IMPACTOS DA MUDANÇA ESTRUTURAL DA ECONOMIA BRASILEIRA SOBRE O SEU CRESCIMENTO

Por Cláudio Marconi Rapini | 14/11/2017 | Economia

Aline Ester de Oliveira Gomes
Cláudio Marconi Rapini
Rayner Luciano Marcolino

O presente trabalho é um resumo do artigo “Impactos da mudança estrutural da economia brasileira sobre o seu crescimento”. Os autores responsáveis são Luciano Nakabashi, Fábio Dória Scatolin e Márcio José Vargas da Cruz.

O artigo busca verificar qual a relevância do setor industrial no crescimento da economia brasileira entre 1948 e 2007. Ao longo desse período, a estrutura econômica do país sofreu grandes mudanças, e a indústria ganhou e perdeu importância no cenário nacional ao longo das últimas décadas.

Os autores citam vários estudos anteriores que apontam que “há uma correlação positiva e mais forte entre o PIB e o desempenho do setor industrial em relação aos demais setores da economia” (NAKABASHI; SCATOLIN; CRUZ, 2010, p. 241). Porém, é preciso identificar se há de fato causalidade entre a estrutura produtiva e o crescimento econômico.

O embasamento teórico do artigo está principalmente na abordagem estruturalista, que defende que a estrutura produtiva e a participação da indústria tem papel fundamental no crescimento de um país. Esta corrente de pensamento foi trabalhada principalmente por Celso Furtado e Rául Prebisch na CEPAL (Comissão Econômica para América Latina).

Segundo Prebisch citado por Nakabashi, Scatolin e Cruz (2010, p. 241-242), os países latino-americanos deveriam se industrializar pois apenas a exportação de bens primários não era suficiente para sustentar o crescimento econômico, devido a “deterioração dos termos de troca”, isto é, com o passar do tempo, o valor das exportações dos países industrializados superaria o valor das exportações dos países primários exportadores. Já para Furtado citado por Nakabashi, Scatolin e Cruz (2010, p.242) a heterogeneidade tecnológica entre os setores econômicos de um país, causaria o subdesenvolvimento. Neste contexto, a indústria tem um papel fundamental para determinar as diferenças estruturais entre os países.

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