Igreja no Brasil em Época de Transição

Por Alexsandra Lumy Chaem | 20/08/2010 | Religião

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do tema Igreja no Brasil em Época de Transição, se dará em âmbito histórico, sem a pretensão de adentrar em questões teológicas, às quais, mencionarei somente pelo interesse de verificar como estas questões ajudaram no decorrer do processo vivido pela Igreja no Brasil. Será lançado um olhar sobre o período em que o Brasil depara-se com o início do regime militar a partir de 1964; devendo a Igreja, inserida neste contexto, acolher as propostas de renovação trazidas pelo Concílio Vaticano II.
A princípio, se contemplará o grande acontecimento eclesial que foi o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965): a surpresa de seu anúncio; as dificuldades enfrentadas no início do concílio; a transição positiva com relação ao Vaticano II, do pontificado de João XXIII para o de Paulo VI; o desenrolar dos trabalhos conciliares; a abertura e renovação da Igreja. Num segundo momento, falarei a respeito da Igreja Latino-americana: a sua identificação com o carisma e heranças deixadas pelo Papa João XXIII; como também, a acolhida das propostas conciliares através das Conferências de Medellín e Puebla. No terceiro e último capítulo, cume desta pesquisa, verei a Igreja no Brasil, vivendo o desfecho do Golpe de 1964, ao mesmo tempo em que deveria se abrir às propostas de renovação do Concílio: qual a sua atitude diante dos desafios de uma política autoritarista e muitas vezes, injusta; e como ela continuou a caminhar frente a estas novas realidades.
Finalizando o meu trabalho, ainda no último capítulo, com a citação de algumas vítimas diretas dessa fusão entre renovação e repressão; mostrando a atitude profética daqueles que, seguidores de Jesus Cristo, sofrendo perseguições, torturas e morte, não se calaram diante de uma estrutura política opressora.