto, com os intertextos e com o contexto, ativando o seu conhecimento interno.
RESULTADOS
Os resultados alcançados foram de suma importância para o bom crescimento intelectual na área educacional. O projeto apresentado na Escola Estadual Tiradentes no bairro de Petrópolis para os alunos do Ensino Fundamental II, onde foi apresentado um vídeo relacionado ao incentivo à leitura, que se tratava de uma criança, que foi motivada através da leitura, a escrever poemas de amor. Um pequeno texto sobre o "Poder da União", que nos mostra a importância de trabalhar em equipe. Pra finalizar, pedi aos alunos que lessem com bastante atenção e respondessem o questionário. Então, pude perceber que os alunos tem interesse por leitura que chame sua atenção, tipo leitura em quadrinho, tirinha ou produzir textos através de imagens.
Portanto conclui-se que o desenvolvimento da leitura no educando ajuda na formação de um futuro leitor competente e o leva à constante presença destes, no contexto escolar.
CONCLUSÃO
Pretendeu-se com esse artigo mostrar aos professores que a arte de motivar os alunos é na verdade, complexa e individual, portanto, deve haver sensibilidade por parte dos professores para que possa funcionar em determinada situação com determinado aluno.
REFERÊNCIAS
CRAMER, Eugene H; CASTLE, Marrieta. Incentivando o amor pela leitura. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23ª. ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura. In: Do mundo da leitura para leitura do mundo. 6. ed. São Paulo: Ática, 1994, p. 11-65.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. ? São Paulo: Brasiliense, 2005.
SOUZA, Renata Junqueira de. Narrativas Infantis: a literatura e a televisão de que as crianças gostam. Bauru: USC, 1992.