HOMOSSEXUALIDADE: BIOLÓGICO, RELIGIOSO OU COMPORTAMENTO
Por LEÔNIDAS PIMENTEL BATISTA | 12/02/2016 | FamíliaHOMOSSEXUALIDADE: Biológico, Religioso ou Comportamento
Leônidas Pimentel Batista
Todas a religiões condenam a prática do sexo entre seres do mesmo sexo. A homossexualidade não encontra, portanto, justificativa, aceitação em nenhuma religião. Enquanto uma religião condena como abominação, outra prega a pena capital a quem comprovadamente pratica atos de homossexualidade.
Entretanto, a Doutrina Espírita, de orientação Kardecista, tem uma visão que em nada corrobora com os achados da pesquisa nas religiões. Estas seguem fielmente o que está estabelecido na Bíblia, não há sequer tolerância. Mas o Espiritismo, segundo entrevistas com os médiuns Chico Xavier e Divaldo Franco, há uma explicação. Na visão espírita, a atitude homossexual do homem está fortemente ligada a um comportamento de vivências espirituais experimentadas no passado, ou seja, um ser humano encarnado, durante sua permanência corporal na Terra, que adota atitudes de extrema lascívia sexual, ultrapassando em muito os limites da sua condição de gênero masculino ou feminino. Esse comportamento que o ser insiste em conduzir trará em futuras reencarnações, consequências adversas para sua nova vida. Uma delas é o fato de que, tendo o espírito encarnado num corpo que se conduziu pela lascividade, ao retornar pela reencarnação em corpo de gênero masculino, adotará posturas, comportamentos, preferências de sexo feminino, o mesmo acontecendo para a reencarnação em corpo de gênero feminino. Dessa forma, o corpo é masculino, ou feminino, mas o espírito foi tão “carregado” de ações e atitudes da sexualidade, em vidas passadas, de atos violentamente arraigados da condição que existia no corpo, que haverá esse choque, daí o possível comportamento homossexual.
Essa explicação que o espiritismo nos dá, também nos faz compreender que a homossexualidade é algo da nossa condição de espíritos em evolução. Espíritos que, para evoluir, necessitam experimentar. Não que todos os espíritos tenham que passar por essa experiência, mas que ao viver na homossexualidade, não se deve necessariamente deixar levar pela promiscuidade, pelos exageros, bem como pela imposição, de forma agressiva e estúpida pelos que não estão nessa condição.
Portanto, o ser que assume, de forma consciente, sua condição de homossexual, ele sabe que não está se assumindo como um ser de gênero feminino ou masculino, mas um ser com sensações femininas ou masculinas, com percepções psicológicas do ser de gênero sexual oposto ao que está apresentado em seu corpo.
Numa pesquisa dirigida a pais e/ou responsáveis por crianças da faixa etária de 8 a 12 anos, sobre como agiriam se essa criança, pela qual é responsável, questionasse práticas homossexuais do tipo que se vê no filme Azul é a cor mais quente, excluindo-se as cenas em que as atrizes aparecem trocando carícias íntimas onde se envolvem em relações sexuais explícitas.
Destaca-se, em resumo, quatro respostas.
Não sou pai, mas meu sobrinho assiste de boa. Aliás, é bom que ele veja para não ser contaminado pelo preconceito dos mais velhos.
Minha filha e orientada a reconhecer as pessoas como humanas independente de seu gênero, e que onde há respeito e amor, a afetividade é perfeitamente legítima, independente de serem diferentes ou iguais.
Assistiria sim com meu neto, que tem 9 anos. Caso ele perguntasse eu procuraria explicar como uma coisa natural hoje em dia. Mas que é preciso ter respeito e não entender como “coisa de outro mundo”.
Eu, na condição de mãe, sim. Não acredito que influencie e até mesmo porque a minha filha tem que respeitar o próximo, mesmo que o próximo seja diferente do modelo que ela tem dentro de casa.
Pelas respostas, pode-se deduzir que a homossexualidade começa a ser encarada com mais naturalidade e que há uma preocupação dos pais e/ou responsáveis por crianças em tratar do assunto sem preconceitos.
Não se pode, dessa forma, condenar ou apoiar a homossexualidade, da forma que alguns indivíduos o desejam, que chegam a transmutar o próprio corpo na vã tentativa de se “transformar” em mulher ou em homem enganando a si próprio e a sociedade.
A homossexualidade é uma situação transitória da condição humana que deve ser compreendida por todos e cuidada pela família, principalmente.