Ideário Predestinado.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 07/10/2012 | PoesiasIdeário Predestinado.
Lembro-me muito bem.
A noite fecundava-se aos olhos do vício.
Austero era o calçamento ao instinto perdido.
Talvez não tivesse nada mais a dizer.
Além de um canto precedente a estação desértica.
Um pobre poeta sem destinação.
Aqui nesse mundo contando a intensidade.
Quando a tarde termina e começa o escurecer.
A madrugada trás nela mesma a claridade do dia.
Mas perde se no tempo a homogeneidade dos sinais.
Milhões de vezes com essa viseira inexorabilíssima.
Como se espantasse o lúbrico destino diante da polidez.
Eu mesmo não sou nada além da imaginação dos segredos.
Alguma coisa pudesse dizer a ascensão da alucinação desarticulada.
Deveria então dizer o precípite entendimento indelével.
Que horror ter que pronunciar aos vocábulos completos.
Entre uma coisa e outra nunca acreditei na dialética exclusiva.
A imperfeição disforme não teria mais nada a dizer a essa madrugada presunçosa.
Surpreende-me aos antiperistálticos abalos a incompreensão.
Que propósito é esse perscrutado a loucura dos conteúdos.
Algo abstrato indefinível pela lógica de refutação dos paradigmas.
Preexcelso figura-se ao que se deve dizer assombradamente.
Recôncavos abstratos a dimensão infinita do universo.
Árdua ideia impressionadora acata infrenes hulhas a compreensão.
Quem inventou tudo isso a não ser o gelo árdego a distância do tempo.
Haveria outra luz, outro céu, outros deuses, e outras almas.
O que seria então a misericórdia do que aprendemos por aqui.
Não sei dizer outra coisa, o mundo é completamente estranho, entendo apenas figuração da poesia.
Mas jamais poderei saber precipuamente a razão do poeta.
Estar aqui é como se nunca estivesse, tantos meandros para apenas um só princípio.
Sabe o que é a fenomenologia das complexidades das parcelas.
Posso até explicá-la mais a vida perderá seus segredos indispensáveis.
Hoje aqui perdido desejando sonhar tão somente a mecanicidade do silêncio.
Porque o espírito dos detalhes espencereano define o intinto como lógico.
As relações de coexistência balizam o ávido filóstomo.
Chama-me de irracional imagino tudo isso a uma ligeira idiossincrasia.
Projeto além da história subjulgadas exceções tardiamente tolas.
O magnetismo relâmpago a uma razão reprimida a delinquência oficial.
As contradições gasificam vingam se as flores zarpadas ao infinito.
Ao ato perceptivo, destino pespegado ao olhar demasiado.
Dos encantos propositais.
Quem produziu esse fundo contratual inexorável.
O destino é tão comum que até o nada entende a abundancia da esperança.
Hoje é o ultimo dia pode ter certeza disso, perola-se ao entendimento.
Edjar Dias de Vasconcelos.