IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO METALURGICO
Por RICARDO JOSE MATOS SOUZA | 28/12/2015 | Engenharia
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
RICARDO JOSÉ MATOS SOUZA
IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO METALURGICO
RECIFE
2015
RICARDO JOSÉ MATOS SOUZA
IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO METALURGICO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira, como requisito essencial para aprovação no Curso de Engenharia de Produção.
Orientador: Helder Henrique Lima Diniz
RECIFE
2015
RICARDO JOSÉ MATOS SOUZA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção no curso de Engenharia de Produção da Universidade Salgado de Oliveira
Aprovado em, 09 de Junho 2015
Banca Examinadora
_____________________________________________________________
Prof. Arnott Caiado - Mestre, UNIVERSO RECIFE - PE
Examinador Universo
_____________________________________________________________
Prof. Rômulo Rocha - Especialista, UFPE
Examinador UFPE
____________________________________________________________ Prof. Helder Diniz – Mestre em Engenharia de Produção, UNIVERSO - RECIFE
Professor Orientador
Dedico à minha família, por sua capacidade de acreditar em mim. Mãe e esposa, sеυ cuidado е dedicação fоі que deram, em alguns momentos, а esperança pаrа seguir. Pai, sυа presença significou segurança е certeza de sυа não estava sozinho nessa caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que eu pudesse realizar mais uma etapa de minha careira profissional. Em especial meus pais, irmãs e esposa pelo apoio, incentivo nas horas difíceis de desânimo, desistência е cansaço.
Aos professores e a todos: o meu muito obrigado e que Deus esteja sempre presente em nossos pensamentos e atitudes para que possamos propiciar um amanhã cada vez melhor.
“A tortura deu lugar às descobertas mecânicas mais engenhosas, cuja produção dá trabalho a uma imensidade de honestos artesãos”.
(Karl Marx).
RESUMO
Esse trabalho teve como objetivo aplicar a Metodologia para Análise e Solução de Problema (MASP) para diminuição dos riscos de acidentes de trabalho em uma empresa do ramo metalúrgico. Em seguida, foi utilizado um plano de ação proposto pela metodologia MASP, a partir da sua origem utilizando as ferramentas do ciclo PDCA, diagrama de Ishikawa, Matriz GUT, Gráfico de Pareto, ferramenta 5W1H e Brainstorming. A partir de todas essas ferramentas foi feita uma análise das causas e efeitos dos acidentes de trabalho e posteriormente foi feito a aplicação de ações que visavam a redução de custos, assim como acidentes de trabalho. Diante dos resultados da aplicação dessa metodologia, e suas ferramentas observou-se que os objetivos propostos foram alcançados, ou seja, foi possível verificar uma redução de custos quando comparado o ano de 2014 com 2015. Os custos de 2014 foram na ordem de R$ 13.255,34. Outro fator observado foi a diminuição dos números de acidentes em relação ao ano de 2014. Um ganho para a organização a partir desse estudo de caso, foi a implementação de um sistema de gerenciamento de riscos que anteriormente não existia na empresa X, com isso não apenas a empresa ganhou, mas também os trabalhadores que hoje trabalham em um ambiente mais seguro. A partir desse estudo foi possível concluir que tenacidade, assim como a sensibilidade a mudanças deverão ser sempre buscadas e desenvolvidas para que seja possível alcançar cada vez mais melhores resultados (melhoria contínua), onde quem possa sair ganhando com isso sejam todos, empresa, clientes e funcionários.
Palavras Chaves: Acidentes de Trabalho, MASP, Custos, Gerenciamento de Risco
ABSTRACT
This study aimed to apply the methodology for Analysis and Problem Solving (MASP) for the reduction of occupational accidents risks in a company in the metal industry. It was used following an action plan proposed by MASP methodology, from its origin using the tools of the PDCA cycle, Ishikawa diagram, Matrix GUT, Pareto chart, 5W1H and Brainstorming tool. From all these tools was an analysis of the causes and effects of occupational accidents and was later made the application of actions aimed at reducing costs as well as accidents. Before the application of this methodology results and their tools it was observed that the proposed objectives were achieved, that is, we observed a reduction in costs when comparing 2014 with 2015. 2014 costs were in the order of R $ 13255.34. Another observation was the reduction of risk of accidents compared to the year 2014. A gain for the organization from that case study was the implementation of a risk management system that previously did not exist in company X, it does not only the company won, but also workers who now work in a safer environment. From this study it was concluded that tenacity, as well as sensitivity to changes should always be sought and developed to make it possible to achieve increasingly better results (continuous improvement), where anyone can come out winning with it are all, now, customers and employees.
Key Words: Work Accidents, MASP, Costs, Risk Management
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: |
Evolução do estoque de trabalhadores metalúrgico no Brasil de 1995 a 2015 ...................................................................... |
21 |
Figura 2: |
Riscos Ocupacionais .............................................................. |
30 |
Figura 3: |
Atributos da Qualidade ........................................................... |
34 |
Figura 4: |
Principais etapas de planejamento do MASP ........................ |
37 |
Figura 5: |
Passos do Método de análise e soluções de Problemas ................................................................................................ |
41 |
Figura 6: |
Estrutura da empresa X ........................................................ |
42 |
Figura 7: |
Banzo .................................................................................... |
45 |
Figura 8: |
Diagonal ................................................................................ |
46 |
Figura 9: |
Parafuso ................................................................................ |
46 |
Figura 10: |
Porca ..................................................................................... |
47 |
Figura 11: |
Conjunto de ferramentas ....................................................... |
47 |
Figura 12: |
Módulo Montado .................................................................... |
48 |
Figura 13: |
Içamento individual ................................................................ |
48 |
Figura 14: |
Içamento em Módulos ............................................................ |
49 |
Figura 15: |
Telha Zipada .......................................................................... |
49 |
Figura 16: |
Telha Trapézio ....................................................................... |
50 |
Figura 17: |
Máquina Perfiladeira .............................................................. |
50 |
Figura 18: |
Processo de Zipagem ............................................................ |
51 |
Figura 19 |
: Modelo Análise Preliminar de Risco .................................... |
52 |
Figura 20: |
Relatório de Acidente com Lesão .......................................... |
53 |
Figura 21: |
Diagrama de Causa e Efeito do setor de montagem ................................................................................................ |
56 |
Figura 22: |
Diagrama de Causa e Efeito do setor de iça mento................. |
56 |
Figura 23: |
Diagrama de Causa e Efeito do setor de cobertura................ |
57 |
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: |
Gráfico de Pareto gerado a partir das informações coletadas................................................................................ |
55 |
Gráfico 2: |
Comparativo anual de número de acidentes de trabalho........ |
61 |
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: |
Dados gerados para construção do gráfico de pareto........... |
55 |
Quadro 2: |
Matriz GUT do setor de montagem....................................... |
57 |
Quadro 3: |
Matriz GUT do setor de içamento.......................................... |
58 |
Quadro 4: |
Matriz GUT do setor de cobertura......................................... |
58 |
Quadro 5: |
Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de Treinamento........................................................... |
59 |
Quadro 6: |
Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de Procedimento......................................................... |
59 |
Quadro 7: |
Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de Análise de Risco..................................................... |
60 |
LISTA DE SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AT - Acidentes de Trabalho
APR – Análise Preliminar de Risco
CEREST - Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
CGSAT - Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador,
CIPAS – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CNM – Confederação Nacional do Municípios
CUT - Centro Única dos Trabalhadores
EPIs – Equipamentos de Proteção Individual
GUT – Gravidade, Urgência e Tolerância
IBGE – Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística
MASP - Metodologia de Análise e Solução de Problemas
MS - Ministério da Saúde
NR - Norma Regulamentadora
OHSAS - Sistema de Gestão e certificação da segurança e saúde ocupacionais
PDCA - Planejar, Executar (Desenvolver, Fazer), Verificar (Checar) e Agir (Atuar).
PIB – Produto Interno Bruto
PNSST - Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho
QVT – Qualidade de Vida do Trabalhador
RENAST - Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador,
ST - Segurança do Trabalho
SUS - Sistema Único de Saúde,
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... |
13 |
1.1 Problemática................................................................................................... |
17 |
1.2 Objetivos......................................................................................................... |
17 |
1.2.1 Objetivos Gerais........................................................................................ |
17 |
1.2.2 Objetivos específicos................................................................................. |
17 |
1.3 Justificativa.................................................................................................... |
18 |
1.4 Estruturação do Trabalho.............................................................................. |
19 |
2 REVISÃO BIBLIOGÁFICA............................................................................. |
20 |
2.1 Setor Metalúrgico........................................................................................... |
20 |
2.2 Saúde e Segurança do Trabalhador.............................................................. |
22 |
2.3. Acidentes de Trabalho.................................................................................. |
26 |
2.4 Riscos Ocupacionais..................................................................................... |
28 |
2.5 Qualidades: Uma questão de sobrevivência para as organizações.............. |
32 |
2.6 MASP como metodologia de qualidade......................................................... |
35 |
3 METODOLOGIA............................................................................................... |
40 |
3.1 – População e Amostra................................................................................. |
40 |
3.2 – Tipo de Estudo e Instrumentos para a Coleta de Dados............................ |
40 |
3.3 – Estudo de caso |
43 |
4. ESTUDO DE CASO: IMPLEMENTAÇÃO DO MASP PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES........................................................................................................ |
44 |
4.1. Caracterização da Empresa ........................................................................ |
44 |
4.2 Identificação das Atividades.......................................................................... |
45 |
4.3 A aplicação do Masp..................................................................................... |
52 |
4.3.1 Identificação do problema.......................................................................... |
52 |
4.3.2 Observação................................................................................................ |
53 |
4.3.3 Análise........................................................................................................ |
54 |
4.3.4 Plano de Ação............................................................................................ |
59 |
4.3.5 Ação........................................................................................................... |
60 |
4.3.6 Verificação.................................................................................................. |
61 |
4.3.7 Padronização.............................................................................................. |
61 |
4.3.8 Conclusão................................................................................................... |
61 |
5 RESULTADO E DISCUSSÃO.......................................................................... |
63 |
6 CONCLUSÃO. ................................................................................................. |
66 |
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.................................................................... |
67 |
1 INTRODUÇÃO
Ao longo do tempo vem se observando que devido as mudanças tecnológicas que foram introduzidas no processo produtivo, assim como tantas outras mudanças, às organizações passaram cada vez mais a aumentar a produtividade no trabalho, e com isso seus lucros, devido ao aumento na demanda.
No entanto todo esse aumento apesar de trazer grandes ganhos, resultaram em impactos à saúde do trabalhador de forma bem acentuada, com manifestações tanto na esfera do seu físico assim como no seu psíquico. O aumento dos acidentes de trabalho passou a ser visto com mais frequência, o que por sua vez passou a provocar uma baixa de produtividade.
A partir dessa nova característica mostrada, as grandes organizações passaram então a um estado de alerta para esse novo panorama formado. Portanto a busca por melhor qualidade de vida do trabalhador passou a ser uma pauta importante nas gestões das empresas.
Na busca pela competitividade, pode-se destacar a gestão da qualidade como um fator decisivo na sobrevivência das organizações. Em sua forma original, a qualidade era voltada para a inspeção hoje, com isso as atividades relacionadas com a qualidade se ampliaram e são consideradas essenciais para o sucesso estratégico. No dia a dia dos trabalhadores de cada organização, setor, ou mesmo pessoa, são rotineiros os problemas (não conformidades) e falhas de todo tipo dependendo de sua magnitude e frequência. Em 1988 com a promulgação da Constituição Federal, o trabalhador conquistou um direito social, o qual dá ao mesmo garantias de proteção por meio de normas de saúde, higiene e segurança. A Portaria que designou esses poderes é a de número 3214/78, onde o Ministério do Trabalho editou as normas regulamentadoras de segurança e proteção do trabalhador (GARVIN, 2002TEIXEIRA, 2007).
Portanto a partir desse novo contexto a melhoria da qualidade de vida do trabalhador no seu local de trabalho passou a ser gerida por leis mais rígidas e as organizações passaram a olhar esse ponto não apenas com uma visão de pensar no trabalhador como ser humano, mas em pensar no trabalhador como produtivo para a organização, uma vez que condições adversas de trabalho e de vida dos trabalhadores, irão gerar impactos e repercussões negativas nas esferas políticas como nas econômicas e sociais.
Até pouco tempo um grande número de organizações não tinha programas que tivesse por objetivo questões voltadas a segurança e higiene no trabalho, uma vez que essas organizações acreditavam que isso geraria um custo adicional na receita da empresa. O problema acentua-se especialmente em nível das micro e pequenas empresas, onde na maioria das vezes não existe uma consciência direcionada a prevenção. No entanto com o passar do tempo foi observado que várias empresas passaram a aderir a essa prática e começaram a observar que os custos com absenteísmo, problemas de saúde, perdas na produtividade e qualidade, como também multas e interdições, já eram motivos mais que suficientes para um investimento relacionado com o meio ambiente, a segurança e higiene do trabalho (GOMES; RUPPENTHAL., 2002).
A partir desse despertar foi observado que a insuficiência do modelo da Saúde Ocupacional passou a favorecer o aparecimento da Saúde do Trabalhador, a qual é por definição como sendo um processo de saúde e doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho, cujo a meta é diminuir os índices de acidente de trabalho (MENDES; DIAS, 1991).
Na atualidade as organizações buscam cada vez mais ferramentas que auxiliam na gestão de qualidade, essas ferramentas tornam a gestão mais eficaz, com objetivo de resolver um problema, partindo da identificação do mesmo e chegando até sua solução completa, dentre elas encontra-se a MASP que são chamadas de ferramentas da qualidade, métodos estatísticos, técnicas de treinamento, de trabalho em grupos e de gerenciamento de projetos, etc (SANTOS et al., 2012).
Diante da importância que esse tema hoje representa para organizações e para a vida do trabalhar por si só essa pesquisa já justifica a sua escolha.
Portanto a saúde do trabalhador passou a ser considerado de fato um direito adquirido e por isso ela merece cada vez mais total atenção das organizações nesse sentido. No entanto o que se vem observando na prática é que esse tema vem sendo foco de constante preocupação, discussão e investigação de toda sociedade, uma vez que más condições de trabalho e de vida dos trabalhadores, acarretam em grandes impactos e repercussões tanto nas questões políticas como nas econômicas e sociais, tais repercussões podem até traduzir o grau de desenvolvimento de uma nação (BENKE; CARVALHO, 2006).
É importante ressaltar que a qualidade de vida no trabalho reflete diretamente na vida social e no relacionamento familiar do trabalhador, que pode ser duramente afetado. Uma outra questão nesse sentindo que é a qualidade dos produtos fabricados e, ou, dos serviços prestados também é afetada pelas más condições de trabalho, porque ela poderá provocar estresse, cansaço e à fadiga provocados por inadequado ambiente de trabalho (SILVA et al., 2002).
Até pouco tempo um grande número de organizações não tinha programas que tivesse por objetivo questões voltadas a segurança e higiene no trabalho, uma vez que essas organizações acreditavam que isso geraria um custo adicional na receita da empresa. O problema acentua-se especialmente em nível das micro e pequenas empresas, onde na maioria das vezes não existe uma consciência direcionada a prevenção.
Encontramos importantes conteúdos na literatura de alguns autores como Garvin (2002) e Teixeira (2007), que ressaltam a importância que hoje tem a procura por um ambiente de seguro e de qualidade é uma das maiores aliadas para garantia da saúde ocupacional. Gomes (2002) procurou em seus estudos mostrar que a segurança do trabalho é um forte aliado para garantir um ambiente de trabalho seguro. O despertar relatado por Mendes (1991) está relacionado ao apelo crescente que a biossegurança vem tomando no mundo do trabalho, afinal o fator humano é a mola propulsora responsável pelo bom andamento das organizações, portanto cuidar da saúde do trabalhador é hoje um dos pontos fundamentais das empresas. Santos (2012) ressalta que cada vez mais as organizações utilizam dessas ferramentas para buscar ganhos cada vez maiores. O estudo feito por Benke (2006) é um forte indicativo que as organizações vêm ao longo do tempo dando cada vez mais ênfase no cuidado com a saúde do trabalhador e mostrando que as más condições de trabalho afetam de forma considerada além da produtividade a qualidade de vida desses indivíduos. Silva (2002) indica que as condições de trabalho é um fator determinante para o bom desempenho dos funcionários tanto nos seus postos de trabalho como na sua vida como um todo. Gomes (2002) também relatou sobre a busca por ferramentas que favoreçam um ambiente menos insalubre e mais produtivo que passou a ser primordial para aquelas empresas que procuram além de excelência na produção, e dá uma melhor qualidade de vida a seus funcionários, daí muitas novas metodologias surgiram no mercado com a finalidade de suprimir essa necessidade, entre elas encontra-se o MASP que é uma metodologia que tem como principal objetivo analisar e criar soluções para os problemas encontrados nas organizações.
Diante da importância que esse tema hoje representa para organizações e para a vida do trabalhar por si só essa pesquisa já justifica a sua escolha.
1.1 Problemática
Na atualidade as organizações vivem grandes desafios no combate a redução de problemas operacionais que possam levar a queda nos processos de produção, e um dos motivos que mais leva a essa diminuição de produção é justamente acidentes de trabalho. Esses acidentes acabam por causar prejuízos as organizações, portanto o investimento em ferramentas que possa ajudar na saúde preventiva consequentemente vai auxiliar na diminuição de riscos de acidentes de trabalho que é muito importante nesse sentido.
Sabe-se que propor método para identificação e análise de problemas que visam o desenvolvimento/desempenho da empresa, podem ajudar a obter soluções para os principais pontos críticos e auxiliar na diminuição de acidentes de trabalho.
1.2 Objetos
1.2.1 Objeto Geral
O presente trabalho tem como objetivo geral aplicar a Metodologia para Análise e Solução de Problema (MASP) como uma ferramenta para diminuição dos riscos de acidentes de trabalho.
1.2.2 Objetivos Específicos
ü Redução dos custos gerados pela ocorrência de Acidentes do Trabalho;
ü Buscar melhoria nos indicadores relacionados ao Acidente do Trabalho;
ü Diminuição dos números de Acidentes do Trabalho em 50%;
ü Implementação de sistemática de gerenciamento de risco.
1.3 Justificativa
De acordo com Pastore (2001) na atualidade se faz mais do que necessário a aplicação ferramentais para correção de problemas tanto para aumento de produtividade como para proteção da saúde do trabalhador. Uma vez que os custos dos acidentes e das doenças do trabalho, trazem grandes perdas as organizações, portanto essas ferramentas como instrumentos de prevenção é um forte aliado para diminuir os acidentes e com isso aumento da produtividade.
Estudos comprovam que as metodologias como a MASP são de extrema importância nesse sentindo, uma vez que elas mostram caminhos ordenados, com etapas que são pré-definidas que visam identificar o problema, assim como buscar características que prejudicam a solução do mesmo, e passam a testar as hipóteses para tentar encontrar qual é a causa fundamental, executando os passos através de um plano de ação efetivo com o objetivo de conseguir o melhor resultado através da qualidade, produtos, processos ou serviços buscando sempre a melhoria contínua.
Portanto essas ferramentas passam a ser fundamentais para aquelas empresas que prezam pela qualidade de serviços ofertados assim como pela qualidade de vida do trabalhador no seu ambiente laboral. A aplicação dessas ferramentas tende a elevar a garantia da confiabilidade e da disponibilidade dos itens físicos, com o consequente aumento da produtividade, assim como na segurança operacional e ambiental e na redução dos custos operacionais da empresa, além de também assegurar que novos ativos sejam colocados em serviço efetivo com rapidez, confiança e precisão (RIBEIRO-NETO, 2013).
A aplicação dessa metodologia possibilitou a organização a execução de ações simples que podem ser extremamente úteis para a redução tanto de custos como de acidentes de trabalho.
Diante da importância que hoje essas ferramentas representam para as organizações em muitas etapas do processo de produção esse trabalho justifica-se pelo tema ser tão atual e tão importante para a redução de acidentes como aumento da produção, o que poderá a levar consequentemente a uma melhoria na qualidade dos serviços ofertados. Portanto a utilização dessas ferramentas passou a ser vista como de grande importância para a sobrevivência corporativa uma vez que os desafios da gestão da contemporânea é hoje um forte aliado nas grandes organizações.
1.4 Estrutura do Trabalho
Essa pesquisa está dividida em capítulos, onde a primeira consiste na introdução onde encontra-se uma explanação de maneira sucinta sobre o tema escolhido, mostrando sua problemática e a importância de se fazer esse estudo além dos objetivos proposto para esse estudo. Na etapa seguinte tem-se o capítulo II onde encontra-se todo o referencial teórico necessária para dá embasamento a discussão desse estudo. No capítulo III encontra-se a metodologia utilizada para alcançar os objetivos traçados. No capítulo IV é traçado os resultados assim como toda a discussão realizada, e no capítulo V encontra-se as conclusões tiradas da pesquisa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Setor Metalúrgico
De acordo CNMCUT (2010), com as indústrias apresentam papel extremamente expressivo na economia de uma nação, assim como no crescimento das cidades nas quais elas forem instaladas, uma vez que as mesmas passam a contribuírem de maneira significativa para o aumento do índice de emprego, assim como de renda, com isso acabam estimulando o comércio e o desenvolvimento econômico de uma maneira geral.
O que se observada na atualidade é uma expansão cada vez maior da indústria metalúrgica no Brasil. Onde setor apresenta uma grande importância no cenário econômico brasileiro, com vasta cadeia produtiva dos segmentos ligados à metalurgia, usinagem e produção de manufaturados metálicos, onde é base de outras atividades que são bastante relevantes para o país, como por exemplo a indústria automobilística, construção civil e bens de capital. O PIB do setor em 2011, avançou 1,6%, com relação a 2010, esse aumento foi devido ao desempenho das indústrias da construção civil assim como automobilística. Fazendo um comparativo do período de 1970/2011, a indústria vem apresentando um constante crescimento, passando o PIB setorial de US$ 17,2 bilhões, em 1970, para US$ 58,7 bilhões, em 2011. Onde o faturamento de 2011, foi de aproximadamente US$ 85 bilhões (MANSKE, 2014).
Segundo IBGE (2007) a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, diz que a divisão de metalurgia, é classificada como sendo indústria de transformação, a qual faz parte o setor que tem por objetivo a produção de metais em formas primárias ou semi-acabados (lingotes, placas, tarugos, biletes, palanquilhas, etc.), assim como a produção de laminados, relaminados, trefilados, retrefilados (chapas, bobinas, barras, perfis, trilhos, vergalhões, fio-máquina, etc.) e a produção de canos e tubos. Esta divisão apresenta também a produção de peças fundidas de metais ferrosos e não-ferrosos e a produção de barras forjadas de aço (laminados longos). Uma outra divisão não menos importante da indústria de transformação é aquele que está relacionada com a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que relacionados a fabricação de produtos de metal como estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada que são usadas para diversas aplicações e a fabricação de produtos de serralheria.
Em 2012 foram só 10 mil trabalhadores contratados, resultado esse considerado pouco expressivo. O Gráfico 1 mostra a evolução do estoque de trabalhadores metalúrgicos de 1995 a 2011.
Figura 1: Evolução do estoque de trabalhadores metalúrgico no Brasil
de 1995 a 2015.
Fonte: CNMCUT, 2010
No ano de 2013 a metalúrgica criou, em média 23 mil novos postos de trabalho em todo Brasil. Esses dados são da Subseção do Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), com essas contratações (22.848 novos empregos), em janeiro de 2013 superou a casa dos 2,4 milhões, o resultado mais expressivo dos últimos 18 anos (ESPÍRITO-SANTO, 2013).
Nessa mesma pesquisa foi averiguado que existe um grande predomínio masculino na categoria metalúrgica: onde os homens ocupam cerca de 81,4 % dos postos de trabalho (1.966.786), mesmo sendo observado um aumento na contratação de mulheres nos últimos anos representando 18,6% (450.099). Apesar que em algumas atividades da indústria metalúrgica a participação das mulheres é maior, quando se faz um recorte setorial (CNMCUT, 2010; ESPÍRITO-SANTO, 2013).
2.2 Saúde e Segurança do Trabalhador
Na atualidade as organizações buscam cada vez mais proporcionar aos trabalhadores condições de trabalhos adequadas, condizente as suas necessidades com relação a segurança dos mesmos. A promoção a saúde ocupacional é hoje um grande desafio das organizações para o bem-estar dos seus trabalhadores. Observa-se que dentre as providências necessárias para a promoção da saúde e a prevenção no combate a doenças ocupacionais e acidentes do trabalho em uma empresa, estão à implementação de programas sérios que produzam efeitos visíveis nesse sentido (SILVA, 2003).
De acordo com a OHSAS 18001, segurança e saúde do trabalho são condições e fatores que afetam, ou então podem afetar, a segurança assim como a saúde do trabalhador ou então de outros funcionários, isso inclui trabalhadores temporários, assim como pessoal terceirizado), visitantes ou qualquer outra pessoa em um local de trabalho
Nas últimas décadas o que vem se observando é que cada vez mais ocorrem iniciativas da própria sociedade brasileira para consolidar avanços importantes nas políticas públicas de atenção integral em Saúde do Trabalhador (ST) as quais envolvem ações ligadas a assistência, promoção, assim como a vigilância e prevenção dos agravos que estão relacionados ao trabalho. Entretanto existem ainda uma série de obstáculos à serem consolidados através de programas e ações que podem vir a contribuir de maneira mais significativa para a melhoria dos indicadores nacionais, os quais acabam por colocar o país em situação dita crítica quando se faz um comparativa com países socialmente mais desenvolvidas (LACAZ, 2010).
Um dos grandes desafios das empresas é tentar promover a saúde ocupacional, uma vez que o bem estar dos trabalhadores passou a ser alvo de conquistas para as mesmas. A partir desse pensamento, as organizações começaram a investir na implantação de programas consistentes que visem fazer a promoção da saúde, assim como a prevenção no combate a doenças ocupacionais e acidentes de trabalho (BRASIL, 2009).
A Segurança e Saúde do Trabalhador constitui um grande valor social público, no qual acabam por concorrerem em dimensões sociais, políticas, econômicas, ambientais e organizacionais, o que necessitam de um estabelecimento, assim como um desenvolvimento de políticas, planos, programas, projetos e ações que visem a promoção e proteção da saúde, de controle e vigilância dos possíveis riscos das condições e dos ambientes e processos de trabalho, de prevenção e detecção de agravos, de recuperação e reabilitação da saúde e da capacidade de trabalho e qualidade de vida (BRASIL, 2001).
Na atualidade existe umas grandes preocupações do governo, empresários e sindicatos em melhorar a segurança, a saúde e as condições de trabalho, ficaram cada vez mais evidentes. Para tais ações é preciso que haja um planejamento que permita a participação da alta administração e dos empregados para encontrar as soluções práticas e economicamente viáveis. Uma melhoria nesses três itens citados, permitirá um aumento de produtividade, assim como uma diminuição do custo do produto final, pois diminui as interrupções no processo, o absenteísmo e os acidentes e/ou doenças ocupacionais (ARANTES, 2005)
No ano de 2002 foi um marco para as ações de proteção à saúde do trabalhador, pois foi nesse ano que foi criada a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, Renast, através da Portaria no 1.679/GM, que teve por finalidade passar a divulgar ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais redes do Sistema Único de Saúde, SUS. A Renast passou a ter um papel mais estratégico no ano de 2005 devido a definição da Política Nacional de Saúde do Trabalhador. Ela passou a ter um forte papel na organização da ST no SUS, que anteriormente era sob a responsabilidade da então Área Técnica de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, que hoje é Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador, CGSAT (RENAST, 20014).
A Renast ela é formada por uma rede nacional de informações e práticas de saúde, cuja a meta é implementar ações assistenciais, de vigilância, prevenção, assim como de promoção da saúde, na perspectiva da ST. Ela deve faz parte da rede de serviços do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) cuja portaria é Portaria no 2.728 de 11 de novembro de 2009. Ela também passa a elaborar protocolos, linhas de cuidado, e instrumentos que possam passar a favorecer a integralidade das ações propostas, que contemplam a atenção básica, grande complexidade, serviços e municípios sentinela. A Renast deve ser implementada de forma articulada onde devem fazer parte Ministério da Saúde (MS), as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal, e os municípios, na qual estejam envolvidos outros setores também participantes da execução dessas ações (RENAST, 2013).
As preocupações com a saúde do trabalhador ultrapassam as barreiras do atendimento à legislação, e são motivadas por uma série de questões como:
ü A sociedade passou a ter uma maior conscientização em relação aos problemas provocados nos ambientes de trabalho;
ü Atendimento a clientes que apresentam como requisitos de fornecimento uma gestão eficaz da saúde e da segurança de tosos os seus colaboradores;
ü Um poder negociação maior das organizações em relação aos seus fornecedores de produtos de seguros, por conta do reconhecimento da excelência de suas operações;
ü Aumento de produtividade em decorrência das melhorias implantadas nos sistemas de segurança do;
ü Incentivos constantes possibilitando uma maior motivação de seus colaboradores, uma vez que seu ambiente de trabalho passou a ser mais seguro (LIMA, 2008).
Um ponto importante que para proteção à saúde do trabalhador, foi a criação em 2004 da Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, que visa diminuir os acidentes e doenças ocupacionais, através das ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. Suas diretrizes, podem ser encontradas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005, que compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da Rede de Informações em Saúde do Trabalhador (Renast), o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos assim como a participação da comunidade na gestão dessas ações. Na esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem:
ü Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde;
ü Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador;
ü Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;
ü Estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador;
ü Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;
ü Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde do trabalhador (BRASIL, 2011)
Portanto a segurança do trabalho ela tem por objetivo propiciar uma melhorar nas condições de trabalho, cuja a principal meta é a prevenção de qualquer que seja o tipo de acidentes, assim como de doenças ocupacionais, possibilitando assim bem-estar do indivíduo em seu local de trabalho e contribui de maneira significativa na melhoria da qualidade de vida desse trabalhador no seu ambiente de trabalho. Todo esse processo tem por finalidade também evitar prejuízos para as organizações. Portanto entende-se que a segurança do trabalho é hoje uma área importante voltada para gerenciar os riscos aos quais os trabalhadores estão constantemente expostos, impossibilitando os mesmos de gerar acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho (ROSA, 2011).
Na perspectiva da Saúde do Trabalhador, busca-se romper com essa ideia de um vínculo causal entre a doença/acidentes de trabalho e fatores de risco presentes exclusivamente no ambiente físico de trabalho, para também investigar os componentes derivados da organização do trabalho, com características mais qualitativas, analisando-se os esforços exigidos pela organização e pela atividade de trabalho. Assim, torna-se essencial a valorização da subjetividade do trabalhador, como sujeito capaz de pensar e de se pensar no trabalho, proporcionando outro olhar para as questões dos acidentes (MINAYO-GOMEZ; THEDIN-COSTA, 1997; MENDES, 2007 apud GONÇALVES; DIAS, 2011).
2.3. Acidentes de Trabalho
Os acidentes de trabalho, não só afetar atividade laboral, também é capaz de atingir toda a sociedade assim como o meio ambiente. Eles acarretam inúmeros custos econômicos para as organizações, trazem também atrelado a eles grandes custos sociais e, assim como problemas aos trabalhadores e suas famílias. Portanto para a sociedade de um modo geral, esses custos são demasiadamente altos (GOLDMAN, 2002).
De acordo com a legislação brasileira, podemos conceituar o acidente do trabalho como “ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal”. Esses acidentes podem ser subdivido de acordo com a gravidade, em Acidente Material (sem lesão ao trabalhador), com afastamento e sem afastamento (ABNT, 2001, p. 12).
A concepção dos acidentes de trabalho apresenta duas vertentes, onde a primeira sustenta-se na teoria do risco social e fundamenta a operacionalização do seguro de acidente do trabalho, essa tem um cunho jurídico-institucional, já a segunda está atrelada a engenharia de segurança, onde tem uma dimensão mais técnico-científica relacionada ao controle dos acidentes e representa a base da teoria do risco profissional. Portanto passar a considerar o trabalho como sendo atividade que pode apresentar riscos de acidentes é, portanto, passar a reconhecer que é nesse ambiente que as responsabilidades serão atribuídas (MACHADO; GOMES, 1999).
A Indústria, no Brasil, vem cada vez mais apontando números alarmantes na ocorrência de acidentes de trabalho (AT) quando se faz um comparativo com os demais setores da economia. Apesar de serem inúmeras as medidas adotadas, que tem por meta diminuir estes acidentes e seus custos, ainda não são suficientes para que os números sejam satisfatórios. No entanto todas as avaliações são essências para que se possa definir prioridades tomando como base realidades locais, isso tanto em relação ao perfil da força trabalhadora, como em relação às condições inseguras nesses ambientes de trabalho ou/e às condições de saúde nos diferentes setores de atividade econômica (SILVA et al., 2011).
Sabe-se que toda a estatística dos acidentes de trabalho, assim como qualquer outro tipo de sistema de notificação, tem como objetivo embasar para priorizar e decidir quais as melhores medidas preventivas que devem ser tomadas e adotadas visando diminuir os acidentes, portanto os dados estatísticos funcionam como um termômetro nesse sentido (SAMPAIO 1998).
Dados estatísticos mostram que os acidentes ocupacionais graves com trabalhadores já são responsáveis pelo maior número de mortes e incapacidades, o que torna esse fato um dos principais problemas de saúde relacionado ao trabalho. No entanto, os acidentes de trabalho, em sua grande maioria, podem ser evitados. Por isso a importância de conhecer o contingente desses acidentes, e quais as suas causas em uma determinada área geográfica e setor econômico. Uma vez que essas informações são uteis para definição e priorização de medidas de correção das condições perigosas de trabalho que aumentam o risco de acidentes (SAMPAIO et. al., 1998; TAKALA, 2002; apud SILVA et al., 2011).
Dados do Ministério do Trabalho de 2012, mostram que o setor metalúrgico possuía 11% do total de acidentes de trabalho em relação a todos os ramos no país. Muito embora que muitos desses acidentes não são notificados no órgão ou nos sindicatos responsáveis, portanto a partir disso, pode-se pensar que esse valor pode ser bem mais elevado. Sabe-se que muitos dos trabalhadores do ramo metalúrgico trabalham em ambientes muitas vezes mais hostis do que o próprio ramo já representa, e por isso encontram-se muito mais expostos a acidentes de trabalho já que na metalúrgica os lugares são quentes, as máquinas e materiais bastante perigosos, portanto é mais do que necessário que as empresas ofertem suporte que possibilitem a esses trabalhadores um lugar com mais segurança (LAURINDO et al., 2012).
Hoje toda empresa do ramo metalúrgico com mais de 25 funcionário é obrigada por lei a ter em suas dependências a é obrigada a criar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que foi criada a partir do artigo Artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5).
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador (BRASIL, 1999).
As CIPAS têm como finalidade fazer um trabalho interno com os funcionários bem elaborado, cuja a finalidade é orientar os metalúrgicos a se prevenir e passar a usar os equipamentos de segurança (EPIs) de maneira correta (LAURINDO et al., 2012).
Sabe-se que na atualidade os acidentes de trabalho causam grandes prejuízo, tanto aos trabalhadores, como aos empregadores, onde afetam a economia do país, o que faz dele um grave problema em saúde pública e que depende de uma série de ações para melhor controlado assim como entendido. No entanto apesar desse problema já ser uma grande vitrine a nível mundial e nacional ainda é muito difícil conhecer a magnitude do problema, tendo em vista que mesmo com todo o aparato legal no país para que os acidentes de trabalho passem a serem notificados com frequência para que todas as informação produzida possam direcionar de maneira mais eficaz as ações na promoção e na prevenção de danos à saúde dos trabalhadores, a subnotificação é ainda é muito evidente se tornando uma realidade que passa a dificultar o conhecimento real pelas autoridades competentes, das condições em que o trabalho se desenvolve, desqualificando os direitos sociais e securitários ao trabalhador (GONCALVES; DIAS, 2011).
2.4 Riscos Ocupacionais
Os riscos ocupacionais encontram-se presentes nos locais de trabalho assim como nas demais atividades humanas. Onde o mesmo acaba por comprometer de maneira seria tanto a segurança como a saúde das pessoas, como também afetando de maneira significativa a produtividade das organizações. Esses riscos podem afetar o trabalhador tanto a curto, médio como a longos prazos, induzindo a acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho (BRASIL, 2005).
Existem uma série de fatores que podem comprometer tanto a segurança como a saúde do trabalhar, pode-se citar: locais de trabalho, tipo de atividade desenvolvida pelas características da organização, as relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, deficiência ergonômica ou riscos de acidentes. Tudo isso pode comprometer de maneira significativa a integridade física e emocional do trabalhador no seu local de trabalho. Podendo ser a curto, médio e longo prazo, acarretando lesões imediatas, doenças ou até mesmo a morte, além um grande ônus de ordem legal e patrimonial para a empresa. É importante ressaltar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos postos de trabalho não necessariamente apresenta um perigo eminente para a saúde do trabalhador, isso obviamente irá depender de uma combinação ou inter-relação de vários fatores, como por exemplo a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, assim como o seu o nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa. No entanto é importante ter em mente que na visão da prevenção, não há mensuração dos tamanhos dos riscos se micro ou pequenos riscos, o que há são micro ou pequenas empresas. Portanto qualquer que seja o tipo de atividade laboral, é indispensável que o ambiente seja investigado, para que seja possível conhecer os riscos de maneira detalhada a que estão expostos os trabalhadores para que os mesmos sejam avaliados (GARDINALLI, 2015).
Os processos de produção são bastantes diversificados, portanto acabam por apresentar uma variedade enorme de agentes nos ambientes laborais, além disso os diversos tipos de equipamentos também acabam por deixarem esses ambientes com níveis maiores de riscos ambientais/ocupacionais. Esses equipamentos possuem várias características que diferem entre si em intensidade, duração e espectro, não é apenas entre as indústrias, mas muitas vezes dentro de uma mesma indústria. Um ponto importante a ser exaltado é que a constante exposição aos riscos ocupacionais pode acarretar perda de produtividade, uma vez que esse trabalhador pode passar a ter uma baixa qualidade de desempenho nas suas funções, o que acaba por provocar no comprometimento da sua qualidade de vida e saúde, incluindo-se os acometimentos por adoecimentos e acidentes de trabalho (GANIME, et al., 2010).
Os riscos ocupacionais são divididos em cinco classes, os quais são caracterizados pelos referidos agentes de riscos, e agrupados e identificados e/ou representado por cores diferentes cores: a) Agentes Químicos / Vermelho / Grupo I; b) Agentes Físicos / Verde / Grupo II; c) Agentes Biológicos / Marrom / Grupo III; d) Agentes Ergonômicos / Amarelo / Grupo IV; e) Agentes Acidentes (Mecânico) / Azul / Grupo V. Como mostra a figura 2
Figura 2: Riscos Ocupacionais
Fonte: (CORBUCCI, 2013).
Os riscos físicos são representados por diversas formas de energia a onde os trabalhadores possam ser expostos: como ruídos, vibrações, pressões anormais, altas temperaturas, radiações não ionizantes e ionizantes, infrassom e o ultrassom (BRASIL, 1994).
Os riscos químicos são descritos pela NR 9 como sendo substâncias que possam ter contato com o organismo do trabalhador através das vias respiratórias nas formas de: poeiras, fumos, névoas, gases ou vapores, os quais possam ser absorvidos tanto pela pele ou então pelo sistema digestório, isso irá depender da sua forma de exposição (TOSTES, 2003).
Com relação aos os riscos biológicos, esses encontram-se relacionados à capacidade que os organismos vivos apresentam em conseguir invadir o organismo humano provocando doenças, além do perigo de contaminação do alimento devido à sua manipulação por colaboradores contaminados, existe também a situação inversa. (TOSTES, 2003; SILVA-JÚNIOR (2012).
Os riscos ergonômicos são aqueles que estão relacionados à adaptação do trabalho ao homem. Grande parte dos problemas ergonômicos são provocados quando se passa longos período de execução das atividades em pé, apresentando posturas forçadas, presença de movimentos repetitivos, provocados pelo levantamento excessivo de peso além da habitual pressão sobre o ritmo de trabalho, que é aumentada para atender à demanda devido aos horários para distribuição das refeições (IIDA, 2000; MONTEIRO, 1997).
Os agentes ambientais podem ser provocados pelo e o uso de determinados equipamentos, ao ritmo de trabalho acelerado, fato que pode ser agravado devido ao uso inadequado das medidas de segurança, assim como pela desqualificação de seus colaboradores quanto a falta de treinamentos específicos (LIMA 1999; NEPOMUCENO, 2004).
Muitas organizações adotam Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais/ (PPRA) que é um programa cuja a finalidade é de prevenção a saúde e a integridade dos trabalhadores diante de riscos, os quais estão expostos constantemente seus ambientes de trabalho. É importante que as organizações tenham em mente, que não importa o tamanho da empresa, se de pequeno ou grande porte, a prevenção a saúde do trabalhador é obrigação de todo empregador, mesmo que seja apenas um empregado, o segmento de mercado do negócio e o grau de risco ambiental. Esse programa foi criado tendo como regulador a Norma Regulamentadora NR 9 de acordo com a Portaria 3214/78 a qual é apoiada pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho. Essas normas deverão ser cumpridas por qualquer que seja as empresas, o não cumprimento pode acarretar multas como sanção e ou até a interdição da empresa (CORBUCCI, 2013).
2.5 Qualidades: Uma questão de sobrevivência para as organizações
De acordo com Crosby (1992), qualidade tem como conceito; “conformidade com os requisitos”. Para o autor, ou há conformidade (qualidade) ou há não-conformidade (não qualidade). Portanto utilizando da abordagem, Crosby desenvolveu, em 1961, o conceito de “defeito zero”, o qual enfatiza que todas as pessoas da organização irão ser capazes de desenvolver um trabalho de maneira correta, na primeira e em todas as vezes.
O tema qualidade vem ao longo do tempo tomando um grande espaço diante de um mercado tão competitivo e globalizado. Ela passou ocupar um papel decisivo dentro das empresas, uma vez que, é por meio dela que as empresas irão conseguir obter resultados positivos. Ao falar em qualidade não se pode deixar de falar em competitividade e produtividade, já que os dois tratam-se de fatores ligados à qualidade e imprescindíveis para a excelência das organizações (BLÖDORN, 2011).
Para se alcançar excelência a qualidade deve ser buscada constantemente e isso acaba por envolver todos os membros das organizações, do topo à base. As organizações passaram a perceber que qualidade não é apernas um custo, mas sim um poderoso investimento rentável. Portanto, as falhas encontradas precisam ser devidamente corrigidas para assim poder avançar para outro estágio de qualidade. A busca por soluções de problemas é empregada por essas organizações visando eliminar as causas dos problemas e assim poder implementar soluções adequadas para aumentar a eficiência nos processos, e por fim passar a garantir eficácia. As empresas do mundo ocidental diferentemente das japonesas, ainda possuem uma certa dificuldade de aplicar os conceitos de qualidade que conhecem muito mais na teoria (TERNER, 2008)
Para a qualidade chegar passou por um processo continuo de evolução, e as mudanças operadas trouxe grandes benefícios. O foco dela passou a não ser apenas produto, mas toda uma conjuntura que vai desde os processos, passando pelos serviços até chegar as necessidades dos clientes. E um dos fatores que possibilitou isso foi a grande expansão da tecnologia. As empresas, com o objetivo de tentar padronizar os processos, evitar os desperdícios, qualificar seus profissionais e acima de tudo satisfazer seus clientes, passaram a utilizar de programas ou práticas voltadas à melhoria da qualidade. Essas ações além de adequar as empresas às exigências de mercado, deu aos funcionários uma qualidade de vida melhor por meio do aprendizado profissional principalmente (BLÖDORN; SOARES 2011).
Existem uma serei de fatores que que são considerados primordiais para dar aos funcionários uma qualidade de vida ideal no trabalho, são eles: motivação, satisfação, saúde e segurança no trabalho, todos esses pontos estão intimamente ligados e juntos interferem de maneira significativa nos processos de produção, uma vez que os trabalhadores que apresentem algum tipo de alteração física ou psíquica, pode desencadear algum problema de saúde e com isso necessitem se afastar do trabalho, isso poderá provocar danos para a empresa, assim como para a saúde do mesmo. Portanto isso mostra que a qualidade de vida possui de fato uma relação direta tanto com o bem-estar, como com ao serviço prestado, elementos esses que são considerados indispensáveis para a manutenção da dignidade humana (SILVA, 2012).
É importante observar que os impactos causados pelo trabalho tanto aqueles de forma positivos, como os negativos, interferem consideravelmente na qualidade de vida dos indivíduos. Todos esses impactos podem estar atrelados a vários fatores tais como objetivos traçados para sua função, assim como atividades e resultados esperados pelas organizações. Então toda essa cobrança em obter resultados o quanto antes, pode levar o indivíduo a estresses cada vez maiores (JULIÃO, 2001).
Hoje a qualidade não é vista apenas como opção nas organizações, pelo contrário passou a ser considerada como obrigatória. Ela apresenta uma serie de metodologias e ferramentas, cujo o objetivo principal é extrair delas todo o potencial de melhoria e aceitação dos produtos. Portanto para garantir a sobrevivência das organizações em um mercado tão competitivo é necessário buscar cada vez mais imprimir nelas os atributos da qualidade: moral, segurança, qualidade intrínseca e entrega e custo (DELLARETTI FILHO; DRUMOND, 1994 apud KOLB, 1014.).
A figura 3 ilustra estes atributos.
Figura 3: Atributos da Qualidade
Fonte: Dellaretti Filho; Drumond (1994). apud Kolb, 1014.
ü Moral - Nesse caso o trabalhador deve estar inserido em um processo de motivação continua, além da boa vontade. Que representa na sua magnitude o atributo mais importante de uma organização, uma vez que o mesmo é visto como o alicerce para que os outros quatro pilares possam existir.
ü Qualidade Intrínseca – nada mais é do que à qualidade encontrada nos produtos/serviços da organização. Nela o cliente tem por desejo receber um produto/serviço que esteja em conformidade com a especificação desejada e dentro dos parâmetros prometidos. Esse tipo de qualidade se refere de maneira resumida as características inerentes aos produtos/serviços prometidos para os clientes que os adquirem.
ü Entrega – Nesse item os clientes esperam das organizações pontualidade na entrega e com a qualidade desejada.
ü Custo – aqui refere-se ao custo tanto de produção quanto aquele que incide sobre os consumidores. Os consumidores sempre estão atentos se o preço de venda do produto em questão representa o custo de aquisição. Nesse caso para o produtor isso representa custo de produção e, já no cliente trata-se do custo-benefício.
ü Segurança - Esse atributo está relacionado com segurança interna, no processo produtivo, quanto a segurança externa, que é traduzida como garantia de segurança aos clientes dos produtos ou serviços. Portanto a segurança interna está relacionada ao modo como os bens e serviços são produzidos internamente. Na segurança externa, devem ser consideradas as indicações sobre os potenciais e prováveis perigos do uso dos produtos.
De acordo com Ferreira et al. (2009), as empresas já conseguem observar hoje que o tem QVT é algo de extrema importância para o bom desenho das atividades desenvolvidas por seus trabalhadores. O que torna a qualidade de vida no trabalho como uma real necessidade. Portanto esse interesse em medir e estar atento as inúmeras variáveis que fazem parte da temática que envolve a QVT vem cada vez aumentando e sendo alvo de estudos. No Brasil, esse tema passou a ser mais abordado nos anos 90, e a partir daí vem cada vez mais crescido o interesse científico nesse sentido, principalmente nos temas, que envolve a Administração e a Psicologia. As publicações em QVT estão muito voltadas sobre a conciliação dos interesses das organizações, assim como dos indivíduos; nos temas de saúde, estilo de vida e ambientes de trabalho; segurança e higiene no trabalho.
Uma das principais alternativas observadas para que as organizações obtenham o sucesso no processo de gestão da qualidade são os chamados métodos e ferramentas, como a MASP, sendo isso hoje de fundamental importância a utilização dessas práticas da qualidade dentro das organizações (BLÖDORN; SOARES, 2011)
2.6 MASP como metodologia de qualidade
Qualquer atividade desempenhada pode ser sempre melhorada, isso é o pensamento da melhoria contínua que é o alicerce da busca por qualidade. Para tanto se faz necessário que a atividade de melhoria seja sistematicamente planejada em seus passos. Todo processo para busca da melhoria tem origem em abordagens científicas, de ferramentas, de uma estrutura para esforço individual e por equipes. A abordagem científica busca encontrar sempre a melhor solução, não apenas a mais óbvia (SHIBA, 1997)
A MASP (Metodologia de Análise e Solução de Problemas) é na atualidade uma das metodologias mais usadas para correção e solução de problemas em organizações que prezam a melhoria contínua. É muito comum observar que em empresas a maioria dos problemas identificados são tratados de uma forma pouco científica, onde deve ser evitado analisar o problema sob o ponto de vista dos fatos levando em consideração as relações de causa e efeito existente (KUME, 1993 apud SANTOS et al., 2012).
Portanto a MASP tem como meta tentar eliminar a probabilidade de um problema voltar a ser reincidente, tendo como foco central a filosofia da melhoria continua. É observado que a diferença encontrada entre a solução estruturada de um dado problema e outros métodos é justamente a identificação da causa principal desse problema, uma vez que se essa causa não for erradicada, o problema ira voltar a acontecer. Portanto o MASP é uma metodologia que envolve ferramentas que possibilita gerar melhorias, na qual é envolvendo um grupo de pessoas para tomar tais decisões, visando à qualidade dos produtos e serviços (ARIOLI, 1998; CAMPOS, 2004; ROONEY e HOPEN, 2004; SAMPARA, 2009 apud PIECHNICKI; KOVALESKI, 2011).
A figura 4 indica as principais as etapas de planejamento que é inerente ao MASP, onde metade das oito etapas existentes é dedicada à essa meta etapa, as quais incluem as fases de isolamento do problema, assim o processo de investigação de causas e a identificação e sequenciamento de tarefas que tem por objetivo propiciar a sua solução. A execução da ação, assim como a sua verificação faz parte apenas de uma única etapa cada. Já o Ciclo PDCA ciclo enquanto que é a última meta etapa é formado pelas duas últimas etapas do MASP (ORIBE, 2011)
Todas essas etapas representadas na figura abaixo têm como base o PDCA, na qual deve ser inserido num ciclo de melhoria contínua. Portanto de acordo com Oliveira (2008), quando se aplica a metodologia MASP muitas são as ferramentas que podem ser utilizadas neste processo
Figura 4: Principais as etapas de planejamento do MASP
Fonte: ORIBE, 2011
Existem uma serie de ferramentas que são utilizadas na metodologia MASP entre elas: A Brainstorming, é uma ferramenta que tem por finalidade possibilitar a geração de novas ideias, conceitos e soluções para qualquer que seja o assunto ou tópico em um dado ambiente livre de críticas assim como de restrições à imaginação. O Diagrama de Causa e Efeito (ou Diagrama de Ishikawa) tem por finalidade possibilitar a identificação das causas de problemas que precisam ser erradicados ou mesmo os fatores que acabam levando a determinado resultado que se deseja ter através de representação gráfica. Gráfico de Pareto é uma ferramenta estatística que também tem por finalidade fazer tomada de decisões, a qual possibilita a organização priorizar as decisões a serem tomada quando existe um número elevado e problemas. A matriz de GUT tem a finalidade de priorizar os problemas ou causas de acordo com seu grau de gravidade, urgência e tolerância. A 5W1H é ferramenta de qualidade total que é muito utilizada em organizações principalmente na área de produção, a qual apresenta como prioridade um plano de ação tático, que não esteja acontecendo como desejado, onde é definido as ações, muitas vezes à serem tomadas em um período “curto” de tempo. A matriz gut, é uma ferramenta que considera só os fatores gravidade e urgência, ela possibilita uma interpretação que é muito importante para tomada de decisão quanto a priorização das necessidades de treinamento de sua Unidade (DGRH , 2009; FARIA, 2011; LSLANNES, 2009; PORTAL-ADMINISTRACAO, 2011).
Então de uma maneira bem clara a MASP em linhas gerais segue a seguinte sequência (BASTIANI, 2012):
- Problema: identificar o problema;
- Observação: apreciar as características do problema;
- Análise: determinar as causas principais;
- Plano de ação: conceber um plano para eliminar as causas;
- Ação: agir para eliminar as causas;
- Verificação: confirmar a eficácia da ação;
- Padronização: eliminar definitivamente as causas;
- Conclusão: recapturar as atividades desenvolvidas e planejar para o futuro.
O Ciclo O Ciclo PDCA é hoje em dia uma das principais ferramentas utilizadas na metodologia MASP, ele é uma ferramenta de qualidade que que tem por objetiva possibilitar a tomada de decisões, cujo objetivo é atingir as metas traçadas que são vistas como essências para que a organização sobreviva nesse mercado cada vez mais competitivo. Embora ela seja uma ferramenta simples ela apresenta avanços sem limite para um planejamento mais eficaz para a correção de não conformidades (BRASIL, 2011).
De acordo com Campos (1996) o PDCA “é uma ferramenta de gerenciamento de processos ou de sistemas. É o caminho para se atingirem as metas atribuídas aos produtos dos sistemas empresariais” (CAMPOS, 1996, p.262).
Portanto o MASP é uma metodologia que só faz uso de ferramentas da qualidade, com um objetivo de garantir a racionalidade e objetividade. No entanto para solucionar problemas de natureza humana e social se faz necessário que sejam utilizados instrumentos de pesquisa em ciências sociais quantitativas, como survey, e qualitativas como entrevistas, na população amostral. No survey é possível fazer a tabulação, assim como as análises estatística descritiva, o que é um ponto a favor, uma vez que acaba por facilitar toda a interpretação da informação coletada, principalmente devido à escassez de tempo que é algo tão presente hoje na vida das pessoas que não têm tempo para ler relatórios. A avaliação das pessoas difere de uma avaliação de problemas técnicos técnica tendo em vista que avaliação de pessoas necessita de cuidados como transparência, ética e sigilo. Uma vez que é ideal o sigilo dessas informações cujo objetivo é a não exposição de suas opiniões pesquisadas ao julgamento alheio. Portanto os problemas humanos ou sociais precisam de dados e informações fidedignas, claras e objetivas (ORIBE, 2014).
3 METODOLOGIA
3.1 – População e Amostra
A população da amostra estudada é formada por todos os funcionários do setor de construção e montagem de estrutura metálica para construção de galpões logísticos e fábricas industriais.
A amostra foi constituída por um conjunto de 03 postos de trabalho os quais realizavam suas atividades em uma área de aproximadamente 120.000 m².
Esse passo teve como meta obter elementos essenciais que permitisse contemplar todos os critérios traçados para realização desse estudo.
Os critérios de inclusão adotados foram os postos de trabalho do setor de construção e montagem de estrutura metálica que pudessem apresentar algum tipo risco de acidente de trabalho.
Os critérios de exclusão adotados foram os postos de trabalho das outras áreas, que não correspondiam a esse setor especifico.
3.2 – Tipo de Estudo e Instrumentos para a Coleta de Dados
Esse estudo é do tipo qualitativo, no qual possibilita a identificação dos problemas através de levantamento de dados estatísticos referente a acidentes de trabalho gerados e a descrição das condições de trabalho nos postos de trabalho desta empresa. Apresenta um caráter exploratório, utilizando-se como metodologia a MASP que é aplicada de forma sistemática em uma situação insatisfatória, ou então para que se possa atingir um objetivo de melhoria. A partir da sua aplicação são então identificadas as possíveis falhas, para em seguida implantar ferramentas que possam eliminar os erros e realizar melhorias. Isso tudo é feito através de etapas pré-estabelecidas, com base no ciclo PDCA (ARIOLI, 1998).
A figura 5 mostra as etapas deste processo, tomando por base no PDCA, cuja a principal finalidade na sua utilização é a resolução dos problemas encontrados para redução de acidentes. Muitas são as ferramentas disponíveis que podem ser usadas na metodologia MASP, entre elas as que vão ser utilizadas no estudo de caso serão: Brainstorming, Matriz GUT, Diagrama de Causa e Efeito (ou Diagrama de Ishikawa), Gráfico de Pareto e 5W1H.
Na figura 5 abaixo mostra as etapas do PDCA para realizar uma análise do problema e validação da solução da proposta.
Figura 5: Passos do Método de análise e soluções de Problemas
Fonte: Campos, 1994
Cada etapa do PDCA tem a sua função:
- Identificação do problema: defina claramente e mostre que o problema em questão é mais relevante do que outros pertinentes, com isso é preciso estabelecer critérios para a seleção dos mesmos.
- Observação: investigue as características específicas do problema a partir de uma ampla gama de diferentes pontos de vista, quantitativo (dados) e qualitativo. Vá ao local onde ocorre o problema, observe e colete informações necessárias que eventualmente não podem ser representadas na forma de dados. Tenha um entendimento completo das características (especificidades) do problema;
- Análise: levante, discuta e descubra as causas fundamentais (causas básicas, causa raiz) do problema;
- Plano de Ação: elabore um plano de ação a fim de bloquear (eliminar, aprisionar) as causas fundamentais identificadas no passo anterior. Nesta etapa pode-se usar o 5W1H para definir o plano de ação, ou seja, defina: o quê, quando, quem, onde, porque será feito e como será feito. Defina as metas a serem atingidas e os controles para acompanhamento dos resultados obtidos;
- Ação: atue para eliminar as causas fundamentais. Nesta etapa é muito importante que exista cooperação de todo o pessoal envolvido, para isso é preciso que as pessoas estejam devidamente treinadas e de acordo com as medidas (soluções) que estão sendo propostas;
- Verificação: verifique se o bloqueio da causa fundamental do problema foi efetivo, até estar certo que o problema não ocorrerá novamente. Em caso de resposta negativa, deve-se retornar ao passo;
- Padronização: elimine definitivamente a causa do problema para que ele não ocorra outra vez. Identifique e realize as alterações necessárias nos procedimentos de trabalho associados ao processo, para impedir a recorrência do problema. Treine os envolvidos no novo procedimento;
- Conclusão: reflita sobre a experiência de aplicação da metodologia e verifique onde houve dificuldades e discuta o que deve ser aperfeiçoado no método para as próximas aplicações. Também verifique os problemas remanescentes associados, e que foram percebidos ao longo da aplicação do método sobre o problema inicial. Enfim, discuta o que pode ser melhorado no método e problema estudado.
Essa pesquisa é um estudo de caso que teve como objetivo identificar riscos de acidentes numa empresa do ramo metalúrgico. Portanto foi feito um levantamento de dados através de análise de documentos na própria organização, assim como uma entrevista de maneira informal com o engenheiro de segurança responsável e com isso todos os dados necessários foram repassados.
Foram observados de maneira criteriosa possíveis riscos de acidentes, através de observações “in loco” no ambiente de trabalho, onde foram inspecionados: espaços físicos deficientes no ambiente de trabalho da empresa; assim como as máquinas e todos os equipamentos passíveis de acidentes que não apresentavam proteção coletiva, ferramentas inadequadas ou então que apresentavam algum tipo de defeito, assim como armazenamento inadequado dos materiais.
Diante de todos esses dados coletados foi então possível traçar um perfil detalhado e crítico da área de estudo dos postos de trabalho da empresa em questão, para observar o cumprimento das normas mínimas de segurança do trabalho e assim como conferir as principais alterações encontradas. Todo o material colhido foi então analisado e posteriormente confrontados com a literatura especializa.
3.3 – Estudo de caso
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso possibilita que o pesquisador realize uma investigação que preserve as características holísticas e significativas da vida real, tais como: ciclos de vida individuais, processos organizacionais e administrativos, entre outros, que podem ser estudados mais profundamente através deste procedimento técnico.
Em relação aos procedimentos, esse estudo é de cunho bibliográfica tendo em vista que o mesmo foi realizado através do exame da literatura científica especializa, assim como de normas técnicas e de cunho legal que estão diretamente relacionadas ao tema proposto.
4. ESTUDO DE CASO: IMPLEMENTAÇÃO DO MASP PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES
4.1. Caracterização da Empresa
A empresa do ramo metalúrgico oferece atualmente ao mercado nacional soluções completas de Estruturas Metálicas com foco no atendimento das expectativas dos clientes, valorizando o relacionamento, a inovação, a transparência e o compromisso com o meio ambiente e a sociedade. A empresa apresentou um extraordinário crescimento, realizando obras de grande porte para as principais empresas do País. Baseada em uma cultura de alta tecnologia, aperfeiçoamento constante e grandes investimentos em pesquisa, ela visa sempre à melhoria dos seus produtos e desenvolvimento de novas soluções, buscando sempre antecipar-se às demandas do mercado (EMPRESA X).
Todas as peças do Sistema X, incluindo as vigas principais, são padronizadas, aparafusadas e galvanizadas com camadas de zinco e alumínio, mesmo processo utilizado na indústria automobilística e utilizado nas técnicas mais modernas de edificações do mundo, garantindo uma durabilidade até seis vezes maior contra corrosão quando comparada ao sistema estrutural em aço pintado. Essa empresa possui opções de cobrimento através de telhas zipadas, que se adéquam em diversos tipos de aplicações, inclusive em todas as soluções termo acústicas, sendo esse processo capaz de garantir 100% de estanqueidade (EMPRESA X).
Com um corpo técnico altamente capacitado, para atender a todos os critérios das normas brasileiras e internacionais, realizando ensaios e garantindo a rastreabilidade de todo material utilizado na produção de suas peças. A competitividade e qualidade do Sistema permitiram que a empresa realizasse, em tempo recorde, milhões de metros quadrados de coberturas metálicas em todo o País. Em 2012, em reconhecimento à superioridade das diferentes soluções de engenharia, aliada ao conceito de sustentabilidade através de galvanização, a empresa foi vencedora de prêmios de reconhecimento internacional, como a de melhor obra do País em construção metálica pelo ICZ Instituto Metais não Ferrosos (EMPRESA X).
Essa organização está presente em três estados do Brasil, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul. Sendo em Pernambuco o local que abriga a área de fabricação e montagem das estruturas metálicas (figura___)
Figura 6: Estrutura da empresa X
Fonte: Dados da empresa X
4.2 Identificação das Atividades
A primeira fase dessa pesquisa foi a identificação das atividades desenvolvidas no setor de construção e montagem na empresa X, essa que é do ramo de metalurgia. Ela é responsável por parte de um projeto de construção e montagem de estrutura metálica desde o início com a elaboração do projeto executivo até a execução final, partindo da fabricação da matéria prima, fornecimento de equipamentos e montagem em geral, porém ficou definido que a avaliação dos postos de trabalhos seria definida nas seguintes etapas de construção e montagem de galpões e fábricas industriais, que se resume em:
- A Montagem dos Módulos são formados por dois banzos - superior e inferior ligados por diagonais, com escudos (nós) dispostos a cada 1200 mm. Os materiais para montagem dos módulos estão divididos em:
Banzo – Perfil dobrado podendo ser superior ou inferior, o qual é interligado por diagonais formando módulos;
Figura 7: Banzo
Fonte: Empresa X (2011)
Diagonal – Peça pré-fabricada em formato “U” com furações, usada entre os banzos superior e inferior e aparafusadas nas extremidades formando junto com os banzos, os módulos.
Figura 8: Diagonal
Fonte: Empresa X (2011)
Parafusos –São sextavados de bitola 3/8x5/8” com roscas UNC e zincados branco;
Figura 9: Parafuso
Fonte: Empresa X (2011)
Porcas – são sextavadas, de bitola 3/8” roscas UNC zincadas brancas.
Figura 10: Porca
Fonte: Empesa X (2011)
As ferramentas necessárias para montagem dos módulos são as seguintes: chave de impacto, parafusadeira, chave combinana 9/16 ou 14mm e soquete de impacto.
Figura 11: Conjunto de ferramentas
Fonte: Empresa X (2011)
Para montagem dos módulos, tem que verificar o sentido de montagem da obra e definir tipos de módulos a serem montados inicialmente, definir as áreas de montagem e armazenagem dos módulos próximos ao local de içamento, dispor calços de madeira no pátio britado, distribuir as diagonais e os banzos superiores e inferiores sobre os calços, aparafusar as diagonais nos banzos e armazenar os módulos em local seco.
Figura 12: Módulo Montado
Fonte: Empresa X (2011)
- Elevação de estruturas metálicas são içamento de materiais podendo ser individual ou em módulos realizado por equipamentos mecanizados como Guindaste e Caminhão Guindauto. No içamento individual, o montador deve utilizar cintas ou cabos de aço para estabilização das mesmas e deve ser evitado o dobramento da estrutura metálica.
Figura 13: lçamento individual
Fonte: Empresa X (2011)
Figura 14: Içamento em Módulos
Fonte: Empresa X (2011)
- A cobertura com telhas podem ter vários formatos e tipos podendo ser trapezoidais ou zipadas.
A figura 15 mostra o perfil de telha zipada desta empresa X:
Figura 15 – Telha Zipada
Fonte: Empresa X (2011)
As telhas zipadas são de fabricação da empresa X e na maioria das vezes são perfiladas diretamente na obra. Por não possuir emendas, sua montagem é rápida possibilitando mais agilidade na etapa de cobertura.
As telhas trapezoidais são adquiridas de terceiros e podem variar em cada obra, sendo montadas de acordo com a especificação do cliente.
Figura 16 – Telha Trapézio
Fonte: Empresa (2011)
As telhas zipadas são perfiladas na empresa X (pequenas quantidades) ou em obra pela máquina perfiladeira. Na empresa X a perfiladeira é utilizada em solo, enquanto na obra é utilizada no solo ou no nível da cobertura. O grande diferencial da telha zipada em relação às telhas trapezoidais é que ao ser montada não necessita de furação. Sua fixação é feita através de clipes previamente fixados a estrutura e a seguir é feita a zipagem com a zipadeira de telhas.
A perfiladeira é elevada através de quatro cabos de aço com guindaste dimensionado para a necessidade da obra. Nunca elevar a perfiladeira com cintas, pois elas podem romper facilmente se impactadas contra cantos vivos. Os cabos de aço devem ser inspecionados antes do içamento para evitar acidentes de trabalho.
Figura 17: Máquina Perfiladeira
Fonte: Empresa X (2011)
Antes da chegada da perfiladeira na obra, deve ser providenciado quadro elétrico, e guindaste para retirar a perfiladeira do caminhão e colocar em solo firme e britado. Após descarregamento colocar a bobina de aço no desbobinador e fixá-la à máquina com o equipamento de guindar encaixando a bobina nos roletes da perfiladeira e encaminhar a chapa até a fase final da perfilação.
O comprimento das telhas é informado pelo projeto de fabricação enviado a obra pela equipe de engenharia e projetos e para a perfilação da primeira telha o operador necessitará de um ajudante para que ela não enrosque nos banzos da treliça.
A partir da segunda telha, as demais deslizarão naturalmente sobre a anterior conforme a velocidade da máquina.
As telhas zipadas são fixadas a estrutura através de clips de dilatação o que faz com que a telha não seja furada, pois os clipes são encaixados na onda superior macho e depois de fixado é zipado através da zipadeira. Abaixo o processo de zipagem completo.
A zipadeira (máquina de costura) possui três roletes, onde cada um faz uma dobra obtendo no final da zipagem 360° de dobra.
Figura 18: Processo de Zipagem
Fonte: Empresa (2011)
4.3 A aplicação do Masp
4.3.1 Identificação do problema
Através da ferramenta Brainstorming foi realizada uma reunião com todos os envolvidos do setor de segurança do trabalho da empresa X formada por 4 (quatro) profissionais, sendo: 1 (um) Engenheiro de Segurança do Trabalho, 1 (um) Coordenador de Segurança do Trabalho e 2 (dois) Técnico de Segurança do Trabalho para uma “tempestade de ideias” com o objetivo de levantamento de dados dos números de acidentes de trabalho ocorrido no setor de construção e montagem de estruturas metálicas.
Foram identificados no ano de 2014 um total de 8 (oito) acidentes de trabalho, aceitando-se como alto por todos envolvidos do setor e admitindo como sendo o problema a ser resolvido adotando o MASP para diminuir esse indicador de segurança do trabalho.
4.3.2 Observação
Para analisar as prováveis fontes geradoras de acidentes de trabalho foi elaborado uma APR – Análise Preliminar Risco com uma equipe multidisciplinar envolvida em todo o processo de construção e montagem de estruturas metálicas, sendo realizado um o passo a passo da atividade e seus respectivos perigos/aspectos, causas, impactos/danos e avaliação dos riscos. Logo após a essa etapa foi definido as medidas preventivas e mitigadoras, os responsáveis e a legislação vigente que solicita a minimização ou eliminação dos riscos encontrados no ambiente de trabalho. Em seguida foi realizada uma visita a todos os postos de trabalho, com o intuito de observar se todos os perigos/aspectos relacionados na APR constava e se tinha algum outro evento não descrito no documento para ser posteriormente incluído.
Na figura 19 mostra a APR com os dados sobre as fontes geradoras de acidentes de trabalho, e suas medidas preventivas e mitigadoras para não ocorrência de eventos indesejáveis.
Figura 19: Modelo Análise Preliminar de Risco
Fonte: Elaborado pelo autor. Adaptado OHSAS 18001.
Com essa etapa de elaboração concluída, foi confrontado os perigos/causas dos relatórios de investigação dos acidentes de trabalho com os da APR para observar se os eventos encontrados realmente existiam no ambiente laboral na época do ocorrido.
Na figura 20 mostra o relatório de investigação de acidentes elaborado após a ocorrência do evento indesejável.
Figura 20: Relatório de Acidente com Lesão
Fonte: Empresa X (2014).
4.3.3 Análise
Diante da necessidade de analisar o problema prioritário a ser solucionado, será utilizado a Gráfico de Pareto, pois com está ferramenta da qualidade no sentido de quantificar, nos auxilia a analisar através de uma classificação dos problemas que ocasionam os acidentes de trabalho, com isso os que obtiverem maior pontuação serão tratados como prioridade.
No quadro 1 são apresentados os dados classificados prontos para construção do gráfico de pareto.
Quadro 1: Dados gerados para construção do gráfico de pareto
Fonte: Elaboração do autor
O gráfico 1 disponibiliza as informações de uma maneira visual e evidente das áreas que ocorreram os acidentes de trabalho na empresa X durante o ano de 2014.
Gráfico 1: Gráfico de Pareto gerado a partir das informações coletadas
Fonte: Elaborado pelo Autor
Após a identificação dos setores que ocorreram os acidentes de trabalho foi realizada uma reunião com todos do setor de segurança do trabalho e os principais colaboradores envolvidos com o processo para elaboração do Diagrama de Ishikawa, que sugere que sejam analisados os itens: material, métodos, mão-de-obra e máquinas/equipamentos. O diagrama elaborado é apresentado na figura 21, 22 e 23 referente aos setores de montagem, içamento e cobertura.
Figura 21: Diagrama de causa e efeito do setor de Montagem
Fonte: Elaboração pelo Autor. Adaptado de Ishikawa (1993).
Figura 22: Diagrama de causa e efeito do setor de Içamento
Figura Z – Diagrama de causa e efeito do setor de Cobertura
Fonte: Elaboração pelo Autor. Adaptado de Ishikawa (1993).
Figura 23: Diagrama de causa e efeito do setor de Cobertura
Fonte: Elaboração pelo Autor. Adaptado de Ishikawa (1993).
Em seguida foi utilizada a ferramenta matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) para priorização das causas encontradas nas figuras 21, 22 e 23.
Quadro 2: Matriz GUT do setor de Montagem
Fonte: Elaborado pelo autor
Quadro 3: Matriz GUT do setor de Içamento
Fonte: Elaborado pelo autor
Quadro 4: Matriz GUT do setor de Cobertura
Fonte: Elaborado pelo autor
Analisando a matriz GUT construída dos setores de montagem, içamento e cobertura é possível observar três problemas/causas sistêmicos e com alto índice de prioridade, com isso foi dado pelo setor de segurança do trabalho como preferência para elaboração do plano de ação. Esses problemas/causas são:
- Falta de Procedimento;
- Falta de Treinamento e;
- Falta de Análise de Risco.
4.3.4 Plano de Ação
Para elaborar o plano de ação foram utilizados os índices de maior prioridade na matriz GUT definida na etapa de análise e em seguida a definição da utilização da ferramenta 5W1H (O que, quem, quando, onde, porque e como).
No presente estudo o plano de ação teve como foco uma pesquisa com os responsáveis do setor de segurança do trabalho nos relatórios de investigação de acidente de forma a apontar as causas básicas principais dos acidentes de trabalho e com isso planejar as contramedidas para minimizar o problema. O plano de ação é verificado nos quadros 5, 6 e 7.
Quadro 5: Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de Treinamento
Fonte: Elaborado pelo Autor
Quadro 6: Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de Procedimento
Fonte: Elaborado pelo Autor
Quadro 7: Planejamento para Implantações de Ações para minimizar a falta de
Análise de Risco
4.3.5 Ação
A ação é o passo do ciclo PDCA onde é possível bloquear as causas fundamentas que possam ser indicadas como causadoras de riscos. Portanto, foi nesse passo que foi traçado um plano de ação que visasse fazer o mapeamento de toda problemática encontrada no setor. Nessa fase todos os responsáveis pelo setor de segurança do trabalho foram acionados e a partir daí foram utilizadas ferramentas que possibilitassem a minimização dos riscos de acidentes de trabalho e encontrar meios disponíveis para solucioná-los.
4.3.6 Verificação
Com o plano de ação montado e bem direcionado, passou então para a etapa seguinte que foi a de verificação, que consistia em analisar se o plano de ação elaborado realmente de fato bloqueou os problemas encontrados na etapa de análise. O gráfico 2 mostra visualmente a redução dos números de acidentes de trabalho em comparação ao ano de 2015.
Gráfico 2: Comparativo anual de número de acidentes de trabalho
Fonte: Elaborado pelo autor
4.3.7 Padronização
A penúltima etapa é fazer com que esse plano de ação sirva como regra para que os problemas encontrados e corrigidos não voltem.
4.3.8 Conclusão
A etapa de conclusão é aquele processo que toda a equipe envolvida recapitulou tudo que foi feito e ajustado para que no futuro os problemas encontrados não sejam mais passivos de provocar acidentes de trabalho.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este trabalho teve como objetivo geral aplicar Metodologia para Análise e Solução de Problema (MASP) como uma ferramenta para diminuição dos riscos de acidentes de trabalho, e observar a partir das metas que essa metodologia propõem se de fato ela é eficiente no desenvolvimento de programas de prevenção de acidentes de trabalho assim como de correção de riscos.
Diante do crescente processo de globalização fica cada vez mais evidenciado como as organizações buscam por ferramentas de qualidade que possibilitem produzir produtos com qualidade assim como aumentar o seu poder de produção. A partir daí as empresas vem procurando processos que possibilitem além de uma produção crescente, propicie um ambiente de trabalho cada vez mais menos insalubre.
Pensando nesse contexto, empresa X foi objeto do nosso estudo, que teve por finalidade avaliar a eficácia da metodologia de qualidade, MASP para diminuição os riscos de acidentes de trabalho, com um enfoque de possibilitar um ambiente de trabalho em conformidade para a execução das atividades.
Segundo Shiba, (1997) esse processo de melhoria contínua parte do pressuposto que a atividade quando bem executada pode sempre ser capaz de ser melhorada, para tanto se faz mais do que necessário que a mesma seja bem planejada para que a sua execução traga ganhos as organizações.
O que foi observado nessa pesquisa é que as ações implementadas para a redução dos riscos de acidentes foram bem traçadas e direcionadas. Os passos do PDCA foram seguidos rigorosamente, o que gerou uma diminuição em mais de 70 % dos números de acidentes de trabalho.
Portanto isso mostra que as atividades preconizadas para as melhores devem ser sempre sistematicamente planejadas, onde devem ser utilizadas ferramentas que possibilitem obter um panorama real dos riscos ali gerados.
Nesse estudo foi possível observar que a metodologia MASP realmente possibilita uma análise crítica e realista do problema, e isso é feito através da identificação das causas mais representativas. Essa análise é importante para que o plano de ação proposto possa ser delineado de uma forma bem embasada. Com o plano de ação bem definido e implementado, tendera a produzir resultados esperados e satisfatórios com uma magnitude esperada.
Nesse estudo foram utilizadas algumas ferramentas, tais como brainstorming, matriz de GUT, gráfico de pareto, diagrama de Ishikawa e 5W1H. Todas essas ferramentas de qualidade possibilitaram o planejar, fazer, checar e agir nas ações, cujo o principal objetivo foi a redução de acidentes no ano de 2015, o que de fato aconteceu.
Com esse resultado obtido o Programa de Segurança de Trabalho da empresa X foi então padronizado, o que possibilitou observar um grande avanço nas correções de riscos de acidentes.
Para que fosse possível fazer uma análise mais criteriosa das causas dos problemas, a ferramenta utilizada para tal fim foi o diagrama de Ishikawa ou diagrama de causa e efeito/ou espinha de peixe. Esse passo foi seguido depois da análise dos setores com a estratificação através do gráfico de pareto e com isso foram definidos quais passos seriam tomados para a verificação das causas de acidentes.
Segundo Ishikawa (1993), esse diagrama é uma ferramenta bem simples de grande utilidade e no processo de verificação de qualidade. Cujo principal objetivo é a verificação da dispersão na qualidade dos produtos e processos. Com ele é possível a identificação, assim como a análise das potenciais causas de variação do processo ou então da ocorrência de um dado fenômeno e como essas causas interagem entre si. Ela também é largamente utilizada para análise de problemas organizacionais.
Portanto a parti do diagrama de causa e efeito (Figura 21, 22 e 23) foi possível traçar quais ações que causavam os acidentes e quais as áreas eram as mais críticas na ocorrência desses acidentes. Logo após analisar toda situação, foi identificado quatro causas consideradas como importantes no efeito indesejado dos acidentes de trabalho: Máquina / Equipamentos, Material, Mão-de-Obra e Método.
Portanto essa ação possibilitou observar os riscos grave e eminentes de acidentes. Esses riscos colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado (MENEZES, 2001).
A partir desse contexto e da priorização dos problemas/causas através da matriz GUT foi então observada quais as causas que de fato levavam ao aumento do número de acidentes onde as 3 principais foram falta de procedimento, falta de análise de risco e falta de treinamento.
O panorama global sobre acidentes de trabalho é bastante preocupante, onde os índices acidentários vêm crescendo cada vez mais e esse aumento encontra-se atrelado a uma série de fatores, entre eles podemos observar: o aumento nas horas de trabalho, precarização desses condições de trabalho, falta de procedimento nas atividades despenhadas, ausência de análise de risco nas organizações e falta de treinamento dos trabalhadores principalmente devido à grande utilização de mão de obra terceirizada.
O próprio ministério do trabalho aponta dados estatísticos que confirmam que grande parte dos acidentes de trabalho ocorrem justamente com trabalhadores terceirizados e um dos motivos que pode explicar isso é que os pequenos empreendedores não apresentam infraestrutura que contemple corretamente as normas legais sobre o tema, embora os tomadores de serviço sejam responsáveis solidariamente por adequadas condições de trabalho para seus empregados e também para os terceirizados (MELO, 2014).
Portanto diante dos resultados obtidos nesse trabalho observou-se que a implementação da metodologia MASP foi um sucesso, uma vez que foi possível atingir a causa e fazer a redução dos acidentes. Os passos traçados na execução dos planos de ações só foram possíveis chegar aos resultados desejados graças a ação conjunta de toda a equipe de segurança de trabalho, permitido que todas as etapas fossem compridas satisfatoriamente. Essa execução possibilitou um crescimento tanto técnico como interpessoal de toda equipe responsável por essa implementação. O relatório MASP final que essa metodologia possibilita, permite uma documentação comprobatória do estudo e resolução do problema real, que é de extrema relevância para e empresa X onde a partir dele a equipe escolheu os critérios que deveriam ser priorizados para as devidas correções na redução de custos e riscos.
A aplicação dessa metodologia permitiu a empresa X, a execução de planos de ações relativamente simples, mas que foram extremamente importantes na contenção desses riscos, possibilitando o alcance das metas desejadas. Toda a equipe colaboradora passou um processo de treinamento, e nesse sentido foi colocado como pauta para que esses riscos fossem cada vez mais minimizados se faz necessários que novos funcionários ao entrarem precisam passar por treinamentos.
O uso da MASP tem por finalidade garantir uma abordagem mais lógica e estruturada na resolução de problemas nas organizações. Essa ferramenta permite perceber que quando se entendo como se resolve um dado problema, diante do emprego de um processo por etapas, como é o caso da MASP, pode-se tentar melhor avaliar e administrar o tempo a ser investido em uma dada solução. Nesse sentido se faz necessário que se utilize uma linguagem e abordagem em comum para que os problemas possam ser encontrados e solucionados em todos os da organização dentro e entre áreas.
Diante do sucesso que a metodologia proporcionou a empresa X foi concluído que as ações executas de melhoria contínua precisam cada vez mais ser de ordem prioritária ne empresa X. A metodologia MASP trouxe a essa organização ações corretivas e preventivas, conseguindo fazer a detecção de problemas e suas devidas correções. Fator esse que é um condicionante a tornar a empresa X competitiva no mercado.
6 CONCLUSÕES
Diante de tais resultados podemos concluir que:
- Os acidentes do trabalho assim como as doenças ocupacionais são provocados no exercício da função do trabalhador, em seus locais de trabalho. Esses acidentes muitas vezes são provocados por uma série de fatores inerentes tanto ao trabalhador quanto ao ambiente em que se encontra. Os riscos de acidentes podem ser diminuídos, e para isso é necessário que tanto a organização, quanto o trabalhador, trabalhem em conjunto nesse sentido. Um dos maiores problemas enfrentados pelas organizações devido a esses acidentes é a despesas ou custos e para isso a empresa X viu a necessidade implementação da metodologia MASP para minimizar esses riscos e possibilitar aos trabalhadores, executar suas atividades em um ambiente seguro. Diante da aplicação dessa Metodologia e todas as ferramentas necessárias a correções desejadas foi possível verificar uma redução de custos quando comparado o ano de 2014 com 2015. Os custos de 2014 foram na ordem de R$ 13.255,34 e 2015 na ordem de R$ 248,56. Esses custos são com medicamentos, transportes, assistência social, encargos financeiros e encargos de tributos.
- Outro fator observado foi a diminuição dos números de acidentes em comparação ao ano de 2014 e 2015;
- Um ganho para a organização a partir desse estudo de caso, foi a implementação de um sistema de gerenciamento de riscos que anteriormente não existia na empresa X, com isso não apenas a empresa ganhou, mas como também os trabalhadores que hoje trabalham em um ambiente mais seguro.
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