Imaginários Urbanos de Taquara na Republica Velha

Por Jocemar Paulo de Lima | 20/12/2010 | História

FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA



Autor: Jocemar Paulo de Lima
Acadêmico de História da Faccat

Orientador: Daniel Luciano Gevehr
Professor do Curso de História da Faccat

Os Imaginários urbanos de Taquara na República Velha: 1889-1930



Introdução:
Os estudos de uma História cultural do urbano se implicam no resgate dos discursos das imagens e das práticas sociais, que constituem as representações sociais da cidade. Assim, nossa investigação considera que o imaginário urbano diz respeito às diferentes formas de percepção e identificação dos quais são atribuídos significados.
A cidade de Taquara no Rio Grande do Sul, da qual, nos propomos a investigar, aqui, no recorte temporal que se inicia com a Proclamação da República e vai até a Revolução de 1930, torna?se importante destacar a formação do Partido Republicano Rio-grandense, especialmente em relação aos governos de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, bem como suas relações políticas com o município e seu desenvolvimento econômico, político e cultural.

Metodologia:
Este estudo é resumo do Trabalho de Conclusão de Curso de História em 2008. A pesquisa foi estruturada a partir de dois capítulos: O Primeiro trata basicamente, do embasamento teórico que norteia a análise dos espaços urbanos de Taquara. O segundo capítulo trata da construção dos imaginários urbanos sobre a cidade de Taquara.
Tal procedimento implicou analisar esta cidade a partir das suas representações arquitetônicas e de informações noticiadas pelos principais jornais da época.


Considerações finais:
Finalmente, após analisarmos o processo que envolveu a criação e a nomeação dos espaços urbanos de Taquara e que, assim, se manifestaram através das principais ruas do centro da cidade, praças e monumentos, bem como as próprias arquiteturas adotadas na maioria das edificações públicas ou privadas, capazes de conferir sentidos, resgatar sensibilidades aos cenários citadinos. Percebemos o significado dos binômios Ordem e Progresso que se tornou forma materializada na arquitetura. O regime republicano possibilitou o progresso através do trabalho livre e do avanço tecnológico, e que, após a consolidação deste regime, entra em cena uma nova exigência da burguesia local que é o manifestar da ordem.



Referências bibliográficas:

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas / o imaginário da República no Brasil: Rio de Janeiro: Companhia das Letras. 1999
____________Os Bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
COLIN, Silvio. Uma Introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: UAPÊ. 2000.
COSTA, Emilia Viotti da. Da Monarquia à República. Momentos Decisivos. São Paulo:UNESP, 1999.
LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes. 1990.
LEMOS, Jorge. Entrevista para Estilos arquitetônicos do V ale do Paranhana. Entrevistador: Ângelo Antonio da Silva. Taquara: Faccat. 2004.
MAGALHÃES, Dóris Rejane Fernandes. Terras, senhores, homens livres, colonos e escravos na ocupação da fronteira no Vale dos Sinos. Tese (Doutorado em História) UNSINOS, 2003.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. A Burguesia gaúcha: dominação do capital e disciplina do trabalho (RS: 1889-1930). Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.
____________. A emergência dos subaltermos: trabalho livre e a ordem burguesa. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1989.
___________. São Paulo: USP, 1987. (Tese de Doutorado) Empresariado industrial, trabalho e Estado: contribuição a uma análise da burguesia industrial gaúcha (1889-1930).
___________. História da indústria sul ? riograndense. Guaíba, Riocell, 1985.
___________. O cotidiano da República; as elites e o povo na virada do século. Porto Alegre, Editora da Universidade/UFRGS, 1990.
__________. O Imaginário da Cidade: Visões Literárias do Urbano, Paris, Rio de Janeiro e Porto Alegre. 2º ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/ UFRGS, 2002.
__________. PESAVENTO, S.J. Muito além do espaço: por uma história cultural do urbano. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol.8, 1995, p. 279-290.
RAMBO, Arthur Blásico. A Revolução Federalista e os Teuto-Brasileiros. São Leopoldo: UNISINOS, 1995.
ROCHE, Jean. A Colonização Alemã e o Rio Grande do Sul. Porto Alegre: globo, 1969.