Ignorância e amor "versus" felicidade com verdade
Por Weliton Junior Mendanha | 26/05/2011 | FilosofiaSe lembra quando começou a usar o computador e escolheu a fonte "Arial"? De alguma forma aquela letra te cativava mais que as outras... Você podia até sentir até uma certa e oculta imposição nessa parte... Correto? Se lembra quando começou a comer e de alguma forma (bruta, tranqüila ou disfarçada) seus pais te alimentaram de uma forma que você não seja gordo? Se lembra de quando você saiu dos livros infantis e foi para a velha e atual literatura expansiva? E quando finalmente entrou para o maternal como todas as crianças da sua rua ou do seu condomínio e aprendeu o que é universo e logo depois que nele há um só Sistema Solar? Voltando na pergunta em relação à literatura... Você como todos os leigos e "não leigos" considera a literatura como uma grande fuga disso que chama de realidade, uma forma de se esquivar socialmente e expandir seu subconsciente de uma forma concreta ou para fazer a tal diferença provando a si mesmo?
E como alguém poderia comprovar sua diferença? Vendo novela nas 8? Lendo romances? Acreditando no sensacionalismo de qualquer canal fechado? Torcendo por um dos "sortudos" de qualquer Reality Show que seja? Sento assaltado? Matando? Roubando? Obtendo o sonho de ser um astro do rock? Fazer teatro pensando em notas de 0 a 10 impostos pelo amor da sua vida chamado mídia? Dormindo? Sonhando sem agir? Namorando? Fazendo planos falsos para você seguir? Prometendo sonhos falsos para outra pessoa que você acha que a eternidade dura ao lado dela? Quem é você? O que você fez? E... o que você faz? Já que você é tudo isso e muito mais, obviamente deve ter percebido que o "amor" move o mundo e deve ter concordado imediatamente! Claro, pois você é uma pessoa culta e, portanto não perde tempo com aquele sensacionalismo de televisão e etc. Afinal de contas você não é alienado, mas crê sim no amor, porque o amor é a única forma de fazer do mundo um mundo melhor, pois ele é incontrolável, se cria naturalmente no coração humano e não há imposição que possa controlá-lo. Você com certeza tem a capacidade de confiar plenamente e arriscar seu tempo e paciência por uma "coisa" que a menos não pode se quer tocar, saber o verdadeiro sentido e principalmente esconder.
De onde veio esse seu amor que tanto divulga? Como você conseguiu obter a habilidade de amar com tanta certeza outro ser como você que não seja do seu mesmo sangue? Aonde você aprendeu a amar alguém fora de casa? Um homem que se apaixona por uma mulher (ou vice versa) pode com evidência sentir os lábios se secando juntamente com a parte externa da boca, as mãos trêmulas, um susto inigualável aos outros, a pupila dilatando, uma atenção totalmente focada e por último seu cérebro mandando uma reação química ao coração e o sentindo disparar com uma força e rapidez fora do comum... Pronto, depois de sentir o coração assim você tem certeza que está amando! Não é verdade? [...] Desta vez em outra situação: Você está caminhando sozinho pela rua para ir cumprir algumas de suas obrigações quando der repente surge um assaltante perigosíssimo e armado, imediatamente pode com evidência sentir os lábios se secando juntamente com a parte externa da boca, as mãos trêmulas, um susto inigualável aos outros, a pupila dilatando, uma atenção focada e por último seu cérebro mandando uma reação química ao seu coração e você o sente disparar com uma força e rapidez fora do comum. Você está apaixonado pelo assaltante? Então por que sentiu a mesma coisa? Como você agora pode diferenciar o que amor e o que não é? Deixe-me adivinhar: Você aprendeu assim!?!?! Hmmm...
Talvez (nesse exato momento) deva ter raciocinado e percebido que sua inteligente atitude de não ligar a televisão e até aquela sua confiável literatura com sua personalidade esperta e não alienada acabou te alienando ao decorrer do tempo e te influenciado a ser traído por si mesmo, traído pelo seu próprio lindo amor... Como em todas as histórias de costume.
Parabéns a você amante que obtém a certeza que sempre está ganhando! Você também é subconscientemente sozinho.